domingo, 1 de janeiro de 2023

LULA TOMA POSSE, Mulher negra passou a faixa presidencial


 Por THEODIANO BASTOS 

Como Bolsonaro e Mourão se negaram a passar a faixa presidencial, a equipe de transição escolheu uma pessoa que representava os núcleos da sociedade que foram o pilar da vitória do petista

A faixa presidencial foi passada a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por uma mulher negra e catadora cooperativista. É a primeira vez na história do Brasil que o fato ocorre.                                                             Antes do artefato chegar ao petista, na tarde deste domingo (1º/1/23), a faixa foi passada pela mão de outros sete representantes da sociedade: um menino preto, um homem com deficiência, um metalúrgico, um professor, uma cozinheira, um artesão ativista e um cacique indígena.

A tradição do artefato ser passado pelo antecessor não foi seguida por Jair Bolsonaro (PL), que deixou o país na sexta-feira (30/12) e nem por Hamilton Mourão (Republicanos). Com a ausência, a equipe de transição escolheu uma pessoa que representava os núcleos da sociedade que foram os pilares da vitória do petista. A informação já havia sido adiantada pelo líder do Partido dos Trabalhadores (PT), Reginaldo Lopes

Quem é quem

A passagem da faixa presidencial a Lula foi histórica: além do recebimento do artefato pela mulher negra, o presidente petista subiu a rampa do Palácio do Planalto lado a lado de oito pessoas, cada uma que representava um perfil do povo brasileiro. 

Foi Aline Sousa, de 33 anos, quem passou a faixa presidencial a Lula. Ela é catadora desde os 14 anos e atua como presidente da Rede CentCoop-DF, além de ser responsável pela Secretaria Nacional da Mulher e Juventude da Unicatadores. É beneficiária de programas sociais criados por Lula, como Minha Casa, Minha Vida. 

O menino negro que estava ao lado do presidente se chama Francisco, de 10 anos. Morador da periferia de São Paulo, ele é filho de uma assistente social e de um advogado que atua em causas sociais. De acordo com a equipe de transição, Francisco esteve, com os pais, em manifestações em Curitiba em frente ao presídio e afirmou que pode ser presidente também após assistir o filme autobiográfico de Lula. 

Também estava presente no cortejo o cacique Raoni Metuktire, autoridade indígena na luta dos direitos dos povos originários e da defesa da Amazônia. Da aldeia Kraimopry-yaka, o cacique de 90 anos tem representatividade internacional e foi descredibilizado por Jair Bolsonaro (PL), que afirmou que o indígena "foi cooptado por outros países" ao criticar a gestão do ex-presidente. 

Metalúrgico do ABC Paulista desde os 18 anos, Weslley Viesba também subiu a rampa com Lula. Além de ter trabalhar na mesma profissão que Lula antes de se tornar político, Wesley também tem outros pontos em comum com a gestão do petista: conseguiu se graduar na universidade por meio do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), criado pelo presidente. 

Os professores e professoras também foram representados na passagem da faixa presidencial: Murilo de Quadros Jesus, de 28 anos, professor de português, formado em letras - português e inglês na Universidade Tecnológica Federal do Paraná subiu a rampa com Lula. 

A cozinheira Jucimara Fausto também esteve na passagem da faixa presidencial. Natural de Palotina (PR), ela se aproximou do movimento Lula Livre ao participar de um concurso de culinária promovido pelo movimento. Hoje, cozinha para a Associação dos Funcionários da Universidade Estadual do Maringá. 

O jovem potiguar Ivan Baron representou as pessoas com deficiência (PCDs) ao subir a rampa ao lado de Lula. Com mobilidade reduzida após ter meningite viral, ele é referência na luta anticapacitista e é influenciador nas redes sociais sobre o tema. 

Por fim, o artesão Flávio Pereira, de 50 anos, fecha o grupo que acompanhou Lula até o púlpito em que recebeu a faixa presidencial. Natural de Pinhalão (PR), o homem esteve na vigília Lula Livre, em frente ao presídio em que Lula esteve preso em Curitiba, por 580 dias. 

Posse

O presidente Lula subiu a rampa do Palácio do Planalto junto à primeira-dama, Janja Lula da Silva, e os representantes da sociedade, por volta das 16h53. A passagem da faixa foi acompanhada por cerca de 40 mil pessoas presentes no local — a lotação foi controlada pela equipe de transição, que fechou o local assim que o número foi atingido.

Antes do rito simbólico, Lula e Alckmin passaram por cerimônia oficial no Congresso Nacional, onde foram empossados e assinaram o termo de posse.           SAIBA MAIS EM: https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2023/01/5063003-mulher-negra-passou-a-faixa-presidencial-para-lula-veja-fotos.html - https://www1.folha.uol.com.br/poder/2023/01/lula-recebera-faixa-de-crianca-indigena-negro-e-mulher-em-nome-do-povo-brasileiro.shtml E https://veja.abril.com.br/politica/ao-vivo-acompanhe-a-posse-de-lula-como-novo-presidente-do-brasil/

 

MOURÃO DECEPCIONA GOLPISTAS


“Um bosta”, diz Carluxo após pronunciamento de Mourão
Mourão sobre os ataques dos filhos de Bolsonaro: "não entro em pântano nem me rebaixo"

Mourão: Silêncio de lideranças criou “clima de caos” e deixou conta para Forças Armadas, diz Mourão, sem citar nomes

Declaração foi feita durante pronunciamento de fim de ano; general da reserva é o presidente da República em exercício após a viagem de Jair Bolsonaro (PL) para os Estados Unidos

Carlos Bolsonaro partiu para o ataque na noite de sábado (31) após o pronunciamento de Hamilton Mourão em rede nacional.

Em publicação no Twitter, o filho 02 do ex-presidente Jair Bolsonaro escreveu: Havia forte expectativa entre os bolsonaristas de que Mourão anunciasse o golpe contra a posse de Lula.

“Nenhuma novidade vinda desse que sempre disse que era um bosta.”

O ex-vice-presidente foi alvo de Carluxo desde o início do mandato de Jair Bolsonaro.

Havia forte expectativa entre os bolsonaristas de que Mourão anunciasse o golpe contra a posse de Lula.

Após o discurso de Ano Novo, os manifestantes na frente do QG do Exército em Brasília também reagiram com xingamentos a Mourão. 

No sábado, em sua fala, o então presidente em exercício fez crítica velada a Bolsonaro e integrantes dos outros Poderes em razão de um “silêncio ou protagonismo inoportuno e deletério” que criou no país um “clima de caos”. Também pediu a apoiadores que “retornem aos seus afazeres” e disse que a alternância de poder é saudável na democracia.   

O ex-vice-presidente foi alvo de Carluxo desde o início do mandato de Jair Bolsonaro.

Havia forte expectativa entre os bolsonaristas de que Mourão anunciasse o golpe contra a posse de Lula.

Após o discurso de Ano Novo, os manifestantes na frente do QG do Exército em Brasília também reagiram com xingamentos a Mourão

No sábado, em sua fala, o então presidente em exercício fez crítica velada a Bolsonaro e integrantes dos outros Poderes em razão de um “silêncio ou protagonismo inoportuno e deletério” que criou no país um “clima de caos”. Também pediu a apoiadores que “retornem aos seus afazeres” e disse que a alternância de poder é saudável na democracia.

O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos), declarou, neste sábado (31), durante pronunciamento de fim de ano em cadeia nacional de rádio e televisão, sem citar nomes, que o silêncio de lideranças criaram um clima de caos para as Forças Armadas, após as eleições que elegeram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a Presidência da República.

“Lideranças que deveriam tranquilizar e unir a nação em torno de um projeto de País deixaram com que o silêncio ou o protagonismo inoportuno e deletério criasse um clima de caos e de desagregação social e de forma irresponsável deixaram que as Forças Armadas de todos os brasileiros pagassem a conta, para alguns por inação e para outros por fomentar um pretenso golpe”, afirmou Mourão.

Mourão é no momento o presidente da República em exercício após Jair Bolsonaro (PL) viajar, na última sexta-feira (30), para Orlando, nos Estados Unidos.

Mourão fez ainda um balanço da gestão de Jair Bolsonaro. O senador eleito disse que o governo atual entrega para Lula um país “livre de práticas sistemáticas de corrupção” e com economia pós-pandemia “mais próspera”.

Entre os avanços, citou também a privatização de estatais, uma reforma administrativa “silenciosa” e avanços da digitalização da gestão pública

Defendeu ainda a alternância do poder, algo “saudável” e que deve ser preservado em uma democracia.

Por fim, estacou que a partir deste domingo, 1º de janeiro de 2023, “mudaremos de governo, mas não de regime. Manteremos nosso caráter democrático”.  

                     SAIBA MAIS EM: https://oantagonista.uol.com.br/brasil/um-bosta-diz-carluxo-apos-pronunciamento-de-mourao/?utm_campaign=DOM_MANHA&utm_content=link-881850&utm_medium=email&utm_source=oa-email E https://www.cnnbrasil.com.br/politica/silencio-de-liderancas-criou-clima-de-caos-e-deixou-conta-para-forcas-armadas-diz-mourao-sem-citar-nomes/

 

 

sábado, 31 de dezembro de 2022

A FUGA MELANCÓLICA DE BOLSONARO

Por PABLO ORTELLADO 

Durante quatro anos, ele repetiu que a “liberdade” deveria valer mais que a própria vida. Mas, agora, quando teria de colocar seus ideais à prova, preferiu fugir para os Estados Unidos 

Depois de dois meses de silêncio, no último dia útil do seu governo, Bolsonaro falou. Foi elíptico e evasivo sobre os temas importantes e fugiu logo em seguida para os Estados Unidos. Foi um final melancólico para uma aventura perigosa. A democracia brasileira sobreviveu, mas saiu chamuscada. Ganhamos um respiro, mas o risco não foi de todo afastado.

A maior parte do pronunciamento de mais de 50 minutos foi dedicada a celebrar as realizações do governo. Mas, entre louvores ao preço baixo dos combustíveis e à criação do Auxílio Emergencial, surgiram alertas sobre a volta do PT e justificativas para ele não ter atendido aos radicais acampados nos quartéis. Tudo sob uma chuva de comentários de espectadores no YouTube pedindo intervenção militar.

Bolsonaro disse que, nestes dois meses de silêncio estratégico, não ficou parado: “Como foi difícil ficar dois meses calado trabalhando para buscar alternativas!”. As alternativas, sabemos pelas movimentações noticiadas pelos jornais, foram a busca do apoio das Forças Armadas e do Parlamento para uma ruptura autoritária.

Reunindo as menções elípticas, espalhadas pelos discurso, dá para ter uma ideia do que ele quis dizer: “Tem gente chateada comigo, [dizendo] que deveria ter feito alguma coisa, qualquer coisa. Mas, para você conseguir fazer alguma coisa, mesmo nas quatro linhas, você tem que ter apoio”. E se defendeu: “Entendo que fiz a minha parte, estou fazendo a minha parte. Agora, certas medidas têm que ter apoio do Parlamento, de alguns do Supremo, de outros órgãos e instituições”.

Bolsonaro quis atender aos golpistas acampados nos quartéis, mas simplesmente não conseguiu apoio. “Não posso fazer algo que não seja bem feito e que, assim, os efeitos colaterais sejam danosos demais”, concluiu. Bolsonaro não teve ou não conseguiu criar as condições para cumprir seus propósitos autoritários. Mas tentou. Enfrentou, porém, a resistência firme da sociedade civil e da imprensa séria.

Enfrentou também a resistência do Parlamento, principalmente quando esteve sob a liderança política de Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre. Em nenhum momento o Parlamento sinalizou que daria apoio a um movimento de ruptura, por meio da decretação de Estado de Sítio. O Congresso conteve a ofensiva legislativa na arena dos costumes e moderou os ataques de Paulo Guedes contra os direitos dos trabalhadores. Foi o Parlamento, também, que elevou os programas de transferência de renda a um patamar mais digno, aumentando o valor e ampliando a cobertura. O Parlamento, por meio da CPI da Covid, também desvelou a irresponsabilidade criminosa de Bolsonaro com relação à compra das vacinas.

Malu Gaspar: Após frustração com live, bolsonaristas falam em ‘jogada de mestre’ e ‘Heleno presidente’                                                    SAIBA MAIS EM: https://oglobo.globo.com/opiniao/pablo-ortellado/coluna/2022/12/a-fuga-melancolica-de-bolsonaro.ghtml

sexta-feira, 30 de dezembro de 2022

PELÉ MORRE AOS 82 ANOS

 


Por THEODIANO BASTGOS

Tricampeão mundial com a seleção brasileira estava internado havia um mês para tratamento de um câncer no cólon e faleceu nesta quinta-feira, aos 82 anos, mas sua saúde vinha se deteriorando há mais de 10 anos, quando tirou um rim, fez hemodiálise, teve artrite que lhe tirou a mobilidade e até como colocou uma prótese de cabeça do fêmur no quadril.

Rei do Futebol havia completado hoje, quinta-feira (29), um mês de internação em hospital de São Paulo, onde reavaliou o tratamento quimioterápico e foi diagnosticado com uma infecção respiratória.

Aberto ao público, o velório será realizado das 10h de segunda-feira até as 10h de terça, na Vila Belmiro. O enterro, restrito aos familiares, será na terça, no Memorial Necrópole Ecumênica, também em Santos.

O Hospital Israelita Albert Einstein confirma com pesar o falecimento de Edson Arantes do Nascimento, o Pelé, no dia de hoje, 29 de dezembro de 2022, às 15h27, em decorrência da falência de múltiplos órgãos, resultado da progressão do câncer de cólon associado à sua condição clínica prévia. O Hospital Israelita Albert Einstein se solidariza com a família e todos que sofrem com a perda do nosso querido Rei do Futebol.

A inspiração e o amor marcaram a jornada de Rei Pelé, que pacificamente faleceu no dia de hoje. Em sua jornada, Edson encantou todos com sua genialidade no esporte, parou uma guerra, fez obras sociais no mundo inteiro e espalhou o que mais acreditava ser a cura para todos os nossos problemas: o amor. A sua mensagem em vida se transforma em legado para as futuras gerações. Amor, amor e amor, para sempre.

Santos homenageia seu maior ídolo: "Eterno"

 Pelé passou por uma cirurgia no cólon em setembro de 2021 e desde então vinha sendo submetido a repetidas sessões de quimioterapia. No início de 2022, foram detectadas metástases no intestino, no pulmão e no fígado.                                                                  SAIBA MAIS EM: https://ge.globo.com/pele/noticia/2022/12/29/morre-o-rei-pele-aos-82-anos.ghtml E https://veja.abril.com.br/esporte/pele-ele-nao-era-mesmo-deste-mundo/

 

 


A FUGA MELANCÓLICA DE BOLSONARO PARA OS ESTADOS UNIDOS


Até o dia 1º de janeiro, quando Lula assume a presidência, Hamilton Mourão será o presidente em exercício do Brasil

O avião presidencial de Jair Messias Bolsonaro (PL) decolou para Orlando, nos Estados Unidos, às 14h02 desta sexta-feira (30/12), segundo o sistema de monitoramento do tráfego aéreo. Com isso, ao deixar o espaço aéreo brasileiro, ele deixa de ocupar a Presidência do Brasil e o cargo passa para o vice, Hamilton Mourão (Republicanos). A partir do dia 1º de janeiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assume como presidente da República. 

Bolsonaro chora em live de despedida: "O bem vai vencer o mal".

'Falta de liberdade' e eleição: veja o que disse Bolsonaro em live de despedida.

Bolsonaro vai desembarcar em Orlando por volta das 20h (no horário de Brasília) e deve passar a virada de ano na região. A expectativa é que ele fique em um resort em Palm Beach, de propriedade do ex-presidente Donald Trump, aliado do brasileiro. Depois, Bolsonaro deve partir para Miami. Publicação no Diário Oficial da União desta sexta-feira (30/12) autorizou a atuação de cinco assessores em uma "agenda internacional" com Bolsonaro entre o dia 1º de janeiro e 30 de janeiro. 

Com isso, Bolsonaro deve ficar fora do país até, pelo menos, 30 de janeiro. Ainda não há informações sobre como e quando será o retorno dele ao Brasil, já que, por ter deixado a presidência, Bolsonaro não poderá mais usar o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) — a não ser que Lula autorize. 

Bolsonaro não comunicou Hamilton Mourão sobre a saída do Brasil. Com isso, ficará sob responsabilidade de Mourão a passagem de faixa para Lula, tarefa que o vice-presidente já anunciou que não cumprirá. O PT ainda não comunicou como será feita a passagem de faixa para o presidente eleito. 

O que acontece caso Bolsonaro não passe a faixa presidencial?

A viagem para os Estados Unidos coloca um ponto final na dúvida sobre a presença de Bolsonaro na cerimônia de passagem de faixa para Lula. A Constituição Federal, no entanto, não estabelece o ritual como obrigatório, apesar do peso simbólico da passagem de faixa em 1º de janeiro.

Um decreto de 1972, assinado à época por Médici, determina regras relacionadas à passagem, pelo presidente antecessor, da faixa presidencial. O documento, no entanto, não considera este um ato obrigatório. A Constituição determina o comparecimento ao Congresso Nacional somente do presidente eleito com o intuito de prestar o juramento de cumprir a Carta Magna, como previsto no artigo 78.

É válido frisar que o texto constitucional não trata do  ritual de passagem em si. Por isso, se Bolsonaro não comparecer à posse, a solenidade segue normalmente, seguindo a hierarquia do cargo: o vice-presidente, Hamilton Mourão, e assim por diante.

Cabe ressaltar que, na história brasileira, a ausência de Bolsonaro na posse do Lula seria algo raro, mas não é a primeira vez que o país verá a cena. A última situação como essa aconteceu em 1985, quando João Figueiredo - último presidente da ditadura militar - não compareceu à posse de José Sarney, seu sucessor, após a morte de Tancredo Neves.

Presidente passará a virada de ano com a família no estado da Flórida e não cumprirá o rito democrático de entregar a faixa ao governante eleito; Hamilton Mourão ficará no posto até domingo

Em live, presidente chora e diz que 'Brasil não vai acabar em 1º de janeiro'              

quinta-feira, 29 de dezembro de 2022

OS 37 MINISTROS DO GOVERNO LULA


Do quadro político do PT:

  • Casa Civil, Rui Costa
  • Ministério da Fazenda, Fernando Haddad.
  • Ministério da Educação, Camilo Santana.
  • Ministério do Desenvolvimento Social, Wellington Dias.
  • Ministério do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira.
  • Ministério do Trabalho, Luiz Marinho.
  • Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta.
  • Secretaria das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
  • Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macedo.

Do PSB:

  • Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Geraldo Alckmin
  • Ministério da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.
  • Ministério de Portos e Aeroportos, Márcio França.

Do MDB:

  • Ministério do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet
  • Ministério dos Transportes, Renan Filho
  • Ministério das Cidades, Jader Filho.

Do União Brasil:

  • Ministério das Comunicações, Juscelino Filho.
  • Ministério do Turismo, Daniela de Souza Carneiro.
  • Ministério de Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes (filiado ao PDT, mas indicado pelo União Brasil)

Do PSD:

  • Ministério de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
  • Ministério da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
  • Ministério da Pesca e Aquicultura, André de Paula

Da Rede:

  • Ministério do Meio Ambiente, Marina Silva.

Do Psol:

  • Ministério dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara.

Do PDT:

  • Ministério da Previdência Social, Carlos Lupi.

Do PCdoB:

  • Ministério de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos.

Do PTB:

  • Ministério da Defesa, José Múcio.

Demais nomes:

  • Ministério da Saúde, Nisia Trindade.
  • Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck.
  • Ministério da Igualdade Racial, Anielle Franco.
  • Ministério da Mulher, Cida Gonçalves.
  • Ministério da Cultura, Margareth Menezes.
  • Ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida.
  • Ministério dos Esportes, Ana Moser
  • Ministério das Relações Exteriores, Mauro Vieira
  • Gabinete de Segurança Institucional, general Gonçalves Dias.
  • Advocacia-Geral da União, Jorge Messias.
  • Controladoria-Geral da União, Vinicius Carvalho. Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2022/12/lula-fecha-lista-ministerial-com-espaco-ampliado-para-mdb-psd-e-uniao-brasil.shtml 

 

BOLSA FAMÍLIA É PROJETO DE PODER, DIZ FREI BETO


Modelo do Bolsa Família não é suficiente para erradicar fome, diz Frei Betto

Responsável pelo programa Fome Zero no primeiro governo de Lula, o dominicano afirma que é necessário introduzir a dimensão educativa nas políticas sociais para o governo não se tornar um ‘balcão de benefícios’ Carlos Alberto Libânio Christo, o Frei Betto, nasceu no ano de 1944, em Belo Horizonte. Ligado à esquerda, foi preso político durante a ditadura militar, acusado de apoiar guerrilheiros como Carlos Marighella.                                                                                            Frei Betto acusa Lula de usar programas para obter votos

 

O presidente Lula quer sair do governo com um certificado ISO-15.000 na área social. Para cumprir a meta, anunciada na semana passada durante a reunião de balanço de ações sociais do governo com 14 ministros, Lula terá primeiro que se explicar. Ele é acusado de usar seu principal programa social, o Bolsa Família, como “manancial de votos”.

As acusações formam feitas pelo ex-coordenador de mobilização social do programa Fome Zero "a principal plataforma eleitoral de Lula no primeiro mandato ", e amigo pessoal do presidente, Frei Betto, que avalia que nesses sete anos de governo, o PT mudou os rumos de sua política e deixou de lado um projeto inicial de governo, para se dedicar a um projeto de poder”.

O frei dominicano "que deixou o governo Lula em 2004, por não concordar com os rumos da política petista na época " afirma que o PT, ao manter o benefício do Bolsa Família por tempo indeterminado, garante a fidelidade dos mais pobres que retribuem o benefício por meio do voto.

“Não sou contra o Bolsa Família, mas ele é incompleto, imperfeito, insuficiente e assistencialista. Perdeu-se o caráter emancipatório para o caráter compensatório, em função de um projeto político, que não é a emancipação brasileira, mas a permanência no poder, na medida em que esses beneficiários do Bolsa Família trazem em contrapartida votos”, acusou.

Bolsa Família é um programa de transferência de renda, criado para apoiar famílias pobres e garantir a elas, em especial, o direito à alimentação. No início do governo Lula, o programa fazia parte do Fome Zero "programa criado para acabar com a fome no Brasil, do qual estavam atrelados cerca de 60 programas sociais. Em 2004, o Fome Zero foi extinto enquanto programa e o Bolsa Família passou a ser prioridade do governo.

Ao site, o teólogo elogiou a política do governo para amenizar os efeitos da crise econômica mundial, mas se disse receoso sobre as conseqüências que dela no país. “Tenho a impressão que nós vamos enfrentar tardiamente as conseqüências dessa crise, principalmente no aumento do desemprego. Infelizmente, com todas as conquistas e pontos positivos do governo Lula, não se investiu no mercado interno”, considerou.

Betto estudou jornalismo, antropologia, filosofia e teologia, entrando para o convento dos dominicanos em 1965. Em toda a sua trajetória, a política e a religião sempre estiveram ligadas, sendo ele um dos defensores ferrenhos da teologia da libertação.

" Na época em que o senhor coordenava o programa Fome Zero, o contexto da economia brasileira era outro. No início de seu governo, o presidente Lula estava preocupado em aumentar o PIB e provar que daria conta de melhorar os índices econômicos do país. Agora o governo, apesar da crise, está em uma situação economicamente mais estável. Lula, inclusive, esbanja altos índices de popularidade. Em relação às questões sociais, houve também um amadurecimento do governo?

 

Bolsa Família era um dos 60 programas do leque Fome Zero. Quando nós elaboramos o Fome Zero, a proposta era que cada família permanecesse na dependência do governo federal, no máximo, por dois anos. Fim dos dois anos, a família teria condições de produzir a sua própria renda. Era um programa emancipatório. Aí, alguns setores do governo descobriram que o Bolsa Família era um grande manancial de votos. Ou seja, melhor manter as famílias dependentes permanentemente do governo, que elas vão retribuir em votos. Daí se matou o Fome Zero e se valorizou o Bolsa Família, que eu não sou contra, mas é incompleto, imperfeito, insuficiente e assistencialista. Perdeu-se o caráter emancipatório para o caráter compensatório, em função de um projeto político, que não é a emancipação brasileira. Mas é a permanência no poder, na medida em que esses beneficiários do Bolsa Família trazem em contrapartida votos.

SAIBA MAIS EM: https://www.estadao.com.br/politica/modelo-do-bolsa-familia-nao-e-suficiente-para-erradicar-fome-diz-frei-betto/ - https://oab-ma.jusbrasil.com.br/noticias/864723/frei-betto-acusa-lula-de-usar-programas-para-obter-votos