domingo, 21 de agosto de 2016

OLIMPÍADAS: EXEMPLOS DE SUPERAÇÕES



OLIMPÍADAS: EXEMPLOS DE SUPERAÇÃO

Do trauma de infância ao pódio: a incrível história de 5 atletas

Obstáculos enfrentados durante os primeiros anos de vida podem ajudar a moldar a resistência de atletas de ponta chat_bubble_outline more_horiz

Histórias de abandono e dificuldades na infância vividas por campeões olímpicos como o brasileiro Thiago Braz ou a americana Simone Biles levaram muitas pessoas a se questionar se os obstáculos enfrentados durante os primeiros anos de vida podem ajudar a moldar a resistência de atletas de ponta. Segundo Alessandra Dutra, psicóloga do Comitê Olímpico Brasileiro, esportistas vencedores têm um perfil diferenciado, que lhes permite lidar com perdas e frustrações de maneira altamente eficaz.
“O que acontece é que atletas de excelência têm uma habilidade espantosa para usar eventos do passado como fator de encorajamento – sejam eles bons ou catastróficos. Os verdadeiros campeões sabem transformar as adversidades em motivação”, afirma a psicóloga, que trabalha com a preparação mental da seleção feminina de handebol e participa de sua terceira Olimpíada.
Dessa maneira, as grandes frustrações no passado se tornam um dos vários golpes que os jogadores devem enfrentar na sua preparação esportiva. Afinal, os atletas são confrontados, a todo momento, com a perda, com a iminência da derrota e com obstáculos que, inicialmente, parecem intransponíveis. Além disso, um esportista de excelência sabe que sua rotina será de longos e estafantes treinos que podem trazer dores, reduzir a vida social e afastá-los da família.
“Perdas familiares irreparáveis durante infância são uma das muitas lições que a vida ensina aos atletas. Elas preparam o jogador para os muitos vazios que constituem a trajetória até o pódio. Campeões olímpicos sabem que as perdas e infortúnios não são o fim do caminho, mas etapas necessárias até a vitória e, por isso, conseguem superá-las com uma enorme habilidade. Os vencedores possuem uma grande persistência para enfrentar as desgraças e passar por cima delas”, afirma Katia Rubio, professora da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo (USP) e uma das maiores autoridades brasileiras em psicologia do esporte.

Superar dificuldades

A incrível capacidade de resistir a adversidades e lidar com contrariedades é uma característica conhecida entre os profissionais de saúde como resiliência.
“Como todo grande profissional os campeões olímpicos sabem usar as dificuldades para ultrapassar seus próprios limites”, diz Alessandra. “Além do mais, precisamos nos lembrar de que jogadores com infância difícil são uma parcela muito pequena em meio aos quase 1.000 atletas que ganharão medalhas em Olimpíadas.”
Confira as histórias dos 5 atletas que superaram a infância difícil e chegaram ao pódio:
A infância do atleta, hoje com 22 anos, foi bastante diferente da glória dos dias atuais. Ainda pequeno, em Marília, no interior de São Paulo, foi abandonado pela mãe na casa dos avós. De acordo com os familiares, o menino esperou durante dias o retorno da mãe com uma mochila nas costas – até perceber que esse dia não chegaria. Na adolescência, encantou-se com a possibilidade de poder chegar aos céus – não com um avião, mas com o auxílio da vara. Percebendo a paixão do rapaz, o tio, Fabiano Braz, atleta do decatlo, começou a treinar o jovem de 13 anos sob sua supervisão. Com 16 anos, conquistou a prata nos primeiros Jogos Olímpicos da Juventude, em Cingapura-2010, mas, em sua primeira competição adulta, em 2013, não passou da fase classificatória. Em 2014, Braz se mudou para a Itália para treinar com o mítico Vitaly Petrov, mentor das grandes lendas Sergey Bubka e Yelena Isinbayeva. Sofreu uma fratura na mão esquerda que exigiu cirurgia e uma penosa recuperação, mas, ainda assim, garantiu sua participação nas Olimpíadas. Após dez saltos, na última segunda-feira, conseguiu uma altura histórica: voou a 6,03 metros de altura, levou o ouro e ainda estabeleceu um novo recorde olímpico.
A ginasta tinha três anos quando o serviço social dos Estados Unidos chegou em sua casa e retirou da mãe a custódia de Simone e seus três irmãos. Shanon Biles, dependente de álcool e drogas, não tinha capacidade de educar as quatro crianças. O pai de Shanon, Ronald Biles e sua segunda mulher, Nellie, ficaram com as duas meninas menores e os irmãos mais velhos foram morar com a irmã de Ronald. Pouco tempo depois, os avós adotaram as meninas que, hoje, chamam os avós de pais. "Quando era mais nova me perguntava o que teria sido da minha vida se nada disso tivesse acontecido. Às vezes ainda me pergunto se minha mãe biológica se arrepende e se queria ter feito as coisas de forma diferente, mas evito me prender a essas perguntas porque não sou eu quem tem que respondê-las", disse a veículos americanos. Em um passeio da escola em um centro de ginástica artística Simone, então com 6 anos, mostrou algumas das piruetas que gostava de fazer em casa a alguns instrutores. Admirados, os professores escreveram um bilhete aos pais da menina sugerindo matriculá-la nas aulas. Dois anos depois, Aimee Borman, descobriu a garota e, até hoje, é sua treinadora. Na adolescência, deixou de lado as atividades extracurriculares, festa de formatura e até a escola. Fez o ensino médio em casa para conseguir estender os treinos de 20 para 32 horas semanais. Um ano depois, ganhou seu primeiro título e, nessas Olimpíadas, aos 19 anos, consagrou-se com cinco medalhas: quatro de ouro e uma de bronze.
Quando tinha 9 anos, os pais de Phelps se divorciaram e, por muito tempo, o nadador se sentiu abandonado pelo pai. Na mesma idade, o garoto isolado e que sofria bullying constante dos amigos por causa do tamanho de suas orelhas, foi diagnosticado com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). A natação, junto com a terapia e o uso de medicamentos, foi a válvula de escape do garoto que sofria com dificuldade para se concentrar em suas atividades e tinha raros amigos. O treinador Bob Bowman viu Phelps nadando aos 11 anos e identificou o incrível potencial do garoto. O atleta sempre foi treinado por Bowman e desenvolveu com ele laços paternais, que o ajudaram a enfrentar os problemas com o vício em bebidas alcoólicas e jogos, que quase o levaram a deixar o esporte após as Olimpíadas de Londres, em 2012. Chegou a ser detido por dirigir embriagado, teve depressão e chegou a pensar em suicídio, mas reencontrou o equilíbrio dentro das piscinas. Na Rio -2016, Aos 31 anos, ganhou cinco ouros e uma prata e é o atleta mais premiado da história dos Jogos Olímpicos.
4 . Isaquias Queiroz, que conquistou três medalhas na prova canoagem, é filho de uma família humilde de Ubaitaba, na Bahia. Sua infância foi marcada por queimaduras no corpo após um acidente doméstico, um rápido sequestro e uma queda perigosa de uma árvore, aos dez anos, que lhe custou um rim. Começou a remar no Rio das Contas, em um projeto social local, já com o apelido de Sem Rim, dado pelos amigos. “Os desafios fazem com que a gente se supere cada dia mais. As dificuldades que eu passei no início da minha carreira, no início da canoagem, me fizeram chegar hoje onde eu estou, conseguindo melhores resultados. Com força de vontade você acaba chegando” afirmou o rapaz de 22 anos, que encara as dificuldades com bom humor: “Nunca deixei ninguém ganhar de mim para depois eu falar: ‘Eu perdi porque só tenho um rim’. Não, eu gosto de competir de igual pra igual. O ruim é quando uma pessoa perde para mim e diz: ‘Nossa, perdi para um cara que só tem um rim!”
Prata conquistada com Erlon Souza, canoísta é primeiro brasileiro a ganhar três medalhas em uma mesma Olimpíada
O sérvio Novak Djokovic, nasceu na Sérvia, região que corresponde à ex-Iugoslávia. O garoto cresceu em meio a guerras civis, hiperinflação, crise econômica e diversos bombardeios da Otan Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que terminaram por separar em várias partes o lugar em que nasceu. Aos 6 anos decidiu que queria ser tenista e desenvolveu sua paixão em meio às bombas, que levavam o jovem a se esconder em abrigos e viver à base de pão e água. “Ficávamos na quadra de tênis das dez da manhã até a hora do crepúsculo. Nossos filhos treinavam durante o bombardeio. Treinando e ouvindo as sirenes”, conta Djana, mãe de Djokovic, na biografia do jogador. O atleta costuma dizer em entrevistas que o tênis salvou sua vida e que teve a sorte de ter pais que acreditavam em sua habilidade. Djokovic é o tenista número 1 do ranking mundial e, na Rio-2016, foi eliminado pelo argentino Del Potro na primeira rodada do masculino de tênis.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

PORNOGRAFIA AFETA SAÚDE MENTAL DE JOVENS



Como vício em pornografia está afetando saúde sexual de jovens britânicos

Um número cada vez maior de homens jovens está sofrendo problemas de saúde sexual, como disfunção erétil, por causa do consumo exagerado de pornografia virtual.
O alerta é de uma das principais psicoterapeutas britânicas.
Segundo Angela Gregory, da Universidade de Notthingham, homens entre 18 e 25 anos são os mais suscetíveis a sofrer com o vício em pornografia online.
Ela acrescenta que grande parte dos acessos ao material pornográfico se dá por meio de celulares e laptops.
"O que eu vi nos últimos 16 anos, particularmente nos únicos cinco anos, foi um aumento no número de pacientes relatando problemas de saúde sexual", diz ela.
"No passado, homens com disfunção erétil que nos procuravam eram mais velhos e o problema estava associado a diabetes, esclerose múltipla ou doenças coronarianas. Mas essa situação mudou", acrescenta.
Angela destaca que os pacientes mais jovens não apresentam nenhuma dessas doenças.
"Eles não têm nenhuma doença orgânica; já foram consultados por clínicos-gerais e tudo parece normal", explica.
"Mas mesmo assim apresentam disfunção erétil. Por isso, uma das primeiras perguntas que faço aos pacientes é sobre o volume de pornografia que eles consomem, bem como seus hábitos de masturbação. Isso pode ser a raiz do problema para entender por que eles não conseguem manter uma ereção com seu(sua) parceiro(a)", acrescenta.
Image copyright Angela Gregory Image caption "O que eu vi nos últimos 16 anos, particularmente nos únicos cinco anos, foi um aumento no número de pacientes relatando problemas de saúde sexual", diz Angela Gregory, da Universidade de Nottingham
Vício
O britânico Nick (nome fictício) confessa que começou a consumir pornografia na internet quando ganhou seu primeiro laptop, aos 15 anos.
"Rapidamente, fiquei viciado. Via pornografia todos os dias", diz.
"Não havia nada que me estimulasse. Por causa disso, com o passar do tempo, passei a procurar conteúdo cada vez mais exagerado para conseguir ter uma ereção", relata.
"Isso passou a prejudicar minha vida. Nunca sonharia em colocar em prática o tipo de pornografia que consumia", acrescenta.
Não demorou muito para que Nick começasse a sofrer com problemas de saúde sexual.
Sem ereção
"Descobri que quando estava na cama com uma mulher, apesar de me sentir atraído e querer fazer sexo com ela, nada me excitava. Meu impulso sexual estava totalmente focada na pornografia".
"No meu ápice, provavelmente via pornografia online por duas horas todos os dias".
Quando percebeu que tinha um problema, Nick decidiu procurar ajuda.
"Tive uma consulta com uma médica e ela me disse que eu não tinha nenhum problema de saúde. Por outro lado, me falou que vinha ouvindo relatos similares de muitos pacientes com o mesmo problema."
Como parte de sua reabilitação, Nick passou 100 dias sem consumir pornografia virtual e ficou aliviado quando as coisas começaram a voltar ao normal.
"Minha libido voltou e encontrei uma menina. Foi ótimo", conta.
"Pela primeira vez, fui capaz de flertar e depois de algum tempo fazer sexo normalmente".
"Me senti equilibrado e feliz".
Apoio
Depois de vencer o vício, Nick passou a oferecer apoio a outros usuários com o mesmo problema.
"Quando me recuperei, passei bastante tempo em fóruns na internet para ajudar outras pessoas que estavam passando pela mesma situação".
"Hoje, há muito mais informação disponível do que no passado".
"Você deve conversar com seus amigos, pessoas que estão próximas de você ou naquelas em quem você confia. Não se preocupe, há muitas pessoas no mesmo barco", recomenda.

domingo, 14 de agosto de 2016

BODAS DE ESMERALDA E O SEGREDO DO CASAMENTO





              BODAS DE ESMERALDA
    E O SEGREDO DO CASAMENTO
                   Theodiano Bastos

“Todas as famílias felizes são parecidas; as infelizes são infelizes cada uma a sua maneira”. Fiódor Dostoiévski
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Aos 79 anos, emocionado com as comemorações dos 55 anos de casamento, Bodas de Esmeralda, vejo passar rapidamente na tela todas as lembranças da vida, lembranças de até quando tinha dois de idade, como num reverse de um filme. A quantas Tempestades terríveis e Provações tivemos de vencer ao longo dos 55 anos de caminhada!
COMO NOS ENCONTRAMOS
Foi em 1961 que nos conhecemos no horário de recreio do Colégio Central Estadual da Bahia, sentados numa mureta. Quando a vi tive uma sensação de reencontro, ela estava com outra colega de nome Ivone. Perguntei por seu nome e quando ela disse que chamava Maria do Carmo, abri a minha mão esquerda e lhe mostrei o M que tenho e disse que me casaria com uma Maria e cinco meses depois estávamos casados. Naquela época, década de 50,  não havia salas mistas; tinha salas só das moças e outras somente para os rapazes e por isso moças e rapazes só se viam nos recreios.

Com seis anos de casamento já tínhamos os quatro filhos e hoje a Família tem dezessete membros; dois casais de filhos, sete netos (três netas e quatro netos), duas noras e dois genros.
A vida a dois não é fácil, porquanto todos nós temos o lado da sombra, isto é, o segundo eu de todos nós. Há o eu idealizado, a personagem no teatro da vida e o eu real que existe atrás da máscara e que se vai descobrindo na convivência. E as heranças genéticas e psíquicas dos pais. Na verdade é a convivência de seis personalidades. Somos diferentes, mas com facetas iguais que nos unem e diferentes que nos completam.

Hoje estamos comemorando 55 anos de casamento, mas nada temos a ensinar, mas alertamos para a crise dos sete anos, ela existe e todos os casais devem estar preparados para superá-la. E casamento para durar, um tem de ser a criatura e o outro o que atura e aí se vai revezando para não virar sadomasoquismo. É preciso muito AMOR, TOLERÂNCIA, COMPREENSÃO, PACIÊNCIA, PACIÊNCIA, MUITO DIÁLOGO E DETERMINAÇÃO EM MANTER A FAMÍLIA CONSTITUÍDA
Hoje, infelizmente, casamentos não são mais feitos para durar. As insatisfações do cotidiano tornam-se fardos insuportáveis...

O que C.G. Jung explica no seu livro ‘O Eu e o Inconsciente’ como a identificação inconsciente da Anima, o lado feminino no homem na moça e esta, por sua vez, encontra sua Animus, seu lado masculino no homem. Como era norma naquela época para as moças de família, Lila (para os íntimos), casou-se virgem aos 22 anos. Foi uma bênção encontrar essa companheira de vida. Não agüentava mais viver sempre mudando de pensionatos, cada um pior que o outro. Queria ter um lar e uma família e consegui realizar com êxito esses objetivos.

O Jornal Nacional do Natal do dia 25/12/15, mostrou o exemplo mais lindo e edificante: o casal Oswaldo e Rosalina Blois, de 98 anos, estão juntos há 80 natais, sem perder o bom humor e a amizade. Eles se conheceram em 1935 no Rio de Janeiro Oitenta anos depois, dona Rosalina ainda ri das piadas do seu Oswaldo. Eles tinham 18 anos quando se casaram e estão juntos até hoje. Rosalina teve o primeiro filho aos 19 anos.

Jânio Quadros sobre seu casamento com dona Eloá: “Eu me virei para um amigo que estava na minha companhia e lhe disse apenas: vou casar com esta moça. Desci, conheci-a, nosso namoro foi rápido, o noi­vado mais rápido ainda, cinco meses e casamos. Já nem sei há quanto tempo tenho estado casado. Porque me parece que já nasci casado.Eloá foi sempre muito bonitinha, mas muito bonitinha mesmo e conservou os traços de beleza até o fim da vida, embora os cabelos inteiramente brancos. Não envelheceu no rosto, só nos cabelos. Eloá foi sempre disci­plinada, ordenada, uma excelente dona-de-casa. Ela sabia bordar, tecer e tocava piano muito bem, além de ter uma excelente conversa”. Fonte: Nelson Valente, biógrafo de Jânio.
— Eu invejo esses relatos, diz J.R.S, mas no meu caso tenho a dizer que apenas sobrevivi a três casamentos.Lila, como carinhosamente a chamamos, continua aos 74 anos com seu sorriso encantador, mantendo a beleza e o corpo bonito, sem ter feito nenhuma cirurgia plástica, sem celulite, estrias, gordurinhas localizadas.

    Ana Paula, esposa de Pimenta da Veiga, candidato a governador de Minas em 2014:Há 25 anos, namoramos cinco meses e logo ficamos juntos. Temos dois filhos (João Neto, de 22 anos, e Pedro, de 20).
    Também o Paulinho, dono da churrascaria e hotel Boi na Brasa em Nanuque/MG, diz:
Há 30 anos quando vi Zenilda lhe disse: quer se casar comigo? Ela ficou assustada. Namoramos apenas cinco meses e logo nos casamos. Temos dois filhos e somos muito felizes. 

Com seis anos de casamento já tínhamos os quatro filhos e hoje a Família tem dezessete membros; dois casais de filhos, sete netos (três netas e quatro netos), duas noras e dois genros.
A vida a dois não é fácil, porquanto todos nós temos o lado da sombra, isto é, o segundo eu de todos nós. Há o eu idealizado, a personagem no teatro da vida e o eu real que existe atrás da máscara e que se vai descobrindo na convivência. E as heranças genéticas e psíquicas dos pais. Na verdade é a convivência de seis personalidades. Somos diferentes, mas com facetas iguais que nos unem e diferentes que nos completam, almas que se completam. Nada temos a ensinar, mas alertamos para a crise dos sete anos, ela existe e todos os casais devem estar preparados para superá-la. E casamento para durar, um tem de ser a criatura e o outro o que atura e aí se vai revezando para não virar sadomasoquismo. É preciso muito AMOR, TOLERÂNCIA, COMPREENSÃO, PACIÊNCIA, PACIÊNCIA, MUITO DIÁLOGO E DETERMINAÇÃO EM MANTER A FAMÍLIA CONSTITUÍDA
54 ANOS DE CASAMENTO (2015)
Maria do Carmo Freire Bastos
É bonita a minha história de vida, com dezessete pessoas na Família. Começamos com os dois e formamos uma grande família com a Graça Divina, Obrigada ó DEUS. Eu Te amo, Pai!
Ao encontrar THEDE, por trás do óculos Rayban não pude deixar de notar seus olhos castanhos claros que claramente dançavam ...
Bonito, alto, cabelos pretos bronzeado na praia de Itapoã e do Porto da Barra, Salvador. Ao terminar as aulas me acompanhava até o Pensionato de Dona Neném. No lindo Jardim dos Barris, marcávamos encontros, descobrimos que tínhamos a mesma preocupação de ser feliz, embasados num elo inicial de fundar um lar e o desejo que tínhamos de nossos passos serem guiados por DEUS
Ao chegar em casa, Thede me surpreendeu com um beijo! Fiquei contente, muito feliz. Íamos às festas dos universitários.
Gostávamos de passear na praia, apreciar a linda e exuberante natu­reza, conversar sobre as incertezas do nosso futuro, “mas se nos amarmos o suficiente para lutar, conseguiremos realizar nossos ideais. Vale a pena lutar e assim que os problemas aparecem, saberemos lidar com eles, com a ajuda de DEUS PAI”.
Éramos jovens, estávamos apaixonados de maneira séria e contem­plativa. Pouco tempo de convívio; não importava, correspondíamos através de cartas.
Maravilhávamos com a beleza da folhagem de outono, ríamos com as garças, e com as gaivotas mergulhando e voltando com os peixes nos bicos afiados. Cruzando os horizontes Thed cantava para mim “FOLHAS DE OUTONO”.
Sabíamos que passaríamos por várias provações, pouco dinheiro, mas o principal estava conosco, o AMOR. Deus jamais abandona Seus filhos, tínhamos FÉ.. Assim, os acontecimentos do futuro, vêm para o presente e se ELE demora em atender, tem um propósito: endurece nossa fibra espiri­tual através da espera e Suas demoras são sempre propositadas. ”Quando se tem fé mesmo do tamanho de uma mostarda, nada será impossível” Nosso LAR seria abençoado por DEUS.
ESPOSA, MÃE, AMIGA, COMPANHEIRA
Bem-humorada, não faço tempestade em copo d’água. “É melhor ser alegre, que triste. Alegria, é a melhor coisa que existe”.
Escolhi ser MÃE, dona de casa, ser Professora. Fiz concessão todo o tempo: a vida é isso: sempre nos coloca diante de escolhas para equilibrar a vida pessoal e profissional. Sou a pessoa que olha a metade cheia do copo; eu me apego a quanto ainda tem, não a quanto já foi.
Cuidar dos filhos sem descuidar do marido, do trabalho é gratificante. A mulher tem um LAR, uma profissão, filhos, marido, trabalhos. Cuidar da casa, viajar com o marido, faz parte da vida bela que os Céus nos oferecem.
CASAMENTO DURADOURO, “BODAS DE OURO” 50 anos de bem-casados! Continuamos cedendo, continuamos nossa batalha. NÃO TENHO MEDO DO FANTASMA da idade, nem de perder a beleza; tenho astral elevado, procuro manter auto-estima, uma energia contagiante e positiva muita Fé no DIVINO PAI ETERNO, o nosso amado Criador, A quem agradeço pelo dom precioso da FÉ. TENHO MAIS DO QUE JAMAIS PENSAVA TER, nem nos momentos de sonho. Tenho a vida verdadeira, feliz! Obrigada Pai, obrigada meu amado DEUS pelo marido maravilhoso, pelos filhos amáveis, pela vida e por não me esquecer dos amigos. Mais uma vez, obrigada, muito obrigada SENHOR!
O VERDADEIRO AMOR
Muito linda essa Historia!
“Um famoso professor se encontrou com um grupo de jovens que falava contra o casamento. Argumentavam que o que mantém um ca­sal é o romantismo e que é preferível acabar com a relação quando este se apaga, em vez de se submeter à triste monotonia do matrimônio. O mestre disse que respeitava sua opinião, mas lhes contou a seguinte história: Meus pais viveram 55 anos casados. Numa manhã, minha mãe descia as escadas para preparar o café e sofreu um infarto. Meu pai correu até ela, levantou-a como pôde e, quase se arrastando, a levou até a caminhonete. Dirigiu a toda velocidade até o hospital, mas quando chegou, infelizmente ela já estava morta. Durante o velório, meu pai não falou. Ficava o tempo todo olhando para o nada. Quase não chorou!
Eu e meus irmãos tentamos, em vão, quebrar a nostalgia recordando momentos engraçados. Na hora do sepultamento, papai, já mais calmo, passou a mão sobre o caixão e falou com sentida emoção:
- Meus filhos, foram 55 bons anos… Ninguém pode falar do amor verdadeiro, se não tem idéia do que é compartilhar a vida com alguém por tanto tempo.
Ele fez uma pausa, enxugou as lágrimas e continuou:
- Ela e eu estivemos juntos em muitas crises. Mudei de emprego, re­novamos toda a mobília quando vendemos a casa e mudamos de cidade. Compartilhamos a alegria de ver nossos filhos concluírem a faculdade, choramos um ao lado do outro quando entes queridos partiam. Oramos juntos na sala de espera de alguns hospitais, nos apoiamos na hora da dor, e perdoamos nossos erros… Filhos, agora ela se foi e estou contente. E vocês sabem por quê? Porque ela se foi antes de mim, e não teve que viver a agonia e a dor de me enterrar, de ficar só depois da minha partida. Sou eu que vou passar por essa situação, e agradeço a Deus por isso. Eu a amo tanto, que não gostaria que sofresse assim.
Quando meu pai terminou de falar, meus irmãos e eu estávamos com os rostos cobertos de lágrimas. Nós o abraçamos e ele nos consolava, dizendo: “Está tudo bem, meus filhos, podemos ir para casa.”
E por fim, o professor concluiu: “Naquele dia, entendi o que é o verdadeiro amor. Está muito além do romantismo, e não tem muito a ver com o erotismo, mas se vincula ao trabalho e ao cuidado a que se professam duas pessoas realmente comprometidas” Quando o mestre terminou de falar, os jovens universitários não puderam argumentar, pois esse tipo de amor era algo que não conheciam. O verda­deiro amor se revela nos pequenos gestos, no dia-a-dia e por todos os dias. O verdadeiro amor não é egoísta, não é presunçoso, nem alimenta o desejo de posse sobre a pessoa amada.
“Quem caminha sozinho, pode até chegar mais rápido. Mas aquele que vai acompanhado, com certeza, chegará mais longe, e terá a indescritível alegria de compartilhar alegria… Alegria esta que a solidão nega a todos que a possuem”.
Marilu Tourinho
Damos graças a Deus por chegarmos aos 54 anos de casamento (em 2015) ainda com saúde e vigor. Meu esposo com 79 anos e eu com 77 mas com boa saúde e com aparência de 10 a até 15 anos menos, segundo médicos, e por termos, transferirmos essa herança genética aos quatro filhos (dois casais) e ao sete netos (três netas e quatro netos), todos bo­nitos, sadios e inteligentes.
“QUISÉRAMOS NÓS PODER CONTAR AS GRANDES BÊNÇÃOS QUE DE DEUS RECEBEMOS PARA CHEGARMOS A ESSE DIA E,
SE CHEGAMOS, FOI PORQUE COM MÃOS FORTES
ELE NOS SUSTENTOU”