sexta-feira, 28 de novembro de 2025

54% dos brasileiros não se identifica com os extremos – e pode decidir a eleição

 

                                      Por THEODIANO BASTOS

Há, portanto, 88 milhões de brasileiros, classificados como “invisíveis”, que se mantêm ao largo desse clima de polarização.

PERFIO MODERADO

“Os invisíveis não compartilham notícias nas redes sociais, não discutem com a família e não vão a protestos simplesmente porque sentem que expressar a opinião política é um campo minado. Eles, então, preferem ficar em silêncio”, afirma Pablo Ortellado, diretor da More in Common e professor de gestão de políticas pública    e professor de gestão de políticas públicas da USP. “Isso não quer dizer que sejam despolitizados — é justamente o contrário. Eles têm uma elaboração muito pragmática, e voltada para o serviço público e a oferta de empregos”, acrescenta o pesquisador. Decifrar e compreender essa massa de eleitores é um desafio para os políticos.

Embates políticos geram a impressão de que o país está condenado a ficar dividido, mas a maior parte da população se mantém ao largo da polarização

Os dados coletados revelam que a polarização que parece dominar a pauta política, na verdade, envolve apenas 11% do eleitorado — um contingente estimado em 18 milhões de pessoas que se dividem entre dividem entre direita e esquerda, tem posições bem definidas sobre temas específicos, particularmente em relação à chamada pauta de costumes, e mantêm uma militância intensa, dentro e fora das redes socais.

A pesquisa constatou que a maioria da população, 54%, é absolutamente desapaixonada de política, não reza a cartilha de nenhum partido, evita entrar no ringue ideológico e tem a capacidade de flutuar da esquerda à direita em temas que costumam dividir a sociedade. Exemplo: eles confiam nas instituições e nas universidades, ao contrário dos bolsonaristas mais fervorosos, ao mesmo tempo que uma tempo que uma parcela relevante acredita que os direitos humanos podem atrapalhar o combate à criminalidade, ao contrário do que defende boa parte da esquerda.

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