THEODIANO BASTOS
O
outono da vida é o tempo para as reflexões ponderadas da maturidade e
compartilhar emoções.
Dizem os gregos que o destino conduz aquele que o consente e
arrasta o que lhe resiste. A vida, segundo Kahlil Gibran, nos toma e nos atira
de um lado para outro; o Destino nos leva de deu em deu. E nós, colhidos por
essas duas forças, ouvimos vozes terríveis e só vemos aquilo que se fixa como
uma dificuldade ou obstáculo em nosso caminho. “Fui encontrado por aqueles que
não me procuraram. Revelei-me àqueles que não perguntaram por mim”, Bíblia.
Este texto está
no blog: theodianobastos.blogspot.com
Ao escrever este ensaio tenho em mãos os livros: “Jung,
Sincronicidade e Destino Humano” de Ira Progoff (ed. Cultrix) e o “Segredo da
Flor de Ouro” de C.G. Jung e Richard Wilhelm (ed. Vozes). A Teoria das
Coincidências Significativas de C.G. Jung; — nada é por acaso, resolvi comentar
os dois livros ao mesmo tempo, estabelecendo contato de um autor com o outro,
porquanto ambos trabalham numa área altamente meritória, de ajudar os que
sofrem e a se viver melhor. Leio bem devagar e quase sempre ao som de música
clássica, desta feita ouvindo o Ofício de Trevas do Padre José Maria Xavier,
magnífica obra da música barroca mineira com a Orquestra Filarmônica de Minas
Gerais e Coral Palácio das Artes.
O conceito
central nessa definição está expresso na seguinte frase: “A Sincronicidade
considera a coincidência (ou co-ocorrências) de eventos no tempo e no espaço como
significando algo mais do que mero acaso”. É este é o princípio subjacente ao
uso que se faz do I Ching. Ele se vale de dois eventos independentes que
ocorrem ao mesmo tempo e deles extrai enorme significado, ainda que não seja
nenhuma relação de causa e efeito entre os eventos, esclarece Jung.
“Cada
vez que um acontecimento numinoso faz vibrar fortemente a alma, há perigo de
que se rompa o fio em que estamos suspensos. Então o ser humano pode cair. O
perigo do numinoso é que ele impele aos extremos e então uma verdade modesta é
tomada pela VERDADE e um erro mínimo por uma aberração fatal”, adverte o médico
psicanalista Jung. Há milênios o sábio Heráclito descobriu a Enantiodromia, a mais fantástica das leis da psicologia: a função
reguladora dos contrários, o correr em direção contrária e que um dia tudo
reverte a seu contrário.
A Enantiodromia é o estar dilacerado dos pares contrários, um estado de estraçalhamento interior, do qual só se escapa a essa punição divina, à crueldade da lei dessa importante descoberta da psicologia, quem for capaz de diferenciar do inconsciente o seu lado sombrio, colocando-o a sua frente para que tenha condições de dominá-la e mantê-la sob controle, fazendo prevalecer seu lado sadio e construtivo.Tem de tomar consciência da luta interior entre o bem e o mal, entre a luz (Yang) e a sombra (Yin). Estabelecer o relacionamento com o estranhoem nós. A Enantiodromia ,
o correr em sentido contrário. A sabedoria popular a conhece como a “Lei do
Retorno”, de causa e efeito.
A Enantiodromia é o estar dilacerado dos pares contrários, um estado de estraçalhamento interior, do qual só se escapa a essa punição divina, à crueldade da lei dessa importante descoberta da psicologia, quem for capaz de diferenciar do inconsciente o seu lado sombrio, colocando-o a sua frente para que tenha condições de dominá-la e mantê-la sob controle, fazendo prevalecer seu lado sadio e construtivo.Tem de tomar consciência da luta interior entre o bem e o mal, entre a luz (Yang) e a sombra (Yin). Estabelecer o relacionamento com o estranho
“Quando,
durante o silêncio, o espírito é tomado ininterruptamente pela sensação de uma
grande euforia, como se estivesse embriagado ou a sair de um banho em todo o
corpo; então a flor de ouro já está em botão. Quando , depois, todas as aberturas estão
tranqüilas e a lua de prata se acha no meio do céu e se tem a impressão de que
a grande terra é um mundo de luz e de claridade, isto é um sinal de que o corpo
do coração se abre para a lucidez. Este é o sinal de que a flor de ouro
desabrocha”. Mas Dante adverte: “Na
metade da vida me achei numa selva densa. Tomei o caminho errado”
E
Edna Millay em O
RENASCIMENTO :
“AH, DO
SOLO EU BROTEI! / E SAUDEI A TERRA COM TAL GRITO/ QUE NINGUÉM CONHECE, EXCETO
QUEM/ ESTAVA MORTO E RESSUSCITA”.
(*) Theodiano
Bastos é escritor, autor dos livros: “BRASIL:
O Lulopetismo no Poder”, “O Triunfo das Ideias”, “A Procura do Destino”
“Liderança, Chefia e Comando”, ‘PEGADAS DA CAMINHADA e o “Enigma de Jotapê”.
Coordenador e introdutor
das antologias publicadas pela UFES/CEPA: “Resgate
da Família: alternativa para enfrentar sua dissolução, a violência e as drogas”,
“Corrupção, Impunidade e Violência: O que fazer?”, “Globalização é Neocolonialismo? Põe a
Ciência e a Tecnologia a Serviço do Social e da Vida” e “Um Novo Mundo é Possível? Para Aonde
Vamos”. Idealizador e executor, em
parceria com a UFES/CEPA, do JOCICA –
Jovem Cientista Capixaba I,II,II e IV.
idealizador e presidente do Círculo de Estudo, Pensamento e Ação, CEPA / ES ongcepaes.blogspot.com.br