domingo, 5 de março de 2023

A REAÇÃO VERGONHOSA DE MICHELLE AO ESCÂNDALO DOS DIAMANTES

 


A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foi ao Instagram ironizar a descoberta de que vários integrantes do governo Bolsonaro, incluindo o seu marido, tentaram trazer joias no valor de R$ 16,5 milhões para o Brasil.

Elas seriam presentes da ditadura da Arabia Saudita, um dos países mais grotescos do mundo, culturalmente fechado e intolerante com as mulheres, os gays, os opositores e os jornalistas.

Não adianta ironizar, Michelle! O caso é grave. Estrondoso.

Os cheques que somaram R$ 89 mil às joias de milhões de euros marcam a história da ex-primeira-dama, que quer alçar voos mais altos – politicamente falando.

Mas o fato é que os dois casos colocam Michelle numa situação vexatória não só do ponto de vista ético, moral e jurídico, mas também religioso.

Para além do escândalo deste caso revelado pelo Estadão, é preciso compreender que o ministro Paulo Pimenta, da Comunicação Social de Lula, afirmou que o próprio Bolsonaro tentou reaver as joias de  Michelle: um colar, um anel, um relógio e um par de brincos de diamantes.

Essa história envolvendo Michelle, Bolsonaro e o regime saudita precisa ser investigada. Urgentemente.

LEIA MAIS EM: https://veja.abril.com.br/coluna/matheus-leitao/a-reacao-vergonhosa-de-michelle-ao-escandalo-dos-diamantes/

sábado, 4 de março de 2023

DIAMANTES PARA MICHELLE

 

Peças foram apreendidas no aeroporto de Guarulhos com assessor de ex-ministro; ex-presidente mandou ofício para a Receita devolver mercadoria e até avião da FAB para buscá-la                                                      

Bolsonaro tentou trazer ilegalmente joias de R$ 16 mi para Michelle O ex-presidente Jair Bolsonaro com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro Imagem: Isac Nóbrega/PR Colaboração para o UOL, em São Paulo 03/03/2023 20h20Atualizada em 03/03/2023 23h27 O governo Jair Bolsonaro (PL) tentou trazer de forma ilegal para o Brasil um conjunto de joias avaliado em 3 milhões de euros (R$ 16,5 milhões) para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro. A informação foi revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo e confirmada pelo ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social do governo), Paulo Pimenta (PT), que postou nas redes fotos das peças de diamantes, além de um documento da alfândega...                                                                                                                  SAIBA MAIS EM: https://www.estadao.com.br/politica/diamantes-para-michelle-bolsonaro-tentou-trazer-ilegalmente-com-joias-de-r-165-milhoes/  E https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2023/03/03/jornal-bolsonaro-quis-trazer-ilegalmente-joias-de-r-165-mi-para-michelle.htm  

 

quinta-feira, 2 de março de 2023

BOLSONARO INELEGÍVEL?

 

Ação que mira Bolsonaro inelegível acelera com prova em vídeo e foco em fala a embaixadores

Das 17 ações contra ex-presidente, duas têm ataques às urnas como base.                                                                  Partidos usam brecha do TSE para acelerar e turbinar ações contra Bolsonaro Após a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que abriu a possibilidade de inclusão de novas provas em ações contra Jair Bolsonaro (PL), o PDT e a Coligação Brasil da Esperança, encabeçada pelo PT, decidiram turbinar os processos para garantir ainda neste semestre a inelegibilidade do ex-presidente. Hoje, a expectativa tanto do partido quanto da coligação é julgar os casos antes do recesso, em julho. RELACIONADAS TSE aprova minuta golpista em ação e turbina investigação.                                                                          Este texto está nos blogs: theodianobastos.blogspot.com.br e no FACEBOOK                                                                             - PDT quer garantir julgamento 'rápido' Para evitar atrasos, o PDT quer acelerar a ação eleitoral que mira Bolsonaro pela reunião com embaixadores em julho do ano passado —esse é o caso mais adiantado no tribunal e, se depender do partido, continuará assim. Os advogados do PDT pediram a inclusão ao processo da minuta de teor golpista encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres. O documento previa a instauração de um Estado de defesa no TSE. A inclusão foi aprovada pelo plenário, mas o documento deve ser o único derivado das apurações dos atos golpistas que será adicionado ao caso. A estratégia do partido é não abrir brechas para a ação ser travada com discussões.                                                                              DEFESA DE BOLSONARO quer arrastar processos Para evitar a "marcha" pela inelegibilidade de Bolsonaro, a defesa do ex-presidente avalia estratégias que podem ganhar tempo e adiar o julgamento. O UOL apurou que uma das medidas seria pedir a reabertura da fase de instrução —momento em que as partes devem produzir provas e ouvir testemunhas. No caso da ação sobre a reunião com os embaixadores, não é descartado pedir ao TSE que se ouça novamente o ex-ministro das Relações Exteriores Carlos França, que prestou depoimento no ano passado, antes da inclusão da minuta golpista ser descoberta. - Também é estudado adicionar o ex-ministro Anderson Torres como testemunha no processo.                                                                            SAIBA MAIS EM: Ação que mira Bolsonaro acelera com 'tema único' - 02/03/2023 - Poder - Folha (uol.com.br) E https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2023/02/17/partidos-bolsonaro-tse-acoes-inelegibilidade.htm?cmpid=copiaecola

 


BOLSA FAMÍLIA, 175,7 BILHÕES. EDUCAÇÃO, 158,9 BILHÕES DE REAIS

 


Por THEODIANO BASTOS

Lula dobra aposta no Bolsa Família em versão repaginada do programa

Com novidades e promessas de resolver problemas crônicos do benefício, presidente se prepara para retomar uma das principais vitrine eleitorais do PT

Guaribas conta os dias para o relançamento do programa que, por quase duas décadas, tem sido visto como a grande marca do Partido dos Trabalhadores. Está previsto para os próximos dias o anúncio oficial do Bolsa Família repaginado, uma das maiores promessas de Luiz Inácio Lula da Silva.

Ele substituirá o bolsonarista Auxílio Brasil, prevendo, além dos atuais 600 reais por família, mais 150 reais adicionais para cada criança de até 6 anos. Localizada no sertão do Piauí, Guaribas virou a cidade-berço da iniciativa em 2003, quando a primeira versão foi lançada pelo petista.

O que aconteceu no passado alimenta a esperança de um futuro melhor. Por isso, a gratidão ao petista quase não tem limites. “Aqui é Deus no céu e Lula na Terra”, diz o vice-pre­feito, Joziel Alves (MDB).

Ali, Lula teve 93,86% dos votos válidos no segundo turno, contra 6,14% de Jair Bolsonaro.

O Bolsa Família atende atualmente a 21,9 milhões de famílias no país e sua nova versão é uma das principais apostas deste primeiro ano do novo governo Lula.

Com 175,7 bilhões de reais reservados na lei orçamentária de 2023, o programa supera os orçamentos de ministérios importantes como Educação (158,9 bilhões de reais), Defesa (122,6 bilhões de reais), Segurança Pública (20,2 bilhões de reais) e Meio Ambiente (3,5 bilhões de reais). 

LEIA MAIS EM: https://veja.abril.com.br/politica/lula-dobra-aposta-no-bolsa-familia-em-versao-repaginada-do-programa/

terça-feira, 28 de fevereiro de 2023

APARÍCIO TORELLY, O PIONEIRO DO HUMOR INTELIGENTE NO BRASIL

 

 



Por THEODIANO BASTOS  

Caro leitor, leiam com atenção o texto que segue.

Barão de Itararé: a vida trágica e o humor anárquico de um ícone do jornalismo

 

'Tudo seria fácil se não fossem as dificuldades' - “Quem inventou o trabalho não tinha o que fazer”

"Os vivos são sempre e cada vez mais governados pelos mortos", do filósofo francês Auguste Comte (1798-1857), por exemplo, virou "Os vivos são sempre e cada vez mais governados pelos mais vivos". Já o lema integralista "Deus, Pátria e Família", de Plínio Salgado (1895-1975), ganhou nova versão: "Adeus, Pátria e Família!".

 

 

Na manhã de 19 de outubro de 1934, o jornalista gaúcho Apparício Torelly (1895-1971) saía de casa em Copacabana, no número 188 da rua Saint-Romain, rumo ao Centro, onde trabalhava, quando seu carro, um Chrysler, foi interceptado por dois veículos. Cinco homens, alguns deles armados, sequestraram o editor do Jornal do Povo.

"Tem família?", perguntou um dos sequestradores, já com os carros batendo em retirada. "Isso não vem ao caso", respondeu o sequestrado. "Nem é da conta dos senhores". "Escreva despedindo-se", continuou o sujeito. "É um favor que lhe prestamos". "Dispenso-o", retrucou a vítima.

Quem foi o 1° deputado evangélico do Brasil, que era contra religião na escola e Deus na Constituição

Logo, Torelly descobriu que os homens que se diziam policiais eram, na verdade, oficiais da Marinha. Estavam indignados com a publicação de um folhetim sobre a Revolta da Chibata, liderada pelo marinheiro João Cândido (1880-1969), o Almirante Negro. Como Torelly se recusou a suspender a publicação, que denunciava os maus-tratos na Marinha, foi espancado.

Os sequestradores cortaram seus cabelos, furaram os pneus de seu carro e o abandonaram, quase nu, num local deserto. Na tarde daquele mesmo dia, uma sexta-feira, depois de voltar para a redação, Torelly pendurou, na porta de sua sala, uma placa com os dizeres: "Entre sem bater".

"O Barão é daqueles que começam uma partida do zero. É como se tivesse inventado as regras do jogo", afirma o jornalista Cláudio Figueiredo, autor da biografia Entre Sem Bater - A vida de Apparício Torelly - O Barão de Itararé (2012). "Foi muito mais do que 'frasista'. Foi um humorista revolucionário, anárquico, inovador. Colocar o foco sobre um único aspecto de sua obra seria como julgar Pelé por sua atuação no Cosmos, já no seu fim de carreira".

Pule Matérias recomendadas e continue lendo

Matérias recomendadas

 

'Tudo seria fácil se não fossem as dificuldades'

Fernando Apparício de Brinkerhoff Torelly nasceu no Rio Grande, município a 317 quilômetros de Porto Alegre (RS), no dia 29 de janeiro de 1895. Seu pai, João da Silva, era brasileiro, e sua mãe, Maria Amélia, uruguaia. O pequeno Apparício ainda não tinha completado dois anos quando a mãe, então com 18, tirou a própria vida, com um tiro na cabeça. Até hoje, não se sabe ao certo a razão do suicídio. Especula-se que tenha sido por causa do temperamento violento do marido.

Órfão de mãe, Apparício foi mandado para um colégio jesuíta em São Leopoldo. Apesar de sua pouca idade, já esbanjava a irreverência que o tornaria famoso. Tanto que foi lá, no Colégio Nossa Senhora da Conceição, que criou seu primeiro jornal de humor, o Capim Seco, totalmente escrito à mão.

Certa vez, o professor de português pediu a Apparício que conjugasse um verbo qualquer no tempo mais que perfeito. "O burro vergara ao peso da carga", respondeu o jovem. Nada demais, não fosse Oswaldo Vergara o nome do tal professor.

Antes de seguir carreira como jornalista, Apparício Torelly tentou a medicina. Tinha 17 anos quando se matriculou na Escola de Medicina e Farmácia de Porto Alegre. Ao chegar atrasado a uma aula de anatomia, o professor Sarmento Leite pegou um fêmur e lhe perguntou: "O senhor conhece este osso?". Ainda ofegante, o estudante respondeu, estendendo a mão: "Não, muito prazer!".

Em outra ocasião, durante uma prova oral, o professor, vendo que Apparício não sabia as respostas, pediu, irônico, a um funcionário da faculdade: "Me traga um pouco de alfafa, por favor". "E, para mim, um cafezinho", completou o aluno que, no entanto, não chegou a concluir o curso e largou a faculdade em 1919.

"A vida do Barão de Itararé é cheia de passagens trágicas. A começar pelos seus problemas de saúde, como a hemiplegia (paralisia total ou parcial da metade lateral do corpo)", conta Mary Stela Surdi, mestre em Letras pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com a dissertação Barão de Itararé - A Linguagem do Humor (1998). "Desde muito jovem, foi preso e apanhou incontáveis vezes. Mas, sempre lidou com a perseguição político-ideológica com humor e inteligência".

'Quem inventou o trabalho não tinha o que fazer'

Com passagem por diversos jornais e revistas, tanto da capital gaúcha quanto do interior do Estado, Apparício Torelly tentou a sorte no Rio de Janeiro. Na bagagem, trazia seu primeiro e único livro, Pontas de Cigarro, de poesia, de 1916, e seu primeiro jornal de humor, O Chico, que teve tiragem de oito mil exemplares, de 1918.

Aos 30 anos, foi bater à porta de O Globo. "O que quer fazer aqui?", perguntou o então dono do jornal, Irineu Marinho (1876-1925). "Qualquer trabalho serve", respondeu Apparício. "De varredor a diretor do jornal, até porque não vejo muita diferença". Sua primeira coluna, intitulada Despreso, foi publicada na versão matutina do jornal, em 10 de agosto de 1925.

Ao longo da carreira, Apparício Torelly teve dois pseudônimos: Apporelly, uma fusão de "Apparício" e "Torelly", e Barão de Itararé, o mais famoso deles, em homenagem à batalha que nunca aconteceu, na divisa entre São Paulo e Paraná, entre as tropas de Washington Luís e de Getúlio Vargas.

Com a morte de Irineu Marinho em 21 de agosto de 1925, vítima de infarto, Torelly migrou para as páginas do jornal A Manhã, de Mário Rodrigues (1885-1930), pai dos jornalistas Mário Filho (1908-1966) e Nelson Rodrigues (1912-1980). Batizada de Amanhã Tem Mais..., a coluna diária de Apporelly estreou em 2 de janeiro de 1926 e fez enorme sucesso entre os leitores.

A piada ofensiva que gerou primeira censura na internet e mudou a rede para sempre NDÃO BIBLIOTECA NACIONAL

"Eles não perdiam aquela saraivada de frases, versinhos e trocadilhos com nomes de políticos", afirma o jornalista e escritor Ruy Castro em O Anjo Pornográfico - A Vida de Nelson Rodrigues (1992). "Algumas das melhores frases já tinham sido inventadas por Bernard Shaw, Mark Twain ou Oscar Wilde, a quem Apporelly esquecia de citar. Outras, às vezes muito engraçadas, eram dele mesmo".

Entre outros trocadilhos famosos, Getúlio Dornelles Vargas (1882-1954), líder da Revolução de 1930, virou "Getúlio Dor Neles Vargas" e Filinto Müller (1900-1973), o torturador do Estado Novo, "Filinto Mula". Sobre Getúlio, aliás, disse, certa ocasião: "Sabe como se chama nosso caro presidente? Gravata Preta. Adapta-se a qualquer roupa e a qualquer regime".

Além de fazer trocadilhos com nomes de políticos, Torelly se especializou em criar paródias para frases famosas.

Apenas quatro meses depois de começar a trabalhar no jornal A Manhã, Torelly decidiu fundar seu próprio jornal: A Manha. "O jornal de humor que ele criou e manteve com ímpeto quixotesco sobreviveu de 1926 a 1959", explica o jornalista Rodrigo Jacobus, Mestre em Comunicação e Informação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com a tese Um Nobre Bufão no Reino da Grande Imprensa (2010). "Ao longo desse período, pontuou com seu humor alguns dos maiores acontecimentos do século 20, como a Revolução de 30, o Estado Novo, a Segunda Guerra Mundial...".

Em 10 de outubro de 1929, A Manha passou a circular como suplemento do jornal Diário da Noite, do jornalista Assis Chateaubriand (1892-1968), o "Chatô". A sociedade, porém, durou pouco: cinco meses.

Além da edição diária, Torelly publicou, ainda, três números de Almanhaque, ou seja, o almanaque do jornal A Manha. Um número saiu em 1949 e dois, em 1955. Todos traziam jogos, piadas e adivinhações. Seu principal parceiro na nova empreitada foi o chargista e ilustrador paraguaio Andrés Guevara (1904-1963).

SAIBA MAIS EM: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-59689669

 

domingo, 26 de fevereiro de 2023

COVID-19 SURGIU DE VAZAMENTO EM LABORATÓRIO


 Departamento de Energia dos Estados Unidos mudou seu posicionamento sobre a origem do coronavírus

O Departamento de Energia dos Estados Unidos mudou seu posicionamento sobre a origem da pandemia de Covid-19 e avalia, agora, que o vírus se espalhou provavelmente a partir de um vazamento acidental em um laboratório de Wuhan, na China. A informação consta em um relatório de inteligência confidencial recentemente fornecido à Casa Branca e aos principais membros do Congresso.

Até então, o Departamento de Energia manifestava dúvidas sobre a origem do vírus. A nova posição aparece em uma atualização de um documento de 2021 do escritório da diretora de Inteligência Nacional Avril Haines.

O novo relatório destaca como diferentes partes da comunidade de inteligência chegaram a julgamentos díspares sobre a origem da pandemia. O Departamento de Energia agora se junta ao Departamento Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês) ao dizer que o vírus provavelmente se espalhou por um acidente em um laboratório chinês. Quatro outras agências, juntamente com um painel nacional de inteligência, ainda julgam que foi provavelmente o resultado de uma transmissão natural; duas estão indecisas.

A comunidade de inteligência dos EUA é composta por 18 agências, incluindo escritórios nos departamentos de Energia, Estado e Tesouro. Oito deles participaram da revisão das origens da Covid-19 junto com o Conselho Nacional de Inteligência.

A conclusão do Departamento de Energia é relevante porque a agência possui considerável conhecimento científico e supervisiona uma rede de laboratórios nacionais dos EUA. No entanto, o departamento fez seu julgamento com “baixa confiança” de acordo com pessoas que leram o relatório confidencial. Já o FBI, que havia chegado à mesma conclusão antes, tem “confiança moderada” nesta visão.

Telegramas do Departamento de Estado dos EUA escritos em 2018 e documentos internos chineses mostram que havia preocupações persistentes sobre os procedimentos de biossegurança da China, que foram citados pelos proponentes da hipótese de vazamento de laboratório. O SARS-CoV-2 circulou pela primeira vez em Wuhan, na China, até novembro de 2019, de acordo com o relatório de inteligência dos EUA de 2021.

Autoridades dos EUA se recusaram a dar detalhes sobre as novas informações que levaram o Departamento de Energia a mudar de posição. Eles acrescentaram que, embora o Departamento de Energia e o FBI digam que um vazamento não intencional do laboratório é mais provável, eles chegaram a essas conclusões por diferentes razões.

Apesar das análises divergentes, a atualização reafirma um consenso de que a pandemia não foi resultado de um programa chinês de armas biológicas, ressaltaram as fontes. Um oficial da inteligência dos EUA confirmou que a comunidade de inteligência conduziu a atualização à luz de novas informações, estudos mais aprofundados da literatura acadêmica e consultas a especialistas de fora do governo.

A atualização, que tem menos de cinco páginas, não foi solicitada pelo Congresso. Parlamentares, principalmente os republicanos da Câmara e do Senado, vêm realizando suas próprias investigações e pressionando o governo do presidente Joe Biden e a comunidade de inteligência para obter mais informações.

As autoridades não disseram se uma versão não confidencial da atualização será apresentada.

Um porta-voz do Departamento de Energia se recusou a discutir os detalhes da avaliação. O FBI também se recusou a comentar. A China contesta que o vírus possa ter vazado de um de seus laboratórios e sugere que ele surgiu fora do país. O governo chinês não respondeu a pedidos de comentários sobre se houve alguma mudança em sua avaliação.

Em maio de 2021, o presidente Biden disse à comunidade de inteligência do país para intensificar as investigações sobre as origens da pandemia e ordenou que a revisão se baseasse no trabalho dos laboratórios nacionais e agências dos EUA. O relatório de outubro de 2021 dizia que havia consenso de que a Covid-19 não resultava de um programa chinês de armas biológicas. Mas não resolvia o debate sobre se resultou de vazamento de laboratório ou se veio de um animal, apontando que mais informações eram necessárias das autoridades chinesas. Fontes: Dow Jones Newswires/Estadão Conteúdo                           SAIBA MAIS EM: https://www.cnnbrasil.com.br/saude/agencia-dos-eua-agora-avalia-que-pandemia-surgiu-de-vazamento-em-laboratorio/

 

XEROX DEIXOU ESPÍRITO SANTO EM 2001 E ACUSOU LOBISTAS

Prédio da Xerox fechado, frente a UFES, na Av. Fernando Ferrari, 1100 Vitória/ES

Em carta enviada ao governador do Espírito Santo, José Ignácio Ferreira, anunciando o fechamento de uma fábrica no Estado, o presidente da Xerox do Brasil, Guilherme Bettencourt, afirma que a empresa havia sido procurada por pessoas que ofereceram uma "intermediação onerosa" para liberar financiamentos retidos e sustar a cobrança de impostos já pagos.                                   Este texto está nos blogs: theodianobastos.blogspot.com.br e no FACEBOOK                                                                                     A Xerox tentava liberar financiamentos de aproximadamente R$ 20 milhões do Fundap (Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias), que beneficia empresas importadoras, e evitar o pagamento de R$ 28 milhões em impostos que já teriam sido pagos.


Nesse período, a empresa teria sido procurada por lobistas que se ofereceram para fazer a "intermediação" para liberar o financiamento.

"Gerentes e diretores da empresa tinham que conviver com o constrangimento provocado por pessoas que, desconhecendo a linha ética que orienta a nossa conduta empresarial, ofereciam seus préstimos e a sua intermediação onerosa para liberar os financiamentos retidos e promover a sustação da cobrança dos impostos que a empresa já pagara", diz um trecho da carta.

Segundo Bettencourt, na carta enviada em 13 de fevereiro, "o escândalo ganhou tal proporção e publicidade que de vários escritórios de advocacia no Espírito Santo nos chegaram ofertas de serviços para a resolução daqueles impasses".

Problema herdado
O presidente da Xerox lembrou na carta que a suspensão dos financiamentos resultantes da participação da Xerox no sistema Fundap ocorreu no governo anterior, do ex-petista Vitor Buaiz. A empresa teria imaginado que se tratava apenas de um problema de fluxo de caixa do Estado.

"Qual não foi a nossa surpresa, no entanto, ao constatarmos que a Xerox era a única mutuária do Fundap cujos financiamentos estavam retidos", comenta Bettencourt.

O presidente da empresa acrescenta que, durante três anos, lutou para evitar o pagamento de R$ 28 milhões em duplicidade. Nesse trecho, relata a intervenção do governador em favor da empresa para resolver a pendência.

"Verdade seja dita, somente por ordem de Vossa Excelência, logo após a sua posse, se realizou a competente perícia documental que acabou demonstrando, de forma inequívoca, que a Xerox do Brasil já havia pago os impostos que lhe eram cobrados de novo", diz a carta.

Apesar do arquivamento dos processos de cobrança indevida do ICMS, persistiu a retenção dos financiamentos do Fundap, que permitiriam a modernização na fábrica da empresa do distrito industrial de Vitória.

Alta tecnologia
A unidade fechada no Espírito Santo era uma fábrica de tecnologia de acabamento para copiadores de alto volume de impressão que funcionou por 13 anos no Estado. Empregava cerca de cem técnicos de alto nível.

A fábrica será instalada em Rezende (RJ).                           Na carta ao governador, Bettencourt afirma que a Xerox brasileira é a grande derrotada.

"O fechamento dessa fábrica nunca esteve nos nossos planos, e a nossa disposição era modernizá-la e capacitá-la a participar do grande aumento de produção industrial que se verificará na Xerox do Brasil", escreveu.

Em entrevista à Folha, Bettencourt confirmou que a empresa foi procurada por lobistas que ofereciam serviços de intermediação e consultoria. Os contatos foram feitos por telefone e até pessoalmente.

O presidente da Xerox do Brasil afirmou, porém, que nenhuma das conversas com os lobistas prosperou, porque a empresa não autoriza nenhum tipo de negociação visando a liberação de recursos que não seja institucionalmente prevista.

Nos contatos com diretores da empresa, os lobistas mostravam que tinham informações sobre as pendências da empresa com o governo (retenção de financiamentos e cobrança de impostos em duplicidade) e afirmavam que poderiam ajudar na liberação dos recursos.                                                                                       SAIBA MAIS EM:
https://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u18165.shtml