quarta-feira, 16 de setembro de 2015

EM BUSCA DE UMA SAÍDA



EM BUSCA DE UMA SAÍDA
por Zuenir Ventura .

Vejo com simpatia uma fórmula para tirar o país dessa confusão que propõe não ‘nós contra eles’, mas o diálogo, uma convergência em torno de alguns pontos em comum
Para muitos — inclusive aliados do governo e sem falar na voz das ruas —, a saída para a presidente Dilma resolver a crise é a sua própria saída do governo, por iniciativa pessoal ou por impeachment, uma solução que tem um precedente muito lembrado, contra o qual, porém, além do risco do que viria depois, há o argumento de que Collor se apresentava com uma pesada carga de acusações e denúncias, enquanto a presidente Dilma não tem nada que a comprometa moralmente. Até os adversários, Fernando Henrique à frente, reconhecem sua honestidade. Por isso é que faz sentido a sugestão feita pelo petista Tarso Genro no programa “Preto no Branco”, de Jorge Bastos Moreno, domingo no Canal Brasil. Ele teme que a presidente não termine o mandato, e uma forma de impedir isso seria mudar a política econômica e evitar que o ajuste caísse “sobre as costas dos mais pobres”. Para ele, a solução da crise exige a participação dos ex-presidentes e até que já está “passando da hora de FH e Lula sentarem para discutir o país”.
Sem pertencer à OPA (Ordem dos Petistas Arrependidos, que conta com um time de membros ilustres), esse ex-prefeito de Porto Alegre, ex-governador do Rio Grande do Sul e ex-ministro da Justiça de Lula, não teme criticar os desvios do seu partido, e o faz publicamente. Por ocasião do mensalão, disse que o PT chegara ao “fim de um ciclo”. E agora incluiu no mesmo elogio um adversário, ao afirmar que os dois brasileiros que citou, o líder dos petistas e o dos tucanos, “talvez sejam os mais importantes dos últimos tempos”.
Como pessoalmente gosto dos citados, já que não hierarquizo as pessoas nem política nem ideologicamente, e como sou contra o impeachment e a favor da conciliação, vejo com simpatia uma fórmula para tirar o país dessa confusão que propõe não “nós contra eles”, mas o diálogo, uma convergência em torno de alguns pontos em comum. Sei que vou ser chamado de ingênuo, porque o PSDB, segundo a repórter Daniela Lima, já está discutindo internamente que papel o partido desempenhará no caso de Michel Temer assumir no lugar de Dilma. Os tucanos acham que terão que participar de um acordo para dar sustentação ao eventual governo. A condição seria ele se comprometer em não disputar a reeleição.
Nesse caso, se eu for chamado de ingênuo, estou em boa companhia, a do experiente Tarso Genro, que ainda busca uma saída para a crise, quando a oposição já se prepara para receber Temer.
Fonte: http://oglobo.globo.com/

sábado, 12 de setembro de 2015

FORÇAS ARMADAS: DECRETO 8515 QUASE GERA CRISE MILITAR



FORÇAS ARMADAS: DECRETO QUASE GERA CRISE MILITAR
Generais exigiram que Dilma revogasse o Decreto 8515 e exonerasse da Defesa Eva Chavion. O decreto foi revogado mas Eva Chavion, ligada ao MST, não foi exonerada.                                                                          
Com o decreto Nº 8.515 de 03/09/15, Delegava competência ao Ministro de Estado da Defesa para a edição de atos relativos a pessoal militar, cujo texto tirava dos comandantes militares o mais básico dos instrumentos de manutenção de hierarquia, lealdade e disciplina: o direito de promover oficiais superiores.
Com o episódio, não existem mais dúvidas de que o objetivo do governo era APARELHAR AS FORÇAS ARMADAS e implantar O DECÁLOGO DE GRAMISCI


A respeito do episódio diz Jorge Serrão no seu blog alertatotal.net/ :

“É Inconstitucional Decreto 8515, a Comandanta em chefa das Forças Armadas, Dilma Rousseff, pediu ao Ministro da Defesa, Jaques Wagner, que baixe uma "portaria" devolvendo aos titulares do Exército, Marinha e Aeronáutica as atribuições burocráticas que haviam sido retiradas, sem consulta a nenhum deles. O três comandantes terão nesta quarta-feira uma tensa reunião com o ministro para comunicar a insatisfação com a decretação do que os militares classificaram de "inaceitável". Os Oficiais-Generais se sentem traídos - o que gerou uma crise militar para se juntar às crises política, econômica e moral...

Nos bastidores, os chefes militares vão sugerir ao ministro Wagner que Eva Maria Cella Dal Chavion (ligadíssima umbilicalmente a movimentos sociais fora da lei, com o MST) seja exonerada do cargo de Secretária-Geral do Ministério da Defesa. Os Generais a responsabilizam diretamente pela edição súbita do Decreto 8515, sem que ninguém da área militar fosse oficialmente avisado. Chavion também não avisou ao superior Wagner e nem ao ministro-chefe da Casa Civil, Aloísio Mercadante, que é filho do linha-dura General Oswaldo Muniz Oliva (um quatro estrelas já reformado). O texto do Decreto dormitava há três anos na "burrocracia" do Palácio do Planalto, depois de elaborado por um Grupo de Trabalho criado em 2013 para compatibilizar e consolidar a legislação militar com a criação do Ministério da Defesa, obra da Era FHC.

O chefe do Estado-Maior conjunto das Forças Armadas, General José Carlos De Nardi, o Comandante do Exército, General Eduardo Villas Boas, o Comandante da Marinha, Almirante Eduardo Bacellar Ferreira, e o Comandante da Aeronáutica, Brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato, junto com o General José Elito, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, pedirão ao Ministro Jaques Wagner que negocie com a Presidenta Dilma a revogação do Decreto 8515. Como já se sabe que Dilma não é de recuar das besteiras que comete, os chefes militares têm um plano B. Os presidentes dos Clubes (Militar, Naval e Aeronáutica) já se articulam para questionar, no Supremo Tribunal Federal, a evidente inconstitucionalidade da canetada de Dilma, às vésperas do 7 de setembro em que a impopular Presidenta precisou mandar erguer um muro de chapa de aço para separá-la dos protestos durante o desfile das tropas, em Brasília”.

O DECÁLOGO DE GRAMISCI
1 - controlar politicamente o Judiciário;
2 - desmoralizar o Congresso Nacional;
3 - amordaçar o Ministério Público;
4 - arrochar a coleta de impostos;
5 - valer-se de dossiês para impor a vontade a banqueiros, empresários e adversários políticos;
6 - direcionar a produção artística e cultural e controlar a imprensa (e, hoje, a INTERNET)
7 - instalar núcleos de ativistas em todos os órgãos da administração pública;
8 - promover a instabilidade no campo;
9 - desmoralizar e desmantelar as Forças Armadas, inclusive com a criação de forças paralelas e
10 - desarmar a população.
Nota: Ver neste blog o texto: GRAMISCI ESTÁ NO PODER

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

CRISE MILITAR? GOVERNO DILMA ACABOU



CRISE MILITAR?
Como se não bastassem as crises econômica, política, ética e moral, e agora o rebaixamento do Brasil para país com risco de não pagar a dívida, agora temos uma o ensaio de uma crise militar? Vejam o que segue: 

Circula na internet uma há semanas, uma SUPOSTA – RESPOSTA do General Ex EDUARDO DIAS DA COSTA VILLAS BOAS, Comandante do Exército, conforme consta no site:  http://sociedademilitar.com.br/wp/2015/05/discurso-intervencionista-atribuido-ao-comandante-do-exercito.html, (22/05/15)

E agora surge esse estranho decreto da presidente Dilma; uma tentativa audaciosa de aparelhar as Forças Armadas como segue:
Para evitar uma crise militar, presidente assinará decreto revogando decreto assinado há menos de uma semana.
O governo de Dilma virou uma requintada casa de mãe Joana
por Ricardo Noblat
Última forma: como previ ontem aqui, não bastava que Jaques Wagner, Ministro da Defesa, assinasse uma portaria devolvendo aos comandantes militares as atribuições que lhes foram tiradas por um decreto assinado por Dilma alguns dias antes do Sete de Setembro.
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Portaria de ministro não revoga decreto presidencial. E quem delega poderes pode deixar de delegar.
Wagner rendeu-se à pressão dos comandantes e negociou com Dilma a publicação no Diário Oficial de um novo decreto. Nele, a presidente dará o dito pelo não dito.
O assunto não repercutiu tanto graças à boa vontade da mídia com o governo quando se trata de alguma trombada dele com a área militar. Isso é cacoete adquirido durante a ditadura de 64. Excesso de zelo. Medo da farda.
De resto, a perda pelo Brasil do selo de bom pagador salvou Dilma de ser responsabilizada por uma das maiores trapalhadas já cometidas por um presidente da República nos últimos 12 anos.
A secretária-geral do Ministro da Defesa, petista de raiz e mulher do segundo mais importante executivo do Movimento dos Sem Terra, aproveitou uma viagem de Wagner à China para desengavetar uma proposta de decreto que dormia há mais de três anos.
A proposta foi despachada para a Casa Civil da presidência da República com a assinatura do ministro interino da Defesa, o comandante da Marinha. Dali foi parar nas mãos de Dilma, que a assinou.
O comandante da Marinha jura que não assinou coisa alguma. Ora, a assinatura dele terá sido falsificada?
Os comandantes do Exército e da Aeronáutica juram que não foram consultados sobre o decreto presidencial.
Ora, como a presidente assina um decreto que subtrai poderes dos comandantes militares sem sequer se dar ao trabalho de consulta-los a respeito?
E como tudo isso pôde acontecer e ninguém ser punido pelo vexame da presidente ser obrigada a assinar um decreto que anulará outro decreto assinado por ela há poucos dias?
O governo de Dilma virou uma requintada casa de mãe Joana.