ELEIÇÃO EMBOLADA E INDEFINIDA
Merval Pereira: Eleição será decidida nos últimos dias pelo voto útil
A imprensa
está festejando o Datafolha, que frustrou a expectativa de crescimento de Jair
Bolsonaro parece que ele alcançou o teto com 24% dos votos e perder para todos
os concorrentes e é o mais rejeitado, com 43%
Para algum candidato vencer no primeiro turno, segundo especialistas, terá de ter 60 milhões de votos e isso nenhum candidato conseguirá e para vencer no segundo turno, ainda segundo especialistas, deverá ter 55 milhões de voto. Vamos aos números da pesquisa :
Bolsonaro sobe 4 pontos e
chega a 26% após atentado, aponta Ibope, mas rejeição está em 41%
Levantamento mostra Ciro Gomes (PDT) com 11%;
Marina Silva (Rede) e Geraldo Alckmin com 9% cada; e Fernando Haddad (PT) com
8%
Datafolha: empate quádruplo em 2º lugar e pouco efeito para Bolsonaro após ataque
Esta é a
primeira pesquisa do instituto que não traz nenhum cenário com o ex-presidente
Lula.
Jair
Bolsonaro ( 24%) Ciro Gomes (13%), Marina Silva (11%), Geraldo Alckmin (10%) e
Haddad (9%) tecnicamente empatados
A primeira pesquisa Datafolha
divulgada após o atentado ao deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ), na
última quinta-feira, mostra uma pequena oscilação positiva para o candidato do
PSL à presidência da República, de 22% para 24%, dentro da margem de erro, de 2
pontos para mais ou para menos. Quem apresentou maior oscilação positiva foi o
ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), que tinha 4% e, agora, aparece
com 9% — a expectativa é de que sua candidatura seja oficializada em
substituição à do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira.
O ex-governador do Ceará Ciro
Gomes (PDT) teve o segundo melhor desempenho: saiu de 10% para 13%. Já o
ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) teve oscilação modesta, de 9%
para 10%. O pior cenário é o da ex-ministra Marina Silva (Rede), que tinha 16%
na última pesquisa e agora aparece com 11%. A queda de Marina foi mais
acentuada entre as mulheres, passando de 19% para 12%. Já Bolsonaro aumentou
sua popularidade entre o público feminino, com oscilação de 14% para 17%.
Essa é a primeira pesquisa
Datafolha que não inclui o nome do ex-presidente Lula, cuja candidatura foi barrada pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE). O levantamento divulgado nesta segunda-feira — e
pesquisado também nesta segunda-feira, com perguntas a 2.804 pessoas — chegou a ser adiado por conta das dúvidas em
relação às formalidades decorrentes da decisão do TSE em relação Lula. Boa
parte da expectativa em relação a essa pesquisa estava depositada no efeito da
comoção causada pelo ataque a faca a Bolsonaro. O deputado não apenas oscilou
pouco positivamente como sua rejeição subiu de 39% para 43%.
A segunda candidata mais
rejeitada da pesquisa é Marina Silva, com 29% — antes era 25%. Outra rejeição
que oscilou para cima foi a de Haddad, de 21% para 22%. Alckmin teve queda na
rejeição, de 26% para 24%, assim como Ciro, que deixou o patamar de 23% para o
de 20%. A pesquisa também mostra uma queda na taxa de indecisos, de 22% para
15%. O segundo pelotão tem o senador Alvaro Dias (Podemos-PR), o ex-ministro Henrique Meirelles (MDB) e João Amoêdo (Novo) com
3%. O restante dos deputados não soma mais de 1% cada.
Nos cenários de segundo turno, Bolsonaro não tem
vida fácil contra nenhum adversário, e teria chance de vitória apenas contra Haddad.
Os dois aparecem tecnicamente empatados: 39% para o petista e 38% para o
deputado do PSL. Bolsonaro perderia para Marina (por 43% a 37%), Alckmin (43% a
34%) e Ciro (45% a 35%). Ciro ganharia em todos os outros cenários pesquisados:
de Alckmin (39% a 35%) e Marina (41% a 35%).
REJEIÇÃO DOS CANDIDATOS
Jair Bolsonaro (PSL): 43% (39%), Marina
Silva (Rede): 29% (25%), Geraldo Alckmin (PSDB): 24% (26%), Ciro Gomes (PDT):
20% (23%), Fernando Haddad (PT): 22% (21%), Rejeita todos/não votaria em
nenhum: 5% e Poderia votar em todos: 1%, Não sabe/não respondeu: 10%
Fontes: Folha de São Paulo, El Pais e O Antagonista.