VIDA DEPOIS DA VIDA
Theodiano Bastos
“O que acontece quando uma pessoa morre”?
“Como não sabemos onde ela nos espera, é melhor esperá-la em todo
lugar”, diz Montaigne, pensador francês do século 16 em Ensaios, ensina que é
preciso não estranhar a morte, recomendando a se acostumar com ela.
Jorge Peixoto, de Nanuque/MG, amigo já falecido, contou-me certa
vez que sua avó estava morrendo e o médico foi chamado que informou aos familiares
que a hora tinha chegado para a enferma, já bastante idosa mas deu-lhe um
injeção e para surpresa geral a idosa recuperou a consciência e disse que viu
tudo, pois pairava acima do corpo e começou a dizer que sua filha Maria havia
lhe dado um chá antes da chegada do médico e que ao flutuar sentia uma paz
indescritível.
Em outro depoimento de EQM Experiência de Quase Morte, Lars Grael,
o iatista que teve a perna decepada por uma lancha na baía de Vitória,
esvaindo-se em sangue foi levada para o Iate Clube, onde teve parada cardíaca e
antes de ser ressuscitado, disse na TV Bandeirantes não ter mais domínio sobre
o corpo e passou a sentir uma paz imensa e começou a levitar e a ver seu corpo
de cima para baixo. A partir desse acidente passou a ver a vida de outra
maneira, a de procurar viver cada dia e cada momento da vida.
O
Céu É de Verdade - o Impressionante Relato do
Menino Que Foi Ao Céu e Voltou Para Contar
O céu é de verdade
conta a história real de Colton, um menino que, aos quatro anos, quando passava
por uma cirurgia de emergência, viveu uma experiência inusitada: seu espírito
foi transportado ao céu, onde viu coisas extraordinárias, inclusive o trono do
próprio Deus. O garoto também assistiu aos procedimentos médicos e viu o pai
orando na sala de espera. No primeiro momento, a família agiu com incredulidade
diante do relato, mas logo as evidências de que o menino falava a verdade se
tornaram claras — Colton conheceu a irmã que fora abortada, segredo guardado a
sete chaves pela família. Narradas por seu pai, mas frequentemente nas palavras
do próprio Colton, as experiências relatadas em O céu é de verdade revelam a
realidade e a esperança do Paraíso e do Criador.
Todd Burpo (Greg
Kinnear) é o pastor de uma igreja em Nebraska, que conta com uma congregação
bastante fiel. Casado com Sonja (Kelly Reilly), ele enfrenta uma situação
complicada quando seu filho, Colton (Connor Corum), precisa ser operado às
pressas devido a uma apendicite. Após se recuperar, o garoto diz ao pai que
anjos vieram cantar para ele durante a operação. Todd pergunta mais sobre a
experiência e fica espantado quando Colton lhe diz que viu situações que
ocorreram quando o garoto não estava desperto. Convicto de que o filho visitou
o paraíso, Todd passa a questionar sua própria fé naquilo que pregava até
então.
“Um
dia desses me disseram que, ao morrer, iria encontrar meu pai, falecido há mais
de cinqüenta anos. Isso me emocionou profundamente. Se for para me encontrar
com mamãe e papai, que quero morrer agora”, disse José Alencar, vice-presidente
da República em Veja de 09/09/09 pág. 79
Diz
Edna St. Vincent Millay, poetisa americana, já falecida, sobre a morte:
“Não
me resigno quando depositam corações amorosos na terra dura./É assim, assim
será para sempre:/entram na escuridão os sábios e os encantadores. Coroados/ de
lírios e louros, lá se vão: mas eu não me conformo./ Na treva da tumba lá se
vão, com seu olhar sincero, o riso, o amor; / vão docemente os belos, os
ternos, os bondosos; / os bravos./ Eu sei. Mas não aprovo. E não me conformo”.
FREU em “O FUTURO DE UMA LISÃO”:
“A própria morte não é extinção, não
constitui um retorno ao inanimado inorgânico, mas o começo de um novo tipo de
existência que se acha no caminho da evolução para algo mais elevado”
E Sócrates na hora em que bebia a cicuta, condenado pelos
cidadãos de Atenas a se matar: “Se a morte for um sono sem sonhos, será bom; se
for um reencontro com pessoas que amei e se foram, será bom também. Então, não
se desesperem tanto”, disse a seus discípulos.
Dr. Raymond A. Moody Jr, em seu livro “VIDA depois da VIDA” da Editora
Nórdica, após mais de cinco anos de observações em prontos socorros e em mais
de uma centena de indivíduos que experimentaram a morte clínica e reviveram e
trás em seu livro relatos de suas
experiências espantosamente semelhantes em seus detalhes, fornecem uma prova incontestável
de sobrevivência do espírito humano depois da morte e procura provar que existe
vida depois da morte.
Dr.
Raymond A. Moody Jr, trás em seu livro dramáticas experiências reais de pessoas
declaradas clinicamente “mortas”! São relatos tão semelhantes e reais, tão esmagadoramente positivos, que
poderão mudar a visão da humanidade sobre a vida, a morte e a sobrevivência
eterna do espírito. O livro aborda pesquisa séria e impressionante do fenômeno
da sobrevivência à morte física.
Uma
mulher que foi ressuscitada depois de um ataque cardíaco observa: “Comecei a
experimentar as mais maravilhosas sensações. Não sentia coisa nenhuma, exceto
paz, conforto, tranqüilidade — só quietude. Sentia que todos os meus problemas
tinham desaparecidos e pensava comigo mesma; “Que paz e quietude, e não dói
nada”.
Um
outro lembra: “Eu só tinha um sentimento bom e intenso de solidão e de paz...
Foi lindo, e eu estava com tamanha paz na minha mente”.
Outro,
depois de um grave ferimento na cabeça: “No lugar do ferimento houve um flash
momentâneo.
“Um
homem está morrendo e, quando chega ao ponto de aflição física, ouve seu médico
declará-lo morto. Começa a ouvir um ruído desagradável, um zumbido alto ou
toque de campainhas e, ao mesmo tempo, sente-se movendo muito rapidamente
através de um túnel longo e escuro. Depois disso, encontra-se repentinamente
fora de seu corpo físico... Logo outras coisas começam a ancontecer. Outros vêm
ao seu encontro e o ajudam. Vê de relance os espíritos de pacientes e amigos já
mortos, e aparece diante dele um espírito amigo de uma espécie que nunca
encontrou antes – um espírito de luz”.
pessoas
No Livro
dos Mortos do Tibet, escrito há 5.000 anos: “Não empobreci um pobre em seus
bens. Não fiz padecer fome. Não fraudei o preso da balança. Não coloquei nenhum
dique à água corrente. Não roubei. Não matei. Dei pão ao faminto, água ao
sedento, vestido ao que está nu e uma barca ao náufrago”.
Carl Guatavo Jung, Em seu extraordinário livro “MEMÓRIAS SONHOS REFEXÕES, editora Nova
Fronteira, e que só foi publicado após sua morte, depõe a respeito da
sobrevivência do espírito: No início de 1944 teve um infarto e em perigo de
morte administraram-lhe oxigênio e cânfora. “As imagens eram tão fortes que eu
próprio concluí que estava prestes a
morrer. “Disse-me minha enfermeira mais tarde: O senhor estava como que
envolvido por um halo luminoso. É um fenômeno que ela observara às vezes nos agonizantes.
E o famoso médico e psiquiatra, o mais famoso discípulo de Freud
passou a descrever suas visões: “Parecia-me estar muito alto no espaço cósmico.
Muito longe, abaixo de mim, eu via o globo terrestre banhado por uma
maravilhosa luz azul. Via também o mar de um azul intenso e os continentes.
Justamente sob meus pés estava o Ceilão e na minha frente estendia-se o
subcontinente indiano. Meu campo visual não abarcava toda a Terra, mas sua
forma esférica era nitidamente perceptível e seus contornos brilhavam como
prata através da maravilhosa luz azul. Em certas regiões a esfera terrestre
parecia colorida ou marchetada de um verde escuro como prata oxidada. Bem
longe, à esquerda, uma larga extensão — o deserto vermelho-alaranjado da
Arábia. Era como se ali a prata estivesse tomado uma tonalidade alaranjada.
Adiante o Mar Vermelho e mais além, como no ângulo superior esquerdo de um mapa, pude ainda perceber uma nesga do
Mediterrâneo. Meu olhar voltara-se sobretudo para essa direção, ficando o
restante impreciso. Evidentemente via também os cumes nevados do Himalaia, mas
cercados de brumas e nuvens. Não olha “à direita”. Sabia que estava prestes a
deixar a terra.
“Mais tarde informei-me de que a distância dever-se-ia estar da
Terra para abarcar tal amplidão: cerca de mil e quinhentos quilômetros! O
espetáculo da Terra visto dessa altura
foi a experiência mais feérica e maravilhosa da minha vida”, disse. E quando os
astronautas viram a Terra do Espaço confirmaram que ela era azul.
Mas quando estava nesse êxtase veio ao seu encontro seu médico
trazendo uma mensagem da Terra para trazer-me de volta, pois protestavam contra
a sua saída e que não tinha o direito de deixar a Terra e devia retornar.
Passaram-se três semanas antes que se decidisse a viver.
Quando estava no espaço não tinha peso e nada podia me atrair.
“E agora tudo terminada”, disse Dr. Jung.
Esse depoimento e todo o conteúdo do livro ficou lacrado num
cofre para só ser publicado depois de morte do Dr. Carl Guatavo Jung por Aniela
Jaffé.
"Eu vivi com uma perspectiva de uma morte próxima pelos últimos 49 anos. Em não tenho medo da morte, mas eu não tenho pressa em morrer. Eu tenho muita coisa para fazer antes", diz ao jornal britânico. "Eu considero o cérebro como um computador que vai parar de trabalhar quando seus componentes falharem. Não há céu nem vida após a morte para computadores quebrados, isto é um conto de fadas para as pessoas com medo do escuro", afirma o cientista.
Em 2010, Hawking lançou o livro The Grand Design, no qual afirma que não há necessidade de um criador para explicar a existência do Universo. As afirmações vão contra um de seus mais famosos livros, Uma Breve História do Tempo (hoje revisado e com o título Uma Nova História do Tempo), de 1988, em parceria com Leonard Mlodinow. Nos anos 80, Hawking dizia que uma teoria do tudo, a qual Einstein buscava e que poderia explicar todas as forças e partículas do Universo, seria o que levaria o homem a "conhecer a mente de Deus".
Agora, o astrofísico descarta a vida após a morte e diz que devemos focar nosso potencial na Terra fazendo bom uso de nossas vidas.
Na terça-feira, Hawking profere uma palestra em Londres onde afirmará que flutuações quânticas no início do universo tornaram possíveis as galáxias, estrelas e, por fim, a vida humana. Ele ainda falará sobre a teoria M, que une as teorias das cordas e é vista por muitos cientistas como a melhor candidata a teoria do tudo.
ELZIRA – PENETRANDO O MISTÉRIO - 2º semestre 2012 por RUBENS SILVA PONTES
“Você já soube? ” – sussurrou d. Elzira – “eu morri e voltei”.
Da cama do hospital, onde se encontrava internada há vários dias, ela se mostrava surpreendentemente lúcida e com uma tranquilidade serena que se refletia no seu rosto quase sem rugas.
Havia uma sensação de paz na sua postura, como se o prolongado sofrimento tivesse afinal cedido lugar a um momento de inesperada revelação.
Poucos dias depois, já em casa, mas ainda acamada, Elzira exalava uma doce serenidade, contrastando com a sua própria experiência no relacionamento com as pessoas, marcado quase sempre por comportamento defensivo, às vezes até intransigente na sua relação com a vida.
Uma outra mulher se revelava nela. Doce, humilde, soberbamente lúcida, com uma desconhecida capacidade de analisar comportamentos e, para quem a ouviu nesses dias, capaz de enunciar pensamentos jamais suspeitados para quem a verdade era uma só, estreitada nas suas radicais convicções religiosas.
“Nós rezamos o Pai Nosso com hipocrisia”, disse numa tarde em que recebia visitas.
“Nós dizemos: perdoai a quem nos tem ofendido, mas, quem, entre nós, cumpre esse preceito?”
Estava implícita, ai, sua nova visão de um comportamento que, para ela (e certamente por cada um de nós) vem sendo repetido como uma tabuada decorada, sem nenhuma convicção.
Na sua visão extra-dimensional, da certeza da morte e do retorno, ela evidenciava haver recebido uma palavra iluminada que a fazia confrontar, mas principalmente aceitar, uma nova e insuspeitada verdade. Uma arrogância de “dona-da- verdade” cedia lugar a uma nova e confrontante visão do mundo e das pessoas.
“Eu vi Djalce. Magrinha e feia. Limpando vasos sanitários. Pagava ali o preço do seu orgulho, igual ao meu. Não olhava para mim”
“Voltei a vê-la depois. Bonitinha, com um vestido alegre, outra pessoa”.
Cumpria-se o ensinamento cristão, da penitencia e do perdão, e nele também ela se envolvia.
A “visão” que ela
trouxe do outro lado da cortina nem sempre é nítida. Não reconheceu pessoas,
vultos que passavam ou cruzavam seu caminho. Mas os símbolos são notavelmente
registrados:
“ O chão era coberto por um tapete vermelho e gasto. Levantado uma ponta dele, debaixo estava o demônio”.
Pois não é o que fazemos, escondendo sob um tapete imaginário as nossas próprias sujeiras e as sujeiras do mundo? Todavia, não era ainda a vez dela:
“Havia uma porta e por ela entravam muitas pessoas que já haviam morrido. Não me foi dado entrar.”
De outra feita, conversávamos na casa dela, d. Elzira recostada na cama, queixando-se de dores no corpo.
Voltei a lhe
perguntar sobre a passagem, através de espaço e tempo, na porta vislumbrada.
Nesse exato momento,quando ela se preparava para responder, ouviu-se um estalo,
um ruído não identificável, partindo de um ponto qualquer, às minhas costas.
Antes que eu pudesse falar, d. Elzira, que
escutara também ela o ruído, foi clara, objetiva e serena:“Esse barulho eu ouvia quando a porta era aberta para os mortos entrarem”.
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