ROMBO NOS FUNDOS DE PENSÃO DA: R$ 31 bilhões!
Segundo
informa a Superintendência Nacional de Previdência Suplementar, o total de
prejuízo dos 43 fundos de pensão tiveram em 2014 um rombo de R$ 31 bilhões,
42,71% maior que em 2013 e que os associados terão de cobrir.
Vejam os maiores rombos:
PETROS, dos funcionários da Petrobras,
tem um rombo R$ 6,2 bilhões;
POSTALIS, dos funcionários dos
Correios, R$ 5,6 bilhões de rombo
FUNCEF, dos funcionários da Caixa
Econômica Federal, rombo de R$ 5,2 bilhões
PREVI, dos funcionários do Banco
Brasil: O prejuízo é de R$ 10 bilhões
da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) com a atual
crise financeira representa uma exceção que não contaminará os demais fundos de
pensão, avalia a Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência
Complementar (Abrapp). Segundo a entidade, o setor está preparado para
enfrentar a desvalorização das ações porque, na média, aplica pouco nas bolsas
de valores. Fonte: http://agencia-brasil.jusbrasil.com.br/
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Por Carlos Newton
“A maior caixa preta da corrupção do
governo federal não é a Petrobras. As irregularidades nos fundos de pensão são
ainda mais dissimuladas, e no caso delas o que está sendo desviado são recursos
dos planos de previdência, que resultam das contribuições mensais das empresas
estatais e de seus funcionários.
Os atuais gestores dos fundos de pensão são todos ligados
ao PT. Segundo reportagem de Alexandre Rodrigues e Daniel Biasetto, publicada
em O Globo, “o currículo de alguns gestores dos fundos de pensão alimenta as
denúncias de aparelhamento. Vários já passaram por outras fundações com
indicações políticas ou de sindicatos ligados à Central Única dos Trabalhadores
(CUT). Desde o início do governo Lula, em 2003, ex-integrantes do Sindicato dos
Bancários de São Paulo dominam os principais fundos: Previ,
Petros, Funcef e Postalis. João Vaccari Neto, o tesoureiro do
PT, é originário desse grupo, assim como Wagner Pinheiro, ex-presidente da
Petros e atual presidente dos Correios, que indicou o presidente do Postalis,
Antonio Carlos Conquista. Este, por sua vez, já foi gestor da Petros e da
Fundação Geap (de servidores federais)”.
FAPES
SE REBELOU
A única exceção entre os fundos de pensão é o discreto e
poderoso Fapes, dos funcionários do BNDES, que no primeiro governo Lula se
uniram e conseguiram impedir que um preposto de José Dirceu, chamado Marcelo
Sereno, colocasse as garras no caixa do fundo de pensão dos empregados do banco
de fomento.
Nos outros fundos, porém, as denúncias se multiplicam há
anos e a agência reguladora Previc (Superintendência Nacional de Previdência
Complementar), também controlada pelo PT, nada faz para coibir as irregularidades.
O pior é que, para abafar as constantes acusações dos
sindicatos e das entidades representativas dos empregados das estatais, o
PT conseguiu controlar também a estratégia Associação dos Participantes de
Fundos de Pensão (Anapar), que é presidida por Cláudia Ricaldoni, uma militante
que defende ardorosamente os interesses do partido e vive a elogiar a agência
reguladora.
“A Previc tem tomado bastante cuidado com todas as
denúncias. Não concordo com os que acham que o órgão é lento e irregular em
suas fiscalizações”, diz a dirigente da Anapar.
E a própria agência reguladora, quando procurada pela
imprensa, justifica sua omissão nos seguintes termos: “Como autarquia de
supervisão, a Previc não trata publicamente de situações específicas, em face da
necessária preservação de fatos e dados”. Se alguém conseguir explicar o que a
Previc está tentando dizer com essa frase, por favor nos oriente, porque a
justificativa foi feita naquele linguajar estranhíssimo que a presidente Dilma
Rousseff costuma usar e está se disseminando pelo resto do governo.
LAVA JATO
A oportuna reportagem de Alexandre Rodrigues e Daniel
Biasetto no Globo mostra que investigadores da Lava-Jato já encontraram
indícios de ramificações do esquema do doleiro Alberto Youssef em fundos de
pensão. “Em outubro, o advogado Carlos Alberto Pereira Costa, um dos principais
auxiliares de Youssef, disse em depoimento que o tesoureiro do PT, João Vaccari
Neto, frequentou uma empresa em São Paulo entre 2005 e 2006 para tratar de
negócios com fundos de pensão com um operador do doleiro. Carlos Alberto
Costa menciona, ainda, um suposto pagamento de propina a dirigentes da Petros,
fundo de pensão dos funcionários da Petrobras”, dizem os repórteres.
A denúncia de O Globo acentua que a “PF também encontrou
e-mails em computadores de pessoas ligadas a Youssef atribuindo à
influência de Vaccari a aplicação, em 2012, de R$ 73 milhões das fundações
Petros e Postalis, este último dos funcionários dos Correios, na empresa
Trendbank, que administra fundos de investimentos, causando prejuízos às
fundações. Vaccari negou as acusações. Também em 2012, o Postalis teve prejuízo
ao aplicar R$ 40 milhões num fundo no banco BNY Mellon, por meio de uma gestora
de investimentos indicada a dirigentes da fundação por operadores de Youssef”.
Traduzindo: a busca da Polícia Federal está apenas
começando. Como dizia Roberto Carlos, daqui para a frente, tudo vai ser
diferente.”
Carlos Newton é Jornalista. Originalmente publicado no site da
Tribuna da Imprensa on Line.
Fonte:
www.alertatotal.net (1604/15)
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