sexta-feira, 12 de maio de 2017

MUJICA AO LADO DE LULA, SUA POPULARIDADE CAI 20% NO URUGUAI



MUJICA AO LADO DE LULA, SUA POPULARIDADE CAI 20% NO URUGUAI

Sinceramente fiquei decepcionado e perplexo, pois não consigo entender como José “Pepe” Mujica, ex-presidente do Uruguai, com sua biografia inatacável, tenha se tornado um “devoto” de Lula, ao ponto comparecer ao lado dele na reunião do PT em 04 de maio. Foi neste evento do PT disse que Lula, num surto de onipotência: “se eles não me prenderem, quem sabe um dia eu mando prender eles por mentir”. Lula passou oito anos na cadeira de presidente da República e sabe que, mesmo voltando ao Planalto, jamais poderá mandar prender alguém. (A menos que sente praça no Exército venezuelano ou resolva fazer concurso para delegado, talvez para juiz.) prosseguiu quando ele disse que “não vou permitir que continuem mentindo como estão mentindo a meu respeito”, diz Élio Gaspari.
Confesso que admirava José “Pepe” Mujica, por seu exemplo de vida. Vive em uma humilde chácara nos arredores de Montevidéu, junto com sua esposa, a senadora Lucía Topolansky, e sua inseparável cadela de três patas, Manuela, quase sem segurança e onde ele mesmo cozinha carne com cebola, seu prato preferido — assim é José “Pepe” Mujica, o peculiar presidente do Uruguai. Não é de hoje que Mujica chama atenção por seu estilo de vida simples. Presidente mais pobre do mundo, dirige um fusca e doa 90% do salário. O presidente do Uruguai leva uma vida de pouco luxo, diferente do que se poderia esperar de um chefe de estado. Na chácara cultiva flores e hortaliças que vende nos mercados locais.
O uruguaio José Mujica, presidente do Uruguai, é um ex-guerrilheiro tupamaro, que passou 14 anos preso, a maioria durante a ditadura uru­guaia (1973-1985). Quando não está realizando trabalhos oficiais, o chefe de Estado faz questão de dirigir o seu próprio carro, um fusca azul, de 1987, avaliado em pouco mais de US$ 1.000. Mujica dispensa empregados. Faz suas próprias compras no bairro onde vive e frequentemente é visto em restaurantes populares com seus colaboradores no entorno da sede do Governo, no centro da capital uruguaia.
Seu salário, de US$ 12,5 mil mensais, não fica todo com ele. O presidente uruguaio fica com US$ 1.250 e doa 90% para a construção de casas populares. Segundo sua última declaração de renda, de abril passado, seu patrimônio e o de sua esposa somam cerca de US$ 212 mil. Eles possuem três terrenos, três tratores e dois carros de 1987. “Se tenho poucas coisas, preciso de pouco para sustentá-las”, disse recentemente em uma entrevista à BBC. 
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BUENOS AIRES — Há dois anos fora da Presidência, o senador uruguaio José Mujica, que desfruta de grande prestígio no exterior, vê sua popularidade cair em níveis inéditos dentro do seu país. Pela primeira vez, as pesquisas apontam que a população antipática à sua atuação política supera os seus simpatizantes. Enquanto isso, o atual presidente, Tabaré Vázquez, volta atrás em decisões do governo anterior, liderado por Mujica.

Quando terminou seu mandato, em março de 2015, Mujica contava com a simpatia de 66% entre os uruguaios. Desde então, o número já caiu em mais de 20 pontos percentuais e agora registra 42%. A antipatia, por sua vez, cresceu de 15% para 44%. No entanto, Mujica ainda é o político uruguaio de maior aprovação pela população. Atrás dele no ranking, aparece o presidente Vázquez.

— Desde que finalizou seu mandato até agora, deixou pelo caminho cerca de 30 pontos de aprovação — diz o sociólogo Ignacio Zuanabar, diretor de opinião pública da consultora Equipos, responsável pela pesquisa. — Além disso, tem um saldo líquido negativo (-2 pontos), o que é inedito para o dirigente político.

Além das mudanças promovidas por Vázquez, que é do mesmo partido de Mujica, outro fator que pode influenciar na queda da popularidade do ex-presidente é o surgimento de um livro que repete uma história já relatada por outras publicações anteriores. Os relatos são de que o seu grupo político foi responsável por irregularidades na arrecadação de fundos para a campanha eleitoral. As acusações foram rechaçadas por Mujica e seus aliados, mas as denúncias estão sendo analisadas por autoridades.

Mujica já disse que não se candidatará às eleições presidenciais de 2019, ainda que muitos membros do seu partido afirmem que não será difícil convencê-lo do contrário. O ex-presidente já disse, inclusive, que a possibilidade de concorrer para vice-presidente não o desagrada.
Fonte: https://oglobo.globo.com/mundo/popularidade-do-ex-presidente-mujica-tem-queda-inedita-no-uruguai-21329888#ixzz4gsUf0Zs2
stest 12/05/17


quinta-feira, 11 de maio de 2017

LULA, O EX - OPERÁRIO SALVADOR


Peço que os leitores que me honram, leia este texto até o fim. Como se viu, a lábia de Lula não teve efeito com o juiz Sérgio Moro. Réu em 5 ações e indiciado em 6 inquéritos, Lula certamente será condenado. A expectativa de levar 50 mil a Curitiba pifou e pouco mais de 5 mil apareceram. 

Em quase 5 horas de depoimento, ex-presidente Lula não explicou as revelação do tríplex de Guarujá.

"Petistas: depoimento não deve impedir condenação de Lula", O Globo

O circo armado por Lula não se concretizou, pois não tem álibis nem atenuantes para os muitos crimes que cometeu É compreensível que Lula e sua trupe de bacharéis tenham feito o diabo para adiar até o fim dos tempos o primeiro encontro com Sérgio Moro. E foi tão previsível quanto a mudança das estações do ano a tentativa do bando, tão logo se consumou o fiasco da tentativa de fuga, de transformar Curitiba em picadeiro, tribunal em palanque e depoimento de réu culpado em discurseira de perseguido político de botequim. O ex-presidente que, ao contrário de Getúlio Vargas, saiu da história para cair na vida, não tem álibis nem atenuantes para os muitos crimes que cometeu. Sobretudo por isso, o que está em curso nesta quarta-feira não pode ser reduzido a um duelo entre um defensor da Justiça e um fora da lei. O que se vê é o confronto entre dois brasis. De um lado, está escancarado o Brasil do passado, uma velharia agonizante que até agora só condenava os lulas à perpétua impunidade. Do outro lado se vislumbra o Brasil do futuro, que está nascendo graças à Lava Jato. Neste país em trabalhos de parto, todos são iguais perante a lei.”, diz Augusto Nunes, (http://veja.abril.com.br/ 11/05/17) e a expectativa de levar 50 mil a Curitiba pifou e pouco mais de 3 mil apareceram. Em quase 5 horas de depoimento, ex-presidente Lula não explica revelação do tríplex de Guarujá


O MITO DO OPERÁRIO SALVADOR
                    “Há pessoas que conseguem se destacar das massas, elevando-se como picos de montanha, escolhendo seu próprio caminho, enquanto a maioria se apega aos caminhos comuns, com medo de trilhar veredas desconhecidas, diz Carl Gustav Jung em sua obra “O Desenvolvimento da Personalidade”. Por que existem os que resolvem arriscar, abandonando os caminhos comuns? O que os impulsiona a trilhar caminhos desconhecidos? É a coação de acontecimentos, a necessidade premente que consegue ativar mudança da natureza humana, responde Jung. “Mas a personalidade jamais poderá desenvolver-se  se a pessoa não escolher seu próprio destino”. Não há vento que sopre favorável para quem não tem rumo, diz a sabedoria popular. “Provém, enfim, da necessidade e também da decisão consciente, pois ninguém desenvolve sua personalidade porque alguém aconselhou, pois a natureza jamais se deixa impressionar por conselhos dados com boa intenção. Sem haver necessidade, algo que obrigue (o destino de cada um?), nada muda a natureza humana, ensina Jung.           
  
                            Caçula de uma família de oito irmãos (os revolucionários sempre são os caçulas), metalúrgico, ex-vendedor de tapioca, engraxate, retirante nordestino, que chegou num pau-de-arara em São Paulo, aos 7 anos, após 13 dias de uma viagem de 3 mil quilômetros de viagem na carroceria de um caminhão, usando a mesma camisa. Lula, como outros nordestinos, suportou o estigma de ser pau-de-arara. “Só em São Paulo poderia surgir alguém como Lula“, diz Ruy Mesquita, editor do jornal O Estado de São Paulo, o mais tradicional do estado. “Esta é uma das sociedades de maior mobilidade que se pode imaginar.”
                               Teve uma infância miserável e passou até fome em Caeté, sertão de Pernambuco; viúvo aos 39 anos quando perdeu no parto a esposa e o filho, casou-se com Maria Letícia, que foi babá aos nove anos e operária de uma fábrica de doces aos 13, também viúva de um motorista de táxi assassinado quando estava grávida de quatro meses, Luiz Inácio Lula da Silva se elege Presidente da República com  52.793.364 votos, derrotando no segundo turno o candidato da situação, José Serra,  que ficou com  33.370.739 votos.   As raízes nordestinas de Lula ajudaram a ser mais palatável que Serra para eleitores e chefes políticos do  Nordeste e outras regiões pobres.
Já Serra e Alckmin  são vistos como sendo muito paulistas em suas posições políticas e como obstáculos para a redistribuição de rendas de São Paulo para essas regiões.

                              Em 2004 reelegeu-se no segundo turno com 58.295.042, (60% dos votos), (mas o PT só teve 18% dos votos) derrotando Geraldo Alckmin do PSDB que ficou com 37.543.178 votos. É um fenômeno político, queiramos ou não, um acontecimento inusitado, da maior significação na história do povo brasileiro. Líder nato, astuto e sagaz, dotado de esperteza intuitiva, muito inteligente, carismático/messiânico, sem instrução formal, formado na universidade da vida, mas com grande desenvoltura, conforme se vê nas reuniões com líderes mundiais. É um orador carbonário, temido, porque pode incendiar o país acionando a CUT, o MST, o Movimento dos Sem-Tetos e outros. Sem nenhuma experiência administrativa, nem como prefeito, secretário de estado ou ministro, mas está cercado de cabeças coroadas da intelectualidade do país, artistas, empresários e militares. Elegeu-se presidente após sofrer quatro derrotas eleitorais: Em 1982, ficou em 4º lugar na disputa pelo governo de São Paulo, pleito vencido por Franco Montoro, teve uma passagem obscura  na Assembléia Constituinte e perdeu três vezes para presidente da república: para Fernando Collor e duas derrotas para Fernando Henrique Cardoso, sempre no primeiro turno. Nenhum outro político brasileiro disputou a presidência por cinco vezes. Só queria ser presidente da república.
                            Lula corporifica o desejo real de mudança. Visto como “herói da classe operária”,  e o “operário salvador”, elegeu-se prometendo a mudança, e no governo praticou o continuísmo;  é um neoliberal-populista. Transformou-se no porta-voz da indignação do povo, captando os votos da insatisfação, da revolta, do ressentimento e da insurreição. O povo clama por uma personalidade salvadora, clama por alguém que acenda o farol da esperança, mas tem pressa, quer soluções imediatas, quer mágica. Aí reside o grande perigo, o risco de uma decepção geral e existe a maldição do segundo mandato. O povo parece procurar um designado, um ungido, predestinado, iluminado, um salvador da pátria. Alguém enviado pelo destino, que aceite trilhar caminhos diferentes, aceitando com confiança o caminho inspirado pelo destino. O designado age como se fosse uma Lei de Deus, da qual não é possível esquivar-se. O salvador da pátria deve obedecer à sua própria lei, como se um demônio lhe insuflasse caminhos novos e estranhos. “Quem tem designação escuta a voz do seu íntimo, pois está designado”, daí a lenda que atribui a essa pessoa um demônio pessoa, que aconselha e cujos encargos deve executar, ensina o mestre Jung, que continua afirmando: “Designação é como uma convocação feita pela voz que provém do interior da pessoa. Assim será e assim deve ser, o que é próprio de líderes messiânicos. Essa voz interior lhe diz como chegar ao objetivo, faz com que ele se sinta designado, do mesmo modo que os grupos sociais por ocasião de uma guerra, revoluções ou outra ilusão qualquer”.
                                 No poder, revelou-se um líder messiânico-pragmático e neoliberal-populista. Mas teve o bom senso de manter todo o arcabouço montado pelo governo do PSDB como o saneamento do sistema financeiro, as privatizações, as agências reguladoras, a Lei de Responsabilidade Fiscal, as metas de superávit primário e de inflação, o câmbio flutuante e a autonomia operacional do Banco Central. Com surpreendente desenvoltura e habilidade tem exaltado o Brasil aos olhos do mundo

                                   Dilma Rousselff é na verdade é primeira-ministra e não chefe da Casa Civil. Deslumbrado com o poder, sem maioria na Câmara dos Deputados e no Senado, Lula governa na corda-bamba, dependendo dos votos do 14 partidos aliados: “o poder é um fardo em seu destino”. O corporativismo, o MST e a CUT e o sectarismo dos radicais do partido, de forte viés revolucionário e até totalitário. “Sem os exaltados não se fazem as revoluções; mas com eles, depois, é impossível governar”, alertava Joaquim Nabuco. Atualizando a advertência do estadista Joaquim Nabuco, podemos dizer: sem os “aloprados” não se ganham as eleições; mas com eles, depois, é impossível governar.
    É espantosa a aversão de Lula por tudo que diga respeito ao aprimoramento intelectual. Ele cultiva a ignorância e se orgulha dela. E segundo Augusto Nunes: “Um homem que não estudou nada e se considera doutor em tudo.
    Governou beneficiado por uma conjuntura econômica internacional favorável e teve o bom senso de manter a política econômica herdada do governo de FHC. O país cresceu a taxas razoáveis e com emprego, renda e crédito, o povo o reelegeu e fez Dilma presidente. Por que essa gente de mão quem foi capaz de melhorar sua vida?

A mensagem para o povão é clara: “Ele era um dos nossos, não importa o que tenha feito”.

              Leia no Blog: theodianobastos.blogspot.com.       
“LULA É UM SOCIOPATA”, “LULA, UM PELEGO DE ALUGUEL”, “OS MITOS POLÍTICOS NO BRASIL”, “OS LÍDERES MESSIÂNICOS”, LEGADOS DO LULOPETISMO E OUTROS

quarta-feira, 10 de maio de 2017

LULA IRÁ A MORO



Um novo (e velho) Lula irá a Moro,                  por Élio Gaspari 

‘Nosso Guia’ acha que algum dia terá poder suficiente para mandar prender quem o acusa de corrupção"

Só Lula e Sergio Moro sabem o que acontecerá durante a audiência de Curitiba. Se o depoimento anterior do ex-presidente a um juiz federal de Brasília puder ser tomado como referência, “Nosso Guia” transformará a cena num comício. Numa audiência em que se tratava da tentativa de obstrução da Justiça para impedir a colaboração de Nestor Cerveró, Lula informou que liderou “as greves mais importantes deste país”, fundou o “mais importante partido de esquerda da América Latina”, e “fez a maior política de inclusão social da história deste país”. Enfim, foi “o mais importante presidente da história deste país”. É improvável que lhe seja franqueado esse passeio, pois em depoimentos anteriores o juiz Moro cortou divagações semelhantes. Ele já chegou a bater boca com a defesa de Lula.
Na semana passada, dizendo-se “massacrado” pelas investigações da Lava-Jato e pelo noticiário da imprensa, Lula subiu o tom de sua retórica, levando-a a um patamar inédito. Num evento do PT disse que “se eles não me prenderem, quem sabe um dia eu mando prender eles por mentir”. Lula passou oito anos na cadeira de presidente da República e sabe que, mesmo voltando ao Planalto, jamais poderá mandar prender alguém. (A menos que sente praça no Exército venezuelano ou resolva fazer concurso para delegado, talvez para juiz.)
O surto de onipotência prosseguiu quando ele disse que “não vou permitir que continuem mentindo como estão mentindo a meu respeito”. O melhor lugar para dirimir litígios desse tipo é a Justiça, mas num caso de apropriação indébita de foro, Lula julga-se investido do privilégio de negar ao Judiciário as prerrogativas que a Constituição lhe dá.
Para quem já se definiu como uma “metamorfose ambulante”, o Lula que responde à Lava-Jato dizendo que vai mandar prender seus acusadores parece estar descalibrado. Ele sempre foi um mestre na manipulação do radicalismo alheio em beneficio próprio. Desde os anos 70, quando comandava greves politicamente luminosas e salarialmente ruinosas. Mais tarde, foi da defesa da moratória da dívida externa à “Carta aos Brasileiros” como se sapeasse vitrines de um shopping.
As metamorfoses fazem parte da vida dos políticos e, às vezes, são virtuosas, mas as transmutações de Lula têm outra característica, exclusiva. Ela foi explicada em 2006 pelo marqueteiro João Santana, depois que ajudou a reelegê-lo. Trata-se de oscilar entre o “fortão” (que manda prender) e o “fraquinho” (que está sendo massacrado).
O Lula atormentado pela Lava-Jato é novo. É verdade que nunca foi tão áspero mas, no fundo, é o velho Lula. Desde que começaram as denúncias do Ministério Público o “fortão” ameaça “percorrer o país”. Nunca o fez. Sua última concentração popular deu-se em Monteiro, onde ele celebrou a transposição das águas do Rio São Francisco. Agora o comissariado informa que ele cogita fazer um périplo internacional para defender-se no circuito Elizabeth Arden: Nova York, Paris, Roma. A ideia é engenhosa, porque nessas cidades, a qualquer hora, há algumas dezenas de pessoas dispostas a defender o “fraquinho” e não há quem se disponha a sair de casa para vaiar o “fortão". Elio Gaspari é jornalista                                                               Fonte: https://oglobo.globo.com/opiniao/um-novo-velho-lula-ira-moro-21317063#ixzz4gfZBJrm8