Por Theodiano
Bastos
Com a pandemia, o idoso passou a ser um
estorvo ainda maior.
Como Ignácio de Loyola Brandão, escritor e imortal da Academia Brasileira de Letras, Nascido em
Araraquara (SP), autor de contos, crônicas, livros infanto-juvenis e romances.
Vencedor de prêmios como Jabuti, Biblioteca Nacional e Machado de Assis. também
tenho 83 anos. Em um de seus livros diz que os idosos
estão autorizados a optarem por uma 'autoeutanásia', para que não
sobrecarreguem as famílias.
Com o coronavírus,
os idosos são um grupo de risco. No livro, largam eles para que
morram, se jogam de uma montanha. Nós, idosos, estamos sendo jogados do alto
das montanhas. Não poderiam sair, mas estão autorizando a sair na rua, que se
trabalhe. Está autorizada a eutanásia no país. Meu livro não é o futuro, é o
agora. Fico feliz e infeliz de constatar isso. Fiquei muito triste.
Tenho 83 anos, nunca
vi um presidente assim, tosco, sem cultura, analfabeto, autoritário, um
soldadinho de chumbo que está lá, continua Ignácio de Loyola Brandão.
A vida normalizara-se naquela anormalidade'. O senhor abre o
livro com essa frase de Euclides da Cunha, em 'Os Sertões'. Por quê? No momento em que a normalidade é o normal, com os índices de
feminicídios, as milícias que comandam o Rio de Janeiro e as facções, isso não
é o normal. Isso é uma anormalidade dentro do cotidiano.
A gente vive uma
situação de medo, de sobressalto, de pânico.
Somos governados pelo
gabinete do ódio, que exalta a tortura
Um presidente que constrange
o ministro dele, da Saúde, o único que estava fazendo alguma coisa, mas teve
que alinhar ao lado dos absurdos dele. Faltam leitos, exames e se estourar, vai ser um sufoco.
Não é o momento de
tentar impeachment, mas por meios legais [contê-lo]. Há uma história de provar
a insanidade mental [do presidente], outros dizem que a insanidade é toda planejada.
Mas também se disse que o Hitler era insano e não era, era tudo realidade.
'Depois de sucessivos impeachments, a classe Astuta
[políticos] e parte da população tomaram gosto e passaram a apoiar um
impeachment atrás do outro. Para os parlamentares, foi um alto negócio. A cada
pedido de impeachment, o presidente acuado passava a comprar os votos,
disfarçados em emendas necessárias ao desenvolvimento da nação.' Assim como no
livro, o senhor acha que teremos mais um impeachment? Não tem muita condição. Tem os motivos, mas não tem um Congresso
preparado. Tem um grupo, que vem diminuindo, que apoia [Bolsonaro]. Se um
impeachment é posto em votação e não se realiza, aí teremos a instalação de uma
ditadura fascista. Ele vai aproveitar e dá o golpe, responde Loyola.
José Simão: Páscoa! Ovo em cloroquina!
Bolsonaro
tá comprando chocolate em barra porque a Terra é plana
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“Presidente da Câmara de Guanambi diz que o coronavírus é um inseto que vem de
outro planeta.” Discos voadores desceram em Wuhan e um chinês comeu um ET! Um
verdinho de olho arregalado!
“Nós sofre, mas nós goza.
Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno!”