domingo, 20 de dezembro de 2020

PRESIDENCIALISMO DE COALIZÃO

NUM LIVRO publicado em 1988, o cientista político Sérgio Abranches criou uma expressão que sintetiza perfeitamente as relações entre os poderes brasileiros e a capacidade do governo em promover mudanças no país. O título do trabalho: “Presidencialismo de coalizão”. Em poucas palavras, é a necessidade que o presidente da República tem de formar uma maioria no Congresso para aprovar projetos de seu interesse. Pelas regras do sistema político nacional, a construção dessa base parlamentar é determinante para o sucesso de uma gestão. Quando eleito, o presidente Jair Bolsonaro decidiu romper com essa prática e tentou impor ao Parlamento, passando por cima de partidos e lideranças, suas vontades. Com esse equívoco, o governo perdeu o timing mais precioso para conduzir a agenda necessária ao desenvolvimento do país: o início da administração, aquele momento histórico em que o governo sai mais forte das urnas. Com exceção da reforma da Previdência, em que deputados e senadores demonstraram total cooperação, pouco foi feito nessa direção.


Abre-se agora a segunda janela de oportunidade para que o processo seja retomado. As disputas pelas presidências da Câmara e do Senado representam, nesse caminho, um instante decisivo. 
Como comentado neste mesmo espaço na semana passada, ter aliados no comando dessas Casas ajudará e muito a destravar os planos do ministro Paulo Guedes. Mas, como nada é tão fácil na política nacional, um fantasma surge no horizonte. Ainda que seja bem-sucedida a operação para eleger colaboradores no Congresso, seria crucial que o presidente se dedicasse ao que é prioritário para o país neste momento, e não permanecesse ao lado daquilo que só causa confusão. Em entrevista na Páginas Amarelas desta edição, o ministro Fábio Faria, importante articulador do governo, defende, por exemplo, a implementação de uma agenda conservadora, com projetos sobre homeschooling (em que os pais dão aulas em casa para as crianças) e a redução da maioridade penal. Sem entrar no mérito de tais iniciativas, é possível dizer, logo de cara, que essas não são as prioridades para um ano tão complicado como o de 2021.

Como relata o ministro Paulo Guedes, em entrevista exclusiva, o Brasil precisa romper de vez os voos de galinha de sua economia, impulsionados por eventos cíclicos, para cimentarmos as reformas estruturantes que farão o país virar “a superfronteira do investimento” mundial. O próprio Jair Bolsonaro parece não entender que esse caminho será um divisor de águas. Recentemente, na Ceagesp, numa aglomeração absolutamente reprovável do ponto de vista da pandemia, o presidente ainda cometeu outro deslize: soltou uma declaração contrária à privatização do órgão, apenas para agradar à massa presente. A privatização de empresas públicas é parte obrigatória da pauta deste governo, além do respeito ao teto fiscal, do pacto federativo, da reforma administrativa e de outros pontos que farão a economia deslanchar no ano que vem.

É preciso, de uma vez por todas, que Bolsonaro ajuste a sua atenção para esses temas. Se perder tempo com brigas ideológicas, para agradar a seguidores no Twitter, vai desperdiçar seu capital político e entrar em 2022 muito mais enfraquecido do que imagina. Sobre isso, o marqueteiro de Bill Clinton, James Carville, cunhou uma frase definitiva para explicar a vitória de seu candidato sobre o republicano George Bush, em 1992: “It’s the economy, stupid!”. O recado, dado ao presidente americano há duas décadas, ainda ecoa como uma advertência extremamente pertinente nos dias de hoje.
Mauricio Lima, Diretor de Redação de Veja https://mail.google.com/mail/u/0/#inbox/FMfcgxwKjxBlPrXSRRJNGXkVgSdZXXNr

sábado, 19 de dezembro de 2020

IDOSOS COM ATÉ 104 ANOS VENCEM A COVID-19

"Meu lugar é no céu, mas Deus pode esperar", diz mulher de 104 anos que se curou da Covid-19         "Milagre", diz neta após avô de 104 anos vencer o Coronavírus

 Enquanto isso uma nadadora de 14 anos morre em decorrência da Covid-19. Mariana Franklin Ferreira Silva, era de Presidente Prudente/ SP https://tribunaonline.com.br/nadadora-de-14-anos-morre-em-decorrencia-da-covid-19

5 de ago. de 2020 — Idoso de 104 anos vence a Covid-19 após 15 dias internado em hospital ... O idoso é portador de Alzheimer, o que tornou a recuperação mais delicada


https://www.google.com/search?q=es%2C+idosa+de+104+anos+pega+covid+e+se+salva&oq=&aqs=chrome.0.35i39i362l8...8.242926220j0j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8

18/12/2020 · Com 104 anos, idosa de Alfredo Chaves recebe alta após vencer a Covid-19 Dona Angelina Tavares da Silva foi internada no dia 9 de dezembro e já fazia tratamento contra um câncer de pulmão

Mulher de 104 anos se recupera da covid-19 na Espanha - R7

noticias.r7.com 14/12/20

 5 dias atrás — Idosa se recuperou de pneumonia causada pela covid-19. Freepik. Uma paciente espanhola de 104 anos, chamada Elena, teve alta após ficar internada ... O Gregorio Marañón é um dos grandes hospitais públicos de Madrid e está entre os 

Coronavírus: chinesa de 103 anos é a pessoa mais velha a se ...

noticias.uol.com.br 11/03/20

 

11 de mar. de 2020 — Chinesa de 103 anos é a pessoa mais velha a se curar do coronavírus. Pacientes deixam hospitais temporários em Wuhan, da China - Xinhua/ ...

Idosa com 104 anos recebe alta hospitalar após ficar quase ...

g1.globo.com 

 

15 de set. de 2020 — Idosa com quase 105 anos de idade é curada da Covid-19 e recebe alta. Assista ao ... Uma idosa de 104 anos recebeu alta do Hospital de Ilhéus, sul da Bahia, nesta terça-feira (15), após se recuperar da Covid-19. A saída ...

Uma mulher de 103 anos sobrevive ao coronavírus no Irã ...

saude.estadao.com.br 

 

18 de mar. de 2020 — idosa é a segunda paciente de idade muito avançada que contrai a covid-19 e se recupera no Irã.

"Meu lugar é no céu, mas Deus pode esperar", diz mulher que .

www.youtube.com 

 

"Meu lugar é no céu, mas Deus pode esperar", diz mulher que ficou 70 dias internada com Covid. Tribuna Online ... Baleia encalha em Meaípe e moradores se mobilizam para salvar animal. Tribuna ... Idoso de 104 anos recebe alta após se curar da Covid-19.

 

 

 

 

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

COMO ESCREVER E APROVR PROJETOS DE PESQUISA?

 

Teodiano Bastos Filho em evento promovido por Larissa Bastos Paulino e Lucas Fadini Favarato  Veja o link: https://www.youtube.com/watch?v=AM274DRK7K0

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

TERMO DE RESPONSABILIDADE PARA TOMAR VACINA E DIZ QUE NÃO TOMARÁ A VACINA

Bolsonaro quer exigir termo de responsabilidade de quem tomar vacina

Objetivo da medida, que não foi adotada em nenhum país, é isentar União de responsabilidade caso haja efeitos colaterais. Especialistas criticam exigência e dizem que governo está alimentando desconfiança.

A ideia foi sugerida pelo presidente Jair Bolsonaro na segunda-feira. O objetivo é isentar a União de responsabilidades por eventuais efeitos colaterais. A medida valeria para todos os imunizantes registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), tanto em caráter emergencial quanto em definitivo.

A medida gerou espanto entre epidemiologistas e outros especialistas em vacinas. Alguns acusaram Bolsonaro de desacreditar a vacinação.

Nada similar foi adotado por países que já começaram a imunização contra a covid-19. Segundo o site G1, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já adiantaram que qualquer iniciativa nesse sentido deve ser barrada.

Segundo Zuliani, a ideia foi resultado do contrato de compra de vacinas que a empresa Pfizer ofereceu ao governo. Segundo ele, os termos eximem o laboratório de responsabilidade. Dessa forma, o governo quer repassar essa responsabilidade para os pacientes que tomarem a vacina. No entanto, os países que já começaram a aplicar a vacina da Pfizer em massa, como os Estados Unidos e Reino Unido, não estão exigindo nada parecido de suas populações.

BOLSONARO NÃO TOMARÁ A VACINA CONTRA A COVID-19

Bolsonaro diz que não tomará vacina contra covid-19: “E ponto final”

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta 3ª feira (15.dez.2020) que não irá se vacinar contra covid-19. “Eu não posso falar como cidadão uma coisa e como presidente outra. Mas como sempre eu nunca fugi da verdade, eu te digo: eu não vou tomar vacina. E ponto final. Se alguém acha que a minha vida está em risco, o problema é meu. E ponto final”, disse o chefe do Executivo.

Fontes: https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,bolsonaro-diz-que-nao-vai-tomar-vacina-contra-covid,70003552928

https://www.poder360.com.br/governo/bolsonaro-diz-que-nao-tomara-vacina-contra-covid-19-e-ponto-final/

BOLSONARO FOI O PENÚLTIMO CHEFE DE ESTADO A RECONHECER BIDEN

ATÉ 15/12/20 SOMENTE O DITADOR DA COREIA DO NORTE KIM JORG-UN E JAIR MESSIAS BOLSONARO eram os únicos chefes de estado a não reconhecerem Joe Biden (Joseph Robinette "Joe" Biden Jr.) como presidente eleito dos Estados Unidos o segundo maior parceiro comercial do Brasil. 

 

 

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

RUBENS PONTES: 98 ANOS, LÚCIDO E PRODUTIVO E COM BOA SAÚDE

Tenho a honra de ser amigo de Rubens Silva Pontes e muito bebi na sua fonte de sabedoria, com o qual convivi por longos anos no balneário de Manguinhos, Serra/ES, hoje morando em Capim Branco na Grande Belo Horizonte. 

Autor do livro PASSOS SALTOS E QUEDAS, advogado e jornalista, ex-superintendente da Rede Globo em Minas Gerais, e também superintendente dos Diários e Rádios Associados de Assis Chateaubriand, ex-presidente da TV Cultura. Foi assessor do governador Magalhães Pinto durante o Golpe Militar de 1964, entre outros cargos.   

Rubens Pontes

Tempo é um negocio meio relativo e até um roqueiro como Raul Seixas confirma: nunca é tarde para começar tudo de novo. Agradeço as confortadoras mensagens e digo a cada um que as escreveram: somos, eu e vocês, ao final de cada ciclo de vida, o resultado dos livros que lemos, das viagens que fazemos e dos vinhos que bebemos (meio plágio de autor que me penitencio por não me lembrar do nome). E principalmente das pessoas que amamos.

 

 

 

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

O ROMBO DAS ESTATAIS

 O tamanho do rombo

Quando bem executada, a privatização gera mais empregos, mais investimentos e impostos para o Tesouro; a turma do atraso, no entanto, tem vencido

Devido à urgência e necessidade, um dos pontos cruciais do programa econômico desenhado pelo ministro Paulo Guedes foi a privatização das empresas estatais. Assim que assumiu, Guedes prometeu encarar de forma prioritária o problema, estipulando prazos e entregando a tarefa a um nome respeitado da iniciativa privada, o empresário Salim Mattar. Lamentavelmente, em agosto, o fundador da Localiza deixou o governo, sem evoluir em suas atribuições — o que está longe de ser um sinal de incompetência. Realizar um amplo programa de privatização no Brasil é uma tarefa árdua, que enfrenta manobras protelatórias de toda espécie por confrontar uma vasta rede de apadrinhamentos políticos e fileiras cerradas de setores do governo movidos pelo corporativismo. Até agora, infelizmente, a turma do atraso — que atrapalha o desenvolvimento do país — tem vencido.

A reportagem que começa na página 48 desta edição traz um levantamento inédito a partir de um documento produzido pelo Ministério da Economia, elaborado para calcular o peso das estatais nos cofres da União.

Nos últimos cinco anos, essas empresas custaram ao governo federal nada menos que 71 bilhões de reais em aportes diretos. E não foi só isso. Apenas com os pagamentos de salários foram consumidos outros 101 bilhões de reais. Detalhe: parte significativa do universo estudado, dezenove das 46 empresas, opera no vermelho, com prejuízo acumulado de 22 bilhões de reais. A lista das deficitárias é encabeçada por Infraero (prejuízo de 6,4 bilhões de reais), seguida por Valec (4,5 bilhões de reais) e Codevasf (3,8 bilhões de reais).

Não por acaso, a questão das estatais é um dos nove obstáculos ao crescimento econômico do Brasil, como mostrou a reportagem de capa de VEJA da semana passada.

O passado recente é pródigo em exemplos de como a transferência de empresas públicas para a iniciativa privada pode ser positiva. Até o fim dos anos 1990, o setor de telefonia brasileiro era sinônimo de ineficiência, com sua cobertura limitada, cara e de péssima qualidade. Hoje, o país tem 230 milhões de smartphones ativos (mais de um por habitante), expansão conduzida por empresas privadas. A Vale, vendida em 1997, teve um brutal crescimento em termos de produção e lucros, transformando-se numa das maiores mineradoras do mundo. A empresa, que tinha 15000 funcionários, hoje gera 73000 empregos. A Embraer passou por situação semelhante, desde 1994. Livre das amarras do governo, a empresa se tornou uma das três grandes fabricantes de aeronaves comerciais do planeta, atrás de Airbus e Boeing. Os três casos são a prova de que a privatização, quando bem executada, gera mais empregos, mais investimentos e impostos para o Tesouro. Por outro lado, a equivocada manutenção dessas companhias sob o controle do governo só interessa a políticos corruptos e a servidores desejosos de manter privilégios. Já passou da hora de o país corrigir essa excrescência.                https://veja.abril.com.br/revista-veja/carta-ao-leitor-o-tamanho-do-rombo/ Publicado em VEJA de 9/12/20 edição nº 2716