Por THEODIANO BASTOS
Não há explicação para Israel matar mulheres e crianças, diz Lula
O
presidente falou sobre a guerra no Oriente Médio em coletiva no Cairo, ao lado
do presidente egípcio Abdel Fattah Al-Sisi. Ambos condenaram as ações de Israel
e pediram cessar-fogo imediato em Gaza
Israel parece ter primazia de não cumprir decisões que vêm da
ONU, diz Lula
Em
pronunciamento no Egito ao lado de ditador Sisi, presidente brasileiro volta a
criticar Tel Aviv por ação militar em Gaza
Lula diz que operação de Israel em Rafah levará a 'novas calamidades': 'É urgente parar com a matança'
Governo brasileiro já
divulgou uma nota afirmando ver o movimento com "grande preocupação"
O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva afirmou nesta quinta-feira que as operações militares terrestres anunciadas
por Israel na região de Rafah, na fronteira com o Egito,
pode representar "novas calamidades" na Faixa de Gaza. O governo
brasileiro já divulgou uma nota afirmando ver o movimento
com "grande preocupação".
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Ao lado de Lula: presidente do Egito defende criação de Estado Palestino com capital em
Jerusalém
— Operações terrestres na já superlotada região de Rafah pronunciam novas calamidades e contrariam o espírito das medidas cautelares da Corte. É urgente parar com a matança. A posição do Brasil é clara: não haverá paz enquanto não houver um estado palestino dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas, que inclui a Faixa de Gaza e Cisjordânia, tendo Jerusalém oriental como sua capital — disse o presidente.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ordenou que seu Exército
prepare um plano de retirada da população civil da cidade de Rafah, no extremo
sul da Faixa de Gaza. Rafah, que fica na fronteira entre Gaza e o Egito, é
considerada o último refúgio de cerca de 1,5 milhão de pessoas — quase toda a
população da Faixa de Gaza — que desde o início da guerra entre Israel e o
Hamas deixaram o norte, o centro e outras cidades do sul do território
palestino por conta de bombardeios e ações por terra do Exército de Israel.
Lula deu as declarações durante
sessão do Conselho de Representantes da Liga dos Estados Árabes. Em seu
discurso, o presidente afirmou que o Brasil continuará a defender nos próximos
anos o reconhecimento do estado palestino.
— O Brasil vai continuar nos próximos anos a defender o reconhecimento do estado palestino como estado soberano, não apenas pela ONU (Organização das Nações Unidas), mas também no território, para que o palestinos possam construir suas vidas em paz e com respeito do restante do mundo.
“Nós condenamos e chamamos o ato de ato terrorista”, mentiu Lula, diante do ditador do Egito, Abdul Fatah Khalil Al-Sisi.
Ao contrário do jogo de cena para fingir imparcialidade e ponderar sobre a brutalidade do terrorismo do Hamas, Lula sempre tomou partido contra a reação de Israel, que considera desproporcional à agressão dos terroristas que dominam de forma violenta os palestinos da Faixa de Gaza. Tanto que o líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), concluiu, em novembro do ano passado, que o presidente Lula desonra a diplomacia do Brasil, ao igualar o ato terrorista do Hamas à reação de Israel. SAIBA MAIS EM: https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2024/02/15/lula-diz-que-operacao-de-israel-em-rafah-levara-a-novas-calamidades.ghtml E https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2024/02/israel-parece-ter-primazia-de-nao-cumprir-decisoes-que-vem-da-onu-diz-lula.shtml - https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2024/02/6803185-nao-ha-explicacao-para-israel-matar-mulheres-e-criancas-diz-lula.html