quinta-feira, 10 de março de 2016

‘EXÉRCITO DE STÉDILE’ : CLIMA TENSO EM VITÓRIA



CLIMA TENSO EM VITÓRIA
André Garcia, secretário de segurança pública do ES, com receio de uma tragédia, proibiu que grupo contra o impeachment faça protesto do domingo, na praça do pedágio da Terceira Ponte, impedindo a passagem dos manifestantes de Vila Velha para a Praça do Papa em Vitória, para evitar confrontos, mas a CUT – ES diz que não abre mão do local.  

MST (O EXÉRCITO DE STÉDELE) OCUPA O PALÁCIO ANCHIETA EM VITÓRIA/ES
Os ânimos estão muito tensos em Vitória.                       Há mais de 20 dias centenas de membros do MST estão acampados no estacionamento da Secretaria de Educação do ES
(bem perto do pedágio da Terceira Ponte...) e 400 manifestantes de lá se deslocaram no dia 08 de março para invadir o Palácio Anchieta no sede do governo do Espírito Santo, onde ficaram por 8 horas e de lá só saíram às 11 horas da noite, prometem voltar nos protestos de 13/03 (domingo) impedindo a passagem dos manifestantes de Vila Velha para Vitória fechando a Terceira Ponte. 
As declarações de Lula foram feitas em 24 de fevereiro durante um ato em defesa da Petrobras realizado no Rio de Janeiro. "Também sabemos brigar. Sobretudo quando o Stédile colocar o exército dele nas ruas", disse o ex-presidente na ocasião.   
O MST (Movimento dos Sem Terra) é presidido por João Pedro Stédile e o objetivo dele nas manifestações do próximo domingo, 13 de março, é provocar um derramamento de sangue e se possível cadáveres para incendiar o Brasil.
“Manifestações do dia 13: Exército já está em regime de sobreaviso
por Ancelmo Gois, 10/03/2016 
A paz esteja convosco
O que se diz é que o Exército está numa espécie de regime de sobreaviso nas principais cidades onde haverá manifestações contra o governo, domingo agora. Não é prontidão, quando o militar fica aquartelado. Mas o pessoal de algumas unidades ficará em contato entre si. A ação é comum em qualquer democracia”.                                                                        Fonte: http://blogs.oglobo.globo.com/ancelmo/                          
PT está com 'sangue nos olhos' e 'faca nos dentes',  relatam dirigentes. Petistas dizem que 'não têm nada mais a perder' e vão radicalizar...

Militantes a favor de Dilma em Vitória ameaçam confronto no próximo domingo. A direção do PT e da CUT dizem que grupos estarão na Praça do Pedágio da Terceira Ponte para impedir a passagem dos manifestantes de Vila Velha para a Praça do Papa em Vitória e não descartam agressões, conforme reportagem de A TRIBUNA de 07/03.                              Em 15 de março de 2015 mais de 100 mil pessoas se concentraram na Praça do Papa em Vitória/ES.




terça-feira, 8 de março de 2016

A JARARACA




“Se o Instituto Lula recebeu R$ 20 milhões das empreiteiras da Lava Jato e se o ex-presidente Lula ganhou R$ 10 milhões dessas mesmas empreiteiras por palestras, por que raios ele não comprou o sítio de Atibaia por R$ 1,5 milhão e reformou as áreas internas e a piscina por R$ 700 mil para desfrutar dele 111 vezes, guardar as 200 caixas do Alvorada, levar o barquinho da família e os pedalinhos dos netos?

E por que Lula não deu para Marisa Letícia o tríplex do Guarujá, instalou aquele elevador chique, mobiliou a cozinha e os quartos, tudo de primeira? Dinheiro ele tinha, de sobra. Como diria o jornalista Carlos Marchi, ainda sobrariam uns bons trocados. Aliás, o que Lula fez com os R$ 10 milhões, mais o salário de oito anos de Presidência, com cama, comida, roupa lavada e uísque de graça? Gastar com os filhos não foi, porque os meninos estão muito bem, obrigada.

De duas, uma: ou Lula é patologicamente pão-duro, desses que escondem o dinheiro debaixo do colchão para os amigos pagarem até o cafezinho, ou... a questão é de outra natureza: política. Apesar de milionário, ele precisava do mito do menino pobre de Garanhuns, que não tinha o que comer, perdeu um dedo nas fábricas e virou o eterno pobre dos pobres, que veio ao mundo salvar os desvalidos como ele próprio.

Só assim, mantendo a mítica do grande líder, do pastor de almas, do salvador da Pátria, Lula teria, mesmo acuado e ferido, poder para jogar milhares de ovelhas (ou feras) para confrontos de rua contra adversários, imprensa e o algoz Sérgio Moro, um juiz a serviço dos ricos e poderosos – ah, e do PSDB!

É assim que, aos 70 anos, Lula encarna até hoje o líder juvenil que incendiou os metalúrgicos paulistas, depois os sindicalistas de outros setores e por fim os intelectuais do País inteiro. Não pode se dar ao luxo de comprar com o próprio dinheiro um sítio, um tríplex. Senão, como vai olhar a massa olho no olho, falar de igual para igual, jogar os pobres contra os ricos?

Com escritura lavrada de sítios e tríplex na praia, Lula temia perder a aura de vítima dos ricos inconformados porque milhões saíram da miséria e se aboletam nas cadeiras dos aviões. Como iria acusar “a elite branca de olhos azuis” por todas as mazelas? (Marisa é uma “galega” (como ele a chama) loura de olho verde, mas verde pode, azul é que não pode.)

Tudo, portanto, poderia se resumir ao marketing, ao ilusionismo, que produzem um preconceito às avessas: se Lula é pobre, não se formou, duela com o vernáculo, toma umas e fala palavrões, ele se beneficia nas duas pontas: é um “igual” para as massas e um “inimputável” para as elites (como definiu o mestre Clóvis Rossi).

Logo, pode fazer o que bem entende, está não só acima das leis, mas do bem e do mal. Mas há mais do que marketing: ambição. Aí entram Petrobrás e empreiteiras.

Foi pelo preconceito às avessas que, em 1989, o adversário de Collor poderia ter sido Ulysses Guimarães, triplo presidente, Leonel Brizola, ícone da resistência em 1964, Mário Covas, três em um, ou, pela direita, Aureliano Chaves, honesto e cabeçudo. Mas não. Nenhuma dessas biografias e credenciais bateu o mito Lula, embalado pelo carisma, pelas massas, pelas elites intelectuais. Anos depois, o próprio Lula admitiu: “Ainda bem que não fui eleito!”.

Aos que me xingam até de “vagabunda” por definir o 4 de março de 2016 como um dia profundamente triste, repito que foi, sim. Porque Lula foi a utopia e a esperança de uma geração, criou o partido da ética, da justiça, da igualdade e, no seu governo (as condições são outros 500), o Brasil brilhou no mundo e as pessoas eram felizes, esbaldavam-se com fogões, geladeiras, carrinhos e aviões. Mas, ao final, ele e o PT de linda história comprovam, melancolicamente, o quanto o poder deforma e corrompe”.
Fonte: http://politica.estadao.com.br



domingo, 6 de março de 2016

AGONIA MORAL DE LULA



AGONIA MORAL                                             por J. R. Guzzo
 
O ex-presidente Lula perdeu a batalha mais importante de sua vida. Tem pela frente, ainda, um demorado tiroteio nas altas, médias e baixas cortes da Justiça Penal brasileira. Mas não tem mais esperanças de sobreviver a uma doença para a qual não existe cura conhecida: a destruição de sua força moral. Trata-se do conjunto de atributos que realmente separa os homens, e mesmo as nações, em matéria de sucesso ou fracasso, e ao qual se costuma dar o nome genérico de caráter. Sabe-se desde sempre o que entra nesse conjunto. Entram aí o valor da palavra dada, a reputação, o respeito aos outros e a si próprio, a capacidade de transmitir confiança. É a força que faz uma pessoa falar e ser naturalmente acreditada. É a coragem para assumir responsabilidades, enfrentar momentos adversos, não abandonar os amigos em dificuldade. É o exercício da honestidade e da integridade comuns. Em suma, é o que na linguagem do dia a dia se chama de “vergonha na cara” ─ ou honra pessoal. Muito mais que fama, força ou riqueza, é o que realmente faz a diferença. Fará toda a diferença para Lula. Sua batalha está perdida porque ele perdeu o bem mais precioso que poderia ter ─ a força moral decisiva para tornar-se alguém que valha a pena como pessoa e como homem público.

Hoje, vivendo acuado num prédio de escritórios do bairro paulistano do Ipiranga, com suas despesas pagas por magnatas, cercado não pela massa dos pobres que diz ter salvado, mas por negociantes de “marketing”, burocratas do PT, parasitas variados e uma armada de advogados que pouquíssimos brasileiros poderiam pagar, Lula está só. Do povo, nem sinal. O homem que tanto menosprezou os adversários falando de sua popularidade de 100% não pode ir a um campo de futebol ─ nem ao estádio do Corinthians, em Itaquera, cuja construção impôs para a Copa do Mundo de 2014, da qual não conseguiu assistir a um único jogo. Não pode ir jantar um frango com polenta em São Bernardo. Não pode ir a uma loja, comer um pastel de feira ou andar sem a proteção de um regimento de seguranças. Não pode ir ao infeliz sítio de Atibaia que tanto frequentou até faz pouco, e no qual empreiteiros amigos socaram uma fortuna em reformas ─ nem, menos ainda, a esse amaldiçoado tríplex do Guarujá. Não pode, no fim das contas, sair à rua ─ e, como se fosse um castigo, não pode gastar livremente no próprio país os milhões de reais que ganhou fazendo palestras para construtoras de obras públicas e outros colossos da elite empresarial brasileira. Que líder de massas é esse?

 Aos 70 anos de idade, Lula veio acabar metido na situação contrária à que Guimarães Rosa descreve num conto particularmente genial de sua vasta coleção de contos geniais, o Burrinho Pedrês. Como se lembram os leitores da história, o modesto burrinho sabia uma coisa mais importante que todas as outras, para quem, como ele, tinha sido sorteado com uma vida difícil ─ jamais entrava em lugar algum de onde não soubesse como sair depois. O ex-presidente entrou com tudo. Agora precisa sair, mas não sabe onde está a saída.
É certo que Lula não será ajudado, nessa procura por um caminho capaz de tirá-lo do buraco, por nenhuma das manobras que vem utilizando há trinta anos para dar a volta em seus problemas. A causa verdadeira do colapso que vive hoje é o fato de ter entrado em estado de coma moral ─ e isso não se resolve chamando um gerente de propaganda para bolar comerciais de TV, da mesma forma que “imagem”, por mais esperteza que se empregue em sua criação, não substitui caráter. Também não adianta gastar dinheiro com advogados que passam o tempo armando chicanas processuais e outros truques destinados a impedir que se julgue o mérito real dos fatos alegados contra ele; isso pode funcionar como estratégia de fuga, mas não cria valores em cima dos quais se consiga construir uma reputação. Não é possível sair do lugar em que o ex-presidente se enfiou distribuindo camisetas vermelhas, fretando ônibus e pagando diárias, sempre com dinheiro público, a milícias que se apresentam como “movimentos sociais”. Dá errado, cada vez mais, continuar atirando em Fernando Henrique Cardoso ─ isso para ficar apenas no alvo que se tornou sua ideia fixa ─ na esperança de provar que “todo mundo é igual”; quanto mais tentam fazer a comparação, mais chocantes ficam as diferenças de conduta entre os dois. Enfim: tem-se tentado de tudo, e nada dá certo. Continuará assim, pois nada altera a pane central que existe nessa história: Lula não é o homem que diz ser. Também não é o que seus admiradores, de boa-fé ou por interesse, acham que seja.
A desmontagem da estrutura ética do ex-presidente está sendo feita unicamente através de fatos, não de alegações; e são fatos que não precisam mais ser provados, pois todas as provas já foram exibidas e confirmadas. Mais: nenhum deles, até agora, foi apresentado ao público brasileiro pela oposição, que se limita a acompanhar sua divulgação na imprensa e fazer o mínimo possível de comentários.
A derrota, enfim, não veio por causa de nenhuma batalha dessas que fazem tremer a terra ─ nada de Waterloo, ou de invasão da Normandia no Dia D. Tudo veio acabar em mesquinharia e pequenez, nas miudezas miseráveis da reforma de um sítio de segunda linha, nas 200 caixas de mudança da “transportadora Cinco Estrelas”, nos desvãos de uma arapuca imobiliária que lesou 3 000 famílias com um golpe na praça. Não houve a discutir, nessa demolição, uma única questão de princípio, filosofia política ou consciência ─ ficou tudo exclusivamente numa conversa de fim de feira sobre quem é o dono do tríplex na cooperativa falida, quem pagou a cozinha Kitchens, quem mora de graça na casa de quem. Mais que qualquer outra coisa, ficou uma palavra-guia, a palavra que não pode mais calar na biografia de Lula: empreiteira, empreiteira, empreiteira. É aí, na hora da verdade, que ele encontrou de fato sua perdição.
Nada destruiu tanto a autoridade moral de Lula quanto seu convívio com as empreiteiras de obras brasileiras, durante e depois de seus dois mandatos. Nunca antes, em toda a história do Brasil, houve um presidente da República com tantos e tão íntimos amigos entre os empreiteiros. Alguém é capaz de citar outro? Em apenas quatro anos, de 2011 a 2014, momento em que a casa começou enfim a cair, Lula recebeu 27 milhões de reais para fazer palestras encomendadas pelos gigantes da construção pesada no país. Foi presenteado, também, com contribuições milionárias para sustentar as despesas do seu Instituto Lula ─ isso e mais viagens de jatinho, uma antena de celular a 100 metros do sítio que utiliza em Atibaia, e as obras de reforma nesse mesmo e malfadado sítio, que agora atormentam sua vida. Os presentes não vieram apenas das empreiteiras, certo, mas isso não melhora sua situação em nada ─ vieram de fontes mais sombrias ainda, como um consórcio de estaleiros que vivem de contratos com a Petrobras, o Banco BTG Pactual, um “centro de estudos” de Angola. Através da francesa GDF Suez, há traços até da inesquecível Astra Oil, que vendeu à Petrobras o ferro-velho da refinaria americana de Pasadena, algo tão parecido com uma negociata em estado puro, mas tão parecido, que até hoje não foi possível descobrir a diferença. Ganhar dinheiro fazendo palestras para essa gente está dentro da lei? Está. Está dentro da moral comum? Não está, e é aí que começa e acaba o problema. Um ex-presidente da República não pode, simplesmente não pode, aceitar dinheiro de empresas que dependem do Tesouro para sobreviver. É isso, e ponto final.
Como seria possível confiar na imparcialidade, na palavra e na integridade de valores de alguém que anda em tais companhias, ainda mais quando se sabe da influência que exerce no governo que está aí? Lula recebeu dinheiro das empreiteiras porque foi presidente do Brasil por oito anos, e não por seus conhecimentos em matéria de viadutos, ferrovias e usinas hidrelétricas; ninguém lhe daria um tostão furado se tivesse sido apenas presidente de sindicato. Lula diz o tempo todo que só chegou ao comando da nação porque os pobres votaram nele. Mas não vê nenhum problema no ato de transformar em dinheiro vivo, agora, o apoio que recebeu dos humildes ─ a quem deve tudo, inclusive sua transformação em milionário. O ex-presidente, de tempos em tempos, diz que tem o direito de ser rico. Tem, mas não tem. Não pode botar no bolso, sem se desmoralizar, 27 milhões de reais de empreiteiros ─ nem ser seu amigo íntimo, prestar-lhes serviços, permitir que lhe paguem despesas, aceitar que sejam sócios de um dos seus filhos e sabe-se lá ainda o que mais. Um homem público como ele não pode, nessas coisas, ser igual aos demais cidadãos. Tem de abrir mão de uma porção de confortos; é o preço a pagar para manter inteira a sua moral. Se achar injusto, bastará deixar a vida pública; ninguém é obrigado a ser presidente da República.
Lula acostumou-se a achar que tem direito a tudo, e não está sujeito a nada. Imaginou que pudesse ser o mais querido entre as empreiteiras ─ e que isso não iria lhe trazer problema algum. Achou que seus dois filhos pudessem ganhar milhões fazendo negócios com empresas que dependem do governo. Não viu nada de mais em meter-se com uma quadrilha que vendeu apartamentos na planta a bancários, roubou o dinheiro que recebeu deles e foi à falência sem entregar os prédios. Com exceção, claro, de um ou outro que foi concluído por uma empreiteira, mais uma, e reservado aos amigos ─ entre eles o que abriga o tríplex do Guarujá. O que Lula, que nem bancário é, estava fazendo no meio dessa gente? As histórias vão adiante e adiante; o que apareceu escrito aqui está muito longe de ser tudo. Mas é o suficiente. Este é um combate que claramente chegou ao fim
Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/ Publicado na versão impressa de VEJA

sábado, 5 de março de 2016

13 DE MARÇO: RISCO DE CONFRONTOS



13 DE MARÇO:                                       RISCO DE VIOLÊNCIA NAS RUAS
Analistas preveem confrontos nas ruas e escalada da crise política

"A Operação Alethéia, 24ª fase da Lava Jato, que conduziu coercivamente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para depor em São Paulo, deve aprofundar a crise política e acirrar os confrontos entre governistas e oposicionistas, inclusive com episódios de violência nas ruas.
Essa é a hipótese –e preocupação– a que chegaram, por caminhos diferentes, intelectuais ouvidos pela Folha.
"A tendência à violência de rua é muito forte porque existem elementos que podem justificar o discurso de Lula e do PT de que eles são perseguidos", avalia o cientista político Aldo Fornazieri.
"Se, pela via institucional não se vê saída, os conflitos passam a ser resolvidos na rua, o que é muito grave para um país. Mais grave ainda quando o Judiciário é arrastado para dentro do processo de radicalização política."
Para ele, isso se deve a questionamentos feitos à Lava-Jato, como vazamentos supostamente seletivos. "As autoridades têm de ter muita serenidade para evitar a radicalização do processo político no país".
O filósofo Roberto Romano diz que "se não se assumir uma prudência muito grande, a coisa pode degringolar, o que plantará uma situação ainda mais difícil para a falta de governabilidade que o país já enfrenta atualmente."
Segundo ele, nenhum dos poderes funciona normalmente no momento. "A presidente não consegue governar e está ameaçada de impeachment. O presidente da Câmara virou réu da Lava-Jato. O do Senado pode virar a qualquer momento. E o Ministério Público tem trabalhado a toque de caixa, em ritmo de urgência."
Para Renato Janine Ribeiro, professor de ética e filosofia política e ex-ministro da Educação do governo Dilma, a operação contra Lula foi "abusiva". "Não se trata um ex-presidente da República desse jeito. Ele deveria ter sido convidado a depor primeiro."
Para Romano, apesar da operação Aletheia, "o mito Lula vai sobreviver de maneira reduzida àqueles que sempre foram seus fiéis seguidores".
Fornazieri calcula que ela aprofunda o desgaste de Lula e do PT, cuja recuperação depende da capacidade de reação do partido. "O PT tem se mostrado tímido, quase acovardado e, neste episódio, reagiu de forma confusa."
Já Janine Ribeiro, avalia que, "para a direita, a operação equivale à condenação de Lula, uma vez que ela tem se comportado como se qualquer pronunciamento do aparelho judicial implicasse numa condenação". "Para a esquerda, a operação representa a consagração de Lula como mártir político." 

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/05/03/16