sexta-feira, 24 de abril de 2020

BOLSONARO DEVERIA RENUNCIAR

  

Depois das revelações feita por Sergio Moro, não há mais condição de Jair Bolsonaro permanecer no cargo.
FHC pede renúncia de Bolsonaro e posse de Mourão para governo retomar o foco
Poupe-nos de, além do coronavírus, termos um longo processo de impeachment. Que assuma o vice para voltarmos ao foco, diz o ex-presidente  

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso usou o Twitter para pedir a renúncia de Jair Bolsonaro na tarde desta sexta (24), após o ex-ministro da Justiça Sergio Moro pedir demissão acusando o presidente de interferir na Polícia Federal em causa própria.
“É hora de falar. Presidente está cavando sua fossa.
Que renuncie antes de ser renunciado. Poupe-nos de, além do coronavírus, termos um longo processo de impeachment. Que assuma logo o vice para voltarmos ao foco: a saúde e o emprego. Menos instabilidade, mais ação pelo Brasil”, disparou FHC.

Cometeu crimes de falsidade ideológica e prevaricação na exoneração de Maurício Valeixo, porque Moro não assinou a decisão nem Maurício Valeixo pediu para sair, ao contrário do que foi publicado no Diário Oficial e divulgado pela Secom.
Cometeu crime de obstrução da Justiça, ao tentar interferir em investigações da PF, inclusive com a vontade manifesta de ter acesso a relatórios de inteligência, preocupado com inquéritos que correm na STF. O presidente queria no comando da PF “alguém para quem ele pudesse ligar”. Tudo para tentar salvar os filhos enrolados na Justiça.
Se tivesse alguma honra, Bolsonaro deveria renunciar.                Se não renunciar, que se inicie o processo de impeachment.    O governo, de qualquer forma, já acabo
Lava Jato: “É inconcebível que o presidente tenha acesso a informações sigilosas ou que interfira em investigações” Parte inferior do formulário
A força-tarefa da Lava Jato manifestou repúdio às tentativas de Jair Bolsonaro, reveladas por Sergio Moro, de interferir em investigações da Polícia Federal e obter informações sigilosas.
“As investigações devem ser protegidas de qualquer tipo de ingerência político-partidária. É inconcebível que o Presidente da República tenha acesso a informações sigilosas ou que interfira em investigações”, afirmaram, em nota, os procuradores de Curitiba. PUBLICIDADE
“A tentativa de nomeação de autoridades para interferir em determinadas investigações é ato da mais elevada gravidade e abre espaço para a obstrução do trabalho contra a corrupção e outros crimes praticados por poderosos, colocando em risco todo o sistema anticorrupção brasileiro.”
Leia a íntegra da nota:
“Os procuradores da República integrantes da força-tarefa da operação Lava Jato do Ministério Público Federal no Paraná vêm a público manifestar repúdio às noticiadas tentativas de interferência do Presidente da República na Polícia Federal em investigações e de acesso a informações sigilosas.
1. A operação Lava Jato demonstra que o trabalho do Estado contra a corrupção exige instituições fortes, que trabalhem de modo técnico e livre de pressões externas nas investigações e processos.
2. Assim, a escolha de pessoas para cargos relevantes na estrutura do Ministério da Justiça e da Polícia Federal deve ser impessoal, guiada por princípios republicanos e jamais pode servir para interferência político-partidária nas investigações e processos.
3. Da mesma forma, as investigações devem ser protegidas de qualquer tipo de ingerência político-partidária. É inconcebível que o Presidente da República tenha acesso a informações sigilosas ou que interfira em investigações.
4. A tentativa de nomeação de autoridades para interferir em determinadas investigações é ato da mais elevada gravidade e abre espaço para a obstrução do trabalho contra a corrupção e outros crimes praticados por poderosos, colocando em risco todo o sistema anticorrupção brasileiro.”

 

Estadão: Vera Magalhães, Moro sai para ser pivô do impeachment de Bolsonaro

Com saída de Sérgio Moro, dólar dispara e ultrapassa R$ 5,70; Bolsa cai quase 7%

Relembre: Moro defendeu ida a Brasília para consolidar avanços anticorrupção

São Paulo, Brasília e Rio têm panelaços durante anúncio do ex-juiz da Lava Jato

Andreza Matais e Fausto Macedo 

Moro demorou a perceber que compromisso do presidente era só falácia

Moro deixa o governo após recado de Bolsonaro sobre ministros 'estrelas'

Eliane Cantanhêde 

Interferir em investigações da PF é muito mais grave do que pedalada fiscal

Pedido de demissão de Moro repercute na imprensa internacional

Flávio Arns, senador do Paraná: A saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública é mais uma lástima que se acumula em meio a tantas crises que estamos vivenciando em nosso país. O que esperar agora? Polícia Federal sem comando técnico? Mais retrocessos no combate à corrupção?
O pronunciamento do ex-ministro Sérgio Moro ao anunciar sua saída nos trouxe a indicação de diversos crimes de responsabilidade. Interferência política com o objetivo de intervir em investigações da Polícia Federal é fato gravíssimo. O Brasil não pode aceitar os retrocessos apontados na fala de Moro.
Estamos e sempre estivemos junto com Sérgio Moro por confiar no seu brilhante e obstinado trabalho no combate à corrupção que, a partir da Operação Lava-Jato, ajudou a escrever uma nova página na história do Brasil. Pela primeira vez na história não se escolheu quem seria punido, a justiça foi feita independente de cargo ou classe social.
Sua saída, da forma como ocorreu, deixa em todos nós um enorme sentimento de dúvida sobre o futuro. A atitude do Presidente Bolsonaro fere de morte a confiança dos brasileiros. https://www.oantagonista.com/ 24/04/20
                        

quinta-feira, 23 de abril de 2020

COVID-19, CURA COM ANTICOAGULANTE

Contra covid-19, tratamento com anticoagulante é testado no Sírio Libanês

Agravamento de infecção pelo coronavírus pode estar relacionada à formação de micrococoágulos nos vasos sanguíneos

Por Estadão Conteúdo, access_timePublicado em 7 abr 2020, more_horiz
A descoberta de que o agravamento de infecção pelo coronavírus pode estar relacionada à formação de micrococoágulos nos vasos sanguíneos fez médicos do Hospital Sírio Libanês iniciarem de forma experimental o uso de anticoagulante para o tratamento de pacientes internados com a doença
COVID-19, CURA COM ANTICOAGULANTE
Em alguns casos, já foi observada melhora.O teste foi iniciado há cerca de três semanas no hospital paulistano quando a pneumologista Elnara Marcia Negri, médica do Sírio e professora livre docente de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), soube de achados de colegas que estavam examinando os corpos de pacientes que morreram vítimas da infecção.A partir de necropsias feitas nos cadáveres em São Paulo, patologistas encontraram a presença de pequenos coágulos nos vasos sanguíneos de diversas partes do corpo das vítimas.

“Temos de fazer uma análise rápida, mas examinamos os corpos dos mortos para informar para os clínicos que estão cuidando dos vivos os mecanismos de ação do vírus”, explica o patologista Paulo Saldiva, coordenador do grupo que realiza as autópsias e também professor da FMUSP.

De acordo com os especialistas, essa reação de coagulação está associada à uma resposta inflamatória exagerada do organismo quando o vírus ataca as células. “É uma tempestade inflamatória e isso leva a pequenas coagulações nos vasinhos dos órgãos. Com esses microcoágulos, a circulação de sangue e a oxigenação dos órgãos essenciais vai sendo interrompida, o que pode levar à morte”, explica Elnara.

Com a informação, a médica obteve a autorização do Hospital Sírio-Libanês para começar a administrar doses controladas do anticoagulante heparina em pacientes internados.

“O pulo do gato é tentar iniciar o tratamento antes de o paciente ir para a intubação porque os coágulos começam a se formar antes mesmo dele ficar com um quadro de insuficiência respiratória grave. Eles começam quando o paciente já está precisando de oxigênio, mas não necessariamente de intubação”, explica.De acordo com a pneumologista, 30 pacientes já fizeram uso do anticoagulante. Pelos resultados observados até agora, que a médica faz questão de frisar que são preliminares, dois grupos de pacientes podem ser mais beneficiados pelo uso do remédio: os internados que já têm baixa na oxigenação, mas que ainda não foram para a intubação, e os que já estão em ventilação mecânica.

“No primeiro caso, a expectativa é de que o tratamento evite que eles evoluam para um quadro ainda mais grave e precisem de intubação. No segundo, a tentativa é permitir que eles saiam mais rápido do respirador e diminuir o risco de morte.”

Elnara afirma que, com base no que foi observado até agora, está finalizando um protocolo de pesquisa que será submetido à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) para que o estudo seja ampliado. https://exame.abril.com.br/ciencia/contra-covid-19-tratamento-com-anticoagulante-e-testado-no-sirio-libanes/

Dra. Elnara Márcia Negri
CRM (SP): 69.522

Formação profissional: Ano de Formação: 1990.
Universidade: Universidade de São Paulo (USP).
Especialização: Pneumologia, Medicina Intensiva e Broncoscopia.

Títulos, cargos e filiações: 1996 - Especialista em Endoscopia Respiratória, Sociedade Brasileira de Pneumo e Tisiologia.
1995 - Título de Especialista em Medicina Intensiva, AMIB.
1994 - Título de Especialista em Pneumologia, Sociedade Brasileira de Pneumo e Tisiologia.

Publicações: 52 trabalhos publicados em Anais de Congressos Médicos Internacionais.
27 Trabalhos completos publicados em Periódicos.
10 capítulos de livro (vide Curriculum Lates CNPq).

Prêmios e homenagens: Prêmio Silver para o pôster In vivo evaluation of the airway epithelium in a murine model of allergic asthma: effects pf brochodilators on ciliary beat frequency. TOLEDO, A. C.
Prêmio Bronze para o pôster: Newplastic pulmonary tymphangitis and pulomnary hypertension: quality of life evaluation in the 21 patientes. DETTINO, Aldo L A et al.
Prêmio Silver para o poster:Analysis of the mucus properties in smokers with lung cancer or extra-pulmonary cancer and non smokeers with pulmonary metastais. Souza, A A et al, 16th ERS Annual Congress. 
Prêmio Rockfeller melhor aluna do Curso Básico e Premio Domingos Goulart de Faria de melhor aluna de todo o Curso de Medicina, Faculdade de Medicina da USP.



quarta-feira, 22 de abril de 2020

TUDO PASSA, INCLUSIVE AS TEMPESTADES.


“UM BELO DIA, por qualquer razão, a epidemia do novo coronavírus vai acabar. Seja porque teremos encontrado uma vacina, seja porque o tratamento terá se tornado banal, podendo ser adquirido em toda farmácia de esquina.                                                             As pessoas retornarão às ruas e lotarão os transportes públicos. Irão ao cinema e aos jogos de futebol. As praias ficarão cheias nos fins de semana. Tomara que sim. 
...O fim de uma crise que não sabemos como se encerrará, nos leva  à certeza de que, no fim das contas, nada vai ser como antes” Murilo Aragão, VEJA 22/04/20

terça-feira, 21 de abril de 2020

FORÇAS ARMADAS OBEDECEM A CONSTITUIÇÃO


Diz o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva pós atos contra o Congresso e o STF:                     
As Forças Armadas trabalham com o propósito de manter a paz e a estabilidade do País, sempre obedientes à Constituição Federal.
O momento que se apresenta exige entendimento e esforço de todos os brasileiros.
Nenhum país estava preparado para uma Pandemia como a que estamos vivendo. Essa realidade requer adaptação das capacidades das Forças Armadas para combater um inimigo comum a todos: o Coronavírus e suas consequências sociais.
Um dia depois de atos em que manifestantes pediam intervenção militar e o fechamento do Congresso e do STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, disse nesta segunda-feira (20) que "as Forças Armadas trabalham com o propósito de manter a paz e a estabilidade do País, sempre obedientes à Constituição Federal." O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) discursou no ato ocorrido em Brasília.
A manifestação de Azevedo veio em nota oficial que não menciona os atos de domingo (19). No texto, o ministro diz que "o momento que se apresenta exige entendimento e esforço de todos os brasileiros", e que "o coronavírus e suas consequências sociais" são um "inimigo comum". 
Mais cedo hoje, o procurador-geral da República, Augusto Aras, solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de um inquérito para apurar possíveis crimes cometidos durante os atos de ontem. Comunicado divulgado pela PGR diz que "o inquérito visa apurar possíveis violações da Lei de Segurança Nacional", e lembra que "uma das pautas de parte dos manifestantes era a reedição do AI-5, o ato institucional que endureceu o regime militar no país." 
No ato de ontem em Brasília, Bolsonaro fez um discurso em que pediu que a população "faça tudo o que for necessário para o país ter o lugar de destaque que merece" e declarou que não iria "negociar nada". Os manifestantes gritavam "Mito", "Fora, Maia" -- em alusão ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) -- e "AI-5".  
Instituído em 1968, o AI-5 foi o ato institucional mais duro da ditadura militar (1964-1985). A medida revogou direitos fundamentais e delegou ao presidente da República o direito de cassar mandatos de parlamentares, assim como intervir nos municípios e estados. O AI-5 também suspendeu quaisquer garantias constitucionais, como o direito a habeas corpus, e instalou a censura nos meios de comunicação. A partir da medida, a repressão do regime militar recrudesceu.
Por ter comparecido a um ato pró-intervenção militar e a favor do fechamento do Congresso e do STF, o presidente recebeu críticas de diversos setores, como ministros do Supremo, parlamentares e governadores de diferentes espectros políticos, além de representantes da sociedade civil.
Hoje de manhã, Bolsonaro disse que defende o STF e o Congresso abertos. A declaração ocorreu enquanto o presidente falava à imprensa na saída do Palácio da Alvorada e um apoiador dele gritou para que houvesse o fechamento do Supremo.
"Esquece essa conversa de fechar. Aqui não tem que fechar nada, dá licença aqui. Aqui é democracia. Aqui é respeito à Constituição Brasileira. Aqui é a minha casa, é a tua casa. Eu peço, por favor, que não se fale isso aqui. Supremo aberto, transparente. Congresso aberto, transparente", disse Bolsonaro.
É isso o que estamos fazendo. https://www.cnnbrasil.com.br/ 21/04/20


segunda-feira, 20 de abril de 2020

MILITARES REPROVAM PARTICIPAÇÃO DE BOLSONARO EM ATO ANTIDEMOCRÁTICO


BOLSONARO RECUA

Um dia após ato, Bolsonaro diz que não atacou Poderes e defende Congresso e STF abertos


Presidente recriminou apoiador que pediu fechamento do Supremo em manifestação que pedia intervenção e criticava as duas instituições
Após vigorosas manifestações contra sua inaceitável  participação em manifestação favorável ao AI-5, Bolsonaro faz pronunciamento nesta manhã de 20/04, dizendo que a manifestação era para a reabertura das atividades econômicas e que houve infiltração com faixas pedindo o fechamento do Congresso e do STF e que ele contra isso.  

QG militar
O Estadão consultou sete oficiais-generais (cinco do Exército, um da Aeronáutica e um da Marinha) sobre a carreata golpista de Jair Bolsonaro.
Eles disseram que o gesto foi uma “provocação”, “desnecessária” e “fora de hora”.
Um deles acrescentou: “Se a manifestação tivesse sido na Esplanada, na Praça dos Três Poderes ou em qualquer outro lugar seria mais do mesmo. Mas em frente ao QG, no dia do Exército, tem uma simbologia dupla muito forte. Não foi bom porque as Forças Armadas estão cuidando apenas das suas missões constitucionais, sem interferir em questões políticas.”
O golpe no WhatsApp
O discurso de Jair Bolsonaro na carreata do AI-5 foi programado por sua turma.
Diz o Estadão: “Embora Bolsonaro tenha tentado passar a ideia de que o ato foi de improviso, na esteira de carreatas pela reabertura do comércio, seguidores bolsonaristas convocaram as manifestações pelas redes sociais para comemorar o Dia do Exército.
‘O Brasil vai parar. Na frente dos quartéis’, dizia uma das convocações, ao pregar a ‘deposição’ do Supremo e de governadores.
Além disso, mensagens de WhatsApp traziam endereços de vários quartéis e batalhões pelo país. O texto era acompanhado das hashtags #abaixoSTF e #abaixoCongressoNacional”.

UM FREIO PARA BOLSONARO
Jair Bolsonaro “ultrapassa limites e desafia o estado de direito”, diz O Globo, em editorial.
“Ele tem sido coerente com seu passado e, à medida que se sente legalmente tolhido a praticar um enfrentamento sem base científica da epidemia da Covid-19, radicaliza, tendo chegado a um ponto perigoso ontem, ao participar de manifestação em Brasília em que se pregou golpe militar (…).
Bolsonaro demonstra conviver mal com os freios e contrapesos de uma democracia representativa. Desde o início do seu governo ele já teve várias oportunidades de aprender que Legislativo e Judiciário existem para atuar ao lado do Executivo de forma harmônica, mas que existem barreiras institucionais para conter um poder que tente se sobrepor aos outros.” https://www.estadao.com.br/ e https://www.oantagonista.com/brasil/ 20/04/20


domingo, 19 de abril de 2020

CRISE INSTITUCIONAL À VISTA, A DEMOCRACIA CORRE PERIGO


Por Theodiano Bastos

Quando o Brasil deveria procurar a união interna para enfrentar essa terrível pandemia, vejo com grande preocupação que teremos dias sombrios pela frente; uma tempestade perfeita à vista.
Governadores assinam carta contra ataques de Bolsonaro a Maia e Alcolumbre
Os governadores de 20 estados assinaram uma carta em defesa dos presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre.
O documento diz que o presidente Jair Bolsonaro afrontou “princípios democráticos que fundamentam nossa nação” por suas declarações contra o Congresso na semana passada.
Divulgado na tarde deste domingo, o documento foi intitulado “Carta Aberta à Sociedade Brasileira em Defesa da Democracia”.
“O Fórum Nacional de Governadores manifesta apoio ao Presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre e ao Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, diante das declarações do Presidente da República, Jair Bolsonaro, sobre a postura dos dois líderes do parlamento brasileiro, afrontando princípios democráticos que fundamentam nossa nação”, dizem. 
A carta é assinada pelos govenadores Renan Filho (Alagoas), Waldez Góes (Amapá), Rui Costa (Bahia), Camilo Santana (Ceará), Renato Casagrande (Espírito Santo), Ronaldo Caiado (Goiás), Flávio Dino (Maranhão), Mauro Mendes (Mato Grosso), Reinaldo Azambuja (Mato Grosso do Sul), Helder Barbalho (Pará), João Azevêdo (Paraíba), Paulo Câmara (Pernambuco), Wellington Dias (Piauí), Wilson Witzel (Rio de Janeiro), Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), Carlos Moisés (Santa Catarina), João Doria (São Paulo), Belivaldo Chagas (Sergipe) e Mauro Carlesse (Tocantins).
Marco Aurélio: “Não há espaço para retrocesso”
Questionado neste domingo sobre a participação de Jair Bolsonaro em ato que defendia intervenção militar, o ministro Marco Aurélio Mello afirmou que “não há espaço para retrocesso”.
“Os ares são democráticos e assim continuarão. Visão totalitária merece a excomunhão maior”, disse.
Mais cedo, os ministros Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes também se manifestaram sobre os atos deste domingo que defendiam, entre outras coisas, o fechamento do Congresso Nacional e do STF.
Os ‘especialistas’ e os ‘democratas de retroescavadeira’
O procurador Ailton Benedito se manifestou sobre os atos deste domingo que pediam, entre outras coisas, a intervenção militar e o fechamento do Congresso. “Não esqueçam, ‘especialistas’, burocratas, jornavírus e democratas de retroescavadeira:
Constituição, art. 1º, parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.” Ailton é secretário de Direitos Humanos da Procuradoria-Geral da República.



quarta-feira, 15 de abril de 2020

A CHINA QUE ASSUSTA 2


“Quando A China Despertar... O Mundo Tremerá” disse Napoleão Bonaparte, citado em livro por Alain Peyrefitte


Por Isaac Averbuch, ex-diretor da ANEEL
Amigos, esta é uma leitura obrigatória!
Quando a URSS desintegrou-se e caiu o Muro de Berlim, muita gente pensou que o comunismo havia acabado. Ledo engano: nunca esteve tão vivo e perigoso. Mas a ameaça agora vem do outro lado do planeta.
O comportamento da China tem revelado que se trata da pior e mais temível ditadura que a humanidade já conheceu. Esqueçam a URSS, porque diante do dragão chinês Lênin e Stalin eram aprendizes de feiticeiro. O pavoroso regime nazista durou pouco mais de uma década e, felizmente, não deixou filhotes pelo mundo afora. Para quem gosta de números, basta dizer que estima-se que o regime implantado por Mao matou, só na China, mais gente do que a Segunda Guerra Mundial inteira. Detalhe: eram seus próprios compatriotas. Nem vou mencionar as mortes causadas por regimes inspirados por ele em outros países.
O regime chinês é muito mais ameaçador que outros regimes totalitários porque se trata de uma ditadura rica (como a URSS jamais foi), com meios tecnológicos nunca vistos, um poderio militar cada vez maior e com atuação global como nenhuma outra alcançou. A China, de forma cada vez mais explícita, apresenta seu projeto de hegemonia mundial, algo assustador e que precisa ser combatido o mais breve possível. O Ocidente precisa entender que no nosso planeta há vários mundos e os valores praticados em cada um deles são muito distintos. A China é um desses outros mundos. Não se pode tratar a China como as nações ocidentais tratam-se, umas às outras, simplesmente porque seu governo e seu povo têm valores e concepções de mundo totalmente diferentes e não estão dispostos a abrir mão deles para se comportar como achamos que todas as nações deveriam, inclusive porque acreditam que ninguém tem poder suficiente para obrigá-los a fazer isso.
Para a China, valores como liberdade, democracia respeito a direitos humanos são assuntos totalmente irrelevantes. Afinal, seu povo nunca conheceu a liberdade. Lá não há respeito a tratados e contratos, exceto quando lhes beneficiam. O Judiciário é uma simulação grotesca. Não se respeita a propriedade intelectual. Não há liberdade religiosa. É um regime racista, pois tem como política a eliminação física ou cultural de minorias étnicas, algumas das quais submetidas à força ao regime chinês, como é o caso do Tibet ou dos muçulmanos de Xinjiang, esses submetidos a "campos de reeducação". Para a China só existe uma coisa: os interesses do partido comunista e seus líderes e burocratas e não há escrúpulos na busca desses interesses. Evidentemente, eles negam toda essa realidade.
Na China não existe mais privacidade. O controle sobre a internet é amplamente conhecido. Quem quiser usar o wi-fi de um aeroporto precisa usar um chip adquirido na China, ou seja, tudo o que for feito no telefone poderá ser rastreado. Não há "ponto cego" nas estradas chinesas. Todos os carros são fotografados em cada uma das estradas. Nas salas de aula os estudantes são filmados e recursos de inteligência artificial analisam as expressões dos alunos para saber se estavam atentos ou sonolentos durante as aulas. O que os professores dizem, claro, é gravado. Eu estive na Praça da Paz Celestial. Mais de 30 depois, ainda hoje a praça é cercada, todos que lá entram são revistados e cada poste tem, no mínimo, seis câmeras.
Dito isso, agora se observa que ao regime chinês não é suficiente exercer uma implacável censura e sufocar qualquer forma de oposição dentro das suas fronteiras. Pretende exercer essa censura pelo mundo afora, determinando o que as pessoas podem dizer ou não a respeito do seu regime cruel. A China nos pretende "conceder o direito" apenas de elogiá-la, já que a ditadura de Xi Jin Ping não aceita qualquer espécie de crítica. Quem a critica fica sujeito a sanções comerciais. Ou seja, uma espécie de chantagem: o silêncio sobre o regime atroz é obtido mediante ameaça. O regime contrariado com as opiniões de uma pessoa usa isso para ameaçar um país inteiro.
Quanto ao fato de a China ser o maior parceiro comercial do Brasil, isto é um fato, mas na verdade isso é um espantalho, como se a China comprasse as nossas mercadorias por amizade, quando, na verdade o faz por puro interesse comercial: os produtos que lhes vendemos são bons e competitivos. Além disso não há muitas alternativas no mundo para fornecer, de uma hora para outra, os milhões de toneladas de ferro e soja que a China precisa. Se a China criar alguma dificuldade no comércio e for buscar produtos em outros mercados, nossos exportadores terão um pouco mais de trabalho, mas conseguirão vender suas mercadorias. Aliás, qualquer pessoa do mundo dos negócios sabe que a dependência de um único grande comprador ou fornecedor nunca é uma situação muito segura. Seria bom que nossos exportadores buscassem diversificar a sua atuação ao invés de, alegremente, se submeterem às ameaças chinesas.
Essa pandemia mostrou claramente ao mundo o risco que é depender da China e contar com a inexistente boa fé do seu regime. A esmagadora maioria dos produtos de uso médico é produzida na China. Só que a China também "produz" epidemias e não avisa tempestivamente quando elas ocorrem. A China manipula dados, para esconder os fracassos do governo (algo típico dos regimes comunistas). E, não mais que de repente, o mundo fica de joelhos, sem poder sequer reclamar de quem causou os problemas e tendo que agradecer pela "ajuda" que recebe e pela "boa vontade" chinesa de vender produtos e insumos médicos. Isso tudo enquanto assiste, sem piar, a China leiloando essas mesmas mercadorias que já haviam sido pagas por diversos países. Não vou acusar a China de ter criado ou espalhado propositalmente o novo coronavírus, mas a esta altura, estão estudando minuciosamente as fragilidades sanitárias e econômicas do Ocidente frente a uma eventual guerra biológica.
Há pouco anos a China anunciou um projeto gigantesco, a "Nova Rota da Seda", para, supostamente, ampliar o comércio mundial. O plano é outro: aumentar ainda mais a dependência do mundo em relação aos produtos fabricados na China e ampliar sua influência política, emparedando o Ocidente. A pandemia deixou evidente que a "Nova Rota da Seda" é o caminho para o suicídio do mundo ocidental. Não há como competir com a China. Para usar o vocabulário marxista, lá há um "exército industrial de reserva" de centenas de milhões de pessoas dispostas a trabalhar em condições inimagináveis em troca de um prato de arroz. O desrespeito escancarado à propriedade industrial elimina os custos e os riscos de pesquisa que as empresas nos países do Ocidente precisam assumir para criar novos produtos. As práticas comerciais chinesas são condenadas no restante do mundo.
A pergunta que fica é: como enfrentar a China e garantir a liberdade e a prosperidade, a longo prazo, do mundo livre? nenhum país sozinho pode fazer isso, nem os EUA. Mas, por sua sobrevivência, o Ocidente precisa encontrar um modo de fazê-lo. O mundo não pode ficar à mercê dos hábitos alimentares exóticos dos chineses e das manipulações do seu governo comunista. Isso não é trabalho para um governante, é um trabalho para gerações e para estadistas. A atual geração de líderes ocidentais é extremamente medíocre e não tem capacidade intelectual ou de liderança para tal empreitada, mas é importante que o trabalho de contenção comece já. Seja no campo comercial, seja no campo militar, começando por barrar as pretensões hegemônicas da China sobre o Pacífico e restringir as suas práticas comerciais desleais. É preciso recuperar a autonomia ocidental na produção da maioria dos produtos hoje fabricados na China. Também é necessário evitar o domínio da China sobre as organizações multilaterais, como a OMS, onde instalou um lacaio na presidência. Os chineses já começaram a apropriar-se dos recursos naturais da África, valendo-se da miséria crônica e dos governos corruptos que abundam naquele continente e já colocou seus pés firmemente na Europa. Já instalou a sua primeira base militar fora da Ásia, no Djibuti, um país paupérrimo, bem na rota do petróleo pelo Canal de Suez. Também se apropriou do petróleo venezuelano ao apoiar o criminoso regime de Maduro, que ainda não desabou apenas por esse motivo. Já começaram a investida no terreno das comunicações (no Brasil associaram-se à Globo e compraram parte da Band). Um eventual controle chinês sobre a internet é uma ameaça global para a qual a imensa maioria das pessoas ainda não se atentou, mas deveria, porque o risco é real e imediato e os danos provavelmente serão irreversíveis.
Importante ressaltar: quando eu falo da China, estou me referindo ao seu regime comunista, não ao seu povo. O povo chinês já trouxe importantes contribuições à humanidade, como a bússola, o papel e a pólvora. Nos deram grandes filósofos, como Confúcio e Lao Tsé e têm manifestações artísticas admiráveis. Tirando os excessos de exotismo, sua culinária é admirada no mundo inteiro. Ao contrário do seu Partido Comunista, o povo chinês é pacífico. Basta observar o comportamento de Taiwan, um país etnicamente composto por chineses e comparar com o da Coreia do Norte, que a China sustenta para ameaçar, por procuração, o Ocidente e seus aliados na Ásia enquanto Xi Jin Ping faz discursos pela cooperação mundial e pela liberdade de comércio.
O povo chinês é uma coisa, o partido comunista e seu regime são outra. Não nos enganemos: a ditadura chinesa é um perigo que ou enfrentamos de forma decidida ou em poucas décadas estaremos tomando sopa de morcego e sendo obrigados a dizer que é gostoso.