Michelle Bolsonaro: PF quer depoimento da ex-primeira-dama
Em áudio obtido pela corporação, ex-assessor de Bolsonaro diz que a esposa do ex-presidente "sumiu" com um kit de joias.
Valores obtidos com vendas “ingressavam no patrimônio
pessoal” de Bolsonaro, diz PF
Investigação da Polícia Federal (PF)
aponta que aliados de Bolsonaro vendiam bens desviados do acervo público
brasileiro e repassavam o valor recebido para o ex-presidente em espécie e sem
utilizar sistema bancário
Polícia Federal pede quebra de sigilo fiscal e
bancário do ex-presidente Jair Bolsonaro
PF fez buscas nesta sexta
contra suspeitos de vender ilegalmente joias e presentes recebidos por
Bolsonaro no exercício da Presidência. Valor de transações pode ter superado R$
1 milhão.
A Polícia Federal
quer tomar o depoimento da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro no caso das
joias. Mensagens interceptadas pela corporação mostram que parte dos presentes
dados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que teriam sido desviados do patrimônio
da União, ficou em posse da esposa do ex-chefe do
Executivo.
Mauro Cid e pai são alvos de operação da PF por
venda de presentes do governo no exterior
Investigação apontou, até o momento, que os valores obtidos dessas vendas ilegais foram convertidos em dinheiro em espécie e ingressaram no patrimônio pessoal.
A operação também
ocorre contra o ex-advogado de Jair Bolsonaro, Frederick Wassef.
Segundo apuração da CNN, era o pai do tenente-coronel
que tentava vender as joias em Miami, nos Estados Unidos. O tenente do Exército
Osmar Crivelatti, outro ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, também é alvo da
operação.
Crivelatti foi responsável por “cuidar
das joias sauditas e monitorar na fazenda do Piquet”. O acervo no local era
composto por mais de 9 mil objetos, ocupam um espaço de aproximadamente 200m³
na Fazenda Piquet, localizada em região próxima ao lago Sul, área nobre de
Brasília.
Segundo a PF, o militar e outros
integrantes do governo investigados são suspeitos de utilizar a estrutura do
Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues de
presente por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do
Estado brasileiro, por meio da venda desses itens em países do exterior.
A investigação apontou, até o momento,
que os valores obtidos dessas vendas ilegais foram convertidos em dinheiro em
espécie e ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados.
Os investigadores interceptaram um áudio enviado pelo assessor do ex-chefe do Planalto
Marcelo Câmara ao tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de
Bolsonaro. Eles discutem sobre a legalidade de as peças de luxo serem vendidas.
O militar pede a Câmara que consulte Marcello da Silva Vieira, então chefe do
Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência da República.
“As mensagens revelam que, apesar das restrições, possivelmente, outros
presentes recebidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro podem ter sido desviados
e vendidos sem respeitar as restrições legais, ressaltando inclusive que ‘sumiu
um que foi com a dona Michelle’”, destaca a PF no inquérito. Até o fechamento
desta edição Michelle Bolsonaro não tinha se pronunciado a respeito do assunto.
SAIBA MAIS EM: https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2023/08/5116541-michelle-bolsonaro-pf-quer-depoimento-da-ex-primeira-dama.html
- https://www.cnnbrasil.com.br/politica/valores-obtidos-com-vendas-ingressavam-no-patrimonio-pessoal-de-bolsonaro-diz-pf/
- https://g1.globo.com/politica/noticia/2023/08/11/policia-federal-pede-quebra-de-sigilo-fiscal-e-bancario-do-ex-presidente-jair-bolsonaro.ghtml