domingo, 5 de fevereiro de 2023

PGR DENUNCIA 653 EM ATOS ANTIDEMOCRÁTICOS


Crimes podem levar os bolsonaristas a cumprir até nove anos de prisão

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou ontem mais 152 pessoas por envolvimento em atos antidemocráticos. Entre 31 de janeiro e 2 de fevereiro, 653 foram indiciados. Para agilizar os processos que poderão surgir, o coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, solicitou a abertura de uma consulta, com o objetivo de que procuradores de todo o país possam colaborar na instrução processual dos casos. Os denunciados foram detidos no acampamento em frente ao Quartel General do Exército em Brasília, no dia seguinte aos ataques de 8 de janeiro.

Os presos são acusados de associação criminosa e de incitar a animosidade das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais e devem enfrentar o pedido da PGR para que as condenações considerem o concurso material, ou seja, que os crimes sejam avaliados separadamente e as penas somadas, podendo chegar a nove anos de prisão.

A decisão diz que ter sido identificado no acampamento "evidente estrutura a garantir perenidade, estabilidade e permanência" dos apoiadores radicais de Bolsonaro. Santos pede, ainda, que sejam condenados a pagar indenização mínima, como o Código de Processo Penal prevê, "ao menos em razão dos danos morais coletivos evidenciados pela prática dos crimes imputados".

As eleições tumultuadas e tentativas de golpes que marcaram os últimos meses ganharam novo capítulo esta semana com as declarações contraditórias do senador Marcos do Val (Podemos-ES). Nos últimos dias, o parlamentar afirmou que havia um plano, discutido na presença do então presidente Jair Bolsonaro, para tentar anular o resultado da eleição e impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Do Val deu ao menos quatro versões sobre o caso. Na original, disse que foi chamado por Bolsonaro para participar de uma trama que envolvia gravar o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, para conseguir alguma declaração prometedora do ministro e anular o resultado da eleição. Em outra versão, o senador sustentou que a ideia partiu do então deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) e que foi exposta em uma reunião, na Granja do Torto, com a presença de Bolsonaro. Alegou, depois, que o encontro ocorreu no Palácio da Alvorada.

No início de janeiro, em cumprimento a um mandado de busca e apreensão, a Polícia Federal (PF) encontrou na casa de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública de Bolsonaro, uma minuta de golpe de Estado. A suspeita do governo é que esse documento seja datado do período entre o fim de novembro e começo de dezembro. Um mês depois do suposto encontro entre Do Val, Silveira e Bolsonaro, eclodiram os atos criminosos que depredaram os prédios dos Três Poderes.

Ainda na sexta-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, que a Polícia Federal apure se do Val cometeu crimes de falso testemunho, denunciação caluniosa e coação no curso do processo. Na decisão, Moraes aponta que o senador apresentou à PF "uma quarta versão dos fatos por ele divulgados, todas entre si antagônicas, de modo que se verifica a pertinência e a necessidade de diligências para o seu completo esclarecimento".

SAIBA MAIS EM: https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2023/02/5071456-pgr-denuncia-mais-152-por-extremismo.html

sábado, 4 de fevereiro de 2023

A ÚLTIMA TENTAÇÃO



“Dias antes de deixar o governo, Jair Bolsonaro arquitetou uma operação clandestina com um pedido ao senador Marcos Do Val : gravar o ministro Alexandre de Moraes, do STF. O objetivo era anular as eleições, impedir a posse de Lula e se manter na Presidência" 

As indicações de que o ex-presidente da República se envolveu numa tentativa de conspirata estão num conjunto de mensagens a que VEJA teve acesso. Faltavam 21 dias para terminar o governo e Bolsonaro ainda não havia reconhecido o resultado da eleição. Deprimido, repetia a todo instante que o processo havia sido fraudado e que era preciso mostrar isso de maneira clara ao país. Com o apoio de um grupo muito restrito, foi elaborado então o seguinte plano: alguém de confiança do presidente se aproximaria do ministro Alexandre de Moraes, presidente do TSE, devidamente equipado para gravar as conversas do magistrado com o intuito de captar algo comprometedor que servisse como argumento para prendê-lo. Esse seria o estopim que desencadearia uma série de medidas que provavelmente atirariam o país numa confusão institucional sem precedentes desde a redemocratização.

Na reunião do Alvorada, Bolsonaro descreveu os detalhes dessa operação. Estavam presentes, além dele, dois parlamentares aliados: o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) e o senador Marcos do Val (Podemos) Bolsonaro descreveu os detalhes dessa operação. Estavam presentes, além dele, dois parlamentares aliados: o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ) e o senador Marcos do Val (Podemos-ES).”                                                           SAIBA MAIS EM: https://veja.abril.com.br/politica/mensagens-de-senador-revelam-operacao-golpista-de-bolsonaro-contra-moraes/

O BRASIL NÃO VAI TER PAZ. ESTÁ DIVIDIDO PELO ÓDIO




Por THEODIANO BASTOS

LULA chegou ao poder com 46% de rejeição, de eleitores que diziam não votar nele de jeito nenhum. mas Bolsonaro tinha 50% de rejeição... venceu com pouco mais de 2 milhões de vantagem, muito pouco para um eleitorado de 156 milhões.

Lula deu o dito por não dito e já diz que vai disputar a reeleição em 26, quando terá 81 anos. Um erro lamentável. Mostra que tem mesmo compulsão pelo poder.

Revista Veja edição 2.827: "PROPOSTA INDECENTE" Dias antes de deixar o governo, Jair Bolsonaro arquitetou uma operação clandestina com um pedido ao senador Marcos Do Val : gravar o ministro Alexandre de Moraes, do STF. O objetivo era anular as eleições, impedir a posse de Lula e se manter na Presidência" 

O 8 de janeiro em Brasília mostrou isso e vai ser o estopim.

 Vejam os desdobramentos:  

Moraes manda “CNN”, “Veja” e “GNews” quebrarem sigilo da fonte Ministro do STF quer conteúdo completo de entrevistas concedidas por Marcos do Val; entrevistas são protegidas por dispositivo constitucional do sigilo da fonte Alexandre de Moraes, ministro do STF, exige que os veículos de comunicação liberem a íntegra gravada de entrevistas que fizeram com Marcos do Val para comparar com o que o senador disse à PF

O deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) afirmou, em entrevista à CNN neste sábado (4), que “estão dadas as provas para que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja processado, condenado e preso”. O parlamentar comentava as revelações feitas pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES).

Segundo Do Val, ele teria participado de uma reunião com o ex-deputado federal Daniel Silveira e Bolsonaro, na qual o ex-parlamentar teria apresentado um plano para anular as eleições presidenciais e manter o ex-presidente no poder.

“Ao somar isso [reunião] à minuta de decreto de golpe encontrada na casa do ex-ministro da Justiça [Anderson Torres] com o próprio Bolsonaro divulgando notícia falsa dizendo que as eleições foram fraudadas depois dos atos terroristas em Brasília, para mim estão dadas as provas para que Bolsonaro seja processado, condenado e preso”.
SAIBA MAIS EM: https://www.cnnbrasil.com.br/politica/estao-dadas-as-provas-para-que-bolsonaro-seja-processado-condenado-e-preso-diz-kim-kataguiri/ - https://www.poder360.com.br/midia/moraes-manda-cnn-veja-e-gnews-quebrarem-sigilo-da-fonte/ E https://veja.abril.com.br/politica/mensagens-de-senador-revelam-operacao-golpista-de-bolsonaro-contra-moraes/ 

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

BOLSONARO SE COMPLICA COM DEPOIMENTOS E PENSA ASILAR-SE NA ITÁLIA

 


Por THEODIANO BASTOS   

Senadores dos EUA culpam Bolsonaro por 8 de Janeiro e pressionam por extradição

Democratas apresentam resolução no Congresso na qual pede a extradição de Bolsonaro

Vídeo. Bolsonaro: “Pela legislação, sou italiano. Teria cidadania plena”

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que, por ter avós nascidos na Itália, ele também é italiano e tem direito a obter dupla cidadania. A declaração foi dada ao jornal italiano Corriere della Sera, em Orlando, nos Estados Unidos.

Marcos do Val diz à PF que Bolsonaro não mostrou contrariedade com plano golpista                                                                 Do Val apresenta várias versões de plano para impedir posse de Lula

Denúncia do senador Marcos do Val sobre plano — discutido na presença de Bolsonaro — para tentar anular eleição é mais um vestígio de que estava em curso uma trama para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva

Éramos governados por uma gente do porão, diz Gilmar sobre complô golpista

Decano do Supremo comenta reunião de Bolsonaro sobre golpe e diz que Bolsonaro flertou com ideia de golpe militar

O temor de aliados de Bolsonaro sobre as revelações do celular de Daniel Silveira que pode revelar nomes de membros do governo da ala militar, diz Bela Megale EM O GLOBO

 

Homem ateia fogo no próprio corpo para protestar contra Alexandre de Moraes

O homem gritou "morte ao Xandão", de acordo com testemunhas que estavam próximas. Ele foi levado ao Hospital Regional da Asa Norte

SAIBA MAIS EM: https://www1.folha.uol.com.br/poder/2023/02/eramos-governados-por-pessoas-do-porao-diz-gilmar-sobre-complo-golpista.shtml - https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2023/02/5070888-homem-ateia-fogo-no-proprio-corpo-para-protestar-contra-alexandre-de-moraes.html E https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2023/02/5071045-do-val-apresenta-varias-versoes-de-plano-para-impedir-posse-de-lula.html

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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

MARCOS DO VAL, ‘Fiquei assustado com o que vi’


Senador diz que plano do ex-presidente era flagrar Alexandre de Moraes em alguma inconfidência e usar o material como argumento para anular as eleições.

O senador Marcos do Val (Podemos-­ES) confirmou a VEJA que participou da reunião com Jair Bolsonaro e o deputado federal Daniel Silveira no dia 9 de dezembro do ano passado. Na ocasião, o então presidente pediu que ele gravasse conversas do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral. O plano era flagrar o magistrado em alguma inconfidência ou indiscrição e usar o material como argumento para anular as eleições, impedir a posse de Lula e manter o ex-capitão no poder.

 

DO VAL RECUA, CULPA SILVEIRA E DIZ QUE BOLSONARO NÃO O COAGIU PARA GOLPE

"O que ficou muito claro para mim era o Daniel tentando achar uma forma de não ser preso de novo", disse o senador à imprensa nesta manhã (2)                                                      SAIBA MAIS EM: https://mail.google.com/mail/u/0/#inbox/FMfcgzGrcPPGqfsKtBFhwCmPxwvvJFlc - https://veja.abril.com.br/politica/marcos-do-val-sobre-pedido-de-bolsonaro-fiquei-assustado-com-o-que-vi/

 

 

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2023

A TRAGÉDIA YANOMAMI

Diacui se casa na igreja da Candelária no Rio, com Chatô como padrinho
Diacui com o noivo na aldeia 

Fotos na revista O Cruzeiro

Por THEODIANO BASTOS

27.723 indígenas Yanomami ocupam uma área de 96.650 km2, um pouco maior que Portugal e no entanto morrem de fome, malária e tuberculose. Não conseguem produzir alimentos pois usam técnicas rudimentares de cultivo e tudo foi agravado com a invasão de mais de 20 mil garimpeiros à procura de ouro e cassiterita as matas foram devastadas e os rios contaminados com mercúrio. Os indígenas trabalham para os garimpeiros e recebem como pagamento alimentos ultra processados.

Na década de 50 (52/53) O Brasil tomou conhecimento da existência dos Yanomami com a tragédia da índia DIACUI Aiute Kalapalo  a “Cinderela dos Trópicos” e se comoveu com a história.  Na época, Assis Chateaubriand (Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello, ou Chatô, era um magnata da comunicação, dono da TV Tupi, revista O Cruzeiros e diário e rádios associados e se promoveu com a história, publicando na revista uma série de fotorreportagens sobre a relação do sertanista Ayres Câmara Cunha com a índia Diacuí. A revista ajudou Ayres a obter autorização para o seu casamento civil e religioso com a índia e teve participação ativa no processo de aculturação a que ela foi submetida.

A série abrange desde o noivado de Diacuí com o homem branco, passando por sua estadia no Rio de Janeiro, onde se casou na Igreja da Candelária tendo Chateaubriand como padrinho. Ela retornou ao Xingu, até o desfecho trágico de sua história.

Um ano depois, em 1953, já grávida, Diacuí estava sozinha na aldeia enquanto Ayres havia viajando a trabalho, deixando-a às vésperas do parto. Na aldeia não havia médicos, nem parteiras, nem remédios, não havia nada. Durante o parto, Diacuí morreria, sangrando.

"Os Yanomami são um povo indígena que habita a região de fronteira entre o Brasil e a Venezuela, no norte da Floresta Amazônica. Do lado brasileiro, as Terras Indígenas Yanomami ocupam uma área de 9,6 milhões de hectares, entre o estado de Roraima e o estado do Amazonas, e abrigam mais de 26 mil pessoas, totalizando oito comunidades indígenas. A sociedade yanomami está organizada em casas comunitárias ou aldeias autônomas, onde as decisões são tomadas conjuntamente e as tarefas, como a caça e a agricultura, são divididas entre homens e mulheres."

VEJA MAIS EM: https://brasilescola.uol.com.br/brasil/yanomami.htm - https://veja.abril.com.br/brasil/mpf-diz-que-situacao-dos-yanomami-foi-causada-por-omissao-do-estado/E https://www.google.com/search?q=revista+o+cruzeio+sobre+a+%C3%ADndia+diacui%2C+fotos&oq=revista+o+cruzeio+sobre+a+%C3%ADndia+diacui%2C+fotos+&aqs=chrome..69i57j33i10i160l3.26953j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8#imgrc=VUIjBUyw8GnLnM