sexta-feira, 18 de setembro de 2015

PT É A CLEPTOCRACIA NO PODER, diz Gilmar Mendes



Gilmar Mendes acusa PT de cleptocracia
Ministro do Supremo Tribunal Federal recomenda ao partido do governo que ‘faça um combate à corrupção, varra a roubalheira que instalou no País’
Por Fausto Macedo e Julia Affonso, ESTADÃO
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, e vice-presidente do TSE, sugeriu ao PT nesta sexta-feira, 18/09/15, que ‘faça um combate à corrupção, varra a roubalheira que ele instalou no País’. Ao ser indagado se tem medo do PT, que o ameaça processar por seu voto durante julgamento do STF – que por oito votos a três barrou as doações de empresas nas eleições -, o ministro disse. “Seria bom que eles processassem todas essas estruturas que eles montaram.”
As declarações do ministro foram dadas após ele participar de uma mesa de debate do Grupo de Estudos Tributários da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Segundo Gilmar Mendes, ‘na verdade o que se instalou no País nesses últimos anos está sendo revelado na Operação Lava Jato é um modelo de governança corrupta, algo que merece o nome claro de cleptocracia, isso que se instalou’.
“Isso está evidente, veja o que fizeram com a Petrobrás, veja o valor da Petrobrás hoje, por isso que se defende com tanta força as estatais. Não é por conta de dizer que as estatais pertencem ao povo brasileiro. Porque pertencem a eles. Eles tinham se tornado donos da Petrobrás. Esse era o método de governança.”
Na avaliação do ministro, ‘infelizmente, para eles, e felizmente para o Brasil, deu errado’. Gilmar Mendes atribui ao PT a crise que abala o País. “Estamos nesse caos por conta desse método de governança corrupta. Temos hoje como método de governança um modelo cleptocrata.”
O ministro aponta enriquecimentos ilícitos de petistas. Citou a compra de obras de arte caríssimas, como descobriu a Lava Jato e fez uma comparação. “Veja, não roubam para o partido, não roubam só para o partido, é o que está se revelando, roubam para comprar quadros. Isso lembra o encerramento do regime alemão quando se descobriu que os quadros do partido tinham quadros, tinham dinheiro no exterior, é o que estamos vivendo aqui.”                                              Fonte: http://politica.estadao.com.br (18/09/15)


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Para Gilmar Mendes, PT “tinha plano perfeito” para “se eternizar no poder”

Ministro do STF diz que país segue “modelo de governança corrupta”

por , 18/09/2015 19:52
SÃO PAULO - O Ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta sexta-feira que o PT tinha "um plano perfeito" para se "eternizar no poder", mas que a Operação Lava-Jato "estragou tudo".
- A Lava-Jato estragou tudo. Evidente que a Lava-Jato não estava nos planos, porque o plano era perfeito, mas não combinaram com os russos.
O ministro participou em São Paulo de um seminário na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), ao lado do presidente da entidade, Paulo Skaf (PMDB).
Para ele, que votou contra o fim do financiamento privado de campanha, o PT é contra esse modelo porque, com o dinheiro desviado da Petrobras, "tem dinheiro para disputar a eleição até 2038" e "deixariam uns caraminguás para os demais partidos".
- Era uma forma fácil de se eternizar no poder. Pelas contas do novo orçamento da Petrobras, R$ 6,8 bilhões foram destinados à propina. Se um terço disso foi para o partido, eles têm algo em torno de R$ 2 bilhões em caixa. Era fácil disputar eleição com isso.
Para o magistrado, o esquema revelado pela Operação Lava-Jato mostrou que o país segue "um modelo de governança corrupta", uma "cleptocracia", que significa um Estado governado por ladrões.
- Na verdade, o que se instalou no país nesses últimos anos e está sendo revelado na Lava-Jato é um modelo de governança corrupta, algo que merece um nome claro de cleptocracia. Veja o que fizeram com a Petrobras. Eles tinham se tornado donos da Petrobras. Infelizmente para eles, e felizmente para o Brasil, deu errado.
Gilmar acabou derrotado, já que o STF aprovou o fim da doação privada de campanha por 8 votos a 3, na votação que terminou nesta quinta-feira.
Fonte: http://oglobo.globo.com/ 18/09/15


 

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

EM BUSCA DE UMA SAÍDA



EM BUSCA DE UMA SAÍDA
por Zuenir Ventura .

Vejo com simpatia uma fórmula para tirar o país dessa confusão que propõe não ‘nós contra eles’, mas o diálogo, uma convergência em torno de alguns pontos em comum
Para muitos — inclusive aliados do governo e sem falar na voz das ruas —, a saída para a presidente Dilma resolver a crise é a sua própria saída do governo, por iniciativa pessoal ou por impeachment, uma solução que tem um precedente muito lembrado, contra o qual, porém, além do risco do que viria depois, há o argumento de que Collor se apresentava com uma pesada carga de acusações e denúncias, enquanto a presidente Dilma não tem nada que a comprometa moralmente. Até os adversários, Fernando Henrique à frente, reconhecem sua honestidade. Por isso é que faz sentido a sugestão feita pelo petista Tarso Genro no programa “Preto no Branco”, de Jorge Bastos Moreno, domingo no Canal Brasil. Ele teme que a presidente não termine o mandato, e uma forma de impedir isso seria mudar a política econômica e evitar que o ajuste caísse “sobre as costas dos mais pobres”. Para ele, a solução da crise exige a participação dos ex-presidentes e até que já está “passando da hora de FH e Lula sentarem para discutir o país”.
Sem pertencer à OPA (Ordem dos Petistas Arrependidos, que conta com um time de membros ilustres), esse ex-prefeito de Porto Alegre, ex-governador do Rio Grande do Sul e ex-ministro da Justiça de Lula, não teme criticar os desvios do seu partido, e o faz publicamente. Por ocasião do mensalão, disse que o PT chegara ao “fim de um ciclo”. E agora incluiu no mesmo elogio um adversário, ao afirmar que os dois brasileiros que citou, o líder dos petistas e o dos tucanos, “talvez sejam os mais importantes dos últimos tempos”.
Como pessoalmente gosto dos citados, já que não hierarquizo as pessoas nem política nem ideologicamente, e como sou contra o impeachment e a favor da conciliação, vejo com simpatia uma fórmula para tirar o país dessa confusão que propõe não “nós contra eles”, mas o diálogo, uma convergência em torno de alguns pontos em comum. Sei que vou ser chamado de ingênuo, porque o PSDB, segundo a repórter Daniela Lima, já está discutindo internamente que papel o partido desempenhará no caso de Michel Temer assumir no lugar de Dilma. Os tucanos acham que terão que participar de um acordo para dar sustentação ao eventual governo. A condição seria ele se comprometer em não disputar a reeleição.
Nesse caso, se eu for chamado de ingênuo, estou em boa companhia, a do experiente Tarso Genro, que ainda busca uma saída para a crise, quando a oposição já se prepara para receber Temer.
Fonte: http://oglobo.globo.com/

sábado, 12 de setembro de 2015

FORÇAS ARMADAS: DECRETO 8515 QUASE GERA CRISE MILITAR



FORÇAS ARMADAS: DECRETO QUASE GERA CRISE MILITAR
Generais exigiram que Dilma revogasse o Decreto 8515 e exonerasse da Defesa Eva Chavion. O decreto foi revogado mas Eva Chavion, ligada ao MST, não foi exonerada.                                                                          
Com o decreto Nº 8.515 de 03/09/15, Delegava competência ao Ministro de Estado da Defesa para a edição de atos relativos a pessoal militar, cujo texto tirava dos comandantes militares o mais básico dos instrumentos de manutenção de hierarquia, lealdade e disciplina: o direito de promover oficiais superiores.
Com o episódio, não existem mais dúvidas de que o objetivo do governo era APARELHAR AS FORÇAS ARMADAS e implantar O DECÁLOGO DE GRAMISCI


A respeito do episódio diz Jorge Serrão no seu blog alertatotal.net/ :

“É Inconstitucional Decreto 8515, a Comandanta em chefa das Forças Armadas, Dilma Rousseff, pediu ao Ministro da Defesa, Jaques Wagner, que baixe uma "portaria" devolvendo aos titulares do Exército, Marinha e Aeronáutica as atribuições burocráticas que haviam sido retiradas, sem consulta a nenhum deles. O três comandantes terão nesta quarta-feira uma tensa reunião com o ministro para comunicar a insatisfação com a decretação do que os militares classificaram de "inaceitável". Os Oficiais-Generais se sentem traídos - o que gerou uma crise militar para se juntar às crises política, econômica e moral...

Nos bastidores, os chefes militares vão sugerir ao ministro Wagner que Eva Maria Cella Dal Chavion (ligadíssima umbilicalmente a movimentos sociais fora da lei, com o MST) seja exonerada do cargo de Secretária-Geral do Ministério da Defesa. Os Generais a responsabilizam diretamente pela edição súbita do Decreto 8515, sem que ninguém da área militar fosse oficialmente avisado. Chavion também não avisou ao superior Wagner e nem ao ministro-chefe da Casa Civil, Aloísio Mercadante, que é filho do linha-dura General Oswaldo Muniz Oliva (um quatro estrelas já reformado). O texto do Decreto dormitava há três anos na "burrocracia" do Palácio do Planalto, depois de elaborado por um Grupo de Trabalho criado em 2013 para compatibilizar e consolidar a legislação militar com a criação do Ministério da Defesa, obra da Era FHC.

O chefe do Estado-Maior conjunto das Forças Armadas, General José Carlos De Nardi, o Comandante do Exército, General Eduardo Villas Boas, o Comandante da Marinha, Almirante Eduardo Bacellar Ferreira, e o Comandante da Aeronáutica, Brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato, junto com o General José Elito, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, pedirão ao Ministro Jaques Wagner que negocie com a Presidenta Dilma a revogação do Decreto 8515. Como já se sabe que Dilma não é de recuar das besteiras que comete, os chefes militares têm um plano B. Os presidentes dos Clubes (Militar, Naval e Aeronáutica) já se articulam para questionar, no Supremo Tribunal Federal, a evidente inconstitucionalidade da canetada de Dilma, às vésperas do 7 de setembro em que a impopular Presidenta precisou mandar erguer um muro de chapa de aço para separá-la dos protestos durante o desfile das tropas, em Brasília”.

O DECÁLOGO DE GRAMISCI
1 - controlar politicamente o Judiciário;
2 - desmoralizar o Congresso Nacional;
3 - amordaçar o Ministério Público;
4 - arrochar a coleta de impostos;
5 - valer-se de dossiês para impor a vontade a banqueiros, empresários e adversários políticos;
6 - direcionar a produção artística e cultural e controlar a imprensa (e, hoje, a INTERNET)
7 - instalar núcleos de ativistas em todos os órgãos da administração pública;
8 - promover a instabilidade no campo;
9 - desmoralizar e desmantelar as Forças Armadas, inclusive com a criação de forças paralelas e
10 - desarmar a população.
Nota: Ver neste blog o texto: GRAMISCI ESTÁ NO PODER