Com
a retirada de tropas americanas e internacionais em junho, o Talebã rapidamente
tomou o Afeganistão, fazendo milhares de pessoas deixaram suas casas, incluindo
o presidente, que fugiu do país
O Talebã, que tomou o Afeganistão e
derrubou o governo civil do país neste fim de semana, já chega com uma
estrutura de poder pronta.
O
grupo fundamentalista islâmico que controlou o Afeganistão entre 1996 e 2001
tem um líder supremo, um conselho com 26 membros e um "gabinete de
ministros" que supervisiona atividades em diferentes áreas, como militar e
econômica.
O
grupo é tão organizado que tem também uma representação internacional em Doha,
onde foram tratadas as negociações de paz com os Estados Unidos.
Apesar
disso, os membros do Talebã estão em movimento o tempo todo, sem infraestrutura
fixa.
TALIBÃ NÃO CUMPRE ACORDO ASSINADO
NO CATAR, TOMA O PODER NO AFEGANSTÃO E IMPLANTA O TERROR
, TALIBÃ O TERROR
DE VOLTA
Repórter
inglesa veste hijab para transmitir notícias do Afeganistão
Um dia após a tomada do poder em Cabul pelo Talibã,
Clarissa Ward resolveu usar a vestimenta da doutrina islâmica assim como várias
mulheres da cidade
A
correspondente internacional da CNN no Afeganistão, a inglesa
Clarissa Ward, vestiu um hijab durante uma reportagem transmitida de Cabul na
manhã desta segunda-feira (16/8), um dia após a tomada do poder pelo
grupo extremista Talibã. O hijab é uma vestimenta islâmica que cobre
as orelhas, pescoço, e o cabelo da mulher.
Na transmissão, a jornalista relatou como tudo mudou de forma rápida no país.
“Esta é uma visão que honestamente pensei que nunca veria”, afirmou.
Entre
as mudanças, Clarissa Ward disse que quase não encontrou mulheres nas ruas.
"Eu vi algumas mulheres, mas devo dizer, vi muito menos mulheres do que
normalmente veria andando pelas ruas de Cabul. E as mulheres que você vê andando
pelas ruas tendem a se vestir de forma mais conservadora do que quando
caminhavam pelas ruas de Cabul ontem. Eu vi mais burcas hoje do que antes.
Obviamente, estou vestido de uma maneira muito diferente de como normalmente me
vestiria para andar pelas ruas de Cabul", explicou.
Pelo
Twitter, a jornalista explicou que sempre usou um lenço na cabeça pelas ruas de
Cabul, porém antes não cobria o cabelo por completo e não usava
a abaya, que é um longo manto preto, parecido com um vestido, usado por
mulheres muçulmanas.
Pelas
redes sociais, Clarissa compartilhou uma foto ao lado de membros do Talibã.
"Nas ruas de Cabul hoje - sinto que estamos testemunhando a
história", escreveu.
Em
uma transmissão neste domingo, Clarissa Ward disse que estava tentando contato
com o Talibã para garantir os seus direitos como jornalista. "Estamos
Muitos
jornalistas já deixaram o país. O Talibã tem um histórico de repressão a
imprensa. Ao longo dos anos, entre as vítimas do grupo extremista estão o
radialista sueco Nils Horner, a repórter canadense Michelle Lang e dois
fotógrafos vencedores do prêmio Pulitzer, a alemã Anja Niedringhaus e o indiano
Danish Siddiqui.
TOMADA DE CABUL
No
domingo (15/8), o palácio presidencial foi tomado pelo Talibã após
o presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, deixar o país. O grupo volta ao
poder 20 anos depois de terem sido tirados do poder pelos Estados Unidos após o
atentado de 11 de setembro.
O
grupo, que existe há mais de 30 anos, tem como objetivo impor uma lei islâmica
no país. Entre 1996 e 2001, quando eles estavam no poder, as mulheres não
podiam trabalhar, nem estudar, e era obrigatório o uso da burca. A vestimenta
só deixa os olhos de fora.
EUA e Talibã assinam acordo, e tropas americanas e da
Otan sairão do Afeganistão em 14 meses
Conflito entre americanos e Talibã no território afegão já dura
mais de 18 anos.
Abdul
Ghani Baradar, líder da delegação do Talibã, e Zalmay Khalilzad, enviado dos
EUA para a paz no Afeganistão, se cumprimentam depois de assinar acordo em
Doha, no Catar, neste sábado (29).
Os Estados Unidos e o Talibã assinaram
neste sábado (29) em Doha, no Catar, um acordo que prevê a retirada completa,
em 14 meses, das tropas americanas e da Otan do
território do Afeganistão. Os EUA e o grupo islâmico estão em
guerra, dentro do território afegão, desde 2001. 0:00/01:37
EUA
e grupo extremista Talibã assinam acordo de paz histórico
A
retirada das tropas americanas do Afeganistão depende do cumprimento, pelo
Talibã, de compromissos previstos no acordo. O líder da delegação do grupo,
Abdul Ghani Baradar, declarou que o grupo está comprometido com o pacto firmado
com os americanos.
Além
da retirada das tropas, outros termos do acordo são, de acordo com a Reuters e
a BBC:
Os EUA e a coalizão se comprometem a retirar, nos próximos quatro meses e
meio (135 dias), soldados de 5 bases militares. Isso reduziria a força
americana no Afeganistão de 13 mil para 8,6 mil soldados.
Os
EUA também prometem trabalhar "com todos os lados relevantes"
para libertar prisioneiros políticos e de combate.
Inicialmente,
a Reuters informou que, até 10 de março, os americanos e o governo do
Afeganistão iriam libertar até 5 mil prisioneiros, e o Talibã, até mil,
mas, depois, a agência informou que o conselheiro nacional de segurança
afegão, Hamdullah Mohib, declarou que o governo do país não fez esse
comprometimento.
Os
EUA planejam retirar sanções de membros do Talibã até agosto.
O Talibã,
por sua vez, concordou em não permitir que a Al-Qaeda ou qualquer outro grupo
extremista opere em áreas controladas por ele.
Enfrento a pandemia em Estado de Graça por ter
chegado aos 60 anos de casamento, Bodas de Diamante, eu com quase 85 anos e ela
com 82, uma bênção ter ao lado Maria do Carmo, Lila, uma esposa extraordinária.
Temos dois casais de filhos, quatro netos e três netas, duas noras e dois
genros, não posso me queixar da vida,
As maiores vítimas dessa pandemia são os idosos, os
pequenos e os jovens à espera da vacina.
Tarcísio Meira, com quase a minha idade e outros, se
vão...
Os noticiários da noite trazem a estatística de morte
do dia. Com um desequilibrado mental na presidência, o Brasil chega a 568 mil mortes.
E no mundo 4,35 mil perderam a vida até 13/8/21. São números
assustadores. E muitos que se recuperam ficaram com sequelas terríveis.
Mas a ansiedade é própria para quem já está no
crepúsculo da vida, quando queremos que tudo se resolva enquanto ainda estamos
vivos. “Quem de jovem não morre, de velho não
escapa”
A respeito, diz a cunhada Beatriz Carneiro, esposa de
meu irmão Getúlio: “concordo plenamente com você e digo mais, quem não gostar
de idoso terá que morrer jovem para não chegar a essa realidade que é certa.
Tenho certas teorias que adquiri na minha infância e
que por mais que alguém ache arcaica e vencida, eu continuo me fortalecendo
nesse princípio e sem culpa ou vergonha, passo esses ensinamentos para meu
filho.
Aprendi com meus pais e familiares que o idoso deve
ser ouvido, respeitado e conversado com muito cuidado para não ferir suas ideias
e conhecimentos. Nunca ser gritado para lhe dizer que não concorda. Precisa
paciência para que esse idoso continue sua caminhada com orgulho de continuar
vivendo.
Mas se um idoso foi desrespeitado na sua maneira de
ver a vida, não se deprima, existe a lei do retorno porque ela é certa.
O idoso é um livro aberto, de conhecimento e
sabedoria, mesmo aquele que nunca frequentou uma escola de primeiro grau. Perde
quem se acha o máximo e não aprende com ele. Gratidão por sua nobre visão.”
'Triste
espetáculo de subserviência e anacronismo', diz general sobre micareta militar
Crítico
do governo Bolsonaro, Francisco Mamede de Brito Filho disse que comandantes
militares foram convertidos em 'artistas de circo' de forma 'ultrajante'
O
general da reserva Francisco Mamede de Brito Filho —que chegou a ser chefe de gabinete do Inep
no governo Jair Bolsonaro e, hoje, é severo crítico do presidente— não usou
meios-termos para descrever a patética micareta militar desta terça-feira, 10.
Imagens de
tanques na Esplanada devem ter forte representação política e histórica
No dia em que a Câmara votará em plenário a PEC do
voto impresso, um comboio de blindados militares passará pelo Congresso e
seguirá para a Praça dos Três Poderes. Iniciativa inédita é vista no
Legislativo como uma tentativa de intimidação
No dia em que a Câmara votará a
proposta de emenda à Constituição (PEC) do voto impresso — amplamente defendido
pelo governo —, um comboio de blindados militares passará pelo
Congresso a caminho do Palácio do Planalto. As tropas integram a
Operação Formosa, realizada todos os anos pela Marinha, mas que nunca incluiu a
Praça dos Três Poderes no trajeto até a cidade goiana.
No anúncio sobre a passagem pela
Esplanada dos Ministérios, a Marinha justificou que a intenção é entregar
convite ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro da Defesa, Braga Netto, para
participarem da cerimônia de abertura do evento no Entorno do DF, marcada para
o próximo dia 16.
No Judiciário e no Congresso, a ação é
vista como uma tentativa de pressionar os deputados, tendo em vista o cenário
de forte rejeição à PEC. Prevendo derrota na Câmara, o governo estaria fazendo
uma demonstração de suposta lealdade política das Forças Armadas à escalada
autoritária de Bolsonaro.
Com 2.500 militares envolvidos na
Operação Formosa, os blindados partiram do Rio de Janeiro, e a expectativa é de
que o comboio chegue ao centro de Brasília por volta das 8h. A ação causou
surpresa até mesmo a integrantes do alto escalão do Exército, que dizem não
terem sido informados com antecedência do evento. Fontes militares consultadas
pelo Correio, sob a condição de anonimato, afirmam que a ordem para seguir até
o Planalto, passando em frente ao Supremo
Tribunal Federal (STF) e ao Congresso, partiu do Ministério da Defesa.
Ameaça
A presença de blindados no centro do poder é mais um capítulo em torno de
polêmicas provocadas pelo alinhamento de militares com o governo. As imagens da
Esplanada com tanques devem ter forte representação política e histórica. A
cena é incomum e preocupa o Legislativo.
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) chamou
o desfile de intimidação e disse que se trata de ação inconstitucional.
“Tanques na rua, exatamente no dia da votação da PEC do voto impresso, passou
do simbolismo à intimidação real, clara, indevida, inconstitucional. Se
acontecer, só cabe à Câmara dos Deputados rejeitar a PEC, em resposta clara e
objetiva de que vivemos numa democracia e que assim permaneceremos”, declarou.
Já o senador Randolfe Rodrigues
(Rede-AP) vê ensaio de golpe. “Colocar tanques na rua não é demonstração de
força e, sim, de covardia. Os tanques não são seus, pertencem à nação. Quer
tentar golpe, senhor Jair Bolsonaro? É o crime que falta para lhe colocarmos na
cadeia”, frisou.
Por sua vez, o senador Alessandro
Vieira (Cidadania-SE) questionou os gastos de verba pública envolvidos no
desfile, que foi avisado com um dia de antecedência. “Pedi à Justiça que impeça
o gasto de recursos públicos em uma exibição vazia de poderio militar. As
Forças Armadas, instituições de Estado, não precisam disso. Os brasileiros,
sofrendo com as consequências da pandemia, também não. O Brasil não é um
brinquedo na mão de lunáticos”, destacou pelas redes sociais.
Vieira protocolou a ação popular na Justiça Federal da 1ª Região.
A deputada Tabata Amaral (sem
partido-SP) também é signatária do processo. “Está claro que Bolsonaro quer
intimidar o Congresso na sessão que vai decidir sobre o voto impresso. É
inadmissível esse comportamento do presidente”, escreveu a parlamentar nas
redes sociais.
Opinião semelhante foi expressada pela deputada
Perpétua Almeida (PCdoB-AC). “Há homens fracos e frouxos que usam da força para
mostrar poder. Bolsonaro é desses. Em baixa nas pesquisas, traz veículos de
artilharia e combate, usados em treinamentos militares, para a Esplanada.
Mais uma vez, usa as instituições militares para
impulsionar seu projeto anarquista de poder”, escreveu nas redes sociais. “É um
necessário exercício da Marinha, mas que Bolsonaro transforma num espetáculo
político, quando o traz pra Esplanada, com a clara intenção de aumentar
especulações. Bolsonaro vive de especulações e sobrevive de tensões políticas.”