PSDB pede ao
TSE auditoria para verificar 'lisura' da eleição
Objetivo,
segundo partido, é evitar 'sentimento' de que houve fraude. Proposta prevê
criação de comissão com membros do TSE e dos partidos.
O PSDB entrou nesta
quinta-feira (30/10/14) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com um pedido de
auditoria a fim de que se verifique a "lisura" da eleição
presidencial.
Na solicitação
apresentada pelo coordenador jurídico da campanha do candiato derrotado Aécio
Neves, deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP), o partido sugere a criação de uma
comissão com representantes do tribunal e de partidos para verificar o sistema
que apura e faz a contagem dos votos.
O
texto protocolado diz que a confiabilidade da apuração e a infalibilidade da
urna eletrônica têm sido questionadas pela população nas redes sociais.
O G1
procurou as assessorias do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, José Dias
Toffoli, e do procurador-geral eleitoral, Rodrigo Janot, que informaram que
eles não irão se manifestar.
“Não tem nada a ver
com pedido de recontagem dos votos nem estamos questionando o resultado. Só
queremos evitar que esse sentimento de que houve fraude continue a ser
alimentado nas redes sociais”, justificou Sampaio ao G1. “O pedido é em
defesa do tribunal”, declarou.
Na eleição, o
candidato a presidente pelo PSDB, Aécio Neves, teve 51 milhões de votos
(48,36%) contra 54,5 milhões (51,64%) da presidente Dilma Rousseff,
reeleita pelo PT.
Na petição, o PSDB
cita denúncias e desconfianças na internet e nas redes sociais, argumenta que a
sociedade está questionando a veracidade do resultado das eleições e diz que a
auditoria é necessária para garantir a “confiança do povo brasileiro no
processo eleitoral”.
Para fazer a auditoria, o PSDB propõe a formação de uma
comissão composta por representantes de todos os partidos a fim de verificar os
sistemas de votação e apuração, com perícia sobre os equipamentos e softwares.
Nos dias seguintes, uma infinidade de
blogs – aqui e aqui, por exemplo – repercutiu a denúncia. Era
inevitável e os blogs e militantes em redes sociais que manifestaram
preocupação agiram movidos pelo mais alto espírito público.
Porém, a denúncia de Protógenes era
um tiro no pé. Por conta dela, daquele momento em diante a blogosfera e as
redes sociais foram tomadas por centenas e centenas de leitores e militantes
petistas preocupados com a lisura do pleito que se avizinhava. Eles trataram de
difundir a teoria.
Lá pela centésima vez que um leitor
manifestou preocupação com as urnas eletrônicas nesta página ou no perfil de
seu autor nas redes sociais, postei mensagem no Twitter alertando que aquela preocupação era
exagerada e até descabida e pedi que aquilo parasse porque tinha certeza de que
o PSDB faria o que fez.
Grupo “Fora Dilma” quer recontagem de votos e intervenção militar
Aline dos Santos e Filipe Prado
Protesto em Campo Grande, com cerca
de 200 pessoas, cobra a recontagem dos votos para presidente, a saída de Dilma
Rousseff (PT) e uma nova intervenção militar no Brasil. A mobilização de
eleitores de Aécio Neves (PSDB), que ficaram descontentes com o resultado do
segundo turno, acontece em âmbito nacional.
“O manifesto é para impugnação da eleição. Foi
tudo manipulado. O protesto acontece em todo Brasil e Campo Grande não ia ficar
de fora. É muita coisa acontecendo e queremos a recontagem dos votos”, afirma a
teóloga e artesã Maria Cristina Rodas de Moraes, 48 anos.
Para a dona de casa Maria da
Conceição, 52 anos, somente os militares vão conseguir acabar com a corrupção e
fazer a recontagem dos votos. “Não seria ditadura porque nós é que estamos
pedindo a intervenção”, diz.
A possibilidade de fraude motivou o
empresário Fernando Dauer, 48 anos, a participar da mobilização na Praça do
Rádio Clube. “Mais de 30 pessoas mandaram fotos e arquivos em redes sociais
mostrando que as eleições
foram fraudadas. Só as Forças
Armadas para ajudar nessa hora. O Tribunal Superior Eleitoral e o Tribunal de
Contas da União foram corrompidos pelo PT. O PSDB pediu a recontagem, eles não
deixaram. Por que não deixaram? Porque tem alguma coisa escondida”, afirma. O
empresário defende uma nova eleição com voto manual. “Para não ter fraudes”.
O TSE deve avaliar o pedido de auditoria na próxima semana.
O grupo ostenta cartazes, roupas com
as cores do Brasil e também na cor preta, num sinal de luto. Os rostos foram
pintados de verde e amarelo em alusão ao movimento dos caras pintadas, que
resultou no impeachment do ex-presidente Collor. A pedido dos organizadores, a
mobilização é acompanhada por policiais militares.
Procuradoria
envia ao TSE parecer contrário à auditoria em eleições
Renan
Ramalho
Do G1, em Brasília
O
procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, enviou nesta segunda-feira (3) ao Tribunal Superior
Eleitoral
um parecer contrário à realização de uma auditoria no resultado da eleição
presidencial que reelegeu Dilma Rousseff para um novo mandato. No documento,
Janot diz que o pedido pode comprometer a “credibilidade” da Justiça Eleitoral
e que houve “imprudência” em sua apresentação.
A
auditoria foi pedida pelo deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP),
coordenador jurídico da campanha do candidato derrotado à Presidência Aécio
Neves. No pedido de
auditoria, o PSDB argumenta que a confiabilidade da apuração e a infalibilidade da
urna eletrônica têm sido questionadas nas redes sociais. O partido sugere a
criação de uma comissão com representantes do tribunal e de partidos para
verificar o sistema que apura e faz a contagem dos votos.
Nesta
terça, o presidente do TSE, Dias Toffoli,
deve dar andamento ao pedido, tomando uma decisão individual ou remetendo a
decisão para o plenário da corte eleitoral.
“O
requerimento é pois, temerário, pois visa a promover gravíssimo procedimento de
auditoria sem que exista qualquer elemento concreto que o justifique, baseando-se
exclusivamente em especulações sem seriedade efetuadas em redes sociais”, diz
trecho do parecer do procurador.
Para
viabilizar os trabalhos da comissão que pretende ver criada, o PSDB requer
acesso às cópias dos boletins de urna de todas as sessões eleitorais do país,
dos arquivos eletrônicos que compõem a memória de resultados, de cópia
eletrônica dos logs originais e completos das urnas eletrônicas, dos arquivos
eletrônicos contendo logs detalhados, originais e completos, correspondentes à
transmissão e ao recebimento de todos os dados de apuração.
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“Provoca
furor nas redes sociais o documento do Foro de São Paulo, na Guatemala,
saudando a vitória Dilma e do PT “com mais de 3 milhões de votos”. É datado de 22 de outubro, quatro dias
antes da eleição. Diário do Poder de 07/11/14
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Sistema
de votação sob suspeita. TSE não responde perguntas sobre fraude
TSE é o único tribunal do mundo
que realiza as eleições e ele mesmo julga...
publicado em 25 de outubro de 2014 por Conceição Lemes e NaMariaNews
Há anos especialistas independentes na área
de tecnologia alertam sobre a vulnerabilidade da segurança das urnas
eletrônicas brasileiras.
Este ano, como ocorre em toda eleição,
denúncias de fraude eleitoral voltaram a ser feitas após o primeiro turno. A
diferença é que, em 2014, surgiram muito mais acusações do que em eleições
passadas (aqui
e aqui).
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para
variar, não deu a devida importância.
Nessa sexta-feira 24, o Viomundo
enviou-lhe, então, via assessoria de imprensa, um e-mail com várias questões.
A primeira delas: O que o TSE tem a
dizer a respeito das denúncias de fraude eleitoral neste ano?
Em outra questão, abordamos petição
encaminhada em 4 setembro ao TSE pela advogada Maria Aparecida Cortiz.
Representando o PDT, ela denunciou
irregularidades no sistema de segurança das urnas eletrônicas, comandado pela
empresa Módulo Security S/A.
Em entrevista ao GGN, Cortiz
revelou que há menos de três meses, numa ação planejada pelo CMind (Comitê
Multidisciplinar Independente), um jovem hacker recém-formado pela UnB
acessou o sistema das urnas eletrônicas no TSE e descobriu, entre 90 mil
arquivos, um software que possibilita a instalação de programas fraudados: o “Inserator
CPT”. A
petição ficou por isso mesmo. Não virou processo.
Por isso, perguntamos ao TSE: Por que a
petição foi arquivada sem qualquer debate com especialistas independentes?
O sistema de segurança das urnas
eletrônicas é comandado pela empresa Módulo Security Solutions S/A, que atua no
TSE desde 1996. De 2000 a 2013, mantém contratos no TSE, todos sem licitação,
continuamente renovados.
é um ex-diplomata que enriqueceu com
privatizações e tentou seguir os passos de Nelson Tanure, de entrar na mídia
como reforço para manobras de lobby. (…) Quando estourou o escândalo Kroll, seu
nome apareceu em um CD e ele admitiu que trabalhava para a Kroll e seu contato
era o português Tiago Verdia.
A outra empresa que atua nas eleições de
2014, através de um consórcio, é a Engetec. Segundo o seu site, ela está
sediada à rua Senador Milton Campos ,35, 16º Andar, Vila da
Serra, Nova Lima, MG.
Fazem parte do consórcio ESF: Engetec
Tecnologia SA (a líder0, Smartmatic Brasil Ltda, Smartmatic International
Corporation, Fixti Soluções em Tecnologia da Informação Ltda. A Engetec
sucedeu a Probank no TSE.