Por THEODIANO BASTOS
Jefferson
pede "desculpas às prostitutas" por comparação com Cármen Lúcia
Com 69 anos, mas
com a fisionomia de quem tem mais de 80, precisa ser submetido a um exame de
sanidade mental. Só a psiquiatria pode explicar seu comportamento.
Em depoimento, o ex-deputado reiterou ofensas e acusou ministro
Alexandre de Moraes de perseguição
O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB),
preso no último domingo (23/10), após atirar em agentes da Polícia Federal,
reiterou ofensas contra a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal
(STF). Em depoimento na audiência de custódia, o petebista disse que queria
“pedir desculpas às prostitutas" por compará-las à magistrada no vídeo divulgado na semana passada.
“Fiz um comentário mais duro contra o
voto escandaloso da ministra Cármen Lúcia. Quero pedir desculpas às prostitutas
pela má comparação, porque o papel dela foi muito pior, porque ela fez muito
pior, com objetivos ideológicos, políticos. As outras fazem por necessidade”,
afirmou.
No depoimento, o político disse ainda
que tem “absoluto desprezo” pelo presidente do TSE, ministro Alexandre de
Moraes — a quem acusou de perseguição. “Além de incompetente como Ministro,
também é incompetente para as medidas que tomou. Tenho absoluto desprezo por
ele”, disse.
“Tem comigo um problema pessoal, me
persegue por dois anos. A mim como pessoa e também ao PTB. Ele e o ministro
[Edson] Fachin. Eles cortam parte do fundo partidário do PTB contra a lei, porque
o partido se colocou contra o ativismo do STF, especialmente do ministro
Alexandre de Moraes”, declarou.
Roberto Jefferson foi preso no último domingo após mais de 8 horas de conflito. Ele
recebeu a polícia a tiros de fuzil e uma granada e chegou a ferir dois agentes
da Polícia Federal, em Levy Gasparian, interior do Rio de Janeiro. O político
teve a prisão domiciliar revogada pelo ministro Alexandre de Moraes por
“notórios e públicos descumprimentos” de decisões judiciais. Na última
sexta-feira, o ex-deputado gravou um vídeo atacando a ministra Cármen Lúcia
que, entre diversos xingamentos, chegou a comparar a magistrada a uma
“prostituta”.
Após a prisão, Moraes comentou o
desfecho, via redes sociais. O ministro parabenizou as equipes envolvidas e
repudiou o atentado aos policiais. “Parabéns pelo competente e profissional
trabalho da Polícia Federal, orgulho de todos nós brasileiros e brasileiras.
Inadmissível qualquer agressão contra os policiais. Me solidarizo com a agente
Karina Oliveira e com o delegado Marcelo Vilella que foram, covardemente,
feridos”, escreveu.
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