Bolsonaro quer exigir termo de responsabilidade de quem tomar vacina
Objetivo da medida, que não foi adotada em nenhum país, é isentar
União de responsabilidade caso haja efeitos colaterais. Especialistas criticam
exigência e dizem que governo está alimentando desconfiança.
A ideia foi sugerida pelo presidente Jair Bolsonaro na segunda-feira. O objetivo é isentar a União de responsabilidades por eventuais efeitos colaterais. A medida valeria para todos os imunizantes registrados na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), tanto em caráter emergencial quanto em definitivo.
A
medida gerou espanto entre epidemiologistas e outros especialistas em vacinas.
Alguns acusaram Bolsonaro de desacreditar a vacinação.
Nada
similar foi adotado por países que já começaram a imunização contra a covid-19.
Segundo o site G1, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) já adiantaram
que qualquer iniciativa nesse sentido deve ser barrada.
Segundo
Zuliani, a ideia foi resultado do contrato de compra de vacinas que a empresa
Pfizer ofereceu ao governo. Segundo ele, os termos eximem o laboratório de
responsabilidade. Dessa forma, o governo quer repassar essa responsabilidade
para os pacientes que tomarem a vacina. No entanto, os países que já começaram
a aplicar a vacina da Pfizer em massa, como os Estados Unidos e Reino Unido, não estão
exigindo nada parecido de suas populações.
BOLSONARO NÃO TOMARÁ A VACINA CONTRA A COVID-19
Bolsonaro
diz que não tomará vacina contra covid-19: “E ponto final”
O presidente
Jair Bolsonaro disse nesta 3ª feira (15.dez.2020) que não irá se vacinar contra
covid-19. “Eu não posso falar como cidadão uma coisa e como presidente
outra. Mas como sempre eu nunca fugi da verdade, eu te digo: eu não vou tomar
vacina. E ponto final. Se alguém acha que a minha vida está em risco, o problema
é meu. E ponto final”, disse o chefe do Executivo.