Por THEODIANO BASTOS
Escrevo este texto no Dia das Mães em 14/5/23, com quase 62 anos de casamento, dois casais de filhos, quatro netos, três netas, duas noras e dois genros, relendo o excelente livro de KAREN HORNEY PSCOLOGIA FEMININA (li a primeira vez em 2004), com os questionamentos que seguem, como ERICH FROMM no livro A ARTE DE AMAR que li a primeira vez em 1973:
“Por que os casamentos bons são raros – casamentos que não enrijecem o potencial de desenvolvimento dos parceiros, casamentos cujas correntes subterrâneas de tensões não repercutem no lar ou que estas, por serem tão intensas, ocasionaram benevolentes indiferença?
Será que a instituição do casamento não pode reconciliar-se com certos fatos da existência humana? Será que é apenas ilusão prestes a desaparecer?
O homem moderno é incapaz lhe dar substância? Estamos admitindo seu fracasso, ou o nosso, ao condená-lo?
Por que
o casamento representa com tanta frequência a morte do amor? Devemos sucumbir a essa situação como se fosse
lei inevitável ou estamos sujeitos a forças internas dentro de nós, variáveis
em conteúdo e impacto, talvez reconciliáveis e até evitáveis, mas que, ainda
sim, nos destroem? A rotina de uma vida prolongada com a mesma pessoa torna a relação
geral cansativa, especialmente no sexo. Por isso se diz ser inevitável a sua
gradativa inexpressão e esfriamento... Considerar que o casamento perde o
brilho e a alma por causa da monotonia aborrecida dos anos é ver apenas a
fachada da situação” A questão psicológica fundamental deve ser: como surge
aversão ao parceiro no casamento? questiona
Karen Horney.
A
educação para o casamento é tão deficiente que a maioria de nós nem sabe que,
ao mesmo tempo em que nos é dada a graça de nos apaixonarmos, temos que construi-la
passo a passo, O casamento pode ter prognóstico infeliz desde o início se não
escolhermos o parceiro “certo”. Há uma série infindável de armadilhas que
interferem no amor e fazem nascer o ódio, adverte Karen Horney.
Casamento
para durar, caro leitor, um tem de ser a criatura e o outro o que atura e vai
se revezando para não virar sadomasoquismo. É TOLERÂNCIA, COMPREENSÃO E MUITA PACIÊNCIA
E DESEJO DE ACERTAR.
Trocar de
mulher ou de marido, na maioria das vezes apenas se troca o problema. Os filhos
seguram o casamento.
Sexo,
gente, é fantasia, imaginação.
SAIBA
MAIS LENDO: KAREN HORNEY no livro PSICOLOGIA FEMININA, Editora Bertrand Brasil e ERICH FROMM em A ARTE DE AMAR. livraria Itatiaia