Por THEODIANO BASTOS
CRIATIVIDADE, GENIALIDADE E LOUCURA A PSICOLOGIA DO
LOUCO
A linha entre loucura e genialidade é
mais tênue do que se imaginava
"Só os loucos sabem" é mais do que frase de Facebook
Matemático, esquizofrênico e paranoico, John Forbes
Nash é um gênio. Reconhecido mundialmente por ganhar o Nobel de matemática, o
estudioso também acredita que aliens o recrutaram para salvar o mundo. E sobre
isso, Forbes disse: “As minhas ideias sobrenaturais vieram da mesma maneira que
as matemáticas. Por isso, decidi levar as duas igualmente a sério”.
E Nash está longe de ser o único gênio “louco” da
história. Vincent Van Gogh, Virginia Woolf e Ernest Hemingway são apenas alguns
exemplos de pessoas geniais que sofriam de doenças psicológicas. Exatamente por
isso, muitos pensaram durante anos que a criatividade estava estritamente
relacionada à psicopatologia.
Porém, psicólogos vêm afirmando que
essa constatação pode ser um engano. Para eles, há dois fatos que reforçam o
contraponto: há inúmeros gênios “normais” na história da humanidade; e
manicômios não costumam produzir grandes finalidades criativas.
Então a ligação existe ou não? Estudos empíricos
afirmam que sim, a genialidade possui uma forte relação com a loucura. O mais
importante processo entre elas é a desinibição cognitiva: a tendência de
prestar atenção a coisas que normalmente seriam ignoradas ou filtradas por
parecerem irrelevantes.
Esse tipo de percepção foi o que motivou Alexander
Fleming a descobrir a penicilina e muitos outros exemplos. O mesmo serve para o
campo artístico, que normalmente valoriza as “coisas mundanas” e dá
protagonismo à rotina, muito retratada na literatura, no cinema, na música,
etc.
Contudo, a desinibição cognitiva é associada às
patologias psicológicas. Por exemplo, esquizofrênicos acabam se bombardeando
com informações que talvez pudessem ser “filtradas”. E segundo uma pesquisadora de
Harvard, essa é uma diferença essencial entre os gênios e os “loucos”: agregar
à sua máxima inteligência o conceito de desinibição.
“Inteligência excepcional pode ser útil, mas sem a
cognição ela não consegue ser original e surpreendente”, conta Shelly
Carson. Para ela, pessoas com QI elevado nem sempre são capazes de
produções geniais.
As pessoas criativas, no entanto, caminham entre o
normal e anormal, encontrando impulsos e ideias capazes de gerar conteúdos
diferenciados. Como o matemático John Forbes Nash disse: “A racionalidade do
pensamento impõe um limite na relação das pessoas com seus cosmos”.
O neurocientista Eslen Delanogare explora a conexão
intrigante entre genialidade e loucura. Ele mergulha profundamente na complexa
relação entre o funcionamento cerebral, a expressão genética e a criatividade.
SAIBA MAIS EM: https://www.youtube.com/watch?v=0TRrE7Pv6w0
-https://www.youtube.com/watch?v=YNnDBdSKyWg
E https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2014/10/linha-entre-loucura-e-genialidade-e-mais-tenue-do-que-se-imaginava.html
Getúlio Bastos, médico apeosentado, Feira de Santana, comenta sobre O QUE SEPARA A GENIALIDADE DA LOUCURA: Eu sou de parecer que, no atual estágio de evolução do ser humano, uma avalanche de informações que chegam repentinamente ao cérebro humano é difícil de ser equacionadas e daí pode desencadear situações perturbadoras, como que a ciência chama de esquizofrenia, que aliás pode não ser apenas uma situação específica mas várias doenças (essa constatação já é conhecida há bastante tempo). Acredito que, quando o ser humano consegui digerí-las todas, não acarretará nenhuma anomalia, seguindo a vida o seu curso normal. E esse dia chegará.
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