quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

2012, BRASIL CAMPEÃO MUNDIAL DE HOMICÍDIOS



BRASIL: 64,3 MIL HOMICÍDIOS EM 2012, DIZ A OMS

O Brasil tem o maior número absoluto de homicídio do mundo e, de cada cem pessoas que são assassinadas por ano no planeta, cerca de 13 são registrados no País. Os dados fazem parte do primeiro levantamento realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a violência e que revela a dimensão do problema em todos os continentes.
Segundo a OMS, o total de homicídios no mundo chega a 475 mil. Em números absolutos, o Brasil é o líder no ranking, com uma estimativa de 64,3 mil homicídios em 2012.
O País é seguido por 52 mil homicídios na Índia, 26 mil no México, 20 mil na Colômbia, 18 mil na Rússia e na África do Sul e 17 mil na Venezuela e nos Estados Unidos.
Os números da OMS, porém, são bem superiores ao que o governo brasileiro forneceu à entidade, com respeito a 2012. Segundo os valores oficiais, foram 47,1 mil homicídios naquele ano, com uma taxa de 24,3 incidentes para cada cem mil pessoas.
Mas a entidade decidiu realizar um "ajuste", considerando a qualidade dos números fornecidos pelo Brasil. A OMS considerou que os números fornecidos pelo Ministério da Saúde teriam de ser incrementado em cerca de 18% para estar no mesmo nível dos registros da polícia brasileira. Para completar, a entidade estimou que outros 17% de elevação teriam de ocorrer para cobrir o número de homicídios não registrados.
Proporção
Levando em consideração a dimensão do Brasil e de sua população, o País não ocupa a liderança. Mas, ainda assim, está entre os dez locais mais perigosos do mundo.
A taxa de 32 mortos para cada 100 mil pessoas é mais de cinco vezes superior à média mundial, de pouco mais de 6 homicídios para cada cem mil pessoas.
Considerando esse critério, o local com maior taxa de homicídio do mundo é Honduras, com 103,9 incidentes a cada 100 mil pessoas. O segundo lugar é a Venezuela, com 57 casos, contra 45 na Jamaica e 43,9 incidentes na Colômbia e em El Salvador.
Em todo o mundo, a OMS aponta para uma queda de 16% no número de homicídios entre 2000 e 2012. Mas, ainda assim, ele correspondente ainda ao terceiro maior fator para mortes de homens entre 15 e 44 anos.
Para a OMS, uma ação imediata precisa ser tomada e alerta que a violência é ainda generalizada, mesmo quando não há um homicídio. Uma de cada quatro crianças é fisicamente abusada, 20% das meninas foram violadas sexualmente e um terço das mulheres no mundo foi alvo de violência de seus parceiros.
Na avaliação da entidade, poucos países de fato implementam programas para coibir a violência. Apenas um terço dos 133 países avaliados implementa iniciativas dessa ordem. Apenas metade faz vigorar de fato leis contra a violência. 50% dos governos avaliados têm serviços para dar


segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

LULA, O BARÃO DAS ZELITES




“LULA, O BARÃO DAS ZELITES” 
 
Em texto veiculado no seu blog, o ex-deputado Roberto Jefferson, mensaleiro condenado do PTB, reagiu com ironia à notícia do repórter Germano Oliveira sobre o novo imóvel de Lula, uma cobertura de três pavimentos à beira-mar. Sob o título 'Lula, o barão das zelites', o delator do mensalão resumiu assim a novidade:
“…A Bancoop, cooperativa que deixou milhares de pessoas na mão devido às fraudes de seu diretor, o tesoureiro do PT João Vaccari (investigado na Lava Jato por atuar na quadrilha do petrolão), está entregando o triplex de Lula. A obra, fiscalizada por Lulinha, fica em área nobre do Guarujá e foi tocada pela OAS (envolvida nos escândalos da Petrobras). Então quer dizer que Lula, paladino dos pobres, recebeu triplex da Bancoop de Vaccari, reformado pela OAS, onde as elites paulistanas passam férias? É a própria ‘piada pronta’.”
O imóvel de veraneio de Lula fica na Praia das Astúrias, reduto da elite paulista no Guarujá, no litoral Sul de São Paulo. Mede 297 m². As chaves foram entregues em dezembro de 2013. Mas só na semana passada foi concluída a reforma que ajustou o apartamento ao gosto da família Silva. Antes unidos apenas por uma escada interna, os três andares foram atravessados por um elevador. O piso ganhou revestimento de porcelanato. E a cobertura foi equipada com um ‘espaço gourmet’, ao lado da piscina.
Lula adquirira o imóvel em 2006, ainda na planta, da Bancoop, a Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo. Até 2010, a entidade era presidida pelo atual tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Que figura como réu em ação penal na qual o Ministério Público o acusa de ter praticado, junto com outros ex-diretores, os crimes de estelionato, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Ainda pendente de julgamento, a ação aponta o desvio de verbas da cooperativa para o PT e para dirigentes petistas.
A Bancoop deu o calote em mais de 3 mil famílias, deixando de entregar os apartamentos que comercializara. Para conseguir terminar alguns dos seus empreendimentos, a cooperativa contratou a empreiteira OAS. Foi o caso do Edifício Solaris, onde fica o apartamento de Lula. Na campanha presidencial de 2006, Lula incluiu o triplex do Guarujá na declaração de bens à Justiça Eleitoral. Informou que, até aquele ano, pagara R$ 47,7 mil.
Para terminar a obra, a OAS cobrou de cada morador do prédio de Lula um adicional de R$ 120 mil. Hoje, o imóvel do ex-presidente está avaliado no mercado em cifras que variam entre R$ 1,5 milhão e R$ 1,8 milhão. É coisa para o bolso de um tipo de elite que Lula costuma praguejar em todos os seus discursos.
Fonte: http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/08/12/14

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

BRASIL: CLEPTOCRACIA NO PODER



CLEPTOCRACIA NO PODER, diz Gilmar Mendes, ministro do STF
Petrolão: 'Os fatos são chocantes. Há uma cleptocracia instalada', diz Gilmar Mendes
O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes conversou exclusivamente com Joice Hasselmann sobre os sucessivos escândalos na maior empresa estatal do país. Avaliou as credenciais de possíveis novos indicados de Dilma Rousseff para a Corte e analisou que, ao final do mandato da presidente, ele será o único membro que não foi escolhido por um governo petista. Fonte: http://veja.abril.com.br/multimidia/ (02/12/14)



‘O crime parece que compensa’, discursa Jarbas

Jarbas Vascocelos (PMDB-PE) subiu à tribuna para se despedir do Senado. A partir de fevereiro, ele dará expediente na Câmara. Já havia sido deputado federal em duas ocasiões, na década de 70 e na de 80. Conforme recordou, no primeiro ciclo guerreou contra a ditadura. No segundo, pegou em lanças pelo restabelecimento da democracia.
No novo mandato, Jarbas disse que molhará a camisa “para impedir que o Brasil perca as conquistas dos últimos 30 anos”. Como assim? “Estarei na defesa da estabilidade econômica, pressuposto fundamental para combater a miséria e tirar da pobreza os milhões de brasileiros e brasileiras que ainda estão de fora do processo produtivo.”
De resto, Jarbas leva para a Câmara um sonho que mencionou no discurso de posse do Senado, em 2007. O sonho de participar da aprovação de uma reforma política digna do nome. Tomado pelas palavras, o quase ex-senador convive com a conversão do sonho no pesadelo da “degradação da política no Brasil.”
“Os escândalos de corrupção se multiplicaram, passando a fazer parte da paisagem cotidiana”, discursou Jarbas. “A fragmentação partidária atingiu números alarmantes e, em que pese as punições do STF aos artífices do ‘mensalão’, o crime parece que realmente compensa.”
Fonte: Blog do Josias http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/ (02/12/14)
 

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

MÉXICO E BRASIL, SEMELHANÇAS POLÍTICAS



MÉXICO DO PRI E O BRASIL DO PT, SEMELHANÇAS   
O Brasil precisa olhar com atenção o que acontece com o México, e estudar a história do Partido Revolucionário Institucional (PRI) que montou no México a “Ditadura Perfeita” e governou aquele país por 71 anos.

O PT não conseguirá esse feito apesar de muitas semelhanças, como o controle da máquina pública, do sistema baseado na corrupção, etc mas devemos ficar atentos.

O Partido Revolucionário Institucional (PRI) teve o poder hegemônico sobre este país entre 1929 até 2000.
As eleições presidenciais que ocorreram no México em 02/06/12 marcaram o fim da hegemonia política do PRI, que controlou a vida política do país nos últimos 71 anos, através do controle da máquina pública e de um sistema baseado na corrupção, formando a "Ditadura Perfeita" termo usado pelo fato de o partido oficial ter-se sustentado no poder sem golpes, preservando as eleições e o pluripartidarismo”.
A “Ditadura perfeita” do PRI só derrotada em 2000 quando   foi derrotada por Vicente Fox, candidato do Partido Ação Nacional (PAN), legenda que governou o México por 12 anos. Consolidando a alternância do poder, o PRI retornou ao poder  com a eleição de Enrique Peña Nieto, de 46 anos, para o período de 2012 a 2018.
“Essas eleições, como quase todas na recente história eleitoral do país, não estiveram isentas de irregularidades. Nessa votação, Peña Nieto, o candidato eleito pelo PRI, obteve 19.158.592 votos, muito à frente do candidato da esquerda, Andrés Manuel López Obrador, que recebeu 15.848.827. Peña Nieto conseguiu assim 38,21% dos votos, contra 31,61% de López Obrador e 25,39% de Josefina Vázquez Mota, candidata do Partido Ação Nacional (PAN), a legenda que governou o México nos últimos 12 anos. "O cidadão Enrique Peña Nieto é o presidente eleito dos Estados Unidos Mexicanos para o período de 1º de dezembro de 2012 a 30 de novembro de 2018", sentenciou o principal tribunal eleitoral ao validar a eleição no último dia 31 de agosto. Encerrou-se assim a revisão de 365 pedidos de julgamento de insatisfação apresentados em sua maioria pela coalizão esquerdista de López Obrador em 296 dos 300 distritos eleitorais, e uma geral para tentar anular a eleição presidencial. A esquerda se amparou na Constituição ao alegar que a compra em massa de votos que denunciou manchava o princípio de autenticidade das eleições e, além disso, pediu a anulação da candidatura de Peña Nieto por ter supostamente excedido o máximo permitido para despesas de campanha,  comentou Enrique Krauze, um dos mais respeitados comentaristas políticos do México. "Acho que a sociedade aberta de hoje é mais incerta e perigosa que a sociedade protegida de ontem, mas também é mais real", acrescentou Krauze. Peña Nieto chega ao poder com um país ferido por uma violência de narcotraficantes e outros grupos do crime organizado que gerou dezenas de milhares de mortos, a maioria em disputas internas entre os diferentes cartéis. Essa violência marcou a última etapa da gestão de Felipe Calderón, que quando assumiu o poder, em 2006, envolveu as Forças Armadas em tarefas de segurança pública por considerar que os corpos policiais estavam sobrecarregados ou não eram aptos para essa luta. A participação militar permitiu ao México ter vários triunfos na luta contra os cartéis, incluindo a morte de um de seus principais líderes, Heriberto Lazcano, conhecido como "El Lazca", principal chefe do temido grupo "Los Zetas", abatido em um choque armado com tropas da Marinha no último dia 7 de outubro. O novo governante, que durante a campanha eleitoral foi pouco claro na hora de definir qual seria sua estratégia para enfrentar o crime organizado, inaugurou seu mandato com uma mensagem na qual deixou claro qual será sua principal preocupação. "O primeiro eixo de meu governo é conseguir um México em paz. Poremos o cidadão e sua família no centro das políticas de segurança", afirmou em seu discurso de posse. "Estou convencido de que o crime não é combatido apenas com a força", acrescentou, ao anunciar um programa integral para a prevenção que une os esforços coletivos de todo o governo e de todos os níveis do poder. Por enquanto, em um gesto poucas vezes visto na recente história política do México, os três principais partidos assinaram no dia seguinte à posse presidencial um pacto para a governabilidade democrática, a transparência e a proteção de direitos e liberdades, entre outros temas. "O México começa uma nova etapa de sua vida democrática. Chegou o momento do encontro e do acordo", declarou nessa ocasião o novo presidente. Terminou, assim, uma etapa de desencontros políticos e foi aberta uma fase na qual o PRI, sem maioria no parlamento, se vê forçado a buscar consensos, não só com as demais forças políticas, mas com os governadores dos estados, que a cada dia ganham mais poder.

PRI, A ORIGEM DO PODER

“Com o assassinato de Zapata em 1919 termina a primeira fase da Revolução Mexicana. A segunda etapa foi marcada pela ascensão do General Álvaro Obregón ao poder, iniciando a Reconstrução Nacional, período onde os líderes do país procuraram definir as feições do novo Estado. De um lado havia uma nova Constituição, aprovada em 1917, que representava uma grande derrota para os setores mais conservadores da sociedade como a oligarquia agrária e a Igreja Católica. A organização popular foi mantida assim como os direitos trabalhistas, iniciou-se um processo de reforma agrária sob controle do Estado e definiu-se uma política de nacionalização das empresas estrangeiras, particularmente aquelas que exploravam petróleo e minério. A política nacionalista foi levada adiante lentamente, pois todas as mudanças foram antecipadamente discutidas com os EUA.

Em 1924 foi eleito Elias Calles que deu continuidade ao discurso nacionalista, ampliou a reforma agrária e manteve o controle sobre o movimento operário, já sob o comando de líderes pelegos. Durante esse período foi criado o banco do México e foram aplicadas as leis Anti Clericais, responsáveis por violenta rebelião camponesa, que estendeu-se de 1927 a 1930. O final do governo de Calles foi caracterizado por intensas disputas políticas envolvendo diversas facções dos grupos que se diziam representantes da revolução. A crise política interna e a crise que se abateu no país a partir de 1929 ( quebra da Bolsas de Valores de NY) foi responsável pela formação de uma grande aliança política envolvendo os "revolucionários"
ORGANIZAÇÃO PARTIDÁRIA

Em 1929, Calles conseguiu reunir as diversas facções políticas e formar o Partido Nacional Revolucionário, que a partir de 1938 adotou o nome de Partido da Revolução Mexicana e em 1946 passou a chamar-se Partido Revolucionário Institucional (PRI) nome que mantêm ainda hoje.
Neste período destacou-se o governo de Lázaro Cárdenas (1934 -- 40) que preservou o discurso nacionalista, o controle sobre o movimento sindical, normalizou as relações com a Igreja e com os EUA e promoveu a "modernização do País" exemplificando bem o significado do populismo na América Latina. O governo Cárdenas manteve-se dentro dos limites da democracia tradicional e burguesa, e apesar da declaração de princípios do PRM, o México jamais teve um governo dos trabalhadores ou uma democracia popular.
A modernização do país trouxe alguns benefícios econômicos a classe operária, no entanto, manteve atrelada ao Estado, que procurava manter o equilíbrio entre patrões e trabalhadores. Dessa maneira o movimento de massa teve que apoiar-se em instituições do Estado, como, o exército, o poder executivo e claro, o Partido, responsável por cooptar grande parte dos trabalhadores a partir de uma política de favores desenvolvida pela máquina pública”
Fonte: http://www.historianet.com.br/