sábado, 10 de dezembro de 2016

ODEBRECHT EXPÕE AO PAÍS O SUBSOLO DO ABISMO



 
A Lava Jato eliminou a ideia de que o Brasil estava condenado a viver à beira do abismo. A operação fez desaparecer a noção de borda. O país escorregou para dentro do precipício. A delação da Odebrecht, que chega ao noticiário em conta-gotas, leva o brasileiro para um outro patamar, bem mais profundo. Com suas revelações devastadoras, os corruptores da maior construtora brasileira expõem à nação o subsolo do abismo. É onde se aloja o insondável. O Brasil está sendo apresentado, finalmente, ao magma que o pariu. No subterrâneo do abismo, o sonho de “estancar a sangria” tornou-se um pesadelo hemorrágico.
Visto de baixo, o governo de Michel Temer ganhou a aparência de um empreendimento precário. Todos sangram. O próprio presidente aparece nas delações requisitando uma odebrechtiana de R$ 10 milhões. Seus amigos e correligionários do PMDB plantam bananeira na areia movediça: Padilha, Moreira, Geddel, Jucá, Renan… Candidatos do Planalto às presidências do Senado e da Câmara, Eunício e Maia são pavios acesos. Aliados como Aécio, Serra e até Alckmin, “o santo”, brincam na lama depois de se banhar nas águas do impeachment.
Tornou-se impossível prever como o governo Temer chegará a 2018. Difícil dizer até mesmo se chegará tão longe. O futuro chega tão rápido que já está atrás de nós. Em 3 de maio de 2015, Emílio Odebrecht, o patriarca da construtora, anotou o seguinte num artigo:
''A corrupção é problema grave e deve ser tratado com respeito à lei e aos princípios do Estado democrático de Direito, mas é fundamental que a energia da nação, particularmente das lideranças, das autoridades e dos meios de comunicação, seja canalizada para o debate do que precisamos fazer para mudar o país. Quem aqui vive quer olhar com otimismo para o futuro —que não podemos esquecer—, sem ficar digerindo o passado e o presente.''
Nessa época, Emílio cobrava, estalando de pureza moral, “uma agenda clara de crescimento com desenvolvimento para o Brasil.” E seu filho, Marcelo Odebrecht, preso em Curitiba, dizia que não seria delator porque não tinha o que delatar. Desnudados pelos investigadores, pai, filho e os santos espíritos da Odebrecht despejam sobre o presente revelações de um passado que leva o país a desacreditar do futuro.
Conselho útil: aperte os cintos. Com a delação da Odebrecht, o Brasil está aterrissando no subsolo do abismo. O PT celebra a chegada de companhia. Quem olha ao redor percebe por que o Brasil é o mais antigo país do futuro em todo o mundo.                   Fonte: http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/ 10/12/16


quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

CARMEM LÚCIA NA LINHA DE SUCESSÃO




A Polícia Federal realizou na segunda-feira (5), sem alarde, uma operação focada no presidente do Senado, Renan Calheiros. Na ação, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal, os agentes abriram um cofre no gabinete do peemedebista, localizado no 15° andar, e levaram documentos. Coincidência ou não, no mesmo dia, o ministro Marco Aurélio decidiu, por liminar, afastá-lo da presidência do Senado. Procurado por meio de sua assessoria, Renan Calheiros não se pronunciou a respeito." 

O atual presidente do Senado é réu em um processo e alvo de 11 investigações no âmbito do STF, em razão do privilégio de foro." 
...a delação da Odebrecht comprova o que muitos já sabiam: até a Lava Jato, no Brasil não havia política sem empreiteira.
Fonte: http://diariodopoder.com.br/ 10/12/16 
 "Decisão de manter Renan no Senado foi para ‘baixar a poeira’. STF agiu para diminuir o acirramento entre Legislativo e Judiciário” Veja 08/12/16.

Temer e base aliada, em costura política,  articularam o acordo. 6 x 3, foi o placar favorável a Renan no plenário do Supremo e Renan sai vitorioso enquanto STF arranha imagem.

Foi uma Armação suprapartidária. “Fontes ligadas ao STF garantem que participaram da armação pró-Renan políticos do PSDB, PMDB e PT, e até o Palácio do Planalto.” Diário do Poder, 08/12/16

Caso Michel Temer e Rodrigo Maia se ausentem, Carmem Lúcia assume a presidência da República

6 x 3, foi o placar favorável a Renan no plenário do Supremo e Renan sai vitorioso enquanto STF arranha imagem

“O caminho tortuoso do julgamento da tese de que réu não pode estar na linha sucessória do presidente estimula especulações que não ajudam a segurança jurídica” O Globo 08/12/16

O Antagonista 08/12/16:
“Renan foi julgado por seus advogados
A manobra para resgatar Renan Calheiros “foi costurada pela presidente do STF, Cármen Lúcia, e pelo menos outros quatro ministros”, segundo o Estadão.
Dois deles atuaram clandestinamente como advogados do presidente do Senado.
Ricardo Lewandowski apoia divergência de Celso de Mello e forma a maioria.
Acabou: 5 a 3 a favor de Renan Calheiros.
Diz O Globo:
“Renan Calheiros conversou por telefone com um ministro do STF na segunda-feira, após saber que havia sido afastado por uma decisão liminar de Marco Aurélio Mello.
Logo depois, ele conversou por telefone com outro ministro do STF. Foi este ministro que o orientou a não receber o oficial de Justiça”.
Renan Calheiros foi julgado por seus advogados de defesa.
Uma monstruosidade
Brasil 07.12.16  
O STF praticou uma monstruosidade. Se já havia um julgamento com maioria formada acompanhand a premissa do voto de Marco Aurélio na ADPF, como é que os ministros mudam seus votos agora? O mérito é o mesmo.
Entenda a decisão do Supremo
Brasil 07.12.16
A decisão da maioria do Supremo garante a permanência de Renan Calheiros na Presidência do Senado, embora ele esteja impedido de ocupar a Presidência da República na ausência de Michel Temer e de Rodrigo Maia.
A liminar de Marco Aurélio foi para o espaço. Renan concluirá o seu mandato como presidente, já que a ADPF da Rede não será julgada tão cedo - Dias Toffoli permanece com o processo.

Faltou coragem, Marco Aurélio


Autor da liminar que tentava afastar Renan Calheiros, Marco Aurélio Mello deveria ter pedido sua prisão quando o presidente do Senado se recusou a cumprir a ordem judicial. Ao silenciar, também permitiu ao STF buscar uma saída 'política' para o caso. 
Os dois piores votos
Brasil 07.12.16  
Quais foram os piores votos?
- Teori Zavascki, relator da Lava Jato, se desmoralizou. Por trás da expressão austera, esconde-se apenas um dócil politiqueiro.
- Cármen Lúcia, que gerou uma certa expectativa, sobretudo por ter sucedido Ricardo Lewandowski, espatifou-se no chão.
A manobra para manter Renan Calheiros no comando do Senado contou com o envolvimento direto de Michel Temer, Fernando Henrique Cardoso e José Sarney, segundo O Globo.
Os ex-presidentes no ex-STF
Brasil 08.12.16
A manobra para manter Renan Calheiros no comando do Senado contou com o envolvimento direto de Michel Temer, Fernando Henrique Cardoso e José Sarney, segundo O Globo.
E Lula foi representado por Jorge Viana, que negociou o acordo pessoalmente com Cármen Lúcia.
Veja a manchete do jornal O Globo:
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terça-feira, 6 de dezembro de 2016

JORGE VIANA, SENADOR DO PT, AMEAÇA SÉRGIO MORO




JORGE VIANA, SENADOR DO PT, AMEAÇA O JUIZ SÉRGIO MORO.


Em grampo, senador petista fala em ‘enfrentar’ Moro
Por Rodrigo Rangel, Robson Bonin e Hugo Marques 16 mar 2016
“Em conversas monitoradas com autorização judicial, o advogado Roberto Teixeira, compadre de Lula, fala com o senador Jorge Viana (PT-AC) em 4 de março. Ante o avanço das investigações da Lava-Jato sobre Lula, o senador fala em “subir o tom” e “enfrentar” o juiz Moro.
JORGE: Alô?
ROBERTO TEIXEIRA: JORGE?
JORGE: Oi, ROBERTO. Eu sei que você tá tão atarefado, mas eu precisava.. eu to aqui no Acre, no interior, querendo ir pra Brasília, desde cedo tô me deslocando de carro, mas primeiro ser solidário aí com vocês e eu vi a nota de vocês, eu acho que foi a coisa mais coerente que eu vi até agora..
ROBERTO TEIXEIRA: Perfeito.
JORGE: Eu quero só passar uma ideia de quem tá longe, e que ao mesmo tempo sofre como se tivesse perto.
ROBERTO TEIXEIRA: Perfeito.
JORGE: Eu acho que a fala do presidente foi bom, mas ela foi muitos tons abaixo do que deveria ser.
ROBERTO TEIXEIRA: Certo.
JORGE: Talvez.. olha a minha ideia.. falei até com o DAMOUS. Talvez seja a única oportunidade que o presidente tem de por fim à essa perseguição, essa caçada contra ele. Se numa segunda-feira, por exemplo, reflitam sobre isso, ele chamar uma coletiva e comprar e estabelecer uma relação, um diálogo com seu MORO pela, ao vivo, MORO, PROMOTORES, DELEGADOS, dizendo que ele não aceita mais que ele persiga a família dele porque ele tá agindo fora da lei, os promotores fulano e ciclano estão agindo fora da lei, os delegados fulano e ciclano e quem age fora da lei é bandido e que se ele quiser agora vim prendê-lo, que venha, mas não venha prender minha mulher, prender meus netos, nem meus filhos.. E forçar a mão nele pra ver se ele tem coragem de prender por desacato a autoridade, porque aí, aí eles vão ter uma comoção no país, porque ele vai tá defendendo a família dele, a honra dele.. dizer: olha, eu estou defendendo a minha honra, você está agindo fora da lei, quem age fora da lei é bandido.. me sequestraram, me colocaram.. eu não sei, tinha que pensar algo parecido com isso e dar uma coletiva e provocar e dizer que não vai aceitar mais..
ROBERTO TEIXEIRA: Perfeito.
JORGE: Não aceita, em hipótese nenhuma.. se rebelar.. greve de fome, alguma situação.. você tem também alguma insubordinação judicial, não aceito mais ser investigado por esse bando que tá agindo fora da lei e querendo alcançar minha família, minha mulher, meus filhos e meus netos. Não aceito mais. Me prendam. Se prenderem ele, aí vão prender e tornar um preso político, aí nós fazemos esse país virar de cabeça pra baixo. Fora disso eu não vejo saída (ininteligível)
ROBERTO TEIXEIRA: É.. mas isso, mas viu, JORGE, ele anunciou isso, falou isso, ele disse que vai varrer o Brasil inteiro, vai denunciar isso o tempo todo..
JORGE: Isso não funciona.
ROBERTO TEIXEIRA: E agora..
JORGE: Não tem clima no interior do Brasil pra ele vir, pra ele andar. Ele tem que fazer uma ação ao vivo chamando coletivas, isso é mais forte do que ele fazer comício, fazer coisa.. gente, o clima tá muito ruim contra nós, não há uma comoção. Ele tem que botar a família dele, fazer a defesa e virar a fazer..
ROBERTO TEIXEIRA: Entendi.
JORGE: E fazer um confronto direto com eles. Se não fizer isso agora, não tem clima pra andar no Brasil.
ROBERTO TEIXEIRA: Perfeito.
JORGE: Esses caras tão trabalhando há muito tempo esse ambiente. (ininteligível).
JORGE: Diga: me prenda, eu estou aqui. Vou ficar nesse endereço esperando a chegada dos seus subalternos com o mandado de prisão. Se ele prender, o LULA vira um preso político e vira uma vítima, se não prender, ele também se desmoraliza. Tem que virar o jogo agora. Esse negócio de andar o Brasil, de falar, isso não vai funcionar, isso foi num passado distante. Tem clima, e isso tem que ser feito urgente, porque senão no dia 13 vai ter milhões de pessoas na rua querendo a prisão do LULA. Eu to dando um toque, eu to no andar de baixo andando e é só mais pra vocês refletirem um pouco se puder.
ROBERTO TEIXEIRA: Perfeito. Vamo, vamo refletir sim, vamo transferir isso aqui. Ele agora vai estar num ato aqui dos bancários, que ele vai agora falar pro povo, né? E..
JORGE: Eu não sei, mas você fala, diz: ó, foi uma possibilidade, LULA, existe greve de fome quando alguém se rebela e não aceita determinadas coisas, na parte judicial, porque ninguém do Supremo vai dar colhida mais ao LULA, mas tem muitas manifestações favoráveis. Se o LULA colocar como o defensor da família dele, da mulher, dos filhos e desafiar e dizer que eles tão agindo fora da lei, como agiram hoje fora da lei, quem age fora da lei é bandido e dizer: vocês são bandidos, agiram foram da lei. Só vai ter uma saída: ou o cara prende ele ou fica desmoralizado. Não aceito mais. Que o judiciário ponha um juiz isento pra me investigar, ponha um promotor isento pra me investigar, ponha é.. é.. delegado da polícia federal isento.. esse MOSCARDI veio aqui no Acre, fez uma operação contra o PT, nós denunciamos pro ZÉ EDUARDO CARDOSO, entramos com uma representação há seis anos contra esse delegado que pegou o presidente hoje. Ele é um inimigo do PT e tava lá. Agora, o presidente não tem outra oportunidade. Pra mim ele tem que fazer no máximo até segunda-feira, chamar uma coletiva e insubordinar e dizer que não aceita mais, não aceita mais e dizer: olha, vocês estão agindo fora da lei, e quem age fora da lei é bandido (ininteligível) o senhor está agindo como bandido, e o senhor não tem moral de me apurar de me investigar, eu to falando como cidadão, não é como ex-presidente, cidadão. Aqui está a constituição. Pense nisso. Reflita, porque nós não vamos ter outra oportunidade igual ao dia de hoje, não.
ROBERTO TEIXEIRA: Perfeito. Eu vou pensar e transferir. Eu vou passar essa informação. Qual é o nome daquele delegado que você falou que já fez problemas aí?
JORGE: O.. esse MOSCARDI. O MOSCARDI, eram três.
ROBERTO TEIXEIRA: MOSCARDI?
JORGE: MOSCARDI. Esse cara fez uma operação, G7, aqui no Acre, contra o governador TIÃO VIANA. Ele declaradamente (ininteligível) eleição, contra o PT, contra tudo. Denunciamos pro ZÉ EDUARDO CARDOSO várias vezes que era uma ação dirigida, que ele tem ódio. Ele demonstrou várias vezes. Agora ele tá lá agindo contra o presidente LULA. É o mesmo.
ROBERTO TEIXEIRA: Perfeito. MOSCARDI. Tá bom.
JORGE: O governador TIÃO VIANA sabe bem disso.
ROBERTO TEIXEIRA: Perfeito. Eu vou.. (ininteligível)
JORGE: Agora, ROBERTO, reflita. Têm coisas que só tem um momento de virar o jogo.
ROBERTO TEIXEIRA: Certo.
JORGE: Essa ação deles hoje foi uma barbeiragem. O ministro MARCO AURÉLIO, todo mundo, mas na segunda ou na terça eles vão consertar.
ROBERTO TEIXEIRA: Sei.
JORGE: (ininteligível) Eles tão botando a receita agora. Se o presidente LULA fizer isso ele vai virar e vai deixar de ser uma ação jurídica e vai ser uma ação política. O presidente LULA precisa transformar esse confronto numa ação política. Eles tão se rebelando, só dizendo que não aceita mais o MORO, que agora se ele mandar um ofício ele não vai, e dizer que ele tá agindo fora da lei, chamar de bandido. E diga: venha me prender, agora eu que estou desafiando, venha me prender. Mas não venha prender minha mulher, nem meus netos, nem meus.. a mim, eu to aqui nesse endereço esperando. Os seus policiais. Aí o povo vai pra rua, aí a gente faz um confronto institucional pela política, que é o campo do LULA, e não pelo jurídico que é o campo deles. Pensa nisso. Era.. era alguma observação que eu queria fazer.
ROBERTO TEIXEIRA: Tá ótimo, então.
JORGE: Tá bom, querido.
ROBERTO TEIXEIRA: Ok, então.
JORGE: Um abraço.
ROBERTO TEIXEIRA: Um abraço.
JORGE: Sorte aí, que Deus ajude você.
ROBERTO TEIXEIRA: Tchau.”
Fonte: http://veja.abril.com.br