terça-feira, 9 de agosto de 2022

O FATOR ÓDIO


Diogo Mainardi

O Lulismo é mais radicalizado do que o bolsonarismo.

Segundo uma pesquisa da Quaest, feita para O Globo, 51% dos eleitores de Lula disseram “desgostar” ou “odiar” Jair Bolsonaro (eram 58% em junho). Entre os eleitores de Jair Bolsonaro, 32% disseram repudiar Lula (eram 25% em junho).

Como mostram os números, o antibolsonarismo diminuiu nas últimas semanas, mas continua sendo o principal fator da disputa eleitoral. O tamanho do ódio a Jair Bolsonaro vai determinar o resultado das urnas, assim como seu futuro encarceramento. https://oantagonista.uol.com.br/despertador/o-fator-odio/?utm_campaign=TER_MANHA&utm_content=link-819367&utm_medium=email&utm_source=oa-email

 

domingo, 7 de agosto de 2022

CARTAS EM DEFESA DA DEMOCRACIA E DA JUSTIÇA

 


Por THEODIANO BASTOS

MAIS DE UM MILHÃO DE ASSINATURAS


Desdenhada por Bolsonaro, a Carta da USP em defesa da democracia passa de 700 mil assinaturas

Documento foi lançado depois de seguidos ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro. Presidente disse que quem assina carta é 'cara de pau' e 'sem caráter'.

Carta em defesa da democracia marcou 'alerta' ante ameaça de eleições 'brutais', diz empresário Horácio Lafer Piva

Em entrevista ao GLOBO, o empresário e acionista da Klabin, Horácio Lafer Piva, afirmou que a nova "Carta aos Brasileiros" divulgada por juristas, artistas e entidades da sociedade civil representa uma tentativa de vencer a "apatia da sociedade" diante de ataques à democracia.

Ex-presidente da Fiesp, Piva também declarou que a adesão do empresariado ao manifesto veio da percepção de que havia a necessidade de "subir um pouco o tom". Na entrevista, ele teceu críticas à postura do presidente Jair Bolsonaro, fez ressalvas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e declarou voto na candidata do MDB à Presidência, Simone Tebet

Há algum risco de golpe de Estado, pergunta o jornal EXTRA?

Vejo coisas que me deixam de cabelo em pé, mas não creio que a democracia vá acabar ou que teremos uma ditadura. Vamos, sim, sofrer muito. Há riscos de agressões físicas (durante o período eleitoral). Está tudo muito polarizado, tem um lado que está muito armado, e outro que está aguerrido. Isso cria riscos enormes. O Brasil não pode ter qualquer tipo de enfraquecimento institucional, inclusive do ponto de vista do olhar internacional. O país precisa de recursos externos, está empobrecido. Não vamos virar uma Venezuela. Temos uma série de problemas com as nossas instituições e nossa democracia é muito jovem, mas tem freios e contrapesos.

Bolsonaro sempre teve um discurso autoritário e de ataque às instituições. A iniciativa privada, porém, não costumava se manifestar sobre isso. Por que o posicionamento mudou?

A mim, o Bolsonaro não surpreendeu, e eu sempre disse isso. Mas a sociedade acordou para os riscos que está correndo à medida que as pessoas percebem que Bolsonaro pode ter mais um mandato pela frente, o que daria a ele a possibilidade, por exemplo, de reforçar sua posição no Judiciário, de construir uma bancada maior no Congresso. A sociedade começa a perceber que existe um risco real.

A reunião de Bolsonaro com embaixadores, em que o presidente repetiu narrativas falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro, foi o gatilho para essa reação do empresariado?

Aquilo foi inacreditável. Não posso imaginar uma estrutura como o Itamaraty e ministérios mais próximos a ele avalizando um discurso daquele. Foi um ponto muito significativo e assustador. A sociedade reagiu e mostrou que tem muita gente que não pensa assim.

O senhor sempre foi um entusiasta da terceira via. Ainda acredita na viabilidade de uma candidatura fora da polarização entre Lula e Bolsonaro?

Vou votar na Simone (Tebet). Acho que ela traz pacificação. Qualquer um desses dois (Lula e Bolsonaro) vai continuar mantendo a polarização. As pessoas estão tentando me empurrar para o voto útil (no primeiro turno), mas não vou. É difícil, não tenho a menor dúvida, mas não acredito que todos os votos que estão sendo manifestados como definitivos de fato o são. As pessoas mudam se perceberem que há de fato uma terceira via crescendo. O desafio é provar que há uma viabilidade. SAIBA MAIS EM: https://extra.globo.com/noticias/brasil/carta-em-defesa-da-democracia-marcou-alerta-ante-ameaca-de-eleicoes-brutais-diz-empresario-horacio-lafer-piva-25552794.html E https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/eleicoes/2022/noticia/2022/08/03/carta-da-usp-em-defesa-da-democracia-passa-de-700-mil-assinaturas.ghtml

 

sexta-feira, 5 de agosto de 2022

16 DE AGOSTO O JOGO COMEÇA A SER JOGADO

Nesta da tem início a propaganda eleitoral, incluindo na internet e por meio de alto-falantes, caminhada, carreata ou passeata

26 de agosto: início da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão  

JORNAL NACIONAL ENTREVISTA CANDIDATOS A PRESIDENTE

22/8 Jair Bolsonaro

23/8 Ciro Gomes

25/8 Lula

26/8 Simone Tebet

quinta-feira, 4 de agosto de 2022

REVÓLVER GIGANTE NA MARCHA PARA JESUS EM VITÓRIA


Por THEODIANO BASTOS

Nos meus quase 86 anos de vida achava que já tinha visto de tudo na política. Estava enganado. Vejam o que segue:  

Ato de Bolsonaro no ES tem réplica de arma gigante durante Marcha para Jesus

Discurso do presidente foi o único de políticos permitido pela organização do evento

Em visita a Vitória (ES), o presidente Jair Bolsonaro (PL) participou neste sábado (23/07/22) da Marcha para Jesus organizada por setores da igreja evangélica. A manifestação religiosa contou com uma réplica gigante de uma arma, esculpida por um apoiador do presidente. Um motociclista desfilou com um caixão pintado com as cores e bandeira do PT. 

Na véspera da convenção de seu partido, o PL, o presidente sugeriu que o país está sob ameaça do "comunismo". “Dobro meus joelhos, elevo meus pensamentos ao senhor e peço que o povo brasileiro não experimente as dores do comunismo", disse. 

A organização do evento havia proibido discursos de todos os políticos e pré-candidatos. A única exceção prevista era o presidente Bolsonaro. A Marcha foi convocada pelo Fórum Evangélico Nacional de Ação Social e Política. 

No dia 02/10, para ficar em paz com minha consciência, votarei na chapa das duas mulheres: Simone e Mara

Leia também: Chico Buarque: "Luta dos evangélicos contra a cultura da morte é da maior importância" https://www.blogger.com/blog/post/edit/3554695571008189645/174886846955569621

arma-gigante-durante-marcha-para-jesus

BOLSONARO EM ROTA DE COLISÃO COM A SOCIEDADE CIVIL

 

(crédito: Maurenilson Freire)

Ataques do presidente às urnas eletrônicas, ao TSE e ao Supremo, principalmente depois do encontro com diplomatas estrangeiros, despertaram inédita reação da sociedade civil.

Fracassaram os esforços da cúpula da Fiesp, que articula o manifesto dos empresários em defesa da democracia e das urnas eletrônicas, para que todos os candidatos à Presidência assinassem o documento, numa espécie de pacto de respeito mútuo ao resultado das eleições. Ontem, o Palácio do Planalto anunciou que Jair Bolsonaro não subscreverá o documento, assinado por entidades empresariais e federações sindicais de trabalhadores, e cancelou a ida do presidente da República ao lançamento do documento, no dia 11 de agosto, na sede da Fiesp. Também foi cancelado o jantar com empresários que estava programado.

A ida de Bolsonaro à Fiesp fora antecipada para 11 de agosto a pedido do Palácio do Planalto. Para evitar mais constrangimentos, o recolhimento de assinaturas de apoio ao manifesto da federação ficou restrito às entidades empresariais e sindicatos de trabalhadores, para que as assinaturas dos candidatos dos presidentes fossem recolhidas antes de as pessoas físicas aderirem o documento. Ocorre que Bolsonaro não digeriu as manifestações em defesa da urna eletrônica, da Justiça Eleitoral e do Supremo Tribunal Federal (STF), e torpedeou as iniciativas.

Na terça-feira, Bolsonaro atacou o documento da Fiesp, que considerou uma "carta política". Chamou de "cara de pau" e "sem caráter" os empresários que assinassem o documento, o que provocou o cancelamento do jantar que estava marcado com eles. Também houve muita discussão entre os que já haviam aderido ao manifesto, se os empresários deveriam assinar ou não o documento como pessoa física. O texto em nenhum momento cita o presidente da República. Os candidatos Felipe D'Ávila (Novo), Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB), que já estiveram na Fiesp, subscreveram o documento.

Sociedade civil

O episódio tende a aprofundar o confronto de Bolsonaro com a sociedade civil, a praticamente dois meses das eleições. Em termos gerais, esse é um espaço de organização e representação que não se confunde com o Estado, a família nem o mercado, que são os ambientes específicos e mais homogêneos onde Bolsonaro atua intensamente. A sociedade civil engloba instituições de caridade, grupos de autoajuda, associações profissionais, religiosas, sindicatos, entidades empresárias, movimentos sociais etc. É um universo complexo que, no Brasil, ganhou autonomia durante o regime militar, protagonizando movimentos de resistência em defesa da democracia e dos direitos humanos.

Os ataques de Bolsonaro às urnas eletrônicas, à Justiça Eleitoral e ao Supremo Tribunal Federal (STF), principalmente depois de seu encontro com diplomatas estrangeiros para levantar suspeitas sobre a segurança das urnas eletrônicas, despertaram forte e inédita reação da sociedade civil. A defesa das urnas eletrônicas até então estava sendo feita pelos ministros do Supremo, pela grande mídia e pela oposição. Esses ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral brasileiro, reconhecido internacionalmente por sua segurança e eficiência, funcionaram como um catalisador dessa reação.

Congresso

Ontem, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na abertura da sessão do Plenário, reiterou sua confiança no sistema eleitoral. Disse que as urnas eletrônicas são motivo de "orgulho nacional". Segundo ele, nestes 26 anos de uso no Brasil, trouxeram transparência, confiabilidade e velocidade na apuração do resultado das eleições. "Elas têm-se constituído em ferramenta poderosa contra vícios eleitorais muito frequentes na época do voto em papel. Representam, portanto, um verdadeiro aperfeiçoamento institucional", enfatizou.

A fala de Pacheco coincidiu como a ida de militares do Ministério da Defesa ao Tribunal Superior Eleitoral (STF) para conferir a segurança dos códigos-fonte das urnas eletrônicas, um trabalho que poderia ter sido feito nos últimos 10 meses. O ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, vem reproduzindo à frente da pasta a narrativa de Bolsonaro sobre a segurança das urnas eletrônicas. Na verdade, a postura de Bolsonaro sinaliza temor de perecer nas eleições e suas intenções golpistas, o que acaba fortalecendo a oposição. https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2022/08/5026760-analise-jair-bolsonaro-esta-em-rota-de-colisao-com-a-fiesp.html

 

quarta-feira, 3 de agosto de 2022

O BRASIL PRECISA DE UNIÃO E PAZ PARA RESOLVER SEUS PROBLEMAS

 

Por THEODIANO BASTOS

Vença Lula ou Bolsonaro o clima de ódio continuará com o Brasil dividido em “ENTRE O NÓS E ELES”.

Há expectativa de que esta chapa Simone Tebet/Mara Gabrill, traraga UNIÃO,  ESPERANÇA E PAZ para que o Brasil possa resolver seus graves problemas.  

A escolha do nome de Mara Gabrilli para vice foi uma decisão estratégica pois agrega à candidatura de Simone Tebet força em São Paulo, o maior colégio eleitoral do Brasil, o que dificulta a sua cristianização pelo PSDB paulista.

https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2022/08/5026482-analise-dobradinha-de-mulheres-na-terceira-via.html

 

DOBRADINHA DE MULHERES NA TERCEIRA VIA

 


A escolha de Gabrilli agrega à candidatura de Simone Tebet força em São Paulo, o maior colégio eleitoral do Brasil, o que dificulta a sua cristianização pelo PSDB paulista

A chapa Simone Tebet, candidata do MDB à Presidência da República, com Mara Gabrilli (PSDB-SP) como sua vice, é alvissareira. Abre espaço para mais mulheres na política, agora com possibilidades financeiras, porque 30% do fundo eleitoral serão destinados a candidaturas de mulheres pelos partidos, que podem ser punidos se não o fizerem. Entretanto, Simone nem de longe tem as mesmas condições oferecidas à ex-presidente Dilma Rousseff, que se elegeu com apoio do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010, no auge de sua popularidade, e se reelegeu em 2014, embora com dificuldades e uma oposição que viria apeá-la do poder, com o impeachment.

Mesmo assim, a sobrevivência da candidatura de Simone Tebet no MDB, um partido dominado por velhos caciques políticos regionais, e a indicação de Gabrilli para vice, pelo PSDB, uma senadora de grande prestígio em São Paulo, são obras de grande engenharia política. Nessa construção, destacaram-se a própria candidata, que não esmoreceu diante dos desafios; o presidente do MDB, deputado Baleia Rossi, que bancou sua candidatura até o fim; o presidente do PSDB, Bruno Araújo, que retirou do caminho o ex-governador de São Paulo João Doria, abdicando da candidatura própria; e o presidente do Cidadania, o veterano Roberto Freire, que apostou na aliança MDB-PSDB-Cidadania, inclusive removendo a candidatura do senador Alessandro Vieira (SE), então no Cidadania, quando a aliança com o MDB parecia impensável.

A escolha do nome de Mara Gabrilli para vice foi uma decisão estratégica. O PSDB de São Paulo não estava nem aí para Simone Tebet, mais empenhado na reeleição do governador Rodrigo Garcia, que enfrenta dois adversários poderosos: o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) e o ex-ministro de Infraestrutura Tarcísio de Freitas (Republicanos). A decisão foi tomada na cúpula da aliança, num encontro das duas senadoras com Baleia, Araújo e Freire. Segundo Tebet, a conversa entre as duas colegas de Senado foi decisiva:

"Eu tinha dúvida, Mara, se uma chapa 100% feminina seria aceita. Que bom que as [pesquisas] qualitativas mostraram que homens e mulheres estão prontos para votar nessa chapa. E quando fiz o convite para você, esperando que você fosse dizer 'vou pensar um pouquinho, eu tenho algumas limitações', Mara disse, na sua generosidade, 'Simone, que honra. Como vai ser bom falar para o Brasil da nossa causa e da nossa luta'", relata Tebet. https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2022/08/5026482-analise-dobradinha-de-mulheres-na-terceira-via.html