62% DAS CARGAS TRANSPORTADAS PELAS RODOVIAS E BRASIL FICOU
REFÉM DOS CAMINHONEIROS
por Theodiano Bastos
Ao assistir o Brasil Visto de
Cima pelo MAIS Globosat, vi com tristeza, o abandono das ferrovias no Brasil; lindas estações
ferroviárias nas capitais e grandes cidades que transformaram em museus do trem.
É muito triste de se ver e aí está o resultado: O Brasil ficou refém dos caminhoneiros.
É muito triste de se ver e aí está o resultado: O Brasil ficou refém dos caminhoneiros.
O Brasil, antes dos militares
tomarem o Poder, tinha 37 mil km de ferrovias e a maioria foi desativada ao se
optarem pela indústria automobilista e o uso das rodovias no transporte de bens
e passageiros, prevalecendo o uso de caminhões e ônibus. Somente 19% das cargas são transportadas por ferrovias. Isso não existe em nenhum outro país do mundo
Apenas a VALE mantém ligações
ferroviária para passageiros e cargas entre Vitória e Belo Horizonte, mas com
bitola estreita, a velocidade média é de apenas 50km/hora, enquanto as ferrovias pelo mundo rodam a mais de 200km/hora.
Já existiu ligação ferroviária ligando o Rio a Buenos Aires, passando por Porto Alegre e Montevidéu.
Já existiu ligação ferroviária ligando o Rio a Buenos Aires, passando por Porto Alegre e Montevidéu.
No fundo, há o velho problema
pelo rodoviarismo num país continental que não investiu em ferrovias e em
navegação de cabotagem e este erro só poderá ser corrigido com investimentos
pesados por muitos anos, e com parceria público privada com outros países,
principalmente com a China, EUA, Japão, Europa, Rússia e Índia.
O consultor Claudio Frischtak aponta os grupos de interesse das fábricas de veículos e autopeças a postos de gasolina como uma das muralhas no meio do caminho dos trilhos desde os tempos do rodoviarismo do governo JK nos anos 1950. Fonte: http://br18.com.br/
Lobby barra ferrovias
Enquanto no Brasil 66% das mercadorias são transportadas por caminhões, na China, o índice é de 32% e, na Rússia, 5%. Já as ferrovias transportam de 15% a 25% da carga brasileira, segundo mostra o Globo.O consultor Claudio Frischtak aponta os grupos de interesse das fábricas de veículos e autopeças a postos de gasolina como uma das muralhas no meio do caminho dos trilhos desde os tempos do rodoviarismo do governo JK nos anos 1950. Fonte: http://br18.com.br/
EXTINÇÃO DOS BONDES, OUTRO ERRO
O Rio chegou a ter mais de 300km de trilhos e São Paulo,
cerca de 400km de trilho e em quase todas as capitais e principais cidades do
país tinham bondes e todos foram extintos e passaram cobriram de asfalto todos
os trilhos, quando o certo teria sido modernizar os veículos, pois é um meio de
transporte que não polui e isso aconteceu durante o governo dos militares. Em
Salvador, por exemplo, tinha 36 linhas de bondes, mas as que passavam na Baixa
dos Sapateiros eram veículos ultrapassados; os melhores circulavam pela Cidade
Alta.
Hoje, algumas cidades começam a instalar os VLT a um custo
altíssimo.
PROJETOS DE FERROVIAS
Um grupo de trabalho composto por
servidores da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) e do Ministério
do Trabalho, formado em 2013 para analisar a viabilidade da expansão do
transporte de passageiros em trilhos, compilou estudos existentes para
implementar o transporte de passageiros em 15 trechos pelo país.
Há projetos,
por exemplo, para conectar a capital paulista a Sorocaba (SP), Brasília (DF) a
Goiânia (GO), e Salvador a Feira de Santana, na Bahia, mas sem previsão de
serem efetivamente licitados e entrarem em funcionamento.
O trem entre São
Paulo e Sorocaba, por exemplo, havia sido anunciado pelo governo paulista em
2013, mas até hoje está no papel. Em setembro de 2016, o governo Michel Temer
lançou um pacote de obras de infraestrutura por meio de parcerias com a
iniciativa privada que incluem investimentos em três ferrovias, todas voltadas
ao transporte de cargas: a Norte-Sul, que passaria por São Paulo, Minas Gerais,
Goiás e Tocantins; a Ferrogrão, que integraria o Mato Grosso e o Pará; e a
Ferrovia de Integração Oeste-Leste, na Bahia. Até maio de 2018, os editais dos
projetos não haviam sido publicados.
Fonte: https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/12/31/Por-que-no-Brasil-h%C3%A1-menos-ferrovias-que-transportam-passageiros-do-que-na-Europa