sábado, 20 de julho de 2024

CROWDSTRIKE A SERVIÇO DA MICROSOFT WINDOWS CAUSOU O APAGÃO CIBERNÉTICO

 


Por THEODIANO BASTOS

O bug da tela azul: saiba como o apagão cibernético atingiu o mundo todo

Pela primeira vez na história, computadores do mundo inteiro sofreram pane por causa de uma falha na Microsoft. Aeroportos, bancos e hospitais foram os mais afetados. O Brasil sofreu os efeitos colaterais do incidente iniciado nos EUA 

Atualização de software de uma única empresa de segurança cibernética causou caos na sexta-feira (19), ressaltando a fragilidade da economia global e sua dependência de sistemas de computador

Quando computadores e sistemas de tecnologia ao redor do mundo caíram nesta sexta-feira (19), sobrecarregando aeroportos, fechando escritórios e limitando as operações prisionais, muitas pessoas tinham uma pergunta: como isso pôde acontecer em 2024?

Uma atualização de software de uma única empresa de segurança cibernética, a CrowdStrike, sediada nos EUA, foi a causa raiz do caos, ressaltando a fragilidade da economia global e sua dependência de sistemas de computador aos quais relativamente poucas pessoas dão importância.

“A maioria das pessoas acredita que, quando o fim do mundo chegar, será a IA [Inteligência Artificial] tomando conta de algum tipo de usina nuclear e desligando a eletricidade”, brincou com a CNN Costin Raiu, um pesquisador de segurança cibernética de longa data.

“Enquanto na realidade, é mais provável que seja algum tipo de pequeno código em uma atualização malfeita, causando uma reação em cascata em sistemas de nuvem interdependentes.”

 Atualizações de software são uma função crítica na sociedade para manter os computadores protegidos contra hackers. Mas o processo de atualização em si é crucial para dar certo e proteger contra adulteração. Uma confiança inerente — e alguns dizem equivocada — nesse processo foi furada na sexta-feira.

CrowdStrike está em todo lugar

Várias empresas da Fortune 500 usam (lista das 500 maiores corporações dos EUA por receita total) o software de segurança cibernética da CrowdStrike para detectar e bloquear ameaças de hacking.

Computadores executando o Microsoft Windows — um dos programas de software mais populares do mundo — travaram devido à maneira defeituosa como uma atualização de código emitida pela CrowdStrike está interagindo com o Windows.

A CrowdStrike, uma empresa multibilionária, expandiu sua presença ao redor do mundo em mais de uma década de negócios.

Muito mais empresas e governos agora estão protegidos de ameaças cibernéticas por causa disso, mas o domínio de um punhado de empresas no mercado de antivírus e detecção de ameaças cria seus próprios riscos, de acordo com especialistas.

“Confiamos muito nos provedores de segurança cibernética, mas sem diversidade; criamos fragilidade em nosso ecossistema de tecnologia”, disse Munish Walther-Puri, ex-diretor de risco cibernético da cidade de Nova York, à CNN.

“’Vencer’ no mercado pode agregar riscos, e então todos nós — consumidores e empresas — arcamos com os custos”, disse Walther-Puri.

A CNN solicitou comentários da CrowdStrike.

Como evitar que isso aconteça novamente

A ampla gama de provedores de infraestrutura crítica afetados pela interrupção também deve levantar novas questões entre autoridades e executivos corporativos dos EUA sobre se novas ferramentas políticas são necessárias para evitar catástrofes no futuro.

Anne Neuberger, uma autoridade sênior de tecnologia e segurança cibernética da Casa Branca, falou sobre os “riscos da consolidação” na cadeia de suprimentos de tecnologia quando questionada sobre a paralisação de TI na sexta-feira.

“Precisamos realmente pensar sobre nossa resiliência digital, não apenas nos sistemas que executamos, mas nos sistemas de segurança conectados globalmente, os riscos de consolidação, como lidamos com essa consolidação e como garantimos que, se um incidente ocorrer, ele poderá ser contido e poderemos nos recuperar rapidamente”, disse Neuberger no Aspen Security Forum em resposta a uma pergunta sobre a interrupção de TI.

Apagão cibernético global paralisa voos e afeta TVs, bancos e hospitais nesta sexta-feira (19) / Harun Ozalp/Anadolu via Getty Images

O cenário caótico que ocorreu na sexta-feira não envolveu um agente malicioso, mas autoridades governamentais ao redor do mundo provavelmente estarão imaginando o que poderia ter acontecido.

O infame hack do governo dos EUA usando o software SolarWinds em 2020, que autoridades dos EUA atribuíram à Rússia, ocorreu por meio de uma atualização de software adulterada.

Esse hack não foi nem de longe tão perturbador, mas outro suposto hack russo em 2017 causou bilhões de dólares em danos à economia global porque o código malicioso se espalhou como um incêndio.

O episódio do CrowdStrike “demonstra o dano sério que poderia ser infligido por um adversário malicioso se ele quisesse”, disse Tobias Feakin, ex-embaixador de segurança cibernética e tecnologia crítica no Ministério das Relações Exteriores da Austrália, à CNN.

SAIBA MAIS EM: https://www.correiobraziliense.com.br/economia/2024/07/6902612-o-bug-da-tela-azul-saiba-como-o-apagao-cibernetico-atingiu-o-mundo-todo.htmlhttps://www.cnnbrasil.com.br/internacional/apagao-cibernetico-como-a-tecnologia-mundial-caiu-de-uma-so-vez/

 

sexta-feira, 19 de julho de 2024

APAGÃO CIBERNÉTICO CANCELA 1,4 MIL VOOS

Por THEODIANO BASTOS

Apagão digital causa cancelamento de 1,4 mil voos; veja aeroportos mais afetados

Cerca de 110 mil aviões estão programados para decolar nesta sexta-feira

Filas de passageiros esperam na fila no Aeroporto de Suvarnabhumi observando os aviões atracados enquanto uma falha cibernética global causada por uma interrupção da Microsoft e um problema de TI da CrowdStrike se combinam para afetar os usuáriosMailee Osten-Tan/Getty Images

O apagão cibernético desta sexta-feira (19), causado por uma falha de atualização dos softwares da empresa CrowdStrike, levou ao cancelamento de milhares de voos em todo o mundo. Até as 7 horas da manhã, eram 1.390 voos cancelados das mais de 110.000 decolagens previstas.

Confira os aeroportos fora do Brasil mais afetados:

Estados Unidos

Nos EUA, estão programados mais de 27 mil voos para transportar mais de 3,7 milhões de passageiros, incluindo partidas internacionais. Desses, 512 voos programados para decolar dos EUA foram cancelados – cerca de 1,9%, o que é significativamente maior do que o normal neste momento do dia.

Aeroporto Internacional Hartsfield-Jackson Atlanta: As operações aéreas estão funcionando, embora algumas companhias aéreas que atendem aos clientes “estão lidando com alguns desafios”, em meio à contínua interrupção global dos computadores, disse Andrew Gobeil, que supervisiona a divulgação de assuntos públicos no aeroporto, à CNN.

Aeroporto Internacional de Dallas Fort Worth: “Devido aos problemas tecnológicos globais que afetam várias companhias aéreas, prevemos atrasos e cancelamentos significativos ao longo do dia”, disse o aeroporto. “Pedimos aos clientes que verifiquem o status do seu voo com sua companhia aérea antes de irem para o aeroporto. Filas mais longas são possíveis, portanto reserve tempo extra”.

Aeroporto Internacional O’Hare de Chicago: O aeroporto aconselhou os passageiros a verificar o status do voo diretamente com a transportadora devido a problemas técnicos. “Filas mais longas e tempos de espera são possíveis, por favor, reserve um tempo extra”, disse.

Aeroporto Internacional John F. Kennedy: “A Autoridade Portuária não é afetada pela interrupção contínua da rede global, mas algumas companhias aéreas estão enfrentando atrasos/cancelamentos. Não vá para o aeroporto a menos que o status do seu voo seja confirmado”, disse o aeroporto de Nova York.

Aeroporto Internacional Charlotte Douglas: O aeroporto aconselhou os passageiros a não virem ao aeroporto “a menos que tenham confirmado as informações do voo com a companhia aérea”.

Aeroporto Internacional de Miami: As autoridades informaram que as operações da Alfândega e da Patrulha de Fronteira dos EUA estão sendo afetadas em todo o país, “portanto, as chegadas de passageiros internacionais estão atualmente sendo processadas manualmente em um ritmo mais lento”.

ÁSIA

Aeroporto Internacional Taoyuan de Taiwan: várias companhias aéreas que operam no aeroporto foram afetadas. Entre elas, Jetstar, Hong Kong Express, Jeju Air e Scoot, que recorreram ao check-in manual, informou o aeroporto.

Aeroporto Internacional de Dubai: o processo de check-in de algumas companhias aéreas foi afetado, mas que “agora voltou a operar normalmente”.

Aeroporto Internacional Indira Gandhi de Delhi: seis companhias aéreas indianas que operam nos terminais relataram dificuldades técnicas.

Aeroporto Internacional de Jaipur: “voos em todo o país” foram afetados pela interrupção.

Aeroporto Internacional de Incheon, na Coreia do Sul, disse que a Air Premia, a Easter Jet e várias outras companhias aéreas foram afetadas. A Korean Air, principal companhia aérea do país, disse que usa Amazon Web Services (AWS) e por isso não foi afetada.

Europa

Aeroporto de Gatwick, em Londres: a autoridade aérea afirmou que o terminal foi “afetado pelos problemas globais da Microsoft” e que os passageiros podem sofrer atrasos no check-in e na passagem pela segurança.

Aeroporto de Berlim, na Alemanha: está enfrentando atrasos no check-in devido a uma “falha técnica”.

Aeroporto Schiphol de Amsterdã: terminais passam por “falha do sistema global” que afetou “os voos de e para Schiphol” e o impacto está “agora sendo mapeado”. A KLM Royal Dutch Airlines disse que as interrupções estão “tornando impossível o manejo do voo”.

Aeroporto de Edimburgo, na Escócia: autoridades dizem que as interrupções significam que “os tempos de espera são mais longos do que o normal no aeroporto”.

Aeroporto de Praga: autoridades relataram que o sistema de check-in foi danificado, atrasando voos.

Os principais aeroportos italianos de Roma, Bolonha, Milão e Palermo não reportaram problemas de infraestrutura, mas estão registrando grandes atrasos causados ​​por outros problemas que afetam os horários de descolagem e aterrisagem.

A autoridade aeroportuária espanhola, que supervisiona os aeroportos de Madrid, Barcelona e outros em todo o país, disse que a interrupção “poderá causar atrasos” e que o seu pessoal está trabalhando para resolver os problemas.

 

SAIBA MAIS EM: https://oglobo.globo.com/economia/noticia/2024/07/19/defeito-em-software-efeitos-pelo-mundo-o-que-se-sabe-ate-agora-sobre-apagao-global.ghtml E https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/apagao-digital-causa-cancelamento-de-14-mil-voos-veja-aeroportos-mais-afetados/


quinta-feira, 18 de julho de 2024

LULA 3, MAIS DO MESMO

 

Por THEODIANO BASTOS

Millei sobre Lula: ‘Corrupto’, ‘ladrão’ e ‘comunista’:

Como eventual vitória de Trump impactaria Brasil

No Brasil, analistas de relações exteriores também estão atentos. Uma mudança de poder na Casa Branca tem potencial para alterar a relação entre Brasil e Estados Unidos — uma das mais importantes da diplomacia brasileira.

“Lula será mais do mesmo e é tão danoso quanto Bolsonaro.”, diz a Folha de São Paulo 

A BBC News Brasil conversou com especialistas para entender o impacto que uma possível vitória de Trump teria no Brasil em quatro campos – na disputa ideológica na região, na economia, no meio ambiente e na política externa.

Além disso, Trump é próximo de políticos que se opõem a Lula. Em 2018, antes da eleição brasileira, Trump apoiou Jair Bolsonaro e disse, em mensagem dirigida aos eleitores brasileiros, que Lula era um "lunático de esquerda" que "destruirá rapidamente o seu país".

No começo deste ano, Trump e o presidente argentino, Javier Milei, se abraçaram em uma reunião de políticos conservadores em Washington.

Milei vem atacando Lula com palavras duras e associou o atentado contra Trump à "esquerda internacional".

SAIBA MAIS EM: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2022/09/lula-sera-mais-do-mesmo-e-e-tao-danoso-quanto-bolsonaro-diz-felipe-davila-do-novo.shtml https://www.bbc.com/portuguese/articles/cxe2d07g1k8o

quarta-feira, 17 de julho de 2024

O PERISCÓPIO CONTINUA BOMBANDO, 518.660 VISUALIZAÇÕES em 17/7

 

O PERISCÓPIO CONTINUA BOMBANDO, 

518.660 VISUALIZAÇÕES em 17/7:

Hong Kong, 1,08 mil 55%), Estados Unidos

704 (36%), Brasil, 106 (5%) e Israel, 36 (2%),

China – 10 - Rússia 7, Singapura, 7 –

França -5 – Reino Unido 4

 

Corrupto’, ‘ladrão’ e ‘comunista’: Relembre o que Javier Milei já falou sobre Lula

Troca de farpas entre os presidentes envolve exigência de Lula por pedido de desculpas e novos insultos do argentino direcionados ao petista; Milei veio ao Brasil para congresso de direita, mas não encontrou presidente brasileiro

O presidente da Argentina, Javier Milei, esteve no Brasil no fim de semana dos dias 6 e 7, mas não encontrou-se com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com quem coleciona embates. A viagem do líder de direita é sua primeira visita ao Brasil desde a posse no final de 2023, e teve como objetivo a participação da versão brasileira da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC Brasil), em Balneário Camboriú (SC). Em seu discurso no evento, Milei disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é perseguido pela Justiça e criticou governos socialistas, mas desta vez não mencionou o nome Lula.

O confronto entre as duas lideranças, contudo, está aquecido. Na última semana, Milei chegou a dizer que Lula é “corrupto” e “comunista”, em acusações que não são inéditas. A relação entre os líderes vizinhos e rivais políticos é marcada por ofensas desde o período eleitoral argentino, em que Milei se lançava como o candidato da direita e afirmava que o petista atuava contra sua candidatura. Em uma ocasião, Milei chamou Lula de “comunista furioso”.

No episódio mais recente, Lula exigiu que Milei se retratasse por já ter dito “muita bobagem” sobre ele e o Brasil, como condição para que uma reunião de trabalho entre os dois pudesse ocorrer. Em resposta, o argentino afirmou só ter dito “a verdade” e que petista tem “ego inflamado”.

“As coisas que eu disse, ainda por cima, são corretas. Qual o problema de chamá-lo de corrupto? E por acaso não foi preso por ser corrupto? Eu o chamei de comunista. E por acaso não é comunista? Desde quando tenho que perdir perdão por dizer a verdade?”, rebateu Milei, durante entrevista à TV La Nación+.

As provocações já vêm dos primeiros dias do governo petista, em 2023, quando Milei afirmou que o presidente brasileiro faz parte de um grupo de “políticos ladrões”, que é um “socialista de bons modos” e que trabalha para o Foro de São Paulo. O Estadão Verifica explicou os mitos e verdades sobre essa organização. Embora convidado, Lula não compareceu à posse do argentino.

O mesmo teor de insultos ocorreu durante a campanha presidencial da Argentina, quando Milei disse que Lula esteve preso porque era corrupto, acusou o petista de ser “comunista” e “totalitário” e de interferir na disputa eleitoral de 2023 para beneficiar o ex-ministro da Economia Sergio Massao, rival político de Milei e que teve o apoio do presidente brasileiro.

Na terça-feira, 2, Milei citou Lula em seu perfil no X (antigo Twitter), em um texto intitulado “o perfeito dinossauro idiota”. Na publicação, ele afirma mais uma vez que o brasileiro é “corrupto” e “comunista”, e que o presidente interferiu nas eleições argentinas.

O argentino avisou oficialmente ao Itamaraty sobre sua vinda para o Brasil somente na última quinta-feira, 4, e, na esteira do confronto com o petista, cancelou sua participação na Cúpula do Mercosul – embora, oficialmente, o porta-voz da Casa Rosada, Manuel Adorni tenha negado que a desistência de comparecer à reunião de chefes de Estado tenha relação com algum incômodo com Lula.

O Estadão mostrou que as chancelarias dos dois países trabalham nos bastidores por uma aproximação e a construção de uma relação pragmática entre os líderes. Os ministros de Relações Exteriores atuaram para amenizar as divergências ideológicas e abrir canais de diálogo, mas a nova rodada de insultos e acusações, além da visita de Milei sem visitar o “dono da casa”, pode colocar em risco os eventuais avanços na relação.

FONTE: https://www.estadao.com.br/politica/javier-milei-argentina-falou-sobre-lula-corrupto-ladrao-comunista-relembre-nprp/

segunda-feira, 15 de julho de 2024

WILLIAM WAACK na CNN: Atentado contra Trump e eleição sinalizam convulsão social nos EUA.

 

Com curativo na orelha

Por THEODIANO BASTOS

Wiliam Waack na CNN: Atentado contra Trump e eleição sinalizam convulsão social nos EUA.

O que a maior potência do mundo vive não é apenas o tumulto político causado por uma tentativa de assassinato. Os Estados Unidos já viveram isso antes, e não faz tanto tempo assim. A grande diferença é o grau de cisão, desacordo, polarização, diferenças sociais – em resumo, de rachadura, fratura, que está separando em pedaços irreconciliáveis uma sociedade que já teve um grande espírito de comunidade. Sua grande força, aliás.

Ainda tem muita água para baixar embaixo da ponte até novembro, mas acredito que Trump será o novo presidente dos Estados Unidos, para o bem o para o mal. O Brasil centamente enfrentará sérios problemas com Trump. Ele não tolera Lula e tem simpatia por Bolsonaro. 

“Após longa deliberação e reflexão, e considerando os tremendos talentos de muitos outros, decidi que a pessoa mais adequada para assumir o cargo de vice-presidente dos Estados Unidos é o senador J.D. Vance do grande estado de Ohio”, escreveu Trump.

Quem é JD Vance, o jovem senador de origem operária escolhido por Trump como vice

O ex-pesidente dos Estados Unidos Donald Trump anunciou nesta segunda-feira (15/07) o nome do senador JD Vance como seu candidato a vice para as eleições presidenciais de 5 de novembro de 2024.

O anúncio foi feito por meio do perfil de Trump na rede social Truth Social, pouco antes da oficialização da chapa na Convenção Nacional Republicana em Milwaukee, Estado de Wisconsin. 

Nascido James David Bowman em Middletown, Estado de Ohio, Vance tem 39 anos e vem de uma família branca de classe trabalhadora, em sua maioria descendente de escoceses-irlandeses.

Ele foi criado pelos avós maternos nos Apalaches, outrora próspera região de exploração de carvão que hoje é uma das áreas mais pobres do país. O pai de Vance abandonou a família quando ele ainda era bebê, e mãe enfrentava problemas de vício.

JD Vance fez parte da Marinha dos EUA por quatro anos e serviu no Iraque antes de frequentar a Universidade Estadual de Ohio, onde obteve diplomas em Ciência Política e Filosofia.

Depois disso, frequentou a Faculdade de Direito da Universidade de Yale, uma das mais conceituadas do país.

Ele também é autor de uma autobiografia bem-sucedida, Hillbilly Elegy ("Elegia de um caipira", em tradução livre), que alguns críticos descreveram como "uma visão da classe trabalhadora branca conservadora, muitas vezes negligenciada".

O livro, publicado em 2016, foi vendido por Vance como um "retrato honesto das provações, dificuldades e más decisões de seus familiares e amigos".

A obra também adotou uma visão decididamente conservadora – descrevendo amigos e parentes como gastadores crônicos, dependentes de pagamentos de assistência social e, na maioria das vezes, incapazes de se erguerem por conta própria.

"A verdade é difícil", escreveu ele, "e as verdades mais difíceis para os caipiras são aquelas que eles precisam contar sobre si mesmos."

Enquanto desprezava as "elites", ele se pintava como um contraponto ao fracasso crônico daqueles com quem cresceu.

Em 2017, Vance voltou para Ohio vindo da Califórnia, onde trabalhava na área de biotecnologia, e montou sua própria agência de capital de risco com o apoio de Peter Thiel, fundador da empresa de pagamentos PayPal.

No início de 2021, Thiel doou US$ 10 milhões (R$ 54,4 milhões) para um comitê que buscava recrutar Vance como candidato ao Senado.

O livro "Hillbilly Elegy" não só transformou Vance em um autor de best-seller, mas também em um comentarista de TV que frequentemente era chamado para explicar o apelo de Donald Trump aos eleitores brancos da classe trabalhadora.

E ele raramente perdia a oportunidade de criticar o então candidato republicano.

Em algumas declarações, Vance chegou a dizer que "nunca gostou" de Trump.

Quando entrou na corrida eleitoral, em 2021, ele mudou abruptamente seu tom em relação a Trump, pedindo desculpas por tê-lo chamado anteriormente de "repreensível" e até repetindo as falsas alegações do então presidente de que teria havido uma fraude eleitoral nas eleições de 2020.

Com o apoio de Trump, ele conquistou a vaga no Senado e desde então se tornou uma voz influente em Washington...O senador (e agora candidato a vice) é casado com Usha Chilukuri Vance, com quem tem três filhos...

SAIBA MAIS EM: https://www.cnnbrasil.com.br/internacional/eleicoes-nos-eua-2024/donald-trump-escolhe-senador-j-d-vance-como-candidato-a-vice-presidente/ - https://www.bbc.com/portuguese/articles/c80x1lkqpx4o

TRUMP NASCEU DE NOVO

 


Foto de 2020

Por THEODIANO BASTOS

'Atentado contra Trump deixou EUA a um centímetro de possível guerra civil'

Embora não tivesse formação militar, THOMAS MATTHEW CROOKS, 20 ANOS, frequentava um clube de tiros.

Atirador comprou munição horas antes de atentado contra Trump

Thomas Matthew Crooks adquiriu 50 cartuchos em uma loja de armamento no dia do ataque.                                  

É descrito como um rapaz tímido, que era vítima de bullying e havia sido rejeitado no clube de tiro na escola por não ser bom atirador.

Mas entrevistas da CNN com mais de meia dúzia de ex-colegas de classe e vizinhos de Crooks o retrataram como quieto e indiferente, com colegas de classe se lembrando dele como um desajustado no ensino médio, vítima de bullying.

O caso está sendo investigado como um possível ato de terrorismo doméstico.

Crooks morava com os pais e trabalhava como auxiliar de cozinha num abrigo de idosos e deu uma rajada para atingir Trump usando um fuzil AR-15 comprado legalmente por seu pai.

Crooks era de Bethel Park, também Pensilvânia, a cerca de 70 km do local da tentativa de assassinato.

Com a tentativa de assassinato de Donald Trump em um comício na Pensilvânia no sábado (13/1), os EUA tiveram um novo episódio de violência em um ambiente político altamente polarizado. (como no Brasil...)

 

Trump sobreviveu, mas uma pessoa morreu e outros presentes no comício ficaram feridos. O atirador foi morto.

Dada a forte polarização americana, Perliger disse que "não surpreende que as pessoas recorram à violência".

Arie Perliger: A primeira coisa que me ocorreu é que estivemos basicamente a um centímetro de uma possível guerra civil. Eu acho que se de fato Donald Trump tivesse sofrido ferimentos fatais, o nível de violência que testemunhamos até agora não seria nada comparado com o que veríamos nos próximos meses. Isso teria desencadeado um novo nível de raiva, frustração, ressentimento, hostilidade que não vemos há muitos e muitos anos nos EUA.

A tentativa de assassinato, pelo menos nesse estágio inicial, pode validar um sentimento forte entre muitos apoiadores de Trump e muitas pessoas na extrema direita de que eles estão sendo deslegitimizados, de que estão na defensiva e que há esforços para basicamente impedi-los de competir no processo político e impedir Trump de retornar à Casa Branca.

 

O que vimos, para muitos na extrema direita, fecha perfeitamente com uma narrativa que eles já vinham construindo e disseminando nos últimos meses.

Schalit: Tentativas de assassinato não são apenas para se matar uma pessoa. Elas têm um objetivo maior, certo?...

SAIBA MAIS EM: https://g1.globo.com/mundo/eleicoes-nos-eua/2024/noticia/2024/07/15/o-que-se-sabe-sobre-thomas-matthew-crooks-que-tentou-matar-trump.ghtml https://g1.globo.com/mundo/eleicoes-nos-eua/2024/noticia/2024/07/15/o-que-se-sabe-sobre-thomas-matthew-crooks-que-tentou-matar-trump.ghtml   https://www.bbc.com/portuguese/articles/c250vywjgvgo