domingo, 5 de setembro de 2021

MOURÃO, TERCEIRA VIA EM 22?


 Por Merval Pereira

 O presidente Bolsonaro acrescentou nos últimos dias mais uma preocupação às suas desditas. Além do receio de que um dos seus filhos, ou alguns deles, sejam presos em decorrência dos inquéritos abertos no Supremo Tribunal Federal (STF) devido aos desvios de dinheiro público (peculato) com as “rachadinhas” dos salários de servidores nos seus gabinetes parlamentares, ele teme que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o torne inelegível para a eleição do ano que vem.

Não é por acaso que escolheu como alvos preferenciais os ministros Alexandre de Moraes e Luis Roberto Barroso. Este é no momento presidente do TSE, o outro o será durante a eleição presidencial. No Supremo, Bolsonaro acha que está resguardado, pois uma eventual punição depende de denúncia do Procurador-Geral da República, e não há indicação de que a renovação de seu mandato o tornou mais independente.

Seria, por caminhos transversos, uma terceira via com apoio militar, depois de idealmente ter colocado ordem na bagunça institucional em que vivemos. O destino de Mourão está atrelado a essas variáveis, pois ele prefere continuar morando em Brasília. Uma candidatura a senador, no Rio, onde morava, ou Rio Grande do Sul, onde nasceu, teria preferência à possibilidade de vir a ser candidato ao governo do Rio de Janeiro. Mesmo que apareça neste momento à frente do deputado federal Marcelo Freixo nas pesquisas de opinião, é uma hipótese que está descartada pelo momento.

Ao mesmo tempo há um trabalho no Palácio do Planalto, que envolve ministros militares e o Chefe do Gabinete Civil Ciro Nogueira, para reaproxima-lo de Bolsonaro, o que vem se demonstrando difícil. Mesmo distanciado, está convencido de que não haverá arruaças nas manifestações marcadas para o Sete de Setembro, mesmo que Bolsonaro esteja esticando a corda ao máximo às vésperas da data, como se ela significasse a arrancada final para sua tomada do poder pela força, com apoio popular.
Bolsonaro tem vivido nos dias recentes em um mundo paralelo, e finge estar certo de que montam contra ele uma armadilha para impedi-lo de competir, ou então uma apuração fraudada para derrotá-lo. Seriam pretextos para um contragolpe, como classifica suas ações antidemocráticas.
Nada indica que terá sucesso, mas é capaz de provocar grandes confusões em Brasília e em São Paulo, onde discursará para seus seguidores. O discurso na Capital deve ter um tom mais contido, porque de nada adiantará tentar estimular, à la Trump, a invasão do Congresso ou do Supremo. O esquema de segurança na Praça dos Três Poderes estará reforçado, e a multidão contida à distância.

Mas, na Avenida Paulista, território de seu arqui-inimigo João Doria, Bolsonaro pode ficar tentado a insuflar seus seguidores à radicalização, o que, dependendo do que acontecer, pode acelerar as medidas judiciais contra ele. Quando escolheu o General Hamilton Mourão para seu vice, um dos zeros de Bolsonaro comemorou, dizendo que a oposição pensaria duas vezes antes de tentar impedi-lo. O feitiço virou contra o feiticeiro, e Mourão passou a ser visto por setores militares e políticos como possível solução para o problema em que Bolsonaro se tornou. Saiba Mais:   https://blogs.oglobo.globo.com/merval-pereira/post/mourao-terceira.html

 

sábado, 4 de setembro de 2021

7 DE SETEMBRO: 60 CIDADES VÃO PROTESTAR CONTRA BOLSONARO

Isso nos faz lembrar um episódio de 1992 quando Collor pediu apoio em verde-amarelo, mas população saiu às ruas de preto.

Em solenidade no Palácio do Planalto onde o presidente Fernando Collor anuncia medidas que beneficiam taxistas e caminhoneiros e pede aos brasileiros para vestirem verde e amarelo em apoio a ele e ao seu governo.

Esse discurso do presidente Collor foi um verdadeiro tiro no pé, pois no domingo as pessoas saíram às ruas de preto em sinal de repúdio a onda de corrupção que inundava o governo Fernando Collor, e assim o presidente mostrou onde está a verdadeira maioria, está nos pés descalços e nos descamisados. 

O Collor lançou o desafio. E no domingo, o Brasil amanheceu de preto. Era o fim.

 https://blogs.oglobo.globo.com/lauro-jardim/post/atos-contra-bolsonaro-no-7-de-setembro-ja-estao-confirmados-em-ao-menos-60-cidades.html E Brasileirahttps://www.youtube.com/watch?v=eKky7ZpXxU4

quinta-feira, 2 de setembro de 2021

DINASTIA DOS BOLSONARO


Dinastia dos Bolsonaro transformou-se numa organização familiar sub judice https://noticias.uol.com.br/colunas/josias-de-souza/2021/09/01/dinastia-dos-bolsonaro-transformou-se-numa-organizacao-familiar-sub-judice.htm 

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

ESCÂDALO NA FAMILIA BOLSONARO: AGORA E A TURMA DO CARLUXO E ANA CRISTINA


O Ministério Público do Rio de Janeiro investiga o vereador Carlos Bolsonaro por supostamente ter se apropriado de R$ 7 milhões com a nomeação de funcionários fantasmas. Um deles recebeu R$ 1,5 milhão para distribuir panfletos. O esquema é similar ao utilizado por Flávio Bolsonaro

SUSPEITO Carlos Bolsonaro é acusado de promover rachadinhas em seu gabinete de vereador no Rio 

Mais um escândalo de rachadinhas está sob a investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP/RJ). O acusado da vez é o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos). A prática é conhecida na família do presidente e o esquema movimentou, segundo a investigação, R$ 7 milhões. O crime atribuído ao vereador é o de peculato, quando um servidor se apropria indevidamente de recursos públicos em benefício próprio. Vereador desde 2001, Carluxo, como é conhecido, teria utilizado parte dos salários de seus assessores fantasmas para obter vantagens. A prática, conhecida como rachadinha, acontece quando o político retém uma parte ou todo o salário dos funcionários. Também é comum a contratação de parentes que não prestam qualquer tipo de serviço.

Edir Barbosa Goes, funcionário responsável por entregar panfletos no gabinete de Carlos Bolsonaro, por exemplo, recebia um salário de R$ 17 mil mensais e não soube explicar exatamente qual era a sua rotina, nem mostrou qualquer exemplar do material que dizia entregar. Mesmo que isso fosse verdade, o MP-RJ considerou estranho um salário tão alto para um funcionário entregar panfletos. A distorção é clara. Apenas Goes custou cerca de R$ 1,5 milhão aos cofres da Câmara Municipal carioca. Outro comissionado do gabinete do vereador, Guilherme Hudson, também não foi capaz de justificar um trabalho proporcional à sua função na Câmara. Hudson é chefe de gabinete de Carlos Bolsonaro. É o posto mais alto dentro da estrutura parlamentar da Casa. Ele é primo de Ana Cristina Siqueira Valle, ex-mulher do presidente Jair Bolsonaro. Ana também foi chefe de gabinete do ex-enteado e é investigada no processo, sob a acusação de ter sido funcionária fantasma de Carluxo. As apurações mostram que ela e os outros assessores sacavam entre 80% e 90% dos salários todos os meses, cujo destino está sendo investigado pelo MP. A suspeita é que esse montante seria devolvido ao vereador. Carlos manteve entre 2007 e 2009 um cofre no Banco do Brasil e não conseguiu demonstrar aos investigadores o que guardava no local. Ele nunca declarou o que constava nesse cofre. Os promotores suspeitam que era usado para guardar dinheiro vivo, joias e documentos.

Como se sabe, em torno da família Bolsonaro sempre houve negócios com dinheiro em espécie. A ex-mulher do presidente, Ana Cristina, inclusive, comprou 14 imóveis entre 1998 e 2008, enquanto estava casada com ele, parcialmente com dinheiro vivo. Na separação do casal, os imóveis estavam avaliados em R$ 3 milhões. Outra ex-mulher do presidente e mãe do Carluxo, Rogéria Nantes Bolsonaro, pagou em dinheiro vivo R$ 95 mil, em 1996, por um apartamento na zona norte do Rio de Janeiro. Na época, ela era casada com Bolsonaro. Hoje, o imóvel está avaliado em mais de R$ 600 mil. A atual mulher de presidente, Michele Bolsonaro, recebeu R$ 89 mil em depósitos feitos pelo ex-PM Fabrício Queiroz, antigo assessor de Flávio Bolsonaro. É um tema tão sensível que irrita o presidente ao ser questionado pelos jornalistas, como se viu recentemente.

Com a mesma estratégia das mulheres de Bolsonaro, outro irmão de Carlos, o senador Flávio (Republicanos), é alvo de investigações sobre rachadinhas e outros negócios enrolados. Além de uma loja de chocolates e de vários imóveis comprados com dinheiro vivo, o senador é investigado pelo fato de seu ex-assessor Fabrício Queiroz ter movimentado R$ 1,2 milhão e que ele seria destinatário de parte desses valores. O caso é similar ao que é apurado em relação ao irmão Carlos. Já outro irmão do vereador, o deputado federal Eduardo (PSL), é investigado por disseminar fake news por meio do perfil falso Bolsofeios. O deputado Julian Lemos (PSL-PB) denuncia que ele utilizou verbas do auxílio-moradia da Câmara dos Deputados para comprar um apartamento.

Relações perigosas

Amigos do presidente também são acusados de atividades ilícitas. O pastor Everaldo foi preso pela Polícia Federal, em 28 de agosto, sob a acusação de comandar um esquema de corrupção na administração do governador afastado Wilson Witzel. O pastor foi responsável pelo batismo do presidente Jair Bolsonaro no Rio Jordão, em Israel. Ele comandava negócios fraudulentos na Secretaria de Saúde. Amigos do clã Bolsonaro menos influentes na política também frequentam os noticiários da pior forma possível. Fabrício Queiroz ainda não explicou a razão dos depósitos para a primeira-dama. Ele é o principal envolvido nas rachadinhas que favoreceram Flávio. Há ainda outras ligações perigosas com o chefe de milícias Adriano Nóbrega e com os ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio Vieira, apontados como participantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL). Adriano foi até condecorado por Flávio, a pedido de Bolsonaro, em 2005. Foragido, ele foi morto em ação policial em fevereiro. Ronnie Lessa é morador do mesmo condomínio de Bolsonaro. Ronnie e Élcio estão presos. Os negócios da família sempre foram suspeitos e a chegada ao poder apenas colocou luz em relações altamente nebulosas. https://istoe.com.br/agora-e-a-turma-do-carluxo/                                                                           Ex-mulher de Bolsonaro é investigada por suposta rachadinha na Câmara do Rio https://www.oantagonista.com/brasil/ex-mulher-de-bolsonaro-e-investigada-por-suposta-rachadinha-na-camara-do-rio/

terça-feira, 31 de agosto de 2021

AMEAÇA DE GOLPE NO 7 DE SETEMBRO


Bolsonaro: "Chegou a hora de, no dia 7, nos tornarmos independentes para valer"

"E dizer que não aceitamos que uma ou outra pessoa em Brasília queira impor a sua vontade. A vontade que vale é a vontade de todos vocês", bradou, sendo respondido em coro por apoiadores com o grito de "Eu autorizo".

... Ele defendeu que as manifestações do dia 7 darão o norte ao governo do que deve ser feito e repetiu que o comparecimento de apoiadores em massa servirá como uma foto para o país e o mundo.

"Vocês é quem devem dar o norte a todos nós que estamos em Brasília. E esse norte será dado com um exemplo, esse norte será dado com muito mais ênfase, com muito mais força no próximo dia 7. Pela manhã estarei na Esplanada e, por volta das 15h30, na Avenida Paulista em São Paulo. Lá mandaremos um retrato para o Brasil e para o mundo dizendo para onde esse Brasil irá. Irá pra onde vocês apontarem. Todos nós do Executivo, Legislativo e do Judiciário tem a obrigação de estar ao lado do povo brasileiro. São vocês quem pagam o nosso salário, quem apontam realmente as dificuldades que tem e o que devemos fazer para superá-las. Tenho certeza que juntos nós mudaremos o destino do nosso Brasil", concluiu.

https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2021/08/4946935-bolsonaro-chegou-a-hora-de-no-dia-7-nos-tornarmos-independentes-para-valer.html  -  

“Que fez Bolsonaro desde que chegou à presidência? Ele não se preocupou muito com a sua popularidade medida em pesquisas de opinião. Governou para uma fração dos que votaram nele, propondo, e muitas vezes aprovando, leis e decretos que a beneficiaram. Policiais, militares das forças armadas, grileiros, madeireiros, garimpeiros, caminhoneiros, grandes fazendeiros, milicianos, todos foram contemplados por intenções, gestos e discursos. Não por acaso, esta minoria é a mais belicosa e, infelizmente, a que tem armas para intervir na política. Descobri que a lógica de Bolsonaro é maoísta: “o poder está na ponta do fuzil”https://www.cartamaior.com.br/?/Editoria/Politica/A-ameaca-de-golpe-no-sete-de-setembro-e-alem/4/51451

Circula nas redes sociais mensagens de voz assustadoras. Que tudo vai parar no Brasil a partir de dia 5 de setembro, que vai fechar tudo, que se deve estocar alimentos e que os bolsonaristas sairão nas ruas armados, etc, etc.   

Menções ao ato bolsonarista do dia 7 explodem nas redes e trocam ataque ao STF por mote da liberdade

Análise da Quaest mostra atividades de mais de 100 mil perfis e confluência de pautas com 'componentes claros de coordenação'

sábado, 28 de agosto de 2021

ELEIÇÕES DE 22: “EVOLUÇÃO DO ESPÍRITO DO TEMPO E SUAS CIRCUNSTÃNCIAS”

Por THEODIANO BASTOS

Como sempre tenho dito, muita água ainda vai passar por baixo da ponte até outubro de 22.

Dora Kramer, arguta articulista de VEJA, em seu artigo ILUSÃO DE ÒTICA, diz que Apesar da vantagem nas pesquisas, Lula ainda precisa transpor muitos obstáculos rumo a 2022, como vencer a resistência das Forças Armadas ao seu nome, bem como dos evangélicos, a maioria dos empresários e claro os adversários políticos.

Lula teme, veja a ironia, que a candidatura de Bolsonaro a reeleição venha a derreter a ponto de fazê-lo desistir de ser candidato... e que não vinguem as candidaturas de centro.

Pelas últimas pesquisas de intenção de votos, 61% dos consultados não votaria em Bolsonaro e 47% dos que votaram nele não lhe darão mais o voto. Lula tem 54% de rejeição e num cenário deste não tem nada definido.                                                A vantagem de Lula é tão grande que apontam no momento que Bolsonaro poder nem chegar ao segundo turno.

Todavia, prestem atenção, a liderança é dos indecisos.                   O favorito para 2022 seria um candidato ainda sem nome, sem rosto, homem, honesto, com espírito de liderança e experiência política ou seja: Nem Bolsonaro nem Lula.          

TERCEIRA VIA:

Sérgio Moro? Rodrigo Pacheco, presidente do Senado? Ao contrário de Moro, Rodrigo Pacheco é um político habilidoso. “Se aceitar o convite, ele será o candidato que melhor representará a união Nacional”, diz Gilberto Kassab                                                      https://veja.abril.com.br/blog/dora-kramer/ilusao-de-otica/ e  https://veja.abril.com.br/politica/nem-bolsonaro-nem-lula-pesquisa-mostra-que-a-lideranca-e-dos-indecisos/

 

MORO E O GOLPE DOS QUADRILHEIROS

 

Perguntado sobre sua candidatura, Sergio Moro sempre respondeu que, até outubro, os partidos poderiam inventar um casuísmo para afastá-lo da disputa eleitoral.

Não há lei que não possa ser corrompida pelos quadrilheiros. Se eles respeitassem a lei, não seriam quadrilheiros.

AMEAÇA Quarentena retroativa de oito anos visa um dos nomes mais fortes para suceder Jair Bolsonaro

Está sendo desenhado um dos maiores casuísmos eleitorais já vistos no País. Os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF) e da Câmara, com o apoio do presidente Bolsonaro, pretendem tirar das eleições presidenciais de 2022 o ex-ministro Sergio Moro — justamente um dos nomes mais fortes para o pleito, com índices de intenção de voto que só rivalizam com os do presidente. Em uma sessão do Conselho Nacional de Justiça na quarta-feira, 29, o ministro Dias Toffoli propôs uma quarentena de oito anos para ex-magistrados com o objetivo de que seu poder não “seja usado para fazer demagogia, aparecer para a opinião pública e, depois, se fazer candidato”. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, no mesmo dia deu declarações endossando a iniciativa. “Acho que essa matéria está sendo amadurecida e está muito perto de chegar a um entendimento de que a estrutura do Estado não pode ser usada como trampolim pessoal”, disse. Nenhum dos dois citou nominalmente Moro, mas é evidente que esse movimento visa tirar o ex-juiz da Lava Jato das eleições presidenciais de 2022.

O vice-presidente, Hamilton Mourão, criticou no mesmo dia a “judicialização da política”. Disse que “o Judiciário tem atuado como linha auxiliar da política em ações movidas por legendas que perderam as últimas eleições ou que são derrotadas em votações no Congresso”. Suas declarações miravam ações no STF que ameaçam o presidente e podem ter repercussões nos julgamentos da impugnação da chapa Bolsonaro-Lula no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).    

https://www.oantagonista.com/despertador/o-golpe-dos-quadrilheiros-contra-moro/ E                 https://istoe.com.br/casuismo-contra-moro/