sexta-feira, 6 de abril de 2012

O ELEITOR VOTA, OS BANCOS E EMPREITEIRAS GOVERNAM


O ELEITOR VOTA E BANCOS E  EMPREIRAS GOVERNAM

O modelo político, de eleições a cada dois anos no Brasil, com as campanhas cada vez mais caras, propiciaram o aparecimento dos caixas 2 que irrigam as campanhas, apodreceram a forma de construção da representação política no Brasil.
Como são provas o “mensalão” e agora o caso Carlinhos Cachoeira e o senador Demóstenes Torres

A soma do que cada parlamentar ganha cobre muito pouco

Clóvis Rossi, em sua coluna de 05/04/12, em seu artigoO eleitor vota, a banca governa”.  Diz: “Era uma vez a definição de democracia como “governo do povo, pelo povo e para o povo”. Agora, o governo é da banca, para a banca, pela banca.

E denuncia que no ano passado, a economia do governo brasileiro para pagar a dívida foi o equivalente a 5,72% do Produto Interno Bruto (PIB), medida da produção de riquezas, ao passo que o Bolsa Família consumiu só 0,4% do PIB.

E ainda tem gente que vive falando que o Brasil está promovendo distribuição de renda. Só se for de todos nós, contribuintes, para os ricos que detêm os títulos do governo”, dispara.

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GOVERNO DILMA E O ORÇAMENTO DA UNIÃO
                PARA 2012
Poucas conquistas na saúde e educação

Na Lei Orçamentária Anual – (LOA) 2012, 47,19% dos recursos do orçamento geral da união irão para o pagamento de juros e amortizações da dívida pública, enquanto a saúde ficará com 3,98% e a educação com 3,18%. Os cálculos são do Movimento pela Auditoria Cidadã da Dívida, que monitora cotidianamente os gastos do governo. Do orçamento executado em 2011, 45% dos recursos também foram para os credores internacionais, enquanto para a saúde foram destinados 4,07%, um pouco mais do que o previsto para 2012. Já para a educação, foram investidos 2,99% dos recursos, uma porcentagem um pouco menor do que a previsão deste ano.

Enquanto em 2012 estão previstos aproximadamente R$ 655 bilhões para o pagamento da dívida, todo o orçamento da seguridade social previsto é de
R$ 535 bilhões.
Fontes dos cálculos:  Movimento pela Auditoria Cidadã da Dívida, que monitora cotidianamente os gastos do governo e o Portal Portas Abertas.

Pagamento da dívida

Enquanto em 2012 estão previstos aproximadamente R$ 655 bilhões para o pagamento da dívida, todo o orçamento da seguridade social previsto é de R$ 535 bilhões.

A previsão é de que, em 2012, a União terá no total aproximadamente R$ 2,2 trilhões para gastar. Em 2011, esse valor foi de R$ 2,07 trilhões e em 2010, de R$ 1,8 trilhão. Nos dois últimos anos, o montante destinado ao pagamento da dívida pública (interna e externa) consumiu quase metade de todo o orçamento. E para 2012, a previsão se repete.

O Brasil gasta muitos bilhões anualmente com o pagamento da dívida, mas ela não acaba. O economista explica por que isso ocorre. "O dinheiro, criado para fazer circular a riqueza, hoje a concentra através do macabro mecanismo dos juros compostos. Os juros, que não representam riqueza real, vão sendo incluídos como [valor] principal ao longo de tempo, elevando de forma exponencial o total da dívida. A perita alemã M. Kennedy dá um exemplo convincente: um centavo emprestado a 4% de juros compostos ao ano no ano zero chegaria ao ano de 1750 valendo uma esfera de ouro com o peso da Terra. Em 1990, valeria 8.190 esferas de ouro".

A LOA 2012 ainda precisa ser sancionada pela presidente Dilma, que pode vetar em todo ou em parte o texto final.
GASTOS COM BOLSA FAMÍLIA
No primeiro ano do governo Dilma Rousseff, o governo federal gastou 19,4% a mais com o programa Bolsa Família, superando a meta de inclusão de 320 mil novas famílias. Em 2011 foram transferidos R$ 16,699 bilhões a 13,352 milhões de famílias brasileiras, contra R$ 13,4 bilhões do ano anterior.
De acordo com balanço divulgado nesta sexta-feira (30) pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o aumento se deve ao reajuste de 45% no benefício variável pago a crianças e adolescentes de até 15 anos e de 15% para jovens entre 16 e 17 anos, além da inclusão de grávidas e de mulheres que amamentam.
Com o aumento do benefício pago a crianças e jovens, o governo federal passou a desembolsar em abril R$ 1,4 bilhão por mês. A decisão de aumentar o valor dos benefícios dessa faixa etária se deve à revelação do Censo 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de que 40% dos 16,2 milhões de pessoas em extrema pobreza têm até 14 anos de idade.
Além do reajuste no benefício de crianças e jovens, este ano o governo autorizou a ampliação do limite de pagamentos por família (de três para cinco pessoas de até 15 anos). O ministério informa que, com a medida, foram pagos 1,3 milhão de novos benefícios.
A inclusão de mães que amamentam bebês de até 6 meses de idade (chamadas de nutrizes) em novembro e de gestantes, que passaram a receber o Bolsa Família este mês, foi o destaque do programa. Nas duas situações, as mulheres só podem receber o benefício se a família estiver inscrita no Cadastro Único e se estiver dentro do limite de cinco benefícios por família. O governo já paga 93.186 benefícios a nutrizes (o que corresponde a R$ 2,9 milhões) e 25.305 a grávidas - um acréscimo de R$ 809,7 mil na folha de pagamento do Bolsa Família.
Os benefícios do programa de distribuição de renda variam de R$ 32,00 a R$ 306,00, dependendo do perfil econômico da família e da quantidade de filhos de até 17 anos. Até março, o governo pagava de R$ 22,00 a R$ 200,00. O governo permite até cinco pagamentos de R$ 32,00 por núcleo familiar, dois de R$ 38,00 por adolescentes de 16 e 17 anos e R$ 70,00 às famílias sem filhos em extrema pobreza (cuja renda mensal por pessoa não ultrapassa R$ 70,00).
Estimativas do ministério indicam que 800 mil famílias extremamente pobres ainda não são atendidas pelo programa, por isso a meta é atingir 100% de cobertura até 2013. Com a parceria entre União, Estados e municípios, 407 mil famílias com renda de até R$ 70 por pessoa foram cadastradas em 2011 e devem ser incluídas no programa.
Campeões
O Estado com o maior número de beneficiados do Bolsa Família é a Bahia, com 1.752.993 famílias recebendo do governo federal R$ 2.175.633.465,20 no ano. A Bahia também é o Estado com o maior número de nutrizes beneficiadas: 12.631. O Estado fica em segundo lugar no ranking de cadastro das grávidas (3.553), perdendo só para o Ceará, que tem número de 2.358 gestantes. Ainda assim, a Bahia recebeu em dezembro mais recursos que o Ceará: R$ 113.696 contra R$ 75.456.
No quadro geral, São Paulo aparece em segundo lugar em número de famílias beneficiadas pelo programa (1.209.819). O governo federal gastou em 2011 com os beneficiados paulistas R$ 1.434.918.066,62. O Bolsa Família atende 8.098 nutrizes e 2.214 grávidas em São Paulo.
O terceiro Estado com beneficiados no programa é Minas Gerais, com 1.159.172 famílias, que receberam no ano R$ 1.384.264.311,87. São 9.361 mineiras que amamentam recebendo o benefício, além das 2.049 gestantes incluídas no programa em dezembro. Pernambuco é o quarto com 1.115.851 famílias beneficiadas, que receberam em 2011 R$ 1.410.095.940,13, incluindo as 7.511 nutrizes e 1.341 grávidas.   
E O desemprego no Brasil em fevereiro, diz o Dieese, foi de 10,1%. Nos EUA, Barack Obama festeja a taxa de 8,3%, em março, em plena crise


quarta-feira, 14 de março de 2012

TERRENOS DE MARINHA SÃO ENCLAVES


TERRENOS DE MARINHA SÃO ENCLAVES, ZONAS DE EXCLUSÕES NOS MUNICÍPIOS
O Brasil tem atualmente 5.565 municípios e deste total, 240 os municípios têm “Terrenos de Marinha”, 14 deles estão no Espírito Santo.

Terreno de Marinha é uma excrescência do tempo do Império, 1831.
Foi em 1831 a criação dos “Terrenos de Marinha”, nas orlas marítimas, Braços de Mar e de rios navegáveis, para defesa, calculados pelo  alcance dos canhões quando eram ainda alimentados com bolas de ferro...

E hoje, com mísseis guiados por satélites e que atingem o alvo a milhares de quilômetros de distância, ridicularmente o Brasil ainda mantém essas áreas para defesa do território. 

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O Brasil tem 5.565 municípios. A esmagadora maioria tem plena autonomia para governar seu território, o que não ocorre com os municípios que têm orla marítima, como é o caso de Serra/ES, onde o prefeito não manda nada nessas orlas, porquanto são Terrenos de Marinha,  Patrimônio da União, verdadeiros enclaves, “zonas de exclusão” dentro do município.
Não existissem as “zonas de exclusões, os enclaves”, os tais Terrenos de Marinha, nos municípios que têm orla marítima, não teria razão de ser toda essa polêmica no pequeno balneário de Manguinhos, Serra/ES.


A própria Marinha deveria tomar a iniciativa e pedir a revogação dessa Lei do tempo do Império, por sua inutilidade e pelos males que vem causando.

Conclamo a todos que façam esse pedido aos membros do Congresso Nacional pedindo a revogação desta lei anacrônica.

Conforme cópia do Termo de Ajuste de Conduta Judicial com o Município da Serra, em meu poder, assinado em 22/11/2011 com o qual se pode comprovar que é esse documento que tem dado origem a toda essa confusão na orla de Manguinhos, porquanto “as praias são bens da União”  e que tem como signatários o Procurador da República Fabício Caser, o Procurador-Federal Luciano Martins de Oliveira e a Procuradora do IEMA, Lenny Laura Freitas Justino.

São essa autoridades que pretendem derrubar todos os coqueiros, casuarina, castanheiras e outras “espécies exóticas invasoras”: (Yucca sp., Furcraea sp., Urochloa sp; Terminalia catappa, Czasuarina eqisetifolia e Libramia bojeri), conforme consta no TAC Judicial.

O leitor sabe que vegetações são essas? Também não sei, com todo respeito, mas é assim que as autoridades acima referidas desejam  implantar a “pureza arbórea” nos 14 municípios costeiros do Espírito Santo. E até já têm a data para a “Solução Final”

Derrubar árvores de 40 e até 70 anos, frondosas, lidas, como fizeram em Manguinhos e plantarem no lugar “espécies nativas rasteiras como amendoim forrageiro, feijão-da-praia,  epomea roxa e branca etc, no lugar das árvores que davam beleza, ar bucólico e sombra para as Famílias.

Conforme se pode comprovar, está sendo um desastre o que estão fazendo em Manguinhos, escolhido como cobaia, para estender, ao que se depreende, para a orla marítima da Serra o “modelo” de destruição das belezas naturais do Espírito Santo, o que prejudicará em muito o turismo no Estado, pois desaparecerão as belezas naturais. As praias só terão vegetação rasteira...

Na letra “L” do TAC, por exemplo, consta:

“adotar providências de forma que a vegetação invasora que foi retirada parcialmente não rebrote durante 04 anos”. 

É a síndrome da destruição dos “ecoxiitas”,  adeptos da “pureza arbórea”...

É uma coisa terrível esse malsinado TAC!
A mídia precisa tirar das sombras e trazer para a luz os autores desse documento para que digam de voz própria se querem mesmo estender para toda a orla marítima do Espírito Santo o que estão fazendo na orla de Manguinhos.

É preciso um questionamento jurídico quanto aos poderes do Ministério Público nesse episódio.
O que querem fazer em toda a orla marítima do ES está de acordo com o que preceitua os artigos 127 e 128 da Constituição de 1988, ONDE CONSTA QUE O MINISTÉRIO PÚBLICO DEVE ATUAR COMO FISCAL DAS LEIS E ADVOGADO DA SOCIEDADE?
EXECUÇÃO VIRA IMBRÓGLIO
Mas com todo o respeito, o que estão fazendo desagrada e estarrece os cidadãos-contribuintes e muitos acham que é prudente se ficar “cabisbaixo, obediente e silencioso”, porquanto é um ato de um Procurador da República...
Mas no Estado Democrático de Direito, essa autoridades podem muito, mas não podem tudo, daí o questionamento.

Pois mesmo um Procurador da República, é bom se repetir, também é um servidor público, pago por nós contribuintes para nos servirem.

Daí sugerir-se que a Rede Gazeta e a Rede Tribuna, através de seus canais de TVs e jornais convidem as autoridades acima citadas a virem juntos com a reportagem, para verem pessoalmente o que fizeram em Manguinhos e declararem se é isso mesmo que pretendem implantar na orla marítima da Serra e estender para os outros 14 municípios do Estado que têm orla marítima.

Sugiro que o Presidente Bolsonaro devolva as praias aos 240 municípios, como segue: PRAIAS PARA AS PREFEITURAS
TERRITÓRIO DE MARINHA: PRAIAS EM COMODATO
São 240 MUNICÍPIOS QUE TÊM ‘TERRENOS DE MARINHA’ , ENCLAVES, ZONAS DE EXCLUSÕES DENTRO DOS MUNICÍPIOS COM ORLA MARÍTIMA.

Este texto está no blog O PERISCÓPIO:
http://theodianobastos.blogspot.com.br/

Terreno de Marinha é uma excrescência do tempo do Império, em 1831.Foi em 1831 a criação dos “Terrenos de Marinha”, nas orlas marítimas, Braços de Mar e de rios navegáveis, para defesa, calculados pelo alcance dos canhões quando eram ainda alimentados com bolas de ferro...
Os TACS - Termos de Ajuste de Conduta Judicial do MPF Procuradoria da República têm sido um desastre aqui no Espírito Santo e em outros Estados onde esses malsinados TACs são impostos aos municípios com orla marítima.
Acabaram com o bucolismo das praias da Serra/ES. Demoliram mais de 20 quiosques na praia de Jacaraípe, onde também cortaram todas as árvores utilizadas pelas famílias, o mesmo fizeram em Manguinhos, onde demoliram 12 charmosos quiosques e cortaram árvores de 40 e até 70 anos, frondosas, lindas, árvores que davam beleza, ar bucólico e sombra para as Famílias.
É uma coisa terrível esses malsinadosTACs, feitos pelos técnicos do IEMA, visto pela população como “ecoloucos” e que são impostos aos municípios sem Audiências Públicas, sem nenhuma consulta nem mesmo aos prefeitos e Câmaras municipais! E ASSIM AS EXECUÇÕES VIRAM VERDADEIROS IMBRÓGLIOS...
QUE AS 240 PRAIAS DO BRASIL SEJAM ENTREGUES EM COMODATO AOS MUNICÍPIOS QUE SABERÃO ADMINISTRÁ-LAS DE ACORDO COM OS INTERESSES DOS CIDADÃOS.

                   

domingo, 11 de março de 2012

GERAÇÃO Y >>>Os nascidos nas décadas de 80 e 90


                                                    GERAÇÃO Y
                       Os nascidos nas décadas de 80 e 90

                                          THEODIANO BASTOS (*)

Ao contrário das gerações anteriores, quando prevalecia entre os jovens a desesperança, a Geração Y mudou muito: “Entre mudar o mundo e ganhar dinheiro, os jovens estão optando pelos dois”.


O grupo é formado por pessoas competitivas, pouco afeitas a ideologia política, focadas em ganhar dinheiro e subir na vida. Mas também preocupados com a preservação do meio ambiente, mas afeitos a saltar de um emprego para o outro e que preferem se comunicar um o outro por meio de redes sociais, não sabem como viver longe da tela do computador e dificuldade no contato pessoal.
“Os jovens informados e conectados de hoje, diz ele, sabem tantas coisas novas que mais importa ouvi-los, “não dizer a eles, mas com eles”, diz FHC no livro “A Soma e o Resto”.

COMENTÁRIOS:
Os últimos 8 anos apagaram toda a ideologia ou busca de ideais. O lema é: pagando bem que mal tem?;

Sou pai de dois casais e avô de sete netos (quatro netos e três netas) e sempre lembros a todos de que Viver é saber administrar as frustrações da vida, diz o autor do blog, Theodiano Bastos.

“Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil”...
Diz ELIANE BRUM, jornalista  escritora

Considerei, entretanto, que se justificava aproveitar este espaço da mídia impressa para mostrar algumas destas opiniões.
A imensa maioria confirmou a opinião do jovem.
@Edthe: É um sinal de como está nossa era. Juventude sem ideais é protótipo de uma pessoa fracassada no futuro;
@marlonjlima: Concordo plenamente. Os últimos 8 anos apagaram toda a ideologia ou busca de ideais. O lema é: pagando bem que mal tem?;
@andredutra12: Os poucos jovens com ideais nem sempre são ouvidos e talvez acabem deixar aquilo morrer consigo. Temos que inspirá-los!;
@DorgivalJR: Sou Qualificador Profissional do Pro-Jovem e eles falam sempre que estão “deixando a vida me levar”, mas para onde?;
@giordanobr: Triste, porém atual. Mostra como a minha geração está desnorteada, sem rumo e sem objetivos. O sonho está acabando;
Outros chamam atenção de que o problema pode não ser apenas desta geração.
@Cesaurio: Pouca gente tem ideais hoje em dia... Mas... Será que muita gente os tinha nos anos de 1960?;
@allenfranco: Não são apenas pessoas jovens que têm estes problemas, muitos de seus colegas no Senado também têm este "problema" em comum.
Alguns insistem que têm ideais e amigos idealistas, embora faltem condições para que aqueles apareçam.
@roneyb: Há um paradoxo em um jovem dizer que jovens não têm ideias. Parece-me mais a velha baixa autoestima atacando;
@lovingunme: Creio que ele não tenha os amigos ideais. A juventude não está perdida, há quem permaneça na luta, na militância;
@pjrecords: Esse cara é que não tem ideais, todo mundo tem objetivos, só que não são compreendidos. Talvez por ignorância nossa;
@luhan_amaral: Acho triste juventude sem ideais. O ideal vem do (auto) conhecimento, que vem da educação, que vem da cultura. Perdeu-se algo;
@jujubamenegaz: Esta frase não me espanta. Nossa geração é muito fraca. Quer um corpo sarado, ganhar um milhão e passar o carnaval em Salvador. E quando o ano começar, depois das festas, quem sabe poderemos mudar o mundo em um segundo;
@liviafragoso: É. Eu sinto uma imensa falta de pessoas com quem debater assuntos interessantes e olhe que eu só estou pedindo isso;
@Alexandredantas: Acho isso comum. Ninguém mais tem aqueles ideais de antigamente. Ninguém mais tem aquele desejo de mudar o mundo, é uma pena;
@josietemendes: As pessoas no geral estão com preguiça de pensar. E nos jovens vejo, além disso, eles têm preguiça de ler, pesquisar...
Outros explicam as causas da falta de idealismo.
@JOR6INHO: As pessoas abandonam seus ideais não por opção, mas pela pressão vivida numa sociedade consumista oposta a qualquer ideal;
@fabianoaas: Os pais não educam mais os filhos para almejarem melhorias em suas vidas mediante seus esforços. Vive-se por viver apenas;
@camila_XD: Às vezes é desesperador. Você olha para os cenários político e social e nada muda para melhor. Aí é de se pensar "ideais para quê?";
@senhordelicio: Quando se vive em uma sociedade em que predomina o incentivo ao consumo desenfreado, o que esperar senão a alienação?;
@FabioSA: É fácil, não existem muitos jovens com formação madura ou com opinião própria sobre assuntos importantes como: política e educação.
Importante, porém é saber que apesar de todos os erros das gerações mais velhas, de nossa incompetência para inspirar os jovens, eles ainda tomam o tempo para dialogar sobre a crise de seus ideais.
Ainda menino, o carioca Caio Braz, (Jovens- Inspiradores, http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/pense-grande-comece-pequeno-e-ande-rapido), hoje com 22 anos, alimentava o desejo de mudar, em alguma medida, o mundo. A chave para a ação, contudo, só apareceria anos depois, quando Caio topou com uma frase proferida por Guy Kawasaki, uma das mais importantes figuras do Vale do Silício, polo americano das indústrias de tecnologia: "Tente resolver um problema seu e você estará resolvendo um problema da humanidade". Imediatamente, o jovem se voltou a seus problemas.


Kahlil Gibran em O Profeta: “Seus filhos não são seus  filhos. Mas sim filhos e filhas do anseio da Vida por si mesma. Eles vêm por meio de vocês, mas não provêm de vocês. E embora estejam com vocês, não lhes pertencem. Vocês podem lhes dar seu amor, mas não seus pensamentos. Pois eles têm pensamentos próprios. Podem abrigar seus corpos, mas não suas almas. Pois as almas deles residem na morada do amanhã, que vocês não podem visitar nem mesmo em sonhos.”
                 ***
Os jovens de 18 a 30 anos não procuram o psicanalista pelo fato de reprimirem seus desejos, mas porque não sabem o que desejam. Antes procuravam porque não ousava realizar seus desejos. Hoje é a busca rápida do prazer. A idéia é aproveitar sem se envolver, o sexo sem compromisso, o prazer ocasional, sem compromisso... .Busca imediata de prazer máximo, sem freios nem restrições. O mundo virtual pela internet... Ali qualquer um pode viver uma série de vidas sucessivas sem nenhum compromisso definitivo.
As pessoas querem se distanciar da realidade, não querem um limite. NOS PERÍODOS DE CRISE MORAL, COMO O ATUAL, até a capacidade de sonhos foi destruída; é o hoje, o agora, nada de futuro...                         
Vivemos a era da incerteza, do lusco-fusco, aurora e trevas, o sol da madrugada, a era dos extremos. Os muros caíram os sonhos se desvaneceram, ideologias não exercem mais fascínio, como também um curso, um diploma que garanta mais emprego. Estudar para quê?  Perguntavam os jovens das gerações anteriores. Como dissipar a ansiedade dos jovens que não conseguem entrar no mercado de trabalho e dos desempregados que não sabem como voltar a ele?  A verdade é que vivemos em um mundo no qual a única certeza é a de que tudo muda ou pode mudar. Algum tempo atrás cada geração vivia melhor que a anterior. Agora não é bem assim. Está se desconstruindo um mundo sem construir uma coisa nova em seu lugar. Vazio existencial, falta de amparo emocional no seio da família, ausência de perspectivas de vida decorrente da falta de trabalho, enfim, caminhamos para o desconhecido. Para onde vamos? Cada vez mais homens sem rostos, que acreditam serem deuses e que elegeram o dinheiro como uma religião universal, tomam decisões nas empresas transnacionais que afetam a vida dos cidadãos em todos os cantos do mundo. O desenganjamento é a característica dos nossos tempos. As pessoas estão desiludidas politicamente, e mesmo quem não está fica desorientado. Hoje os adversários são muito mais difusos. Uma grave ameaça à democracia participativa. Estamos cada dia mais desesperados e infelizes com o estilo de vida que levamos. O estilo de vida é de uma velocidade vertiginosa, ninguém tem mais tempo para a reflexão sobre o significado da vida, a meditação ou a contemplação. Isso é enlouquecedor. Estresse, ansiedade, angústia, correria. Globalização da economia, homens e mulheres transformados em mero consumidores de coisas.
Nas condições atuais divertir-se é alienar-se.  Comprar coisas, o novo ópio.
O desemprego deixou de ser um mal econômico e social e passou a ser um bem econômico. As corporações multinacionais anunciam programa de desemprego e suas ações sobem nas bolsas, pois isso representa mais enriquecimento dos acionistas e executivos. O dinheiro, o dólar, cultuado como o “Bezerro de Ouro” Bíblico, “América, terra de ganâncias ilimitadas e esperanças traídas”.
O medo dos pobres, o crime organizado, o fundamentalismo islâmico. O desencanto com as religiões, a desilusão com o materialismo, a sede de Deus, os moços abrindo a porta do inferno com as drogas (75% homens 20% mulheres e apenas 30% se curam), a violência grassando nos quatro cantos do mundo. Crianças matando os pais, professores e colegas nas Escolas. A mídia eletrônica (TV vídeo, cinema, internet) cultuando agressividade nas crianças e contribuindo para o desenvolvimento de uma sociedade cada vez mais violenta, o surgimento dos serial killlers juvenis. “Violência é definitivamente coisa de garoto e uma tendência masculina” (90% homens, 10% mulheres). Eros e Tanatos, amor e morte, as profecias de Nostradamus prevendo a batalha de Armagedom que fica ao lado do Monte Carmel em Israel, as figuras sinistras de Gog e Magog, os quatro cavaleiros do Apocalipse: morte, fome, peste e guerra do “Livro das Revelações” das Bíblia, um texto fantástico e confuso de São João.

Agora descobrem na biblioteca Nacional de Israel manuscritos de Isaac Newton “Os segredos de Newston”, revelando que o mundo deve acabar em 2006, baseando-se no texto bíblico do Livro de Daniel. “Ele pode acabar além desta data, mas não há razão para acabar antes”, revela. Segundo ele, l.260 anos se passariam entre a refundação do santo Império Romano por Carlos Magno, no ano 800, e o final dos tempos.
Tudo isso torna confuso a cabeça dos moços, que precisam ser sacudidos para tirá-los da passividade. Muitos estão num nevoeiro, não enxergam bem o caminho, não têm projeto de vida, não têm esperança. Tão inclinados às ilusões quanto às desilusões, nos jovens o que prevalece não é a esperança de um progresso humanizado, de libertação, mas de exploração, da opressão, do poder de destruir. A realidade virtual, grandes ambições com poucos esforços”. Gostaria de vê-los mais inquietos, mais pensantes, menos centrados no próprio umbigo“, diz a escritora Fanny Abramovich,  Nunca foi tão difícil ser adolescente. Dentro das brumas do amanhecer do novo milênio, os jovens estão marcados pelo dasajustamento entre o sonho e a realidade. Sentem dificuldade de superar o real do virtual: sexo virtual, ambições virtuais ilimitadas, violência virtual, tudo superexcitante, nada satisfaz.

O Jornal do Brasil, caderno B de 31/05/98 , traz uma longa entrevista de Regina Zappa com o pesquisador alemão Jo Groebel, assessor dos Governos da Alemanha e Holanda, e da UNESCO. Em 2 anos de pesquisa visitou 23 países, inclusive o Brasil, ouviu 5000 meninos e meninas de 12 anos, cristãos e muçulmanos. É o retrato da influência da mídia eletrônica: 44% das crianças não conseguem diferenciar a realidade do que vêem na telinha. Passam 50% mais tempo vendo TV, do que fazendo qualquer outra atividade fora da Escola, como leitura, dever de casa, esporte, conversa com a família. 50% das crianças pesquisadas estão ansiosas, a maior parte do tempo.

Em cada programa de uma hora exibido na TV, há entre 5 e 10 ações violentas. A violência na TV é apresentada como coisa normal, divertida, recompensada e inevitável. “O que vemos é promoção sistemática da cultura da violência. Em detrimento da cultura pacífica”. “A violência compensa”, diz o pesquisador, que recomenda neutralizar todo esse mal com muita conversa, orientação e reflexão dentro da família e da escola, e código de conduta e ética para a mídia.
Martin Luther King, em 1964: “O que mais preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem-caráter, nem dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons”

“Diz o psicanalista francês Charles Melman, (Veja 23/04/08 pág. 92) Assistimos hoje a um acontecimento que talvez não tenha precedente na história, que a dissolução do grupo familiar. Pela primeira vez a instituição familiar está desaparecendo, e as conseqüências são imprevisíveis”