CARMEM LÚCIA NA
PRESIDÊNCIA
Com as novas denúncias contra o Temer, ele deveria renunciar para o bem
do Brasil e o Congresso eleger Carmen Lúcia para terminar o mandato e conduzir
as eleições de outubro.
Vejam o que Josias de Souza 21/12/16:
Michel Temer termina o mandato?
Confrontado com a pergunta numa entrevista à RPN (Rede Paraibana de Notícias),
Cássio Cunha Lima, líder do PSDB no Senado, declarou: “Vai enfrentar uma
dificuldade grande.” Ouça aqui. Ao longo da conversa, o senador disse que
o Brasil vive “a mais grave e profunda crise da história”, admitiu que o TSE
pode passar o mandato de Temer na lâmina e mencionou Cármen Lúcia, presidente
do Supremo Tribunal Federal como alternativa para a hipótese de o Congresso ter
de escolher um substituto em eleição indireta.
“A ministra Cármen Lúcia, que é,
hoje, a presidente do Supremo, está na linha sucessória, é a terceira na linha
sucessória, é uma mulher cuja honestidade e a probidade ninguém discute, que
tem experiência, tem capacidade e que poderia cumprir um período de transição.
Quando você olha dentro dos nomes da política partidiária, da chamada política
tradicional, talvez você tenha alguma dificuldade. É preciso pensar um pouco
mais largo.”
Cássio realçou que sempre
defendeu a realização de nova eleição como melhor alternative para superar a
crise. Lamentou que o Tribunal Superior Eleitoral não tenha concluído neste ano
de 2016 o julgamento das ações em que o PSDB pede a cassação da chapa Dilma
Rousseff – Michel Temer.
“Agora resta aguardar o
julgamento da ação no TSE” em 2017”, acrescentou. “Existem lá ações cujas
acusações são bastante graves. A defesa do presidente da República vai trazer
como principal argumento a separação das contas, o que fere um pouco a tradição
e a jurisprudência da Justiça Eleitoral. E esperamos que o país consiga
atravessar essa fase tão difícil, tão crítica.”
O senador pintou a conjuntura com
cores fortes: “A crise não é uma crise banal, não é uma crise comum, é a mais
grave e profunda crise da história do Brasil. Então, um pouco de estabilidade
nesse processo não fará mal de forma nenhuma. Vamos aguardar, portanto, a decisão
do TSE sobre os processos que lá tramitam.”
Perguntou-se a Cássio se FHC não
seria um nome a ser cogitado numa eventual eleição presidencial indireta. E
ele: “A contribuição que o presidente Fernando Henrique poderia ter dado ao
Brasil já foi dada. Ele próprio tem consciência de que não é o momento para que
ele volte à cena política. Até porque essa distância dele tem contribuído
parcialmente para a estabilidade do Brasil.”
Para Cássio, a sociedade não
ficaria passiva diante de um desfecho pela via indireta. “Se tivemos uma
solução que tenha que vir pela Câmara dos Deputados, haverá, naturalmente, uma
ampla pressão popular para que tenhamos um nome que corresponda a esses anseios
de transformação e de mudança que o povo brasileiro tem demonstrado de forma muito
clara.”
Antes de citar o nome de Cármen
Lúcia, o líder tucano traçou um perfil: “Uma pessoa que tenha trajetória
ilibada, competência, capacidade de conciliação, experiência, honesta,
trabalhadora.” Com tantos políticos enrolados na Lava Jato, seria como
encontrar “agulha no palheiro”, disse uma das entrevistadoras. Foi nesse ponto
que o senador mencionou a presidente do Supremo como alternativa. “É preciso
pensar um pouco mais largo.”
O senador todas essas
considerações num instante em que o PSDB negocia com Michel Temer um reforço de
sua participação no primeiro escalão do governo. O deputado Antonio Imbassahy,
que acaba de deixar a liderança do PSDB na Câmara, deve ocupar a pasta que
cuida da coordenação política do Planalto. Fonte: http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/
21/12/16
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