quarta-feira, 9 de julho de 2014

FUTEBOL: TRAGÉDIA NACIONAL: Brasil 1 x 7 Alemanha



Tragédia nacional:
Brasil 1 x 7 Alemanha
Brasil 0 x 3 Holanda 


Circula nas redes sociais:

Os 10 motivos para as derrotas históricas (10 gols em dois jogos e 4º lugar) da seleção brasileira

Excesso de pressão, ausência de liderança, "Neymardependência", discurso de vítima...Veja os motivos que podem ter contribuído pro vexame em campo

Pouco treino: Felipão cancelou várias atividades programadas e diminuiu carga física de exercício do time
Teresópolis - A derrota histórica da seleção brasileira para a Alemanha por 7 a 1, na semifinal da Copa do Mundo, teve origem em 10 grandes problemas que afetaram a equipe comandada por Luiz Felipe Scolari.
1. EXCESSO DE PRESSÃO. A comissão técnica impôs aos jogadores um nível de exigência máximo, colocando o título como marca do minimamente aceitável. Um nível tão alto que gerou muito nervosismo nos atletas. A obrigação de apagar o 'fantasma de 50' criou sentimento de angústia.
A tensão ficou evidente durante a campanha na Copa, em níveis excessivos antes da disputa de pênalti contra o Chile, quando vários jogadores choraram. Ontem, contra a Alemanha, os gols sofridos geraram abalo que impediram qualquer reação.
2. AUSÊNCIA DE LIDERANÇA. Dentro de campo a seleção brasileira não teve um jogador com perfil de líder. A braçadeira de capitão ficou com Thiago Silva, que 'se escondeu' em momento complicado, permitindo que Paulinho fosse o responsável por falar com o elenco antes dos pênaltis contra o Chile.
Jogadores experientes, com disputa de Copa do Mundo na carreira, como Julio César e Fred, também não conseguiram dar tranquilidade aos companheiros ou motivar o grupo após os momentos mais difíceis, como a lesão de Neymar.
3. PREPARAÇÃO RUIM. A seleção brasileira treinou pouco. Felipão cancelou várias atividades programadas, diminuiu a carga física dos exercícios e, especialmente, reduziu o trabalho das titulares. Depois das oitavas de final, por exemplo, os principais jogadores ficaram três dias sem tocar na bola.
O técnico só fechou três treinos aos jornalistas para preparar. Em entrevista coletiva concedida após a derrota para a Alemanha, afirmou que treinou com formações diferentes a que iniciou a partida para 'confundir' os alemães.
O vigor físico e a intensidade do jogo são pontos-chaves para explicar o título brasileiro na Copa das Confederações no ano passado. A redução das atividades fez com que não houvesse repetição do desempenho.
Além disso, apesar de ter ficado longe de repetir o desastre de Weggis, na Suíça, antes do Mundial de 2006, a Granja Comary também teve muitas distrações, com equipes de televisão gravando programas no gramado durante treino, convidados de patrocinadores cobrando atenção de atletas, entre outras situações.
4. EXCESSO DE CONFIANÇA. 'Por nós sermos campeões do mundo, a seleção que mais ganhou títulos, por jogar em casa, nós somos favoritos e temos tudo para ganhar', disse Carlos Alberto Parreira antes do início da Copa.
A seleção brasileira, em diversos momentos não teve humildade. Inclusive para reconhecer erros. Felipão, por exemplo, não abriu mão de 'morrer' com o time campeão da Copa das Confederações. A impressão é que membros da comissão técnica achavam que o Mundial seria vencido apenas com o canto inflamado do hino nacional.
5. NEYMARDEPENDÊNCIA. O Brasil nunca chegou a uma Copa com uma estrela tão destacada como Neymar, o que também implicou em um peso imenso de responsabilidade nos ombros do jogador, justamente na competição disputada em caso.
O camisa 10 até teve alguns bons momentos e fez quatro gols, todos na fase de grupos. Na fase eliminatória caiu de produção e não foi o 'salvador da pátria' que se esperava. A lesão sofrida contra a Colômbia evidenciou a fragilidade do elenco, que não tinha um grande substituto.
6. RENÚNCIA DA BOLA. O Brasil é o semifinalista que menos toca na bola. Até o fim do jogo contra a Alemanha foram 2.249 passes certos na competição, 1.172 a menos que o algoz, recordista na competição.
Entre os cinco melhores passadores da seleção brasileira estão quatro defensores Marcelo, David Luiz, Thiago Silva e Daniel Alves, e também o volante Luiz Gustavo.
As estatísticas mostram o que se viu no campo de jogo, um time com pouca capacidade criativa, em que várias jogadas começavam com bolas longas a partir da defesa.
7. ALTERAÇÕES INEFICAZES. Nos jogos mais duros e mais difíceis, Luiz Felipe Scolari não conseguiu fazer alterações que, de fato, mudavam o rumo das partidas. Contra México e Chile, por exemplo, as mexidas do técnico não surtiram efeito.
Uma das poucas mudanças que realmente funcionou foi a entrada de Fernandinho no lugar de Paulinho contra Camarões. A forma de jogar, no entanto, não foi alterada, mesmo com a lesão de Neymar, com Bernard atuando em seu lugar contra a Alemanha.
8. DESEMPENHO DOS CENTROAVANTES. O Brasil sempre foi terra fértil para 'camisas 9', mas para a disputa da Copa do Mundo teve dois jogadores da posição, Fred e Jô, se apresentando muito abaixo do nível esperado.
O jogador do Fluminense teve apoio incondicional de Felipão, e seguiu no time apesar de ter feito apenas um gol nos três primeiros jogos e de ter recebido série de críticas. Jô, que jogou por 78 minutos no Mundial, não marcou e não acrescentou ao time.
Antes da competição, em entrevista, o técnico da seleção admitiu a predileção por um homem de área, mas disse também que tinha opções para alterar a forma de jogar. Neymar e Hulk poderiam ser os 'falsos 9', mas nenhum atuou como centroavante na Copa.
9. PROBLEMAS NAS LATERAIS. Com Daniel Alves e Marcelo, a seleção costuma ter 'avenidas' a serem exploradas pelos adversários. Não houve plano de cobertura para os laterais.
As falhas defensivas custavam a posição de titular para o jogador do Barcelona, que acabou substituído por Maicon. O reserva mostrou melhor desempenho na marcação, mas pouco acrescentou no setor ofensivo.
O canhoto Maxwell, outro jogador que mais se destaca pelas qualidades defensivas, sequer foi utilizado nos seis jogos disputados até aqui.
10. DISCURSO DE VÍTIMA. Convencidos de que existia um complô contra os anfitriões, CBF e comissão técnica brigaram com a Fifa, imprensa e adversários. Os confrontos repercutiram também dentro da concentração.
Fred teve que gravar vídeo para dizer que sofreu pênalti no jogo contra a Croácia. O diretor de comunicação da CBF, Rodrigo Paiva, foi punido por uma agressão ao atacante chileno Mauricio Pinilla. Por diversas vezes, houve brado de que era preciso apoiar a seleção e não jogar contra ela.
Derrota bate todos os recordes nas redes sociais
No Twitter, primeira semifinal do Mundial gerou 35,6 milhões de mensagens, o que supera qualquer outro tema sobre qualquer outro esporte, informou a rede social
O recorde anterior do Twitter pertencia ao Super Bowl 48, disputado em 2 de fevereiro
Paris - A goleada por 7-1 que a Alemanha aplicou ao Brasil, nesta terça-feira, na primeira semifinal da Copa do Mundo, permitiu às redes sociais a quebra de recordes de interação e comentários, anunciaram Twitter e Facebook.
No Twitter, a primeira semifinal do Mundial gerou 35,6 milhões de mensagens, o que supera qualquer outro tema sobre qualquer outro esporte, informou a rede social.
O recorde anterior do Twitter pertencia ao Super Bowl 48, disputado em 2 de fevereiro, que gerou quase 25 milhões de comentários.
No Facebook, a partida disputada no Mineirão gerou mais de 200 milhões de interações, publicações, comentários, publicação de fotos e "likes" durante 90 minutos, conectando 66 milhões de pessoas, que representam um recorde absoluto para esta rede social.
Os internautas também aproveitaram as redes sociais para divulgar todo tipo de piadas, com montagens de textos sobre fotos.
Durante a Copa, o jogo mais discutido no Twitter até agora era o confronto entre Brasil e Chile nas oitavas de final, com 16,3 milhões de tweets, duas vezes menos que o número registrado pela primeira semifinal. No Facebook a marca anterior pertencia ao jogo de abertura entre Brasil e Croácia, com interações entre 58 milhões de pessoas.
O pico de mensagens na partida entre Brasil e Alemanha foi registrado após o quinto gol da Alemanha, anotado por Sami Khedira aos 29 minutos de jogo. O quarto gol da Mannschaft em menos de seis minutos gerou 580.166 tweets em 60 segundos, outro recorde.
Minutos antes, o segundo gol de Toni Kroos na partida havia superado a barreira dos 500.000 comentários (508.601 exatamente).
No Facebook, os mesmos momentos foram responsáveis pelo maior número de comentários.
Até o momento, o recorde de comentários em um minuto no Twitter pertencia ao pênalti desperdiçado pelo chileno Gonzalo Jara contra o Brasil, com 388.985 tweets.



COMENTÁRIOS E PIADAS
Mais rápidos que os gols da Alemanha, comentários sobre a derrota da seleção brasileira por 7 x 1 se multiplicaram nas redes sociais.
No Twitter, todos os Trending Topics, os dez assuntos mais comentados nessa rede, estão relacionados, neste momento, ao jogo entre as duas seleções na Copa do Mundo. Na liderança, está o tópico #DavidOBrasilTeAma, em homenagem ao zagueiro David Luiz, que, após o jogo deu uma entrevista emocionada, chorou e pediu desculpas pela derrota.
Além dos nomes das duas seleções, frases como #PrayForBrazil (OrepeloBrasil, em português) e #ThingsMoreLikelyThanBrazilWinningThe WorldCup (CoisasMaisProváveisqueoBrasilGanharaCopadoMundo, em tradução livre), mostram o tom crítico da maior parte dos comentários, escritos em diversas línguas.
"O Brasil foi humilhado", escreveu uma internauta do Rio de Janeiro. "Não da pra fazer gol de honra sem honra", comentou um torcedor de São Paulo, desta vez pelo Facebook. "Fui ao banheiro, gol da Alemanha, fui pegar uma cerveja, gol da Alemanha, fui chamar meu filho, gol da Alemanha, fui atender ao telefone, gol da Alemanha, fui ver o gol da Alemanha, gol da Alemanha... Meu Deus, que coisa triste", lamentou uma torcedora de Fortaleza.
Charges e imagens irônicas, os chamados "memes", também se espalham pelas redes. A fraca atuação da seleção, em especial de jogadores que não vinham marcando gols, é a temática de boa parte delas. "Vocês me eliminaram para isso?" é a frase escrita sobre a imagem de um dos jogadores colombianos, que voltaram para casa após perder para o Brasil, na última sexta-feira (4).
Até agora, contudo, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e os principais jogadores da seleção, como Neymar e David Luiz, não usaram as redes sociais para se manifestar sobre a derrota por goleada para a Alemanha.
 

CRIATURAS ESTRANHAS



CRIATURAS ESTRANHAS:
NARCISISTAS MALIGNOS E PSICOPATAS

Aos 77 anos de vida, já conheci na vida muitas, mas muitas pessoas, porquanto atuo em movimentos sociais desde 1959, ininterruptamente, e escrevo esse texto tendo ao lado os livros de Erich Fromm “O Coração do Homem – seu gênio para o bem e o mal” e o “O Médico e o Monstro”.

Diz a sabedoria popular: “De poeta médico e louco, todos nós temos um pouco”, por isso a pessoa “normal” é aquela que sabe administrar bem a sua loucura.

Muitos têm três caras: a que mostra, a que tem, e a que julga que tem, mas no fundo não somos o que pesamos ser, mas como somos percebidos.
Os observadores desatentos apenas vêem a “persona”, a máscara que a pessoa mostra, sem atentar pelo que existe atrás dessa máscara. 

Dr. Jekyll e Mr. Hyde, popularizado e pelo filme e o livro “O Médico e o Monstro”, obra-prima do escritor Robert L. Stevenson, já conhecido por seu livro A Ilha do Tesouro, tornou-se famoso na época em que foi lançado, em 1886, por sua atmosfera sombria e seu clima de inequívoco terror e tensão. A trama é desenvolvida por diversas vozes narrativas, que transmitem ao leitor seus pontos de vista sobre a história do médico Dr. Jekyll , honesto e virtuoso, que tenta, em suas experiências científicas, dividir sua face boa e sua natureza má.
É assim que nasce o pavoroso Mr. Hyde, materialização de suas inclinações perversas, através de uma fórmula química elaborada secretamente no laboratório do Dr. Jekyll, que procura manter sua criatura sob estrito controle. No início ele alcança seus intentos, mas aos poucos vai encontrando dificuldades para retomar sua personalidade primordial, discreta e circunspecta.
Com o passar do tempo, e impossibilitado de produzir mais doses de sua fórmula, o médico é dominado pelo monstro, o qual é condenado por homicídio. Ciente de que sua outra metade é acusada de cometer um crime, o doutor se desespera e recorre a uma atitude radical.
Este enredo foi inspirado por uma história real, a de um marceneiro de Edimburgo, vítima de dupla personalidade; William Brodie era um simples profissional à luz do dia, mas à noite ele assaltava as residências dos habitantes da cidade.
Neste livro a trama transcorre na cidade londrina de fins do século XIX. Neste momento eram desenvolvidas as teorias do inconsciente; desta forma, Stevenson contribuiu, com sua obra, para o aprofundamento desta tese psicanalítica. Mas nela os mecanismos psíquicos se aliam aos fatores sociais.
Assim, o autor revela em O Médico e o Monstro uma Londres marcada por confrontos ocultos, tão dividida quanto o próprio Dr. Jekyll. De um lado, a cidade vitoriana conhecida pelo protagonista, digna de respeito como ele, povoada por uma classe cada vez mais abastada; de outro, um recanto nebuloso, cenário de terríveis assassinatos, frequentado por Mr. Hyde e habitado por uma maioria desprovida de recursos econômicos.
Para atender às demandas de um centro urbano esquizofrênico, é criada em 1829 a organização denominada Scotland Yard, perita em solucionar violações à lei e por ter se inscrito definitivamente na história das investigações policiais da Inglaterra. Neste livro ela faz sua primeira aparição na esfera literária.
Esta obra, embora aborde questões complexas e inovadoras, como o tema do inconsciente e de seus mecanismos, tem como público-alvo a grande massa, a mesma que já consumiu A Ilha do Tesouro. Assim, a linguagem é singela e de cristalina compreensão. Ela apresenta características que marcam o gênero policial, no qual os capítulos e a trama se ajustam exatamente, de tal forma que todos os componentes da trama se unem apenas no final, contribuindo para que o mistério seja solucionado.
A face oculta de Dr. Lin

Convivi por mais de três décadas com uma pessoa, parecida com o Dr. Jekyll, mas que por trás da máscara de bonachão também era Mr. Hyde. Ele sufocou seu lado bom e deixou emergir das profundezas de sua mente seu lado mal. Não sabia se estava nesse mundo para salvar ou para destruir. Não conseguiu sublimar seus conflitos interiores, a luta do bem contra o mal. Ele não conseguiu solucionar o conflito íntimo equilibrando seus poderes destrutivos contra seu desejo e capacidade para curar.

Péssimo pai, pior marido, não era amigo de ninguém, utilizava as pessoas mas se considerava o máximo. Só pensava na exaltação do próprio do próprio ego, um narcisista maligno. Tinha no próprio quarto onde dormia com a esposa, na frente da cama, um pôster do tamanho de uma porta com sua imagem e ao lado, mais um painel com a relação de seus “feitos!” e logo abaixo mais uma foto sua. Ele era assim; um Narciso apaixonado si mesmo. Loucura narcisista. Mas tinha ódio e desprezo por si mesmo...

A própria esposa, seus filhos e parentes foram suas principais vítimas.

Prostrada na cama desse quarto, 15 meses depois da morte do marido, com quatro cuidadoras, usando fraldas e uma bolsa para coletar a urina, clamava:

— Não quero que me lembrem de “I...” (o marido), não quero, não quero, clamava para os parentes e não se sabe se tiram essa ornamentação...

Diz a mitologia grega que quando Narciso nasceu, sua mãe consultou o adivinho Tirésias que lhe predisse que Narciso viveria muitos anos desde que nunca conhecesse a si mesmo. Certo dia, enquanto Narciso descansava sob as sombras do bosque, a ninfa Eco se apaixonou por ele. Porém tendo-a rejeitado, as ninfas jogaram-lhe uma maldição: - Que Narciso ame com a mesma intensidade, sem poder possuir a pessoa amada. Nêmesis, a divindade punidora, escutou e atendeu ao pedido.

Narciso é incapaz de ver o efeito que provoca nos outros; sabe que atrai aduladores e admiradores.

Os mitos nos ajudam a entender as relações humanas e guarda em si a chave para o entendimento do mundo e da nossa mente analítica. A mitologia grega, repleta de lendas históricas e contos sobre deuses, deusas, batalhas heróicas e jornadas no mundo subterrâneo, revela-nos a mente humana e seus meandros multifacetados. Atemporais e eternos, os mitos estão presentes na vida de cada Ser humano, não importa em que tempo ou local. Somos todos, deuses e heróis de nossa própria história.

PSICOPATAS E ESTELIONATÁRIOS

Atuando como aliada do Narciso, surgiu uma outra criatura muito estranha; um pequeno demônio com “cara de anjo e alma de demônio”. Ela tem o perfil de uma psicopata que é caracterizado por desvio de caráter, ausência de sentimentos, frieza, insensibilidade aos sentimentos alheios, manipulação, narcisismo, egocentrismo, falta de remorso e de culpa para atos cruéis e inflexibilidade com castigos e punições.

A psicopatia na fase adulta não tem cura;  nasceu com o caráter deformado. No entanto, se o problema for detectado numa fase precoce da vida, leia-se a infância ou a adolescência, poderão existir melhoras significativas. Mas, mesmo com esta possibilidade, é difícil distinguir a criança mal-educada da criança com distúrbios.

Mentir é uma habilidade de todo psicopata, mas para o americano Anthony Owens é um talento especial. Em 2002, após conhecer Gwen Robinson no Texas e de lhe propor casamento, o criminoso partiu para o Mississipi para pedir aos pais a sua mão em casamento. A família se encantou com aquele homem de voz suave e de sorriso confiante que se apresentou como um pastor. Meses depois da festa de casamento, Gwen descobriu que Owens era casado com outras 7 mulheres, sem se divorciar de nenhuma. Ele as seduzia e depois as deixava sem um tostão. Uma delas perdeu cinco carros e uma casa. Outra teve problemas na justiça por causa dos cheques sem fundo que ele emitiu em seu nome. Disfarçados de profissionais como advogados, pastores, médicos, eles enganam as vítimas para conseguir vantagens econômicas de forma ilícita e fazem da mentira uma ferramenta de trabalho. De acordo com o psicólogo americano Paul Babiak, autor do livro ‘Snake in Suits – When Psychopaths Go To Work – Cobras de Terno: quando os psicopatas saem para trabalhar’, “o psicopata se vê como autor, diretor e protagonista da encenação que é sua vida. As outras pessoas só existem para atuar nos papéis de apoio que escolhe para elas”. Poucos neurologistas argentinos tiveram tanta reputação como Guillermo Assaneo. Ele publicou estudos, organizou congressos e até exerceu cargos de chefia no Hospital Rivadavia, em Buenos Aires. Só havia um detalhe. Ele dava receitas sem nome e nem número de matrícula e havia cursado apenas algumas matérias. Em 1998, após fingir que era médico por 17 anos, Assaneo foi preso por exercício ilegal da Medicina. “Ele era brilhante, parecia ser realmente um médico”, diziam pessoas que o conheceram.  Estes psicopatas dominam o jargão da carreira que escolheram, convencendo a todos. Como a mesma desenvoltura de Assaneo, o brasileiro Alessandro Marques Gonçalves falava de articulações. Formado em Direito, ele clonou documentos de um médico e trabalhou como ortopedista em pelo menos dez hospitais de Minas Gerais e São Paulo. Deixou mais de 20 aleijados até ser desmascarado em 2006. Nesse mesmo ano, 30 falsos médicos foram flagrados atuando no estado de São Paulo, quase que o dobro em 2005. Na época o Cremesp, Conselho Regional de Medicina de São Paulo, chegou a dizer que havia uma “epidemia” de falsos médicos. Hoje, o site da entidade mostra o nome, CRM e foto dos médicos e, com isso, conseguiu diminuir bastante o número de fraudadores. O americano John Grambling Jr. embolsou mais de US$ 20 milhões de bancos nos anos 80. É preciso muita ingenuidade para emprestar tanto dinheiro para uma pessoa sem ter garantias, mas os gerentes se convenceram de que o refinado cliente era uma pessoa de confiança. Ele os enganou com charme e falsas declarações de bens, pagando um empréstimo enquanto fazia outros. Faz sentido: os psicopatas de colarinho branco são mais difíceis de pegar, pois costumam agir com o aval da própria sociedade e quando são desmascarados já é tarde demais e o estrago está feito e o criminoso bem longe. Esses psicopatas falsários, impostores ou estelionatários não vivem em um mundo de fantasia. Quando são descobertos admitem seus crimes como uma total naturalidade e ainda acham que estavam fazendo o bem para suas vítimas como aconteceu com o falso médico Gonçalves. Ao contrário dos estelionatários comuns, a manipulação e os golpes não se limitam a fazer dinheiro. Eles envolvem a família e amigos e por isso a Justiça tem dificuldade em avaliar o estrago que esses psicopatas provocam na vida das pessoas. Como esse tipo de crime não envolve violência física direta, eles acabam escapando por falta de provas. Ou, quando são condenados pegam penas bem leves, saindo em liberdade em pouco tempo para recomeçar seus crimes do ponto onde pararam. Quem diga o americano Anthony Owens. Lembra dele no início desse artigo. Preso por bigamia em 2003, saiu da cadeia pouco tempo depois e voltou a botar em prática o conto do vigário, ou, melhor do pastor. Em apenas 18 meses, pediu outras quatro mulheres em casamento. 
Vale a ressalva de que, para que exista o delito de estelionato, faz-se mister a existência dos quatro requisitos: obtenção de vantagem, causando prejuízo a outrem; para tanto, deve ser utilizado um ardil, induzindo alguém a erro. Se faltar um destes quatro elementos, não se completa tal figura delitiva, podendo, entretanto, formar-se algum outro crime. Alguns golpes comuns que são enquadrados como estelionato são o golpe do bilhete premiado e o golpe do falso emprego.
O crime de estelionato atenta contra o patrimônio. Pode ser praticado por qualquer pessoa que tenha a intenção de induzir (criar situação que leva a vítima a errar) ou manter (a vítima estava no erro e o agente nada fez para mudar) outra em desvantagem.
O estelionato é crime de resultado. O agente deve, imprescindivelmente, obter vantagem ilícita e este prejuízo pode ser à pessoa diversa da vítima, porém deve ser pessoa determinada. Caso vise à pessoa indeterminada, caracterizará crime à economia popular.
É crime doloso, não havendo forma culposa. Há aumento na pena caso seja cometido contra entidade de direito público ou instituto de economia particular, assistência social ou beneficência.
A ideia de que existam pessoas sem coração, aptas a nos matar num piscar de olhos, nos amedronta a tal ponto que gostamos de saber tudo sobre elas. Como se vestem, comem, pensam e agem?
Nutrir tal noção do mal distante também tranquiliza o nosso senso moral, confortável em saber do perigo bem longe de nós, enjaulado na mente de um sujeito sádico, perverso. Quase não-humano. O cinema americano adora retratar os psicopatas como seres que matam indiscriminadamente, com QI acima da média, sagazes e capazes de dar grandes bailes nos competentes agentes do FBI.
Nem sempre. Eles apenas têm um prejuízo na capacidade de processar emoções de simpatia, carinho e compaixão. Por essa razão, sua cognição fica liberada de culpa, vergonha, medo e receio. Sem tais filtros, agem de maneira muitas vezes imprevisível.
Quem não gostaria de se sentir assim por alguns dias e resolver alguns problemas práticos sem tanta interferência dos impulsos do coração?
Existem 3 fatores que influenciam diretamente na gênese de um psicopata:
  • Uma condição cerebral deficitária;
  • Fatores ambientais tóxicos, como uma família desajustada;
  • O traço psicológico desses comportamentos incitadas por um impulso emocional que carece de empatia.
Como falei, a ausência de culpa ou compaixão é a marca essencial do psicopata. Isso o leva a cometer inúmeros atos que atentam contra os outros.
Por quê?
O psicopata, tão temido e tido como a culpa de todos os males do mundo, anda entre nós e pode muito bem ser o seu amigo de infância, seu irmão, sua tia ou namorada.
Esse tipo de pessoa não vem com tarja preta na cara e nem com código de barras danificado. É bem possível que adore o seu amigo psicopata e, às vezes, até entre em roubadas por influência dele. É aquele cara que faz trapalhadas, exagera e perde a mão, quase como você. Ou melhor, pode ser você.
Para fins de exercício e pensando nos tipos com quais lidamos em nosso dia-a-dia, podemos dividir esse transtorno em 5 hipotéticos tipos. Não é uma escala oficial. Quero falar daquelas pessoas que nos deixam com uma pulga atrás da orelha. Nosso amigo de bar, o cara mais porra-loca da sala ou aquele que desistimos de esperar que devolva o dinheiro emprestado.
Vou descrevê-los em ordem de periculosidade, quase uma escala de maldade mesmo. Isso não quer dizer que todos esses perfis indicam pessoas prontas para cometer algum tipo de assassinato brutal no próximo final de semana.






sábado, 5 de julho de 2014

ELEIÇÃO PRESIDENCIAL CUSTARÁ R$ 1 BILHÃO



CUSTO DAS ELEIÇÕES
A cifra de R$ 1 bilhão refere-se apenas às campanhas para presidente da República. Adicionando-se à conta os comitês de governadores, senadores e deputados, o valor é bem maior. Em 2010, foram às urnas pouco mais de 22 mil candidatos. Sem contar o dinheiro que correu por baixo da mesa, os gastos eleitorais foram contabilizados em R$ 3,23 bilhões.
Com a experiência de quem já presidiu o Tribunal Superior Eleitoral um par de vezes, o ministro Marco Aurélio Mello, do STF, afirma: “Não temos altruísmo no Brasil. E o troco que é cobrado sai muito caro para a sociedade brasileira. Será que essa doação se faz por uma ideologia, pela adesão a este ou aquele partido? A resposta é desenganadamente negativa.”
De 2002 a 2012, os gastos com campanhas eleitorais saltaram de R$ 798 milhões para R$ 4,6 bilhões. Nada menos que 471% em uma década, sendo 95% do montante oriundo de doações de pessoas jurídicas. Os franceses, nas últimas eleições presidenciais e legislativas, gastaram US$ 30 milhões. As campanhas eleitorais no Brasil tornaram-se uma jogatina.
Como o capital não tem ideologia -- basta observar que o mesmo PT que assustava o empresariado hoje é recordista olímpico de arrecadação --, nosso sistema político caminha obstinadamente para uma plutocracia partidária, isto é, o regime onde o dono da arca imobiliza as forças ascendentes, pulveriza os descontentes e domestica os moderados. A história do Mensalão não nos deixa mentir.
Do ponto de vista econômico, tal influência é ainda mais perniciosa, sobretudo no governo de um partido que não tem nenhuma vergonha em usar o Estado para beneficiar e privilegiar seus escolhidos. A promiscuidade entre poder e capital é a aliança perfeita entre os que querem privilégios e os que não toleram a ideia de deixar o poder. Uma mão suja a outra. E dane-se a democracia.
Por mim, bendito será o dia em que os candidatos serão recebidos pelos eleitores com cartolinas e bandeiras confeccionadas por vontade própria, defendendo princípios pessoais, propagando ideias nas redes sociais por convicção, fazendo de suas casas pequenos comitês e mobilizando vizinhos em torno de compromissos. Ou seja, campanhas feitas por quem realmente decide e se importa com os rumos do país: o eleitor.

Candidatos à Presidência estimam 49,5% a mais de gastos do que nas eleições de 2010

Onze concorrentes somados preveem despesas de quase R$ 1 bilhão

por

Na disputa pelo Palácio do Planalto, os 11 concorrentes somados preveem que suas despesas podem chegar a R$ 918,4 milhões. Em 2010 os nove candidatos protocolaram no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) previsão de limite de gastos de R$ 482,5 milhões, valor que, corrigido pela inflação, equivale a R$ 614 milhões.
O PT prevê gastar com a campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff em torno de R$ 300 milhões, um crescimento real de 34% em relação a 2010. O partido fará hoje o registro da candidatura e ainda fechava os orçamentos ontem. Já o candidato do PSDB, senador Aécio Neves (MG), prevê um limite de gasto de R$ 290 milhões. Esse valor é 26,5% maior do que o candidato tucano José Serra registrou como teto de despesas há quatro anos. O ex-governador Eduardo Campos (PSB), por sua vez, prevê gastar R$ 150 milhões, 31% a mais que a ex-ministra Marina Silva previu há quatro anos, quando era a terceira colocada nas pesquisas. Fonte: http://oglobo.globo.com/

sexta-feira, 20 de junho de 2014

ELEITORADO QUER MUDANÇAS PROFUNDAS




70% DA POPULAÇÃO QUER MUDANÇAS, E MUDANÇAS PROFUNDAS 


O Ibope recolheu a opinião dos eleitores sobre o desempenho do governo em oito áreas específicas. Em todas elas, sem exceção, a taxa de desaprovação é maior que o índice de aprovação. Na Educação, 67% desaprovam a ação governamental e 30% aprovam. Na Saúde, 78% desaprovam e apenas 19% aprovam. Na segurança, a desaprovação é de 75% e a aprovação de 21%. No meio ambiente, 52% de desaprovação, contra 37% de aprovação.
Na política de combate à fome e à pobreza, principal logomarca do petismo, a desaprovação é de 53% e a aprovação de 41%. No combate ao desemprego: 57% de desaprovação e 37% de aprovação. No essencial, que é a economia, os índices tóxicos se repetem. O combate à inflação é reprovado por 71% dos entrevistados e aprovado por apenas 21%. Na política de juros, a desaprovação é de 70% e a aprovação de 21%. Na área dos impostos, a desaprovação vai à casa dos 77% e a aprovação é de escassos 15%.
O Ibope informa que o mau humor do brasileiro içou a taxa de rejeição a Dilma Rousseff para as alturas. Hoje, declaram que não votariam nela “de jeito nenhum” 43% dos eleitores. Verificou-se que é menor a rejeição aos antagonistas Aécio Neves (32%) e Eduardo Campos (33%). Nesse contexto, o velho hábito de Lula de apontar o dedo indicador para as “classes dominantes”, elegendo-as como demônio para o qual transferir as culpas do PT, talvez já não seja a melhor arma eleitoral. É possível que não sirva nem mesmo para desconversar.
Lula ainda não se deu conta —ou talvez já tenha notado e apenas finge que não vê—, mas o fenômeno mais eloquente da atual quadra sucessória é o surgimento de nichos de contestação à margem do PT e de toda a engrenagem sócio-sindical que se move sob o comando do partido. As ruas voltaram para casa. Mas o sentimento de mudança explodiu em junho de 2013 continua ardendo no asfalto.
Tudo leva a crer que o ministro Gilberto Carvalho, o Gilbertinho, tem razão quando diz que os nomes feios que a presidente evoca não brotam apenas dos lábios da “elite branca”. Se as pesquisas carregam alguma novidade é a seguinte: o Brasil está virando uma espécie de Itaquerão hipertrofiado. A tese de que o problema são as elites já fez longa carreira no país do PT. Mas pode estar com os dias contados.
Só os petistas ainda não notaram que a elite agora são eles. Os 800 mil industriais que, segundo o então presidente da Fiesp Mário Amato, fugiriam do país se Lula fosse eleito em 1989, foram domesticados pelo “bolsa-empresário”, pelas isenções tributárias e pelo prêmio à sonegação embutido no Refis eterno. O empresariado reclama de Dilma porque já não se satisfaz com tudo. Exige algo mais.
A integração do indivíduo num grupo é, quase sempre, um processo de aviltamento. Por vezes, o sujeito tem que se violentar para entrar no todo. Mas Lula não parece desconfortável com sua nova condição. Ele hoje dá palestras milionárias, é protegido por seguranças, move-se em carro oficial e só voa de jatinho. Deve dar boas gargalhadas ao verificar, na hora de escovar os dentes e pentear os cabelos toda manhã, que a elite branca agora mora no espelho do banheiro da cobertura de São Bernardo.