PETROBRAS, PETROBRAS, PETROBRAS, e...
Cada um entenda como quiser a ordem dada por Lula, em entrevista a blogueiros simpatizantes do PT, para que o partido vá “para cima” no enfrentamento do pedido da oposição de uma CPI exclusiva da Petrobras.
Fato é que governo e base aliada atuam em duas direções neste ir “para cima”: a da tentativa de inviabilizar qualquer investigação, pelo entulhamento da agenda da CPI, com a inclusão de dois outros temas, destinados a atingir tucanos e Eduardo Campos — cartel de trens em São Paulo e Porto de Suape —; e no patrocínio de dois depoimentos ao Congresso, já realizados, o da presidente da estatal, Graça Foster, e o do ex-diretor Internacional da empresa, Nestor Cerveró, protagonista da no mínimo polêmica compra por US$ 1,23 bilhão de uma refinaria em Pasadena, Texas.
Se a CPI será múltipla ou exclusiva, decidirá o Supremo. Quanto aos depoimentos, realizados terça e ontem, o efeito foi contrário àquilo que petistas esperavam: em vez de abalarem a argumentação pró-CPI exclusiva, reforçaram-na.
As divergências de visão daquele negócio entre Graça Foster e Cerveró são radicais. Anteontem, em elogiável passagem pelo Senado, a presidente da estatal evitou rodeios: a aquisição da refinaria “não foi bom negócio”.
Ontem, Cerveró, na Câmara, rebateu a interpretação de Graça Foster, com a alegação de que a operação fazia sentido na realidade de mercado de 2006. Para reforçar sua opinião, Graça Foster informou que a estatal até já formalizou o reconhecimento de uma perda, no negócio, de US$ 530 milhões — ou meio bilhão de dólares. Muito dinheiro em qualquer lugar do mundo. Por si só, essa divergência justifica a CPI. http://oglobo.globo.com/pais/noblat/18/04/14
Há muito se sabe que a Petrobras é uma caixa preta de “maus negócios”, gerida por predadores que a fizeram descer da 12ª para a 120ª colocação entre as maiores empresas mundiais. Os números falam por si e dispensam explicações.
Diz o colunista Josias de Souza http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/ (13/04/14):
Depoimentos justificam CPI para a Petrobras (Editorial)
O Globo (18/0414)Cada um entenda como quiser a ordem dada por Lula, em entrevista a blogueiros simpatizantes do PT, para que o partido vá “para cima” no enfrentamento do pedido da oposição de uma CPI exclusiva da Petrobras.
Fato é que governo e base aliada atuam em duas direções neste ir “para cima”: a da tentativa de inviabilizar qualquer investigação, pelo entulhamento da agenda da CPI, com a inclusão de dois outros temas, destinados a atingir tucanos e Eduardo Campos — cartel de trens em São Paulo e Porto de Suape —; e no patrocínio de dois depoimentos ao Congresso, já realizados, o da presidente da estatal, Graça Foster, e o do ex-diretor Internacional da empresa, Nestor Cerveró, protagonista da no mínimo polêmica compra por US$ 1,23 bilhão de uma refinaria em Pasadena, Texas.
Se a CPI será múltipla ou exclusiva, decidirá o Supremo. Quanto aos depoimentos, realizados terça e ontem, o efeito foi contrário àquilo que petistas esperavam: em vez de abalarem a argumentação pró-CPI exclusiva, reforçaram-na.
As divergências de visão daquele negócio entre Graça Foster e Cerveró são radicais. Anteontem, em elogiável passagem pelo Senado, a presidente da estatal evitou rodeios: a aquisição da refinaria “não foi bom negócio”.
Ontem, Cerveró, na Câmara, rebateu a interpretação de Graça Foster, com a alegação de que a operação fazia sentido na realidade de mercado de 2006. Para reforçar sua opinião, Graça Foster informou que a estatal até já formalizou o reconhecimento de uma perda, no negócio, de US$ 530 milhões — ou meio bilhão de dólares. Muito dinheiro em qualquer lugar do mundo. Por si só, essa divergência justifica a CPI. http://oglobo.globo.com/pais/noblat/18/04/14
Há muito se sabe que a Petrobras é uma caixa preta de “maus negócios”, gerida por predadores que a fizeram descer da 12ª para a 120ª colocação entre as maiores empresas mundiais. Os números falam por si e dispensam explicações.
Diz o colunista Josias de Souza http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/ (13/04/14):
“Versão de André Vargas sobre tráfico de influência na Saúde foi desmentida
Pilhado pela Polícia Federal numa troca de mensagens eletrônicas com o doleiro preso Alberto Youssef sobre negócios do laboratório Laborgen com o Ministério da Saúde, o deputado André Vargas (PT-PR) discursou da tribuna da Câmara: “Quero deixar bem claro que não participei, não agendei, não soube previamente nem acompanhei desdobramentos de nenhuma reunião no ministério a respeito de qualquer assunto relacionado a negócios da Laborgen”.Em entrevista à revista Veja, o autônomo Leonardo Meirelles, proprierário formal do Laborgen declarou: “Encontrei o deputado André Vargas duas vezes no ano passado para tratar da parceria com o Ministério da Saúde e apresentar o projeto da Laborgen. Em um desses encontros, o Pedro Argese [diretor do laboratório] também estava junto. O deputado viu o projeto e nos ajudou.”
Como chegou a André Vargas? “Não é segredo a proximidade do deputado com o Alberto Yossef. Foi ele quem nos aproximou. O Youssef me indicou o o deputado, e nós conversamos. O próprio Youssef articulava essa parte política porque ele também tinha interesse. Ele iria comprar 80% do laboratório.”
Que tipo de serviço o deputado fez? “Fez o que todo deputado faz quando é procurado por um empresário com um bom projeto. Ele nos ajudou a chegar ao governo. Não teve nada errado. Ele apenas conseguiu a reunião no ministério. Uma coisa que todo político faz.”
Para a Polícia Federal, Leonardo Meirelles é um laranja de Youssef. O outro “sócio” do laboratório é um frentista: Esdra Ferreira. A exemplo do doleiro, ambos foram presos na Operação Lava-Jato. A entrevista de Meirelles bastaria para escurecer aquilo que André Vargas pretendeu “deixar bem claro” no discurso que despejou sobre o plenário da Câmara. Mas não ficou nisso.
Procurado, também o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, hoje candidato do PT ao governo de São Paulo, disse que André Vargas o procurou para tratar da possibilidade de contratação da Labogen. No ministério, informou-se que o pedido do deputado “seguiu o trâmite regular”. Tanta regularidade resultou na celabração de um contrato de R$ 30 milhões com um laboratório que, até ali, servia como lavanderia de dinheiro de Youssef.
Relator do pedido de cassação de André Vargas no Conselho de Ética da Câmara, o deputado Júlio Delgado (PSB-MG) já deu indicações de que pretende levá-lo ao cadafalso por ter mentido para os colegas da tribuna da Câmara. Não terá dificuldades para recolher a matéria prima para o seu relatório.
A revista Veja também informa que, sentindo-se abandonado por seu partido, André Vargas recorreu a uma ferramenta inusitada para reconquistar o PT: a chantagem. Disse a petistas que, faltando-lhe a solidariedade, vai entregar companheiros. Em privado, relaciona entre seus alvos o próprio Padilha, o ministro Paulo Bernardo (Comunicações) e a mulher dele, a senadora Gleisi Hoffmann, ex-chefe da Casa Civil e candidata do PT ao governo do Paraná.
Longe dos refletores, Vargas insinuou que Paulo Bernardo é beneficiário de desvios praticados na Petrobras. Nessa versão, o ministro teria intermediado contratos entre um grupo empresarial chamado Schahin e a estatal petroleira. Em troca, teria recebido uma “corretagem” recolhida pelo doleiro Youssef.
Em conversas com deputados petistas, André Vargas citou outra logomarca: a agência Heads Propaganda. “a Heads é esquema deles”, afirmou, referindo-se a Paulo Bernardo e a Gleisi Hoffmann. Sob Dilma, anota a revista, a agência tornou-se líder no recebimento de verbas do governo. Encontra-se sob investigação do TCU.
Neste sábado, André Vargas comentou a reportagem pelo Twitter. Absteve-se de falar sobre o desmoronamento do discurso que pronunciara da tribuna da Câmara. a respeito da chantagem, escreveu: “Atribuir a mim ameaças contra valorosos companheiros é pura ilação. Sou o único responsável pelos meus atos e vou provar inocência.”
Por meio de nota, Paulo Bernardo negou que houvesse intermediado contratos do grupo Schahin com a Petrobras. “Conheci executivos do grupo há muitos anos. Não me lembro de nenhum encontro ou contato telefônico com nenhum desses executivos nos últimos cinco anos, pelo menos. Acredito que a senadora Gleisi nem os conheça.”
Quanto à agência Heads, Paulo Bernardo disse conhecer o dono, Cláudio Loureiro. Mas nega ter negócios com ele. “Tenho relação muito cordial com ele. Com a Heads, não tenho relação”, disse Paulo Bernardo. Acrescentou: Loureiro “nunca nos prestou serviços como agência e não tenho informações ou envolvimento com os negócios da empresa dele. Não tive influência nenhuma a respeito de contratos da empresa dele com o governo federal”.
De resto, Bernardo declarou ter encontrado o doleiro Youssef uma única vez. “Como deputado federal, fui membro da CPI do Banestado, que investigou o caso. E participei de sessão para ouvir o senhor Youssef. A audiência foi realizada em Curitiba”.
Vejam
alguns comentários:
Cesar Marcelo de O Paiva
É
assustador o que esta acontecendo no pais, especialmente na Petrobras onde os
valores financeiros sao astronomicos. De 2006 a 2010, portanto sob a gestao de
Lula, a empresa contratou, sem licitaçao, obras que atingem mais de 30 bilhoes
de reais. Nesse mix, estao as maiores do pais como Queiroz Galvao e ate a Delta
que apareceu na CPI do Carlinhos Cachoeira, mas os governistas nao se
propuseram a aprofundar para nao atingir o aliado Sergio Cabral. É brincadeira?
Cesar Marcelo de O Paiva
A Petrobras é hoje a empresa mais endividada do mundo e
nenhuma empresa com açoes na Bolsa, perdeu tanto o seu valor de mercado. A
partir do governo Dilma, essa desvalorizaçao se acentou. É um conglomerado
atuando dentro da estatal. Graça Foster nao tem controle, tampouco a
presidente. Como disse em comentario anterior, sao diversos "feudos"
extorquindo a Petrobras. Desde a admissao de Sergio Gabrielli como presidente,
ela vem sofrendo esse tipo de ataque. Chegou a pagar somas consideraveis(mais
de 500 mil) por serviços prestados a empresas de fundo de quintal, registradas
em garagens residenciais. A oposiçao sabia disso, mas se omitiu. O MPF tambem e
ninguem tomou as providencias cabiveis. A Petrobras vai conseguir se recuperar,
mas demandará tempo. Para que isso ocorra, precisamos tirar essa galera do
poder e fazer uma faxina em seus quadros.
André de Morais
Essa estatal virou um esgoto à céu aberto! E o PT usa como se
fosse sua propriedade particular, porém o navio está afundando. Quanta imundice
o partidão ainda vai querer esconder? Pois estão fazendo de tudo pra evitar a
CPI. Claro! Quem deve teme!
Marcelo H Carvalho
"A Petrobras está afundando", afirma o procurador do
TCU que investiga estatal há 2 anos. Procurador do MP do TCU há quase duas
décadas, Marinus Marsico já comprou briga com corruptos que aparelharam o Dnit,
enfrentou servidores que insistiam em receber supersalários no Congresso e
participou do acordo com o Grupo OK, do senador cassado Luiz Estevão, para
reaver 500 milhões de reais desviados do Tribunal Regional do Trabalho de São
Paulo. Há cerca de dois anos, revira cada detalhe da ruidosa compra da
refinaria de Pasadena, no Texas, pela Petrobras, um dos mais malsucedidos
negócios da história da petrolífera brasileira. Para ele, apesar de o caso
Pasadena ser "indefensável", a Petrobras sofre com desmandos
políticos desde o segundo mandato do ex-presidente Lula. “A Petrobras está
afundando. Há uma mistura de má gestão com o fato de ter se tornado um braço
político do governo. Se a empresa não fosse pública, já tinha quebrado”.
#PTCORRUPTO !”
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UMA NAÇÃO
CORROMPIDA
Carlos Chagas
Publicado:
14 de abril de 2014
“A história merece ser lembrada. Paris estava entregue a todo tipo de ladrões,
assaltantes e salteadores. O rei Carlos IX, talvez desejando aprender,
quis saber como os batedores de carteira praticavam tão bem a sua arte.
Assim, instruiu a polícia para convidar os dez maiores “artistas” para o
próximo baile real, onde a recém-recomposta aristocracia e a alta
burguesia estariam presentes. Terminado o baile os dez larápios foram
aprisionados, verificando-se que em dinheiro e jóias, haviam recolhido milhares
de francos. O rei quase morreu de rir e permitiu que os bandidos
conservassem o fruto de suas coletas, mas, por cautela, determinou que fossem
todos alistados no exército. Com a França em guerra, era mais fácil tê-los
mortos do que vivos…Com todo o respeito, a presidente Dilma Rousseff deveria preparar imediatamente um grande baile da República, tanto faz se no Alvorada ou no Itamaraty, convidando a classe política, o Congresso, o ministério, os altos funcionários, os dirigentes de empresas estatais, os lobistas, o empresariado e demais integrantes das elites. Ficaria difícil selecionar apenas dez dos participantes, talvez fosse melhor desconfiar e revistar todos os convidados. Sem a menor dúvida, através dos métodos eletrônicos de prospecção de mal-feitos, pelo menos a metade dos convidados se veria obrigada a alistar-se, senão nas forças armadas, já que não estamos em guerra externa, quem sabe nas UPPs, nas unidades de ocupação das favelas e periferias ou nas delegacias.
Porque jamais, em tempo algum, a corrupção registrou níveis tão elevados quanto nas últimas décadas, no Brasil. Não há quem não procure levar vantagem em tudo, com sinceras desculpas ao grande craque do passado. Lemos nos jornais do fim de semana que o tal Yussuff, doleiro preferido das elites, ameaça divulgar o nome de pelo menos 47 parlamentares com os quais mantém perigosas relações. Caso Marcos Valério se disponha a abrir a boca, só o Maracanã abrigará o número de novos mensaleiros condenados. Nos partidos, em massa haveria defecções forçadas, sem esquecer tribunais, corporações, empreiteiras, prefeituras, governos estaduais, a mídia, igrejas e até clubes de futebol.
Somos uma nação corrompida à espera do convite para o grande baile da República, onde seria possível identificar os modernos batedores da carteira nacional. A duvida é saber se a presidente iria rir, como Carlos IX, e permitir que cada ladrão conservasse o produto de seu roubo…
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