Por J.R. Guzzo
O ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro é um homem multifásico – vale
coisas diferentes para pessoas diferentes em épocas diferentes. Quando
comandava a Operação Lava Jato era um herói nacional. Sozinho, sem
outras forças que não fossem a própria integridade pessoal e o seu
cargo de juiz numa vara da Justiça Federal em Curitiba, enfrentou e pôs
na cadeia um ex-presidente da República, diretores das empreiteiras de
obras públicas que costumavam governar o país e grandes estrelas do
sistema de corrupção por atacado que deitava e rolava no Brasil de
então.
Ao mesmo tempo, era o inimigo número um do PT, da esquerda em geral e
da nebulosa de juristas amadores e profissionais que se apresentam com
a marca de “garantistas” e atribuem à lei e à justiça, acima de qualquer
outra coisa, o dever de absolver réus acusados de corrupção e outros
crimes – sempre por “erros processuais", ou alguma outra desculpa
do mesmo tipo. Deixava horrorizados, em especial, os ministros do
Supremo Tribunal Federal que operam como despachantes de escritórios de
advocacia milionários, como os que defendiam o ex-presidente Lula e as
megaempreiteiras corruptas. Um deles acusou Moro de criar uma
“república” ilegal em Curitiba, onde estaria em vigor a “ditadura”
pessoal do juiz.
https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/jr-guzzo/sergio-moro-direito-ficar-rico-iniciativa-privada/
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário