domingo, 10 de julho de 2022

POR QUE A TERCEIRA VIA NÃO DECOLOU?

Por THEODIANO BASTOS

A eleição presidencial é sempre um plebiscito entre os que apoiam e os que discordam quem está no poder e a deste ano, a mais longa da história do país, pois já no segundo dia do mandato Bolsonaro já fazia campanha para a reeleição.

O Brasil nunca viu uma eleição como a deste ano em que se tem como candidato um presidente e um ex-presidente que dominou o cenário político por tanto tempo como Lula.

Para cientistas políticos, conjuntura da disputa e a falta de homogeneidade do centro dificulta a missão de construir uma alternativa entre Lula e Bolsonaro.

“As pesquisas eleitorais que vêm sendo divulgadas recentemente reforçam a polarização do processo eleitoral. A praticamente três meses das eleições, enquanto a candidatura do ex-presidente Lula se consolida em algo como 45-50% dos votos, a candidatura do atual presidente Bolsonaro se cristaliza entre 30-35% dos votos. Os vários “balões de ensaio” da chamada terceira via vão murchando e saindo do páreo, mantendo seu isolamento político ou mantendo seus insignificantes patamares, enquanto candidatos com perfil mais ideológico à esquerda não encontram espaço para sair do ringue onde patinam.

O que parece ser a grande preocupação do eleitorado é a crise econômica e social. Fome, desemprego, inflação e temas correlatos mostram o tamanho da crise em que nos metemos, e isso vai prevalecendo na pauta sobre qualquer outro tema. É neste sentido que os dois principais candidatos – os que polarizam –, tentam focar nessa agenda, buscando responder as principais preocupações do eleitor de quase todos os segmentos sociais.

Quando os entrevistados são provocados a responder se não pretendem mais mudar sua escolha, a polarização fica ainda mais evidente. No total, 58% dos eleitores dizem que já têm candidato em definitivo, e 40% afirmam que ainda podem mudar de ideia. Entre os apoiadores de Bolsonaro, 65% dizem que é a escolha final, contra 35% que ainda não tem certeza. Entre os apoiadores de Lula, esse número é de 74% convictos e 25% que não se mostram tão certos.

“Vamos para uma eleição cada vez mais polarizada. Que a defesa da democracia, a vontade de sair do buraco e de uma trajetória de governo doidivanas deem juízo ao eleitorado para consolidar o que está sinalizado nas pesquisas”.
Leia mais em: https://terapiapolitica.com.br/terceira-via-sem-espaco/ E https://veja.abril.com.br/coluna/maquiavel/por-que-a-terceira-via-nao-decola-na-eleicao-atual-segundo-especialistas/

MODERADOS DECIDIRÃO O PLEITO DE OUTUBRO


Por THEOIDIANO BASTOS

Alienação eleitoral cresce no Brasil, especialmente entre jovens e no Sudeste

Bolsonaro e Lula viram cabos eleitorais involuntários um do outro, diz a FOLHA 

Baixo comparecimento às urnas tem aumentado de forma lenta e consistente no país desde 2006 A análise é do estudo “A alienação eleitoral no Brasil Democrático”, do Instituto Votorantim, que levantou dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Eles mostram que, desde 2006, a alienação eleitoral –soma de abstenções passiva (não comparecimento) e ativa (votos brancos e nulos) – nos pleitos presidenciais passou de 25,1%, em 2006, para 29%, em 2014 e 2018. Em 2018, atingiu 30,8%, um crescimento de quase 6 pontos percentuais.                                  *******************                                                     Em entrevista à CNN, neste sábado (9), o presidente do instituto Locomotiva, Renato Meirelles, comentou sobre os atos políticos deste sábado –liderados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). Ao analisar o posicionamento dos pré-candidatos, o especialista destacou que a definição da eleição virá do eleitorado moderado.

Para Meirelles, dificilmente haverá a conversão de votos entre os eleitores de Lula e Bolsonaro, deixando a decisão ao público do centro.

“Será exatamente essa parcela do eleitorado [moderado] que irá definir quem será o próximo presidente do Brasil. Essa parcela é importante porque temos, de um lado, entre os bolsonaristas, 20% do eleitorado, que faça o que fizer Bolsoanaro, não deixam de votar no presidente. O Lula tem a mesma porcentagem, talvez um pouco mais de brasileiros que não deixam de votar nele”, disse Meirelles.

“As pesquisas têm mostrado que a disputa se dará na coluna do meio, visto que é muito difícil a transferência de voto. O que tem de plano de crescimento nessa eleição é conseguir conquistar essa coluna do meio”, acrescentou o presidente do instituto Locomotiva. Saiba mais em: https://www.cnnbrasil.com.br/politica/eleitorado-moderado-ira-definir-quem-sera-o-proximo-presidente-diz-especialista/ E https://www.cnnbrasil.com.br/politica/alienacao-eleitoral-cresce-no-brasil-especialmente-entre-jovens-e-no-sudeste/

  

quinta-feira, 7 de julho de 2022

“BOLSONARO ESTÁ MONTANDO UM GOLPE DE ESTADO”

GOLPISMO ELEITORAL


Por THEODIANO BASTOS                                                               

Embora seja seu intento, Bolsonaro não logrará êxito em dar o golpe. Prevendo sua derrota nas urnas, ele planeja tumultuar o pleito e dar o golpe para permanecer no poder contando com a ajuda das Forças Armadas.

"As Forças Armadas devem permanecer quietinhas em seu canto" Joaquim Barbosa, que andava sumido, reapareceu no Twitter para disparar um alerta sobre o risco de golpe militar.

“Convido as pessoas com um mínimo de conhecimento da trágica história política brasileira a um exame sereno e lúcido da frase do ministro da Defesa, um general que faz parte do grupo de auxiliares do primeiro escalão do Presidente da República.

Disse o general Paulo Sergio Nogueira:‘As Forças Armadas estavam quietinhas em seu canto e foram convidadas pelo TSE…’.

Ora, general, as Forças Armadas devem permanecer quietinhas em seu canto, pois não há espaço para elas na direção do processo eleitoral brasileiro. Ponto.

Insistir nessa agenda de pressão desabrida e cínica sobre a Justiça Eleitoral, em clara atitude de vassalagem em relação a Bolsonaro, que é candidato à reeleição, é sinalizar ao mundo que o Brasil caminha paulatinamente rumo a um golpe de Estado. Pense nisso, general.

Um aspecto importantíssimo, que singulariza o Brasil no concerto das democracias, reside precisamente no seguinte: temos um ramo da Justiça, independente, concebido precisamente para subtrair o processo eleitoral ao controle dos políticos. E dos militares de casaca, claro.”Quem está quietinho em seu canto é o TSE, e parece que vai continuar assim.

Nos EUA, Fachin reconhece que eleição tem risco de golpe 'Poderemos ter um episódio ainda mais agravado do que 6 de janeiro daqui do Capitólio', disse o presidente do TSE.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, respondeu nesta segunda-feira (13) ao ofício enviado na sexta (10) a ele pelo ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, no qual cobrou uma “discussão técnica” das sugestões apresentadas pelas Forças Armadas, em março, para aumentar a transparência e a segurança do sistema eletrônico de votação.

Edson Fachin agradeceu pelas “contribuições”, reafirmou que as entidades fiscalizadoras (como as Forças Armadas, OAB, Ministério Público, Polícia Federal) poderão participar de todas as fases de auditoria dos softwares e equipamentos, listando, em seguida, os próximos eventos, programados pelo próprio TSE, da fiscalização, que incluem a compilação dos códigos da urna eletrônica, cerimônias de preparação e verificação dos sistemas instalados, etc.

O presidente do TSE, no entanto, não respondeu a pedidos mais específicos feitos pelo ministro da Defesa. “Renovo, no ensejo, os nossos respeitosos cumprimentos a Vossa Excelência, igualmente expressando nossa elevada consideração às Forças Armadas e a todas as instituições do Estado democrático de Direito no Brasil”, diz a parte final da resposta de Fachin, de três páginas.

No ofício de sexta, Paulo Sérgio Nogueira escreveu a Fachin que ainda haveria tempo para implementar ao menos três “propostas” feitas pelas Forças Armadas em março: ativar a biometria nas urnas que passarão pelo teste de integridade no dia das eleições; realizar o teste público de segurança no último modelo da urna, de 2020; e ainda “tornar efetiva” a fiscalização de todas as fases do processo por partidos políticos.

Também Joaquim Barbosa vê vassalagem de militares sobre golpismo eleitoral de Bolsonaro    

Leia mais em:  https://oantagonista.uol.com.br//despertador/as-forcas-armadas-devem-permanecer-quietinhas-em-seu-canto/?utm_campaign=QUI_MANHA&utm_content=link-805674&utm_medium=email&utm_source=oa-emailhttps://www.gazetadopovo.com.br/eleicoes/2022/fachin-responde-ao-ministro-da-defesa-sobre-votacao-eletronica-veja-o-que-ele-disse/ E                         https://www1.folha.uol.com.br/poder/2022/07/joaquim-barbosa-ve-vassalagem-de-militares-sobre-golpismo-eleitoral-de-bolsonaro.shtml


segunda-feira, 4 de julho de 2022

ELEIÇÃO A MENOS DE 90 DIAS, PANORAMA

 


Por THEODIANO BASTOS

O primeiro turno será no dia 02 de outubro e o panorama está congelado com Lula sempre na frente em todas as pesquisas de intenção de votos, com possibilidade de se eleger já no primeiro turno, mas em política 90 dias é uma eternidade. O favoritismo de Lula será posto à prova na campanha, quando seu passado e do PT serão explorados. Há tempo, sim, para mudanças.

E é relevante lembrar que a disputa será entre os mais rejeitados. Bolsonaro tem 53% de rejeição e Lula 35%. E até agora a campanha eleitoral pra valer ainda não começou. A campanha vai aquecer mesmo em fins de agosto e só em setembro tomará conta do cenário nacional.   

E a terceira via não decola. Simone Tebet empacou, pois a maioria do eleitoral que é feminino ainda não deu o apoio esperado. E Ciro Gomes, disputando pela quarta vez a presidência da república, não sai de 8%.

quinta-feira, 30 de junho de 2022

O CRIME ORGANIZADO TOMA CONTA DO BRASIL

 

Por THEODIANO BASTOS                                                   crime organizado é a maior ameaça contra a sociedade brasileira e vem se infiltrando, praticamente, em todas as atividades de nossa sociedade e sua evolução se dá de maneira vertiginosa. Portanto, o combate a esta criminalidade especializada e é uma importante e árdua tarefa a ser executada pelos responsáveis pela administração pública nas suas diferentes esferas.                                                                crime organizado, a seu turno, favorece o crescimento da criminalidade interna e transnacional, estimulando assim, o aumento dos índices de violência e criminalidade nos centros urbanos e nas fronteiras, acarretando por consequência, a diminuição da Soberania Nacional

As três principais máfias que atuam no Brasil: PCC Primeiro Comando da Capital, de São Paulo, CV Comando Vermelho do Rio de Janeiro e FDN Família do Norte de Manaus que atua na Amazônia.

Na Amazônia o Brasil tem fronteiras com Bolívia, Peru e Colômbia, principais produtores mundiais de cocaína, se tornaram veias abertas para o fluxo ilegal de drogas, madeiras e minérios para Estados Unidos, Europa e África. De país de trânsito, o Brasil passou a ser um dos maiores consumidores de drogas.

A economia do crime floresce no vácuo do Estado na Amazônia, denuncia José Casado.    

O jornalista José Casado, com o artigo SINAIS DE FALÊNCIA, publicado em VEJA (20/06/22 pág. 90). um impressionando retrato de como o crime organizado tomou conta do Brasil. “SE O PROBLEMA DE Brasília é o tráfico de influência, o da Amazônia é a influência do tráfico de drogas, de terras, de madeira, de animais, e de minerais > ouro, diamante, cassiterita, urânio, e manganês, entre outros. E isso só é possível com respaldo político em Brasília, naturalmente. Diz José Casado.     

“Trata-se de uma indústria capitalista, assentada em redes de interesses locais, mas hierarquizada e conectada ao mercado financeiro, responsável pelo ciclo da lavagem, a legalização dos lucros”  

Sete de cada dez homicídios nos pequenos municípios da amazônico tiveram relação com atividades como o narcotráfico, caça, pesca e desmatamento. VEJA MAIS EM: https://veja.abril.com.br/coluna/jose-casado/sinais-de-falencia/E  https://www.google.com/search?q=crime+organizado+no+brasil+e+seus+reflexos+na+sociedade&oq=crime+organizado+no+brasil+&aqs=chrome.5.69i57j0i512l6j0i30l3.26457j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8   

 

terça-feira, 28 de junho de 2022

BRASIL, 47.503 HOMICÍDIOS EM 2021

 

CRIME ORGANIZADO NA AMAZÔNIA E NAS CIDADES:                                                     ORIGEM DA VIOLÊNCIA

BRASIL: 47.503 HOMICÍDIOS EM 2021

CRIME ORGANIZADO NA AMAZÔNIA E NAS CIDADES ORIGEM DA VIOLÊNCIA

O Brasil registrou 47.503 homicídios ao longo do último ano, o equivalente a 130 mortes por dia, segundo dados divulgados, nesta terça-feira (28), pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

O número representa queda na comparação com 2020 e é o menor registrado desde 2011, quando se inicia a série histórica. Entre os motivos, especialistas apontam uma estabilização de conflitos entre facções criminosas, que na última década avançaram pelo Norte e Nordeste do País, e a implementação de programas estaduais focalizados em públicos mais jovens.

“As mortes caíram, o que é boa notícia”, disse ao Estadão o diretor-presidente do Fórum, o sociólogo Renato Sérgio de Lima.

“Mas comparando internacionalmente o número ainda é muito alto”, ponderou. Segundo ele, os dados divulgados neste ano foram contrapostos aos índices de 102 países, reunidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

A comparação, segundo ele, não é positiva. “O Brasil é líder na quantidade absoluta de mortes e está entre os dez países mais violentos do planeta”, disse Lima.

“Quando se olha com zoom, 30 cidades brasileiras têm taxas acima de 100 mortes por 100 mil habitantes”, disse ele, reforçando que o índice nesses municípios é maior que o de qualquer país no mundo.

Entre as 30 cidades mais violentas do País, aponta o levantamento, 13 integram a Amazônia Legal e a maior parte delas está situada na região de fronteira.

“Existe um processo de migração da violência para a região Norte”, explicou Lima. Como causa disso, ele atribui a atuação na região de facções de bases prisionais e de milícias, o que teria elevado os índices de violência em Estados como, principalmente, o Amazonas. https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/brasil-tem-menor-taxa-de-homicidios-em-dez-anos-diz-anuario/

domingo, 26 de junho de 2022

GUERRA NA UCRÂNIA PODE DE DURAR ANOS

 


A dura advertência do secretário-geral da Otan GETTY IMAGES

'Precisamos nos preparar para o fato de que pode levar anos', declarou Jens Stoltenberg, secretário-geral da Otan

O Ocidente deve se preparar para continuar apoiando a Ucrânia na guerra durante anos, alertou o chefe da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Jens Stoltenberg, secretário-geral do órgão, disse que os custos da guerra são altos, mas o preço de deixar Moscou alcançar seus objetivos militares é ainda maior.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, também alertou para um conflito de longo prazo.

E em uma dura advertência, o recém-nomeado chefe do Exército britânico disse que o Reino Unido e seus aliados precisavam ser capazes de vencer uma guerra terrestre com a Rússia.

O general Patrick Sanders, que assumiu o cargo na semana passada, afirmou o seguinte em uma Jens Stoltenberg, secretário-geral do órgão, disse que os custos da guerra são altos, mas o preço de deixar Moscou alcançar seus objetivos militares é ainda maior.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, também alertou para um conflito de longo prazo.

E em uma dura advertência, o recém-nomeado chefe do Exército britânico disse que o  mensagem interna, à qual a BBC teve

"A invasão da Ucrânia pela Rússia põe em evidência nosso objetivo principal — proteger o Reino Unido e estar pronto para lutar e vencer guerras em terra — e reforça a exigência de deter a agressão russa com a ameaça de uso da força."

Stoltenberg e Johnson disseram ainda que o envio de mais armas tornaria mais provável a vitória da Ucrânia.

"Precisamos nos preparar para o fato de que pode levar anos. Não podemos desistir de apoiar a Ucrânia", declarou o chefe da Otan em entrevista ao jornal alemão Bild.

"Mesmo que os custos sejam altos, não apenas pelo apoio militar, mas também pelo aumento dos preços da energia e dos alimentos."

O chefe da aliança militar ocidental afirmou que fornecer armas mais modernas à Ucrânia aumentaria suas chances de libertar a região de Donbass, da qual grande parte está atualmente sob controle russo.

Nos últimos meses, as forças russas e ucranianas lutaram pelo controle do território no leste do país — com Moscou fazendo avanços lentos nas últimas semanas.

Em artigo publicado no jornal britânico Sunday Times, Boris Johnson acusou o presidente russo, Vladimir Putin, de recorrer a uma "campanha de exaustão" e "tentar destruir a Ucrânia por pura brutalidade".

"Temo que precisamos nos preparar para uma longa guerra", escreveu ele.

"O tempo é o fator vital. Tudo vai depender se a Ucrânia pode fortalecer sua capacidade de defender seu solo mais rápido do que a Rússia é capaz de renovar sua capacidade de ataque." https://www.bbc.com/portuguese/internacional-61863464