sábado, 17 de agosto de 2024

O QUE SEPARA A GENIALIDADE DA LOUCURA

 

Por THEODIANO BASTOS

CRIATIVIDADE, GENIALIDADE E LOUCURA                             A PSICOLOGIA DO LOUCO

A linha entre loucura e genialidade é mais tênue do que se imaginava

"Só os loucos sabem" é mais do que frase de Facebook

Matemático, esquizofrênico e paranoico, John Forbes Nash é um gênio. Reconhecido mundialmente por ganhar o Nobel de matemática, o estudioso também acredita que aliens o recrutaram para salvar o mundo. E sobre isso, Forbes disse: “As minhas ideias sobrenaturais vieram da mesma maneira que as matemáticas. Por isso, decidi levar as duas igualmente a sério”.

E Nash está longe de ser o único gênio “louco” da história. Vincent Van Gogh, Virginia Woolf e Ernest Hemingway são apenas alguns exemplos de pessoas geniais que sofriam de doenças psicológicas. Exatamente por isso, muitos pensaram durante anos que a criatividade estava estritamente relacionada à psicopatologia.

Porém, psicólogos vêm afirmando que essa constatação pode ser um engano. Para eles, há dois fatos que reforçam o contraponto: há inúmeros gênios “normais” na história da humanidade; e manicômios não costumam produzir grandes finalidades criativas.

Então a ligação existe ou não? Estudos empíricos afirmam que sim, a genialidade possui uma forte relação com a loucura. O mais importante processo entre elas é a desinibição cognitiva: a tendência de prestar atenção a coisas que normalmente seriam ignoradas ou filtradas por parecerem irrelevantes.

Esse tipo de percepção foi o que motivou Alexander Fleming a descobrir a penicilina e muitos outros exemplos. O mesmo serve para o campo artístico, que normalmente valoriza as “coisas mundanas” e dá protagonismo à rotina, muito retratada na literatura, no cinema, na música, etc.

Contudo, a desinibição cognitiva é associada às patologias psicológicas. Por exemplo, esquizofrênicos acabam se bombardeando com informações que talvez pudessem ser “filtradas”. E segundo uma pesquisadora de Harvard, essa é uma diferença essencial entre os gênios e os “loucos”: agregar à sua máxima inteligência o conceito de desinibição.

“Inteligência excepcional pode ser útil, mas sem a cognição ela não consegue ser original e surpreendente”, conta Shelly Carson. Para ela, pessoas com QI elevado nem sempre são capazes de produções geniais.

As pessoas criativas, no entanto, caminham entre o normal e anormal, encontrando impulsos e ideias capazes de gerar conteúdos diferenciados. Como o matemático John Forbes Nash disse: “A racionalidade do pensamento impõe um limite na relação das pessoas com seus cosmos”.

O neurocientista Eslen Delanogare explora a conexão intrigante entre genialidade e loucura. Ele mergulha profundamente na complexa relação entre o funcionamento cerebral, a expressão genética e a criatividade.

SAIBA MAIS EM: https://www.youtube.com/watch?v=0TRrE7Pv6w0 -https://www.youtube.com/watch?v=YNnDBdSKyWg E https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2014/10/linha-entre-loucura-e-genialidade-e-mais-tenue-do-que-se-imaginava.html

 

Um comentário:

  1. Getúlio Bastos, médico apeosentado, Feira de Santana, comenta sobre O QUE SEPARA A GENIALIDADE DA LOUCURA: Eu sou de parecer que, no atual estágio de evolução do ser humano, uma avalanche de informações que chegam repentinamente ao cérebro humano é difícil de ser equacionadas e daí pode desencadear situações perturbadoras, como que a ciência chama de esquizofrenia, que aliás pode não ser apenas uma situação específica mas várias doenças (essa constatação já é conhecida há bastante tempo). Acredito que, quando o ser humano consegui digerí-las todas, não acarretará nenhuma anomalia, seguindo a vida o seu curso normal. E esse dia chegará.

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