PT
perde espaço no Congresso e nas Assembleias Legislativas
Para
especialistas, tudo isso é reflexo do desgaste de um partido alojado no poder
há 12 anos.
Gabriel Garcia
O resultado das
eleições deste ano mostra o desempenho medíocre do Partido dos Trabalhadores
(PT) na composição da Câmara Federal, das Assembleias Legislativas e do Senado
Federal.
Na Câmara, o número
de deputados federais caiu de 86 para 70, numa comparação entre as eleições de
2010 e de 2014. O PT encara ainda a diminuição da sua capilaridade nos estados.
Não foi eleito um
único deputado federal em seis unidades da Federação: Amazonas, Pernambuco,
Roraima, Rondônia, Rio Grande do Norte e Tocantins. Além disso, o número de
eleitores que votaram em seus candidatos caiu de 14,25 milhões para 11,80
milhões.
Destaca-se a
derrota em Pernambuco. Na eleição passada, foram eleitos quatro deputados
federais. Em 2014, nenhum. Quem comanda a política no estado são os aliados do
ex-governador Eduardo Campos, morto em um trágico acidente aéreo em 13 de
agosto.
Em relação aos
deputados estaduais (distritais), nova queda. Os eleitos passaram de 148 para
108. Na disputa para o Senado, conseguiram mandato neste ano apenas Paulo Rocha
(PT-PA) e Fátima Bezerra (PT-RN). Na eleição passada, elegeram-se 11 senadores
petistas.
A perda mais
significativa do Senado vem de São Paulo, onde José Serra (PSDB) venceu Eduardo
Suplicy (PT). Ainda no estado, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) conquistou
mais um mandato, batendo o ex-ministro Alexandre Padilha (PT).
No Sudeste, o
alívio foi a eleição de Fernando Pimentel (PT) para o governo de Minas Gerais,
reduto político do candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB). No Rio, o
candidato ao governo, Lindbergh Farias (PT), sequer avançou ao segundo turno.
No Sul, o partido
não fez um único governador ou senador. A salvação poderia ser o Rio Grande do
Sul, onde Tarso Genro disputa a reeleição. Acontece que o candidato Ivo Sartori
(PMDB) lidera com 60% dos votos válidos contra 40% do petista.
No Centro-Oeste, o
governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), caiu no primeiro turno. No
Mato Grosso do Sul, neste segundo turno, Reinaldo Azambuja (PSDB) está
numericamente à frente de Delcídio Amaral (PT), com 51% contra 49% dos votos
válidos.
Reduto de
importante influência do PT, o Norte elegeu um único senador pelo partido:
Paulo Rocha. Em 2010, elegeram-se Jorge Viana (AC) e Angela Portela (RR). Para
o governo do Acre, Tião Viana busca a reeleição. É o favorito, mas as pesquisas
indicam disputa acirrada.
No Nordeste, a
redenção, apesar do resultado em Pernambuco. Foram eleitos governadores Rui
Costa (PT-BA) e Wellington Dias (PT-PI). E Camilo (PT) aparece à frente na
disputa pelo governo do Ceará, contra o senador Eunício Oliveira (PMDB). Para o
Senado, Fátima conseguiu um mandato pelo Rio Grande do Norte.
Fonte:
http://noblat.oglobo.globo.com/18/10/14
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