Por estranha coincidência, Dilma e Gleisi
fizeram viagem secreta à Rússia antes de ataque hacker
As duas não
contavam com a indiscrição do PC russo, que revelou a visitaNo dia 4 de junho de 2019, a ex-presidente Dilma Rousseff esteve em Moscou, capital da Rússia, ao lado da presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, em uma missão não divulgada no Brasil.
No site da Câmara dos Deputados, a parlamentar publicou a justificativa de ausência como “missão autorizada”, mas não ofereceu maiores detalhes. Até hoje não apresentou o relatório da viagem.
A presença das petistas foi noticiada apenas pelo site da Duma, o Parlamento russo. O site Terça Livre publicou informações sobre a viagem nesta segunda-feira (16). O Antagonista também propagou a notícia.
Agora a PF segue no encalço dos criminosos que violaram as conversas mantidas entre o ex-juiz Sergio Moro e integrantes da Lava Jato. Pistas estão sendo seguidas no Brasil e no exterior, e os policiais acreditam estarem próximos de alcançar os cabeças do grupo
Desde que
o site The Intercept Brasil revelou as trocas de mensagens privadas entre o ministro da Justiça, Sergio Moro, e os procuradores da Lava Jato em
Curitiba, o Brasil acompanha apreensivo à divulgação, em doses homeopáticas, do
teor das interceptações – fruto da violação de celulares de autoridades
brasileiras. O constrangimento ao qual foram expostos os integrantes da Lava
Jato e o ex-juiz que se tornou símbolo do combate à corrupção no País pode
mudar de lado. A Polícia Federal planeja-se para, nas próximas semanas, tentar
emitir uma contundente resposta ao que classifica de ação orquestrada
perpetrada por criminosos de alto calibre. Sob a coordenação do diretor-geral
Maurício Valeixo, a PF acredita ter se aproximado dos hackers que invadiram a
privacidade dos procuradores e expuseram as vísceras da Lava Jato. Em
investigações preliminares, os agentes da Polícia Federal já identificaram
conexões no Brasil, em especial em Santa Catarina, e no exterior, com o suposto
envolvimento de agentes na Rússia e até em Dubai, nos Emirados Árabes. Segundo
agentes ouvidos por ISTOÉ, a PF pode estar perto de alcançar os responsáveis
pelo hackeamento ilegal, o que, se confirmado, constituiria uma bomba capaz de
provocar uma reviravolta no caso.
NA NUVEM O ministro Sergio Moro
saiu-se bem na sabatina do Senado na quarta-feira 19.
“Há um movimento claro para anular condenações e impedir investigações”
“Um grupo organizado se valeu de métodos criminais para a quebra do
sigilo de autoridades” Sergio Moro, ministro da Justiça
As pistas da principal linha de
investigação levam à Rússia. É onde reside o americano Edward Snowden, notório
aliado do jornalista Glenn Greenwald, dono do site The Intercept Brasil. Em
2013, Snowden se aproximou dos irmãos bilionários Nikolai e Pavel Durov, que
criaram o Telegram, um sistema de comunicação por mensagens similar ao
Whatsapp. A PF suspeita que Snowden possa estar por trás do esquema de
bisbilhotagem e divulgação das mensagens de membros do Ministério Público
Federal. Recentemente, Snowden elogiou o Telegram por sua resiliência na
Rússia, depois que o governo proibiu o aplicativo e pressionou para que
liberasse o acesso às mensagens privadas dos usuários. Na PF, há quem acredite
que o americano refugiado na Rússia possa ter se valido de recentes contatos
com os Durov para ter acesso aos diálogos envolvendo as autoridades
brasileiras.
Condinome: “lucky12345”
A partir da investigação sobre os
passos de Snowden, informantes do Brasil na Rússia puxaram um outro fio do
novelo: o que leva a Evgeniy Mikhailovich Bogachev, de 33 anos. Criador do
vírus Cryptolocker e do ardiloso código Zeus, ele é procurado pelo FBI
americano por crimes cibernéticos. Um rastreamento identificou que Slavic ou
“lucky12345”, como é conhecido, teria recebido US$ 308 mil em bitcoins (a moeda
virtual). Resta saber se o depósito foi realmente a contrapartida financeira
por ele ter participado do processo de quebra do sigilo telefônico dos
procuradores. O dinheiro teria circulado pelo Panamá antes de chegar a Anapa,
na Rússia, onde foi transformado em rublos. Na última semana, o nome do agente
russo veio à tona pela primeira vez através de um perfil anônimo no twitter.
Embora parecesse inverossímil num primeiro momento, por conter erros de grafia
e tradução, ISTOÉ confirmou que a PF segue sim o rastro da pista, considerada
importante pelos agentes hoje à frente do caso. Em especial, pelos indícios de
que Slavic, uma espécie de laranja no esquema, possa estar ligado a Snowden. Um
relatório de segurança da Ucrânia aponta que “lucky12345” atua sob a supervisão
de uma unidade da espionagem russa. https://istoe.com.br
22/06/19