sábado, 7 de agosto de 2021

IRONIA DO DESTINO Por Dora Kramer


Tantas Jair Bolsonaro fez que acabou se expondo ao risco de tornar-se inelegível

Jair Bolsonaro não será moderado por ninguém. Não foi pelos militares, não será pelo Centrão.                      É um imoderado por natureza 

O destino é um moleque travesso. Já pregou muitas peças ao Brasil e agora pode pegar de jeito o presidente da República, que repetidas vezes ameaça o Brasil de não ter eleições em 2022 se não for feita a sua vontade de acoplar papel às urnas eletrônicas. Tantas Jair Bolsonaro fez que acabou se expondo ao risco de tornar-se inelegível.

A depender do desenrolar do inquérito do Tribunal Superior Eleitoral, pode não haver eleição mesmo, mas para ele. Já o direito — no nosso país transmutado em dever pelo voto obrigatório — do eleitorado está garantido. Primeiro, porque isso não depende da vontade do presidente. Segundo, porque assim dita a Constituição. Terceiro, porque não há condições objetivas de se impedir a realização do pleito.

Por fim, mas não menos importante, há um obstáculo intransponível: a quantidade de gente que vive de votos. São 513 deputados, 81 senadores, 27 governadores, 1059 deputados estaduais, 5568 prefeitos e 57000 vereadores.

Isso sem contar os candidatos a presidente, os respectivos vices, considerando só os beneficiários diretos, pois existe um enorme contingente de brasileiros envolvidos no processo de votação, fiscalização e apuração, todos integrantes do universo de quase 150 milhões de eleitores do país.

Como se vê, uma parada indigesta a ser enfrentada pelo chefe do governo e seu cercadinho amigo. Jair Bolsonaro não será moderado por ninguém. Não foi pelos militares, não será pelo Centrão. É um imoderado por natureza. Ocorre que as circunstâncias o obrigaram a fazer inflexão em direção à política e, se com os militares há sempre o fantasma do golpe, com os políticos o caso é diferente.

Eles não gostam de manobras radicais que solapem as liberdades por completo, notadamente a de votar, pois é do voto que vivem. Em ditaduras, políticos são meros coadjuvantes. Nas democracias estão no comando. Sob estreita vigilância da sociedade, o que não lhes assegura controle absoluto, mas o papel da política em regimes de liberdade é de protagonista. Às vezes para o mal, mas no conceito do estado de direito, para o bem.

“O Brasil terá eleição, mas em 2022 talvez Bolsonaro é quem não tenha condição de concorrer à reeleição”

Esse é um ponto, mas não o único. Concorre também para a fragilidade da ofensiva em prol da reconfiguração do Estado brasileiro à imagem e semelhança de doutrina regressiva, a volatilidade das pautas. Reivindicações que mudam — nas manifestações de rua, inclusive — ao sabor de circunstâncias e conveniências. https://veja.abril.com.br/blog/dora-kramer/ironia-do-destino-2/


BOLSONARO É UM DESCLASSIFICADO: CHAMA BARROSO DE “FILHO DA PUTA”

STF enquadra o delinquente Bolsonaro

Um dia após a reação de Luiz Fux aos insultos contra a cúpula do Judiciário, o presidente voltou a xingar o ministro que comanda o TSE

Jair Bolsonaro chamou o ministro do STF Luís Roberto Barroso de “filho da puta” nesta sexta-feira (6). Ao cumprimentar apoiadores em Joinville, em Santa Catarina, o presidente xingou o ministro mais uma vez. O episódio foi transmitido no Facebook de Bolsonaro, mas o vídeo foi deletado minutos depois.

“O filha da puta ainda traz gente (inaudível)… aquele filho da puta do Barroso.”

O presidente já havia chamado Barroso, por exemplo, de “imbecil” e “idiota”.

Mais cedo, em conversa com empresários, Bolsonaro mentiu que o presidente do TSE quer que meninas de 12 anos tenham relações sexuais. O ministro se tornou o principal alvo do presidente em sua defesa doentia do voto impresso.

Ontem, o presidente do STF, Luiz Fux, condenou os ataques sistemáticos de Bolsonaro e cancelou uma reunião entre os chefes dos Poderes. Fux disse que “quando se atinge um dos integrantes, se atinge a Corte por inteiro”.

A O Antagonista, Barroso afirmou que não vai responder ao xingamento do presidente.

Bolsonaro é um desclassificado             https://www.oantagonista.com/brasil/bolsonaro-chama-barroso-de-filho-da-puta/

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quinta-feira, 5 de agosto de 2021

CRISE INSTITUCIONAL À VISTA

(crédito: rosinei coutinho/SCO/ST)   

Fux cancela reunião com chefes dos Poderes e rebate ataques de Bolsonaro Presidente do STF diz que 'pressuposto do diálogo entre os Poderes é o respeito mútuo entre as instituições e seus integrantes'

Magistrado destacou que o presidente tem realizado ataques e propagado inverdades sobre decisões da Corte e o sistema eleitoral

Em um discurso dirigido diretamente ao presidente Jair Bolsonaro, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, cancelou uma reunião que estava marcada para ocorrer entre os chefes dos Três Poderes. O encontro estava sendo organizado pelo próprio magistrado e foi desmarcado após o chefe do Executivo atacar magistrados do Supremo e o sistema eleitoral.

Ele disse ter alertado Bolsonaro sobre os "limites do direito da liberdade de expressão". "O Supremo informa que está cancelada reunião entre os chefes de Poder, entre eles o presidente da República", afirmou o magistrado. "Quando se ataca um integrante desta Corte, se ataca a todos", disse Fux. 

O presidente do Supremo destacou que Bolsonaro divulga informações equivocadas e que não são verdadeiras. Mais cedo, Jair Bolsonaro afirmou que o ministro Alexandre de Moraes é "autoritário" e criticou a decisão de incluí-lo no inquérito das fake news, relatado por Moraes. "A hora dele vai chegar", disse o capitão da reserva do Exército, se referindo a Moraes.

Bolsonaro acusa o sistema eleitoral de ter sido fraudado, atacou nas últimas semanas o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e prometeu "agir fora das quatro linhas da Constituição", sem destacar o que faria na prática. https://oglobo.globo.com/brasil/diante-de-ataques-de-bolsonaro-ao-stf-fux-cancela-reuniao-entre-chefes-de-poderes-1-25142649 https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2021/08/4941990-fux-cancela-reuniao-com-chefes-dos-poderes-e-rebate-ataques-de-bolsonaro.html

https://politica.estadao.com.br/blogs/fausto-macedo/fux-diz-que-bolsonaro-nao-quer-dialogo-e-cancela-reuniao-dos-poderes-com-presidente/

 

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

PESSOAS FELIZES NÃO INFERNIZAM A VIDA DOS OUTROS SAIBA PORQUÊ

Já observamos que as pessoas felizes, são alegres e calmas, não usam de violência e nem se irritam facilmente?

E que, ao contrário, as pessoas infelizes se contrariam por qualquer coisa, são mal-humoradas e, algumas até se sentem aliviadas quando fazem as outras sofrerem, como elas?

As pessoas felizes, estão em paz consigo mesmas, pois, têm uma natureza bondosa, divina e pura, o que as impede de perder o controle e de se estressar por qualquer coisa.

As pessoas infelizes, estão em desarmonia com a vida, ficam desajustadas em todos os ambientes, e contaminam os que com elas convivem, com o fermento da inveja, da discórdia e do desamor.

Estejamos atentos, se não pudermos colaborar com essas pessoas desajustadas e carentes de caridoso auxílio, pois, a maioria das pessoas infelizes são arredias ao reconhecimento das próprias fraquezas, e não permitamos ser contaminados.

Mantenhamos a nossa serenidade e firmeza de propósitos, e, focados nos nossos objetivos, nos respaldemos na nossa segurança interna, na nossa coragem e persistência, e sigamos em frente. A paciência e a tranquilidade nos trarão resultados externos positivos.

Quando nos apercebemos de que temos uma pessoa tóxica na nossa vida, temos a obrigação de lhe abrir a porta para que saia. Por muito que nos custe assumir, a realidade demonstra e bem que, uma pessoa infeliz só alivia as suas tensões interiores quando prejudica os outros. Digamos que é o escape para as suas frustrações e medos.

O intuito desta Dica do Dia é valorizar aquilo que se sente e aquilo que se faz de positivo em prol dos outros e não o seu inverso.

 

Está mais do que provado que, quem está feliz não faz mal aos outros porque se sente bem e confiante consigo mesmo, com as suas escolhas e nas atividades em que participa.

 

Pelo contrário, gente infeliz, insegura e instável, ultrapassa os limites do respeito dos outros e dedica parte do seu tempo a falar mal.

 

Isto acontece porque, dentro de um fofoqueira, reside um enorme sentimento de inferioridade e crítica face à sua própria vida. As pessoas criticam os outros para não assumirem os seus erros e as suas falhas. Procuram mascarar aquilo que fazem ou sentem colocando na pele dos outros as suas frustrações não aceites ou assumidas.

 

Regra geral, uma pessoa de “língua afiada” é mal resolvida e incapaz de resolver os seus próprios problemas, razão pela qual os coloca na vida dos outros para apreciação.

 

Estas pessoas funcionam através dos outros que julgam ser piores do que elas para se poderem “livrar” daquilo que as inquieta.

 

Uma mulher que é vítima de algum tipo de violência no seio do seu lar, tende a falar mal de outra que seja resolvida e feliz. Sem se aperceber, a frustração que sente por não ser capaz de denunciar esses maus-tratos, faz com que se projete noutra que tem uma vida livre e feliz, tentando abatê-la.

 

Podemos chamar egoísmo, inveja, maldade, o que quisermos, mas o importante é saber que, uma pessoa que fala mal dos outros, tem sempre problemas que não quer ou não consegue resolver. Em vez de pedir ajuda para se concentrar na sua própria vida e superar esses obstáculos, desvia as suas atenções para a vida alheia.

 

Apenas uma intervenção psicológica seria capaz de ajudar este tipo de pessoas e se focarem mais nas suas vidas e menos nas dos outros, já que a infelicidade resulta da falta de objetivos realistas e concretizáveis.

 

Depois, criam-se enredos de tal forma grandes que, muitas vezes é mais complicado provar a verdade do que nos afastarmos de quem a inventou.

 

Sim, a solução na maior parte dos casos é ignorar e mudar de direção.

 

Certamente que o leitor(a) já assistiu de alguma forma a um comportamento desviante de alguém que, “nem trabalha nem deixa trabalhar”, “não resolve nem deixa resolver”, “não aceita mas nada faz para mudar”. Estes comportamentos estão presentes na família, nos amigos, nos colegas de escola ou de trabalho. Há muita gente que não se aceita tal como é e que, por essa razão se sente no direito de prejudicar a vida dos outros.

 

Claro que não podemos esperar que, quem opta por este estilo de vida mude. Quem tem de mudar é quem de alguma forma se sente afetado. Não podemos permitir que a nossa felicidade seja prejudicada por gente mal intencionada, muito menos ficar à espera de resultados piores.

  

O mesmo se passa com o leitor(a) quando alguém se aproxima para tentar falar de outra pessoa, não permita, pois para além de estar a ser cúmplice de algo negativo para alguém, será você o alvo mais cedo ou mais tarde.

 

Não existem muitas alternativas para além do afastamento deste tipo de pessoas que se encontram como simples vizinhos. Temos uma sociedade muito focada no consumo e com muita necessidade de se mostrar que se é melhor do que o outro, pelo que tudo vale para abater quem nos causa algum tipo de frustração e, há pessoas peritas nisso, pelo que devemos desviar-nos enquanto temos possibilidade disso.

 

Nem sempre é fácil aceitar que não se tem amigos, mas se eles não existem em nosso redor, é preferível ter “bons conhecidos” a falsos amigos!

 

No trabalho, pondere uma mudança de função quando o ambiente não for suportável, pois mais vale ter o entusiasmo de começar algo novo, a ter a frustração de não conseguir cumprir as suas tarefas.

 

As pessoas felizes e resolvidas não perdem tempo com a vida alheia porque têm muitos centros de interesse, têm uma relação estável e um ambiente familiar salutar. Gostam da sua profissão e de estar com quem as respeita.

 

As pessoas felizes são resolvidas porque resolvem os seus problemas, porque dedicam o seu tempo, energia e atenção ao seu mundo pessoal e canalizam-se para os seus objetivos. Ganham força na sua família e sentem-se bem em casa. Vão à rua para ganharem o sustento, mas também para receberem despertares para serem mais ativas e criativas.

 

Acredite… é mais fácil ser feliz do que infeliz.

 

Fátima Fernandes https://www.algarveprimeiro.com/d/pessoas-felizes-nao-infernizam-a-vida-dos-outrossaiba-porque-/25543-46

 

ACESSOS AO BLOG (em 02/08/21)

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domingo, 1 de agosto de 2021

VIDA DEPOIS DA VIDA

                                 THEODIANO BASTOS

 “O que acontece quando uma pessoa morre”?

 “Como não sabemos onde ela nos espera, é melhor esperá-la em todo lugar”, diz Montaigne, pensador francês do século 16 em Ensaios, ensina que é preciso não estranhar a morte, recomendando a se acostumar com ela.

 Este texto está no blog O Periscópio: theodianobastos.blogspot.com

Torça por mim: 'Vi meu corpo deitado, como se estivesse fora dele, na UTI', escreve Renan Dal Zotto os

Foi por um triz. Eu sei disso. Vi meu pai Radamés e minha avó Eva, já falecidos há mais de dez anos. Isso nunca tinha acontecido. Também vi meu corpo deitado, como se eu estivesse fora dele, e toda a movimentação da UTI do Hospital Samaritano, em Botafogo. Assisti na televisão à matéria anunciando a minha partida. O texto dizia que eu havia deixado esposa e dois filhos. Eu tive a sensação de morte em várias situações. E isso foi terrível. Nesse tempo ausente, nessa confusão da mente, comecei a sentir que ainda estava aqui por causa da Annalisa, minha esposa. Ela segurava a minha mão, e esse foi o meu maior conforto. Quando acordei, no 25º dia de internação, e vi a Annalisa e meus dois filhos, Gianluca e Enzo, tive a certeza que estava de volta. Porque sim, eu voltei... Sabe Roberto Carlos? “Eu voltei agora pra ficar/Porque aqui, aqui é meu lugar/Eu voltei pras coisas que eu deixei/Eu voltei.” seleção brasileira https://oglobo.globo.com/esportes/torca-por-mim-vi-meu-corpo-deitado-como-se-estivesse-fora-dele-na-uti-escreve-renan-dal-zotto-25135044?li_source=LI&li_medium=home-page-widget 31/07/21                     

Jorge Peixoto, de Nanuque/MG, amigo já falecido, contou-me certa vez que sua avó estava morrendo e o médico foi chamado que informou aos familiares que a hora tinha chegado para a enferma, já bastante idosa mas deu-lhe um injeção e para surpresa geral a idosa recuperou a consciência e disse que viu tudo, pois pairava acima do corpo e começou a dizer que sua filha Maria havia lhe dado um chá antes da chegada do médico e que ao flutuar sentia uma paz indescritível. 

 Em outro depoimento de EQM Experiência de Quase Morte, Lars Grael, o iatista que teve a perna decepada por uma lancha na baía de Vitória, esvaindo-se em sangue foi levada para o Iate Clube, onde teve parada cardíaca e antes de ser ressuscitado, disse na TV Bandeirantes não ter mais domínio sobre o corpo e passou a sentir uma paz imensa e começou a levitar e a ver seu corpo de cima para baixo. A partir desse acidente passou a ver a vida de outra maneira, a de procurar viver cada dia e cada momento da vida.

 O Céu É de Verdade - o Impressionante Relato do Menino Que Foi Ao Céu e Voltou Para Contar 

O céu é de verdade conta a história real de Colton, um menino que, aos quatro anos, quando passava por uma cirurgia de emergência, viveu uma experiência inusitada: seu espírito foi transportado ao céu, onde viu coisas extraordinárias, inclusive o trono do próprio Deus. O garoto também assistiu aos procedimentos médicos e viu o pai orando na sala de espera. No primeiro momento, a família agiu com incredulidade diante do relato, mas logo as evidências de que o menino falava a verdade se tornaram claras — Colton conheceu a irmã que fora abortada, segredo guardado a sete chaves pela família. Narradas por seu pai, mas frequentemente nas palavras do próprio Colton, as experiências relatadas em O céu é de verdade revelam a realidade e a esperança do Paraíso e do Criador.

 Todd Burpo (Greg Kinnear) é o pastor de uma igreja em Nebraska, que conta com uma congregação bastante fiel. Casado com Sonja (Kelly Reilly), ele enfrenta uma situação complicada quando seu filho, Colton (Connor Corum), precisa ser operado às pressas devido a uma apendicite. Após se recuperar, o garoto diz ao pai que anjos vieram cantar para ele durante a operação. Todd pergunta mais sobre a experiência e fica espantado quando Colton lhe diz que viu situações que ocorreram quando o garoto não estava desperto. Convicto de que o filho visitou o paraíso, Todd passa a questionar sua própria fé naquilo que pregava até então.

 “Um dia desses me disseram que, ao morrer, iria encontrar meu pai, falecido há mais de cinqüenta anos. Isso me emocionou profundamente. Se for para me encontrar com mamãe e papai, que quero morrer agora”, disse José Alencar, vice-presidente da República em Veja de 09/09/09 pág. 79

 Diz Edna St. Vincent Millay, poetisa americana, já falecida, sobre a morte:

“Não me resigno quando depositam corações amorosos na terra dura./É assim, assim será para sempre:/entram na escuridão os sábios e os encantadores. Coroados/ de lírios e louros, lá se vão: mas eu não me conformo./ Na treva da tumba lá se vão, com seu olhar sincero, o riso, o amor; / vão docemente os belos, os ternos, os bondosos; / os bravos./ Eu sei. Mas não aprovo. E não me conformo”.

 FREU em “O FUTURO DE UMA LISÃO”:

“A própria morte não é extinção, não constitui um retorno ao inanimado inorgânico, mas o começo de um novo tipo de existência que se acha no caminho da evolução para algo  mais elevado”  

 E Sócrates na hora em que bebia a cicuta, condenado pelos cidadãos de Atenas a se matar: “Se a morte for um sono sem sonhos, será bom; se for um reencontro com pessoas que amei e se foram, será bom também. Então, não se desesperem tanto”, disse a seus discípulos.

 Dr. Raymond A. Moody Jr, em seu livro “VIDA depois da VIDA” da Editora Nórdica, após mais de cinco anos de observações em prontos socorros e em mais de uma centena de indivíduos que experimentaram a morte clínica e reviveram e trás em seu livro  relatos de suas experiências espantosamente semelhantes em seus detalhes, fornecem uma prova incontestável de sobrevivência do espírito humano depois da morte e procura provar que existe vida depois da morte.

 Dr. Raymond A. Moody Jr, trás em seu livro dramáticas experiências reais de pessoas declaradas clinicamente “mortas”! São relatos tão semelhantes e  reais, tão esmagadoramente positivos, que poderão mudar a visão da humanidade sobre a vida, a morte e a sobrevivência eterna do espírito. O livro aborda pesquisa séria e impressionante do fenômeno da sobrevivência à morte física.

Uma mulher que foi ressuscitada depois de um ataque cardíaco observa: “Comecei a experimentar as mais maravilhosas sensações. Não sentia coisa nenhuma, exceto paz, conforto, tranqüilidade — só quietude. Sentia que todos os meus problemas tinham desaparecidos e pensava comigo mesma; “Que paz e quietude, e não dói nada”.

Um outro lembra: “Eu só tinha um sentimento bom e intenso de solidão e de paz... Foi lindo, e eu estava com tamanha paz na minha mente”.

Outro, depois de um grave ferimento na cabeça: “No lugar do ferimento houve um flash momentâneo.

“Um homem está morrendo e, quando chega ao ponto de aflição física, ouve seu médico declará-lo morto. Começa a ouvir um ruído desagradável, um zumbido alto ou toque de campainhas e, ao mesmo tempo, sente-se movendo muito rapidamente através de um túnel longo e escuro. Depois disso, encontra-se repentinamente fora de seu corpo físico... Logo outras coisas começam a ancontecer. Outros vêm ao seu encontro e o ajudam. Vê de relance os espíritos de pacientes e amigos já mortos, e aparece diante dele um espírito amigo de uma espécie que nunca encontrou antes – um espírito de luz”.

pessoas

 No Livro dos Mortos do Tibet, escrito há 5.000 anos: “Não empobreci um pobre em seus bens. Não fiz padecer fome. Não fraudei o preso da balança. Não coloquei nenhum dique à água corrente. Não roubei. Não matei. Dei pão ao faminto, água ao sedento, vestido ao que está nu e uma barca ao náufrago”.

 Carl Guatavo Jung, Em seu extraordinário livro “MEMÓRIAS SONHOS REFEXÕES, editora Nova Fronteira, e que só foi publicado após sua morte, depõe a respeito da sobrevivência do espírito: No início de 1944 teve um infarto e em perigo de morte administraram-lhe oxigênio e cânfora. “As imagens eram tão fortes que eu próprio concluí que  estava prestes a morrer. “Disse-me minha enfermeira mais tarde: O senhor estava como que envolvido por um halo luminoso. É um fenômeno que ela observara às vezes nos agonizantes.

E o famoso médico e psiquiatra, o mais famoso discípulo de Freud passou a descrever suas visões: “Parecia-me estar muito alto no espaço cósmico. Muito longe, abaixo de mim, eu via o globo terrestre banhado por uma maravilhosa luz azul. Via também o mar de um azul intenso e os continentes. Justamente sob meus pés estava o Ceilão e na minha frente estendia-se o subcontinente indiano. Meu campo visual não abarcava toda a Terra, mas sua forma esférica era nitidamente perceptível e seus contornos brilhavam como prata através da maravilhosa luz azul. Em certas regiões a esfera terrestre parecia colorida ou marchetada de um verde escuro como prata oxidada. Bem longe, à esquerda, uma larga extensão — o deserto vermelho-alaranjado da Arábia. Era como se ali a prata estivesse tomado uma tonalidade alaranjada. Adiante o Mar Vermelho e mais além, como no ângulo superior esquerdo  de um mapa, pude ainda perceber uma nesga do Mediterrâneo. Meu olhar voltara-se sobretudo para essa direção, ficando o restante impreciso. Evidentemente via também os cumes nevados do Himalaia, mas cercados de brumas e nuvens. Não olha “à direita”. Sabia que estava prestes a deixar a terra.

 “Mais tarde informei-me de que a distância dever-se-ia estar da Terra para abarcar tal amplidão: cerca de mil e quinhentos quilômetros! O espetáculo da Terra  visto dessa altura foi a experiência mais feérica e maravilhosa da minha vida”, disse. E quando os astronautas viram a Terra do Espaço confirmaram que ela era azul.

 Mas quando estava nesse êxtase veio ao seu encontro seu médico trazendo uma mensagem da Terra para trazer-me de volta, pois protestavam contra a sua saída e que não tinha o direito de deixar a Terra e devia retornar.

Passaram-se três semanas antes que se decidisse a viver.

Quando estava no espaço não tinha peso e nada podia me atrair. “E agora tudo terminada”, disse Dr. Jung.

 Esse depoimento e todo o conteúdo do livro ficou lacrado num cofre para só ser publicado depois de morte do Dr. Carl Guatavo Jung por Aniela Jaffé.

 O astrofísico Stephen Hawking, 69 anos, afirmou em entrevista ao jornal The Guardian que a vida após a morte é apenas um "conto de fadas" para pessoas com medo de morrer. Hawking, um dos mais conhecidos cientistas do planeta, sofre desde os 21 anos com os efeitos de uma doença que o impede de se mover e que, segundo os médicos, deveria tê-lo matado em poucos anos após os primeiros sintomas, mas que, de acordo com o próprio astrofísico, permitiu que ele aproveitasse mais a vida.

"Eu vivi com uma perspectiva de uma morte próxima pelos últimos 49 anos. Em não tenho medo da morte, mas eu não tenho pressa em morrer. Eu tenho muita coisa para fazer antes", diz ao jornal britânico. "Eu considero o cérebro como um computador que vai parar de trabalhar quando seus componentes falharem. Não há céu nem vida após a morte para computadores quebrados, isto é um conto de fadas para as pessoas com medo do escuro", afirma o cientista.

Em 2010, Hawking lançou o livro The Grand Design, no qual afirma que não há necessidade de um criador para explicar a existência do Universo. As afirmações vão contra um de seus mais famosos livros, Uma Breve História do Tempo (hoje revisado e com o título Uma Nova História do Tempo), de 1988, em parceria com Leonard Mlodinow. Nos anos 80, Hawking dizia que uma teoria do tudo, a qual Einstein buscava e que poderia explicar todas as forças e partículas do Universo, seria o que levaria o homem a "conhecer a mente de Deus".

Agora, o astrofísico descarta a vida após a morte e diz que devemos focar nosso potencial na Terra fazendo bom uso de nossas vidas.

Na terça-feira, Hawking profere uma palestra em Londres onde afirmará que flutuações quânticas no início do universo tornaram possíveis as galáxias, estrelas e, por fim, a vida humana. Ele ainda falará sobre a teoria M, que une as teorias das cordas e é vista por muitos cientistas como a melhor candidata a teoria do tudo.

ELZIRA – PENETRANDO O MISTÉRIO - 2º semestre 2012, por RUBENS SILVA PONTES

“Você já soube? ” – sussurrou d. Elzira – “eu morri e voltei”.

Da cama do hospital, onde se encontrava internada há vários dias, ela se mostrava surpreendentemente lúcida e com uma tranquilidade serena que se refletia no seu rosto quase sem rugas.

Havia uma sensação de paz na sua postura, como se o prolongado sofrimento tivesse afinal cedido lugar a um momento de inesperada revelação.

Poucos dias depois, já em casa, mas ainda acamada, Elzira exalava uma doce serenidade, contrastando com a sua própria experiência no relacionamento com as pessoas, marcado quase sempre por comportamento defensivo, às vezes até intransigente na sua relação com a vida.

Uma outra mulher se revelava nela. Doce, humilde, soberbamente lúcida, com uma desconhecida capacidade de analisar comportamentos e, para quem a ouviu nesses dias, capaz de enunciar pensamentos jamais suspeitados para quem a verdade era uma só, estreitada nas suas radicais convicções religiosas.

“Nós rezamos o Pai Nosso com hipocrisia”, disse numa tarde em que recebia visitas.

“Nós dizemos: perdoai a quem nos tem ofendido, mas, quem, entre nós, cumpre esse preceito?”

Estava implícita, ai, sua nova visão de um comportamento que, para ela (e certamente por cada um de nós) vem sendo repetido como uma tabuada decorada, sem nenhuma convicção.

Na sua visão extra-dimensional, da certeza da morte e do retorno, ela evidenciava haver recebido uma palavra iluminada que a fazia confrontar, mas principalmente aceitar, uma nova e insuspeitada verdade. Uma arrogância de “dona-da- verdade” cedia lugar a uma nova e confrontante visão do mundo e das pessoas.

“Eu vi Djalce. Magrinha e feia. Limpando vasos sanitários. Pagava ali o preço do seu orgulho, igual ao meu. Não olhava para mim”

“Voltei a vê-la depois. Bonitinha, com um vestido alegre, outra pessoa”.

Cumpria-se o ensinamento cristão, da penitencia e do perdão, e nele também ela se envolvia.

A “visão” que ela trouxe do outro lado da cortina nem sempre é nítida. Não reconheceu pessoas, vultos que passavam ou cruzavam seu caminho. Mas os símbolos são notavelmente registrados:

“ O chão era coberto por um tapete vermelho e gasto. Levantado uma ponta dele, debaixo estava o demônio”.

Pois não é o que fazemos, escondendo sob um tapete imaginário as nossas próprias sujeiras e as sujeiras do mundo? Todavia, não era ainda a vez dela:

“Havia uma porta e por ela entravam muitas pessoas que já haviam morrido. Não me foi dado entrar.”

De outra feita, conversávamos na casa dela, d. Elzira recostada na cama, queixando-se de dores no corpo.

Voltei a lhe perguntar sobre a passagem, através de espaço e tempo, na porta vislumbrada. Nesse exato momento,quando ela se preparava para responder, ouviu-se um estalo, um ruído não identificável, partindo de um ponto qualquer, às minhas costas.

Antes que eu pudesse falar, d. Elzira, que escutara também ela o ruído, foi clara, objetiva e serena:

“Esse barulho eu ouvia quando a porta era aberta para os mortos entrarem”.