sábado, 24 de junho de 2023

MOTIM CONTRA A RÚSSIA DUROU POUCO MAS CONTINUA NO AR

 

 

Rússia diz que líder do Grupo Wagner será perdoado e se mudará para Belarus após acordo que encerrou motim

 APÓS REBELIÃO DE MERCENÁRIOS, AVIÃO PRESIDENCIAL DE PUTIN SAI DE MOSCOU

A aeronave RA-96022, utilizada para o transporte oficial do presidente russo Vladimir Putin, levantou vôo na manhã deste sábado (24) de Moscou em direção à cidade de São Petersburgo, segunda maior cidade da Rússia, conforme registrado pelo site flightradar24h, que faz o monitoramento de voos oficiais ao redor do mundo.

Mercenários russos rebeldes avançam em direção a Moscou; Praça Vermelha é bloqueada por barreiras de metal 

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Prefeito declara "regime antiterrorista" em Moscou e pede que pessoas evitem circular pela cidade

Embate com Grupo Wagner pode levar a guerra civil na Rússia, diz especialista

Autoridades dos EUA e do Ocidente foram pegas desprevenidas por motim do Wagner, dizem fontes

  • ANÁLISE

Putin corre risco de perder o controle no poder e próximas 24 horas são críticas  

Quem é Ievgeni Prigozhin, o bilionário russo acusado de armar um golpe contra Putin            As forças do rebelde, por sua vez, tomaram o controle do quartel-general e de bases do Comando Militar do Sul, em Rostov-do-Don, além de estruturas do órgão militar no sul do país -peça central na engrenagem da Guerra da Ucrânia, na qual o Wagner lutou.

                                 SAIBA MAIS EM: https://aovivo.folha.uol.com.br/mundo/2023/06/24/6333-acompanhe-os-desdobramentos-do-motim-mercenario-na-russia.shtml - https://www.bbc.com/portuguese/articles/c87317y04kjo _ https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/putin-diz-que-traicao-do-grupo-wagner-e-uma-punhalada-nas-costas-de-nosso-pais-e-de-nosso-povo/

 

 

REBELIÃO NA RÚSSIA, MOSCOU REFORÇA SEGURANÇA

 

 Por THEODIANO BASTOS                                                                   Moscou reforça segurança após ameaças do Grupo Wagner, diz mídia russa

Líder mercenário Yevgeny Prigozhin prometeu atacar as forças russas, até então aliadas, alegando que foram atacados anteriormente

Putin diz que traição do Grupo Wagner é uma “punhalada nas costas de nosso país e de nosso povo”

Aqueles que estiverem no caminho da traição serão punidos, diz Putin em apelo ao Grupo Wagner

Yevgeny Prigozhin pede presença de ministro da Defesa russo e diz que bloqueará Rostov

Líder do Grupo Wagner diz controlar instalações militares em cidade ao sul da Rússia  

Cidade de Moscou está no alvo do Grupo Wagner, que se revoltou contra os antigos aliados do exército russo.

As medidas de segurança foram intensificadas em Moscou nesta sexta-feira (23), após comentários explosivos de Yevgeny Prigozhin, o líder do Grupo Wagner, de acordo com a mídia estatal russa Tass.

“As medidas de segurança foram fortalecidas em Moscou, todas as instalações mais importantes, autoridades estatais e instalações de infraestrutura de transporte foram tomadas sob maior proteção”, disseram as agências policiais da Rússia à agência.

De acordo com a aplicação da lei, a Unidade de Propósito Especial da Polícia e a Unidade Especial de Resposta Rápida da Guarda Russa também foram alertadas, informou a Tass.

As declarações vieram depois de ameaças feitas pelo chefe do Grupo Wagner contra seus próprios aliados. Ele acusou a liderança militar russa de atacar um de seus acampamentos militares e matar uma “grande quantidade” de suas forças mercenárias. Em seguida, prometeu atacar as forças oficiais russas como represália.

Em seguida o principal comandante da Rússia na Ucrânia, Sergey Surovikin, ordenou aos mercenários que interrompessem a rebelião e obedecessem ao presidente Vladimir Putin.

Investigação

O presidente Vladimir Putin está ciente “da situação que se desenrola em torno de Yevgeny Prigozhin”, disse a Tass.

Putin também está ciente de que o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) iniciou um processo criminal acusando o chefe da força mercenária de convocar uma “rebelião armada”.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, também disse que Putin está ciente da situação e “todas as medidas necessárias estão sendo tomadas”, segundo a mídia estatal RIA Novosti.

SAIBA MAIS EM: https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2023/06/putin-esta-muito-equivocado-diz-lider-de-mercenarios-em-levante-militar-na-russia-somos-patriotas.ghtml E https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/putin-diz-que-traicao-do-grupo-wagner-e-uma-punhalada-nas-costas-de-nosso-pais-e-de-nosso-povo/ - https://www.estadao.com.br/internacional/putin-diz-que-a-rebeliao-dos-mercenarios-e-uma-punhalada-nas-costas-e-promete-punir-traidores/ 

quinta-feira, 22 de junho de 2023

EUA CONFIRMA, SUBMARINO IMPLODIO E TODOS MORRERAM

 

A busca para a possível recuperação dos corpos dos passageiros que estavam no submersível Titan vai continuar, afirmou o contra-almirante John Mauger, comandante do Primeiro Distrito da Guarda Costeira, em entrevista à imprensa nesta quinta-feira (22).

Segundo ele, no entanto, as perspectivas não são claras devido ao ambiente desafiador que é o fundo do mar.

“É um ambiente incrivelmente implacável no fundo do mar”, disse o funcionário à imprensa. “Continuaremos a trabalhar e a vasculhar a área lá embaixo, mas não tenho uma resposta para as perspectivas neste momento.”

A Guarda Costeira dos Estados Unidos confirmou, nesta quinta, a morte dos passageiros do submarino Titan, que estava desaparecido desde segunda-feira (19). Os destroços encontrados nesta quinta-feira indicam que houve uma perda catastrófica da pressão da cabine do submersível.

“Em nome da guarda costeira dos EUA dou os pêsames para as famílias. Só consigo imaginar como isso tem sido para eles e espero que essa descoberta traga algum conforto nesse momento tão difícil”, declarou Mauger.

Estavam na embarcação: o empresário e aventureiro britânico Hamish Harding, o mergulhador francês Paul-Henri Nargeolet, o empresário paquistanês Shahzada Dawood e seu filho Sulaiman Dawood, além do CEO e fundador da OceanGate, proprietária do submersível, Stockton Rush.

Segundo Mauger, os veículos operados remotamente (ROV) permanecerão no local e continuarão a coletar informações sobre o submersível. Ele disse que ainda levará um tempo para determinar uma linha do tempo dos eventos que levaram a falha catastrófica do submersível.

As autoridades estão examinando um “ambiente operacional incrivelmente complexo no fundo do mar, mais de 3,2 quilômetros abaixo da superfície”, disse Mauger, e que os veículos operados remotamente que vasculham o chão são “altamente capazes” e devem revelar mais informações.

Destroços do submersível

As equipes de busca encontraram “cinco grandes pedaços diferentes de destroços” identificados como parte do submersível Titan. Mauger afirmou que a primeira parte encontrada pertencia ao casco de fora da cabine de pressão. No entanto, foi encontrado outro detrito identificado como parte do casco de pressão do submarino.

“Essa foi a primeira indicação de que houve um evento catastrófico”, disse Mauger. As equipes encontraram, então, um segundo campo de detritos menor dentro do primeiro, onde outra extremidade do casco de pressão estava localizada.

Os destroços foram analisados ​​por especialistas e as famílias foram notificadas da morte dos passageiros.

Segurança

Não faltaram acusações sobre uma suposta negligência com a segurança do submersível. O próprio Rush afirmou, em diversas entrevistas, que via os esquemas de proteção como algo que inibiam a inovação e o avanço tecnológico.

A indústria comercial subversiva é “obscenamente segura”, disse ele em entrevista ao Smithsonian Magazine, em 2019, “porque eles têm todos esses regulamentos. Mas também não inovou ou cresceu – porque eles têm todos esses regulamentos.”

À medida que o mundo passou a acompanhar o drama dos ocupantes do submersível, também passou a conhecer histórias um tanto bizarras sobre o funcionamento do veículo.

Na última terça-feira, o jornal The New York Times informou que em 2018 líderes da indústria da submersíveis criticaram a “abordagem experimental” da OceanGate. O Comitê de Veículos Subaquáticos Tripulados da Marine Technology Society escreveu uma carta a Rush, expressando preocupação com a conformidade da empresa em relação a uma certificação de avaliação de risco marítimo conhecida como DNV-GL.

SAIBA MAIS EM: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/busca-por-corpos-de-passageiros-do-submarino-continua-mesmo-com-ambiente-desafiador-diz-guarda-costeira/

 

quarta-feira, 21 de junho de 2023

" FUTURO DA HUMANIDADE ESTÁ NO FUNDO DO MAR E NÃO NO ESPAÇO"


        Por THEODIANO BASTOS

APENAS 20% DO FUNDO DO MAR FOI MAPEADO

Dono do submarino desaparecido afirmou que futuro da humanidade está no fundo do mar e não no espaço, diz CEO da OceanGate, Stockton Rush cultivou uma reputação para ser o "novo Jacques Cousteau", amante da natureza, aventureiro e visionário

O que sabemos sobre as profundezas do oceano – e por que é tão arriscado explorá-lo

Apenas cerca de 20% do fundo do mar foi mapeado, de acordo com dados da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA

O veículo submersível atualmente perdido no mar faz parte de um esforço relativamente novo que permite que turistas e outros clientes pagantes explorem as profundezas do oceano, cuja grande maioria nunca foi vista por olhos humanos.

Embora as pessoas explorem a superfície do oceano há dezenas de milhares de anos, apenas cerca de 20% do fundo do mar foi mapeado, de acordo com dados de 2022 da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, em inglês), dos Estados Unidos.

Os pesquisadores costumam dizer que viajar para o espaço é mais fácil do que mergulhar no fundo do oceano. Enquanto 12 astronautas passaram um total coletivo de 300 horas na superfície lunar, apenas três pessoas passaram cerca de três horas explorando o Challenger Deep, o ponto mais profundo conhecido do fundo do mar da Terra, de acordo com a Woods Hole Oceanographic Institution.

Na verdade, “temos melhores mapas da Lua e de Marte do que do nosso próprio planeta”, disse o pesquisador Gene Feldman, oceanógrafo emérito da Nasa que passou mais de 30 anos na agência espacial.

Há uma razão pela qual a exploração do mar profundo por humanos tem sido tão limitada: viajar para as profundezas do oceano significa entrar em um reino com níveis enormes de pressão quanto mais você desce – um empreendimento de alto risco. O ambiente é escuro com quase nenhuma visibilidade. As temperaturas frias são extremas.

O submersível atualmente desaparecido levava cinco pessoas para explorar os destroços do Titanic, que fica a cerca de 1.450 quilômetros da costa de Cape Cod, em Massachusetts, e cerca de 3.800 metros debaixo d’água. Operado pela OceanGate Expeditions, uma empresa privada com sede no estado de Washington, a embarcação turística perdeu contato com seu navio-mãe no domingo (18) à noite.

Muitos dos fatores que podem tornar a embarcação tão difícil de localizar e recuperar também são os motivos pelos quais uma exploração abrangente do fundo do oceano permanece indefinida.

“A busca aquática é bastante complicada, já que o fundo do oceano é muito mais acidentado do que em terra”, disse o pesquisador Jamie Pringle, um leitor em geociência forense da Keele University, na Inglaterra, em um comunicado.

Se o submersível não retornar à superfície do oceano, as equipes de busca e resgate precisarão contar com o sonar, uma técnica que usa ondas sonoras para explorar as profundezas opacas do oceano, para localizar o veículo, disse Pringle. E o processo exigirá o uso de um feixe muito estreito que pode oferecer uma frequência alta o suficiente para oferecer uma imagem clara de onde a embarcação, chamada Titan, pode estar.                                                                      Uma história de exploração oceânica

O primeiro submarino foi construído pelo engenheiro holandês Cornelis Drebbel em 1620, mas ficou preso em águas rasas. Levaria quase 300 anos – após o desastre do Titanic – antes que a tecnologia de sonar começasse a oferecer aos cientistas uma imagem mais clara do que existe nas profundezas do oceano.

Um grande passo à frente na exploração humana ocorreu em 1960 com o mergulho histórico do batiscafo Trieste, um tipo de submersível de mergulho livre, no Challenger Deep, localizado a mais de 10.916 metros debaixo d’água.

Apenas algumas missões desde então retornaram a tais profundidades. E as viagens são extremamente perigosas, disse Feldman.

Para cada 10 metros percorridos abaixo da superfície do oceano, a pressão aumenta em uma atmosfera, de acordo com a NOAA. Uma atmosfera é uma unidade de medida de 14,7 libras por polegada quadrada. Isso significa que uma viagem ao Challenger Deep pode colocar uma embarcação sob pressão “equivalente a 50 jatos jumbo”, observou Feldman.

Com essa pressão, o menor defeito estrutural pode significar um desastre, acrescentou Feldman.

Durante o mergulho de 1960 no Trieste, os passageiros Jacques Piccard e Don Walsh disseram que ficaram surpresos ao ver criaturas vivas.

“Imediatamente, todos os nossos conceitos anteriores sobre o oceano foram jogados pela janela”, disse Feldman.                                                                         O que está no fundo do oceano

Enquanto o que é considerado o oceano profundo se estende de 1.000 metros a 6.000 metros abaixo da superfície, as trincheiras do fundo do mar podem chegar a 11.000 metros, de acordo com a Woods Hole Oceanographic Institution, em Massachusetts. Esta região, chamada de zona hadal ou hadopelágica, recebeu o nome de Hades, o deus grego do submundo. Na zona hadal, as temperaturas estão um pouco acima de zero e nenhuma luz do sol alcança.

Os cientistas conseguiram provar pela primeira vez que existia vida abaixo de 7 mil metros em 1948, de acordo com a instituição.

As descobertas no Challenger Deep foram notáveis, incluindo afloramentos rochosos “vibrantemente coloridos” que podem ser depósitos químicos, anfípodes supergigantes semelhantes a camarões e holoturianos ou pepinos-do-mar que vivem no fundo.

Feldman também se lembra de sua própria tentativa na década de 1990 de vislumbrar a evasiva lula gigante, que se esconde nas profundezas escuras do oceano. O primeiro vídeo de uma criatura viva, que pode chegar a quase 18 metros de comprimento, foi capturado no fundo do mar perto do Japão em 2012, de acordo com a NOAA.

Um novo mundo também se abriu na década de 1970, disse Feldman, quando “um ecossistema totalmente alienígena” foi descoberto pelo geólogo marinho Robert Ballard, então com a Woods Hole Oceanographic Institution, dentro do mar perto do Rift de Galápagos – “com esses vermes gigantes, gigantes amêijoas, caranguejos e coisas que viviam nessas… aberturas no fundo do mar.”

As criaturas incomuns – algumas das quais brilham com bioluminescência para se comunicar, atraem presas e atraem parceiros – esculpiram habitats dentro das paredes íngremes das fossas oceânicas. Essas formas de vida se adaptaram para viver em ambientes extremos e não existem em nenhum outro lugar do planeta. Em vez de depender da luz solar para processos fundamentais, elas usam energia química expelida de vazamentos hidrotermais e aberturas formadas pelo magma que sobe do fundo do oceano.

A água fria do mar se infiltra pelas rachaduras do fundo do mar e se aquece a 400 graus Celsius ao interagir com as rochas aquecidas pelo magma. As reações químicas produzem minerais contendo enxofre e ferro, e as fontes expelem a água rica em nutrientes que sustenta o ecossistema de vida marinha incomum agrupada em torno delas.

Os pesquisadores usaram o submersível Alvin para descobrir a estranha vida marinha, estudar placas tectônicas e fontes hidrotermais – e para explorar o Titanic em 1986, depois que Ballard localizou o famoso naufrágio.

Pesquisadores da Woods Hole Oceanographic Institution e da Nasa colaboraram para desenvolver veículos subaquáticos autônomos não tripulados que podem descer pelo terreno complicado das trincheiras e suportar pressões superiores a 1.000 vezes a da superfície do oceano. Os veículos podem investigar a diversidade da vida dentro das trincheiras e também podem ajudar os cientistas a explorar os oceanos nas luas ao redor de Júpiter e Saturno no futuro.                        Por que mapear o oceano é tão desafiador

De uma perspectiva estritamente científica, as viagens turísticas ao fundo do oceano pouco contribuem para o avanço da nossa compreensão dos mistérios do oceano.

“Os humanos gostam de superlativos”, disse Feldman. “Queremos ir para o mais alto, o mais baixo, o mais longo.”

Mas apenas uma “percentagem muito pequena do oceano profundo, e mesmo do oceano médio, foi vista pelos olhos humanos – uma quantidade infinitesimal. E uma quantidade muito, muito pequena do fundo do oceano foi mapeada”, acrescentou.

A razão, observou Feldman, em grande parte se resume ao custo. Barcos equipados com tecnologia de sonar podem acumular despesas exorbitantes. Só o combustível pode chegar a US$ 40.000 por dia, disse Feldman.

Existe, no entanto, atualmente um esforço em andamento para criar um mapa definitivo do fundo do oceano, chamado Seabed 2030.

Ainda assim, existem enormes lacunas no que se sabe sobre o fundo do mar. Das 2,2 milhões de espécies que se acredita existirem nos oceanos da Terra, apenas 240.000 foram descritas por cientistas, de acordo com o Ocean Census, uma iniciativa para descobrir e registrar a vida marinha.

No entanto, é impossível saber com certeza quantas criaturas marinhas existem, observou Feldman.

“Podemos fazer estimativas o tempo todo, mas então… você vai a algum lugar novo e descobre um gênero totalmente novo ou um modo de vida totalmente novo”, disse ele.

Avanços na tecnologia podem tornar desnecessária a exploração humana das profundezas do oceano. Inovações como robôs de profundidade, imagens subaquáticas de alta resolução, aprendizado de máquina e sequenciamento de DNA contido na água do mar ajudarão a acelerar a velocidade e a escala da descoberta de novas formas de vida.

“Temos mapas melhores da superfície da lua do que do fundo do mar porque a água do mar é opaca ao radar e outros métodos que usamos para mapear a terra”, disse o ecologista marinho Alex Rogers, professor de biologia da conservação na Universidade de Oxford, no Reino Unido. “No entanto, 150 anos de oceanografia moderna levaram a uma melhor compreensão de muitos aspectos do oceano, como a vida que ele contém, sua química e seu papel no sistema terrestre.”                                                        Saúde humana e pesquisa científica

O oceano é considerado uma mina de ouro de compostos, e sua exploração levou a vários avanços biomédicos. O primeiro medicamento derivado do mar, a Citarabina, foi aprovado em 1969 para o tratamento da leucemia. A medicação foi isolada de uma esponja marinha.

O trabalho com compostos bioativos no veneno de caracóis cone, um tipo de molusco marinho, levou ao desenvolvimento de um potente analgésico chamado ziconotida (comercialmente conhecido como Prialt).

Os cientistas desenvolveram PCR, ou reação em cadeia da polimerase, uma técnica amplamente utilizada para copiar cadeias de DNA, com a ajuda de uma enzima isolada de um micróbio encontrado em fontes hidrotermais marinhas. E uma proteína fluorescente verde observada em águas-vivas permite aos pesquisadores observar processos antes invisíveis, incluindo a disseminação de células cancerígenas e o desenvolvimento de células nervosas.

Estes são apenas alguns exemplos. Os pesquisadores dizem que o oceano e a vida que ele contém podem fornecer respostas para alguns dos maiores desafios da medicina, como a resistência a antibióticos. Estudar o mar também pode nos dizer como a vida evoluiu.

“O oceano contém muito mais ramos profundos da vida que evoluíram ao longo de 4 bilhões de anos na Terra e, portanto, a vida marinha pode nos dizer muito sobre a evolução de organismos inteiros e sistemas biológicos específicos, como genes de desenvolvimento e sistema imunológico”, disse Rogers por e-mail.                                                              SAIBA MAIS EM: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/dono-do-submarino-desaparecido-afirmou-que-futuro-da-humanidade-esta-no-fundo-do-mar-e-nao-no-espaco/

 

CAÇA AO SUBMARINO DESAPARECIDO

 


Por THEODIANO BASTOS

Quem são as pessoas que estão no submarino que sumiu em passeio para ver destroços do Titanic

A OceanGate cobra US$ 250 mil (R$ 1,19 milhão) de cada passageiro por um lugar em sua expedição para ver os destroços do navio que naufragou em 1912.

Até o momento, sabe-se a identidade dos seguintes passageiros:

  • Shahzada Dawood, empresário paquistanês;
  • Suleman Dawood, filho do empresário paquistanês;
  • Hamish Harding, um bilionário empresário e explorador britânico;
  • Paul-Henry Nargeolet, também estaria no submarino, segundo o "The Guardian" e a BBC;
  • Stockton Rush, diretor-executivo da OceanGate.  

Um submarino transportando cinco pessoas para observar os destroços do Titanic no fundo do Oceano Atlântico Norte ainda está desaparecido, apesar de uma operação de busca intensa – mas sons de batidas foram ouvidos na área, de acordo com um memorando do governo dos Estados Unidos.

Se você está apenas se atualizando, aqui está uma recapitulação dos desenvolvimentos até agora:

Sobre a excursão: A jornada de oito dias conduzida pela OceanGate Expeditions, com preço de US$ 250.000 por pessoa, é baseada em Newfoundland, com os participantes viajando primeiro 400 milhas náuticas até o local do naufrágio, que fica a cerca de 1.450 quilômetros da costa de Cape Cod, em Massachusetts, nos EUA. Nesta missão em particular, o submersível, conhecido como Titan, transportava um piloto e quatro passageiros.

Como o submarino desapareceu:                                  

A embarcação começou sua descida de duas horas até o naufrágio na manhã de domingo (19). Ele perdeu contato com o Polar Prince, o navio de apoio que o transportou até o local, 1 hora e 45 minutos após a descida, disseram autoridades. As operações de busca começaram mais tarde naquele dia. Ainda não está claro o que aconteceu com o submersível, por que perdeu contato e quão perto do Titanic estava quando desapareceu. Uma corrida contra o tempo: os tripulantes têm menos de um dia de ar respirável na embarcação, com base na última estimativa dos funcionários da agência. Algumas partes do Titan são decididamente de baixa tecnologia. Ao contrário de um submarino, um submersível precisa de uma nave-mãe para lançá-lo, tem menos reservas de energia e não pode ficar debaixo d’água por muito tempo. O navio se comunica com a embarcação por mensagens de texto e é necessário se comunicar a cada 15 minutos, de acordo com o site arquivado da OceanGate Expeditions. “Todas as coisas com as quais estamos acostumados agora – GPS, Wi-Fi, links de rádio – não funcionam no fundo do oceano”, de acordo com o ex-oficial submarino da Marinha, capitão J. Van Gurley.

Desenvolvimentos nos esforços de busca: à medida que o oxigênio da nave diminui, sons de batidas foram captados do Oceano Atlântico, sinalizando “esperança contínua de sobreviventes”, de acordo com um memorando do governo dos EUA. As primeiras batidas ocorreram a cada 30 minutos e foram ouvidas novamente quatro horas depois, afirma o memorando interno do governo obtido pela CNN. Não ficou claro quando exatamente o barulho foi ouvido na terça-feira (20) ou quanto tempo durou, com base no memorando. A Rolling Stone foi a primeira a noticiar o barulho. As ferramentas usadas na busca: Os sons subaquáticos foram detectados na terça-feira por dispositivos de sonar implantados por uma aeronave canadense P-3 para encontrar a embarcação de mais de 6 metros que perdeu contato no domingo. Os EUA estão se movendo em ativos militares e comerciais enquanto aeronaves das Forças Armadas do Canadá, da Guarda Costeira dos EUA e da Guarda Aérea Nacional de Nova York continuam a olhar acima e abaixo da água, e o presidente da França despachou um navio de pesquisa com um robô subaquático para se juntar às buscas nesta quarta-feira.

Havia preocupações de segurança: OceanGate elogiou os recursos de segurança do Titan, apesar das informações conflitantes sobre seu desenvolvimento. A CNN soube de pelo menos dois ex-funcionários da OceanGate que expressaram preocupações de segurança sobre o casco da embarcação anos atrás, incluindo a espessura do material usado e os procedimentos de teste. A embarcação de 23.000 libras é feita de fibra de carbono e titânio de alta engenharia. Na verdade, a tecnologia usada no submarino Titan desaparecido é tão nova que ainda não foi revisada.                                                                SAIBA MAIS EM: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2023/06/20/quem-sao-as-pessoas-que-estao-no-submarino-que-que-sumiu-em-passeio-para-ver-destrocos-do-titanic.ghtml  -  https://www.bbc.com/portuguese/articles/cx9pprdn2zqo E https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/submarino-desaparecido-veja-seis-pontos-para-entender-o-caso/