Por MURILO DE ARAGÃO
Cinco personagens decidirão o nosso rumo nos próximos
dois anos.
Com a eleição dos presidentes da Câmara dos Deputados
e do Senado, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco, respectivamente, está completo o
time dos personagens que vão determinar o rumo de nosso país nos próximos dois
anos.
Além de Lira e Pacheco, integram a lista o presidente
da República, Luiz Inácio Lula da Silva; o presidente do Banco Central, Roberto
Campos Neto; e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que
é uma espécie de ombudsman da nação.
Não há muitas dúvidas sobre o poder de Lula como
presidente. Por outro lado, existe a certeza de que o presidente da República
manda menos do que mandava. É um fenômeno que vem ocorrendo de forma gradual em
razão do exercício de poder crescentemente expandido do Congresso e do
Judiciário. “Não há muitas dúvidas sobre o poder de
Lula, mas o presidente manda menos do que mandava”
Na escala de poder, Arthur Lira, como presidente da
Câmara, é o segundo nome mais poderoso do país. Tanto por ser o grande
agregador de maiorias na Casa quanto por ter a palavra inicial no processo de inicial
no processo de impeachment do presidente da República. Lira tem ainda o poder
“engavetador” de temas que não tenham consenso, além de imensa influência nos
destinos do Orçamento da União.
Prosseguindo, temos Rodrigo Pacheco que tem poder
semelhante ao de Lira, mas sem a capacidade de iniciar pedidos de impeachment
presidencial. Caso a investigação seja aprovada na Câmara, o
presidente é afastado do poder e aguarda, fora do cargo, o julgamento do
Senado.
Na sequência, temos Roberto Campos Neto, presidente
do Banco Central, que é o comandante das políticas cambial e monetária. De
fato, é quem lidera o combate à inflação e tem imensa influência os sobre os
humores do mercado e as decisões de investimento.
Por fim, temos Alexandre de Moraes, que, pelo seu
protagonismo e ascensão sobre a agenda do momento, assume a liderança dentro do
Judiciário em termos de influência política. Os demais ministros, em especial
Rosa Weber, presidente do STF, também são importantes e se revezam com Moraes
na participação no pentagrama do poder no país.