sexta-feira, 20 de junho de 2014
ELEITORADO QUER MUDANÇAS PROFUNDAS
70% DA POPULAÇÃO QUER MUDANÇAS, E MUDANÇAS PROFUNDAS
O Ibope recolheu a opinião dos eleitores sobre o desempenho do governo em oito áreas específicas. Em todas elas, sem exceção, a taxa de desaprovação é maior que o índice de aprovação. Na Educação, 67% desaprovam a ação governamental e 30% aprovam. Na Saúde, 78% desaprovam e apenas 19% aprovam. Na segurança, a desaprovação é de 75% e a aprovação de 21%. No meio ambiente, 52% de desaprovação, contra 37% de aprovação.
Na política de combate à fome e à pobreza, principal logomarca do petismo, a desaprovação é de 53% e a aprovação de 41%. No combate ao desemprego: 57% de desaprovação e 37% de aprovação. No essencial, que é a economia, os índices tóxicos se repetem. O combate à inflação é reprovado por 71% dos entrevistados e aprovado por apenas 21%. Na política de juros, a desaprovação é de 70% e a aprovação de 21%. Na área dos impostos, a desaprovação vai à casa dos 77% e a aprovação é de escassos 15%.
O Ibope informa que o mau humor do brasileiro içou a taxa de rejeição a Dilma Rousseff para as alturas. Hoje, declaram que não votariam nela “de jeito nenhum” 43% dos eleitores. Verificou-se que é menor a rejeição aos antagonistas Aécio Neves (32%) e Eduardo Campos (33%). Nesse contexto, o velho hábito de Lula de apontar o dedo indicador para as “classes dominantes”, elegendo-as como demônio para o qual transferir as culpas do PT, talvez já não seja a melhor arma eleitoral. É possível que não sirva nem mesmo para desconversar.
Lula ainda não se deu conta —ou talvez já tenha notado e apenas finge que não vê—, mas o fenômeno mais eloquente da atual quadra sucessória é o surgimento de nichos de contestação à margem do PT e de toda a engrenagem sócio-sindical que se move sob o comando do partido. As ruas voltaram para casa. Mas o sentimento de mudança explodiu em junho de 2013 continua ardendo no asfalto.
Tudo leva a crer que o ministro Gilberto Carvalho, o Gilbertinho, tem razão quando diz que os nomes feios que a presidente evoca não brotam apenas dos lábios da “elite branca”. Se as pesquisas carregam alguma novidade é a seguinte: o Brasil está virando uma espécie de Itaquerão hipertrofiado. A tese de que o problema são as elites já fez longa carreira no país do PT. Mas pode estar com os dias contados.
Só os petistas ainda não notaram que a elite agora são eles. Os 800 mil industriais que, segundo o então presidente da Fiesp Mário Amato, fugiriam do país se Lula fosse eleito em 1989, foram domesticados pelo “bolsa-empresário”, pelas isenções tributárias e pelo prêmio à sonegação embutido no Refis eterno. O empresariado reclama de Dilma porque já não se satisfaz com tudo. Exige algo mais.
A integração do indivíduo num grupo é, quase sempre, um processo de aviltamento. Por vezes, o sujeito tem que se violentar para entrar no todo. Mas Lula não parece desconfortável com sua nova condição. Ele hoje dá palestras milionárias, é protegido por seguranças, move-se em carro oficial e só voa de jatinho. Deve dar boas gargalhadas ao verificar, na hora de escovar os dentes e pentear os cabelos toda manhã, que a elite branca agora mora no espelho do banheiro da cobertura de São Bernardo.
LULA FOGE DOS ESTÁDIOS
MEDO DE VAIA AFASTA LULA DOS ESTÁDIOS
“Show de bola, por Nelson Motta
Nelson Motta, O Globo
“Os estádios estão
lindos e cheios, os jogos de ótimo nível, com muitos gols e surpresas, as torcidas
animadas e pacíficas, as ruas fervilhando de gringos e de alegria.
Independentemente da performance da seleção brasileira, a Copa é um sucesso.
Quem ama o futebol está feliz.
Assaltos,
arrastões, tiroteios, roubos e furtos, achaques policiais, saidinhas de banco,
sequestros-relâmpago — o habitual cotidiano urbano brasileiro — sumiram dos
noticiários e, aparentemente, das ruas. Com o Congresso em recesso
futebolístico, cessam temporariamente as negociatas vergonhosas, as tenebrosas
transações políticas e as propostas indecentes que prejudicam o país. Quem ama
o Brasil está feliz.
Quem não deve estar tão feliz é Lula, que trabalhou tanto pela Copa e ajudou o seu Corinthians a construir um estádio, que adora futebol, mas não vai assistir a nenhum jogo porque tem medo de ser vaiado, como nos Jogos Pan-Americanos de 2007, embora atribua a vaia a uma conspiração de Cesar Maia, que teria até treinado milhares de militantes da prefeitura para vaiá-lo… rsrs.
Pobre Lula, que imaginou desfrutar da “sua” Copa na Tribuna de Honra, assistindo à vitória da seleção brasileira e ovacionado pela multidão, vendo televisão em São Bernardo com dona Marisa. Para quem adora futebol não pode haver pior castigo.
A vaidade vai vencer a paixão? O que é uma vaiazinha diante de um jogão? Vai, Lula, vai!”
Fonte: Blog do Noblat, 20/06/14
sexta-feira, 13 de junho de 2014
DILMA É XINGADA E VAIADA NA ABERTURA DA COPA
DILMA É VAIADA E INSULTADA NA ABERTURA DA COPA
Vexame
ao vivo para o mundo
Estavam
presentes muitos chefes de estado, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon e toda
a cúpula da FIFA.
(mas
Lula não apareceu...) Lembrou-se que em 13 de julho de 2007 foi estrondosamente vaiado na Cerimônia de
Abertura do Pan-Americanos no Maracanã, no Rio, e não pode fazer o
pronunciamento. Ela estava o lado da Marisa, e espertamente lá não foi...
Dilma já tinha sido sonoramente
vaiada na abertura da Copa das Confederações, em junho do ano passado.
ÉPOCA, (16/06/14)
Por três vezes, a
multidão gritou gol, por quatro vezes mandou Dilma Rousseff tomar no c... Caía
por terra o esquema oficial para blindá-la. De pouco adiantou entrar no
Itaquerão quase clandestina. Dilma chegou em comboio por uma garagem. Subiu em
elevador privativo.
De nada adiantou
evitar pronunciamento e quebrar a tradição de Copas do Mundo. Não se anunciou
sua presença. Seu nome não foi citado. A imagem de Dilma no telão bastou para
detonar o coro ofensivo. Pior que as vaias do ano passado.
O que sentiu a herdeira
do ausente Lula? Em seus sonhos, a estreia da Copa no Brasil seria sua
consagração e do Partido dos Trabalhadores (PT). O que deu errado?
O primeiro gol
contra não foi do Marcelo. Foi do técnico Lula. Há quatro anos, ele convocou
como artilheira seu poste querido, inexperiente no gramado político, sem
talento para driblar adversidades, sem criatividade para virar um placar, sem
carisma para liderar companheiros, sem visão de jogo para lançamentos longos,
sem precisão nos cruzamentos, sem vocação para trabalho de equipe. Uma capitã
sem a generosidade do passe, sem a humildade da autocrítica, sem o brilho que
encanta, sem sorriso, sem suor, sem humor. Dilma foi imposta por Lula até a
aliados relutantes.
E, agora, o
ex-presidente, corintiano roxo, que pontuou seus dois mandatos com metáforas
futebolísticas, se viu coagido a não aparecer no Itaquerão em dia de gala. Ele,
que articulou a construção do estádio para sediar a abertura do Mundial, viu o
jogo no seu apartamento em São Bernardo, no ABC paulista. Medo de levar
rebarba?
Abertura da Copa,
cerimônia sem graça
Ao
invés de prestigiarem coreógrafos brasileiros, Joana Havelange, neta de
Havelange, contratou uma belga ao custo de US$ 9 milhões. Por muito menos qualquer
carnavalesco de escola de samba do Rio teria produzido um espetáculo muito
melhor.
Boletim da BITES
Consultoria (BITES@BITES.com.br),
empresa que monitora as redes sociais:
"Foram 39
segundos de constrangimento para a presidenta Dilma Rousseff nesta tarde
durante o jogo de abertura do Brasil na Copa do Mundo. Quando o presidente da
Fifa Joseph Blatter foi anunciado, ele levou uma grande vaia.
No caso da
presidenta, o coro se formou de maneira ofensiva. Milhares de pessoas começaram
a gritar “Ei, Dilma vai tomar no...”.
Não demorou para a
insatisfação deixar o Itaquerão e a sua capacidade de 69 mil pessoas e ganhar
as redes sociais. No Twitter, até às 20h30, foram publicados 18 mil posts sobre
o assunto, que geraram 60 milhões de impressões (número de vezes que a
informação ficou potencialmente exposta nos perfis dos 22 milhões de usuários
do Twitter no Brasil).
Três perfis foram
responsáveis por essa grande propagação e todos de natureza humorística: Danilo
Gentili, Oscar Filho e o fake Hugo Gloss. Juntos, eles reúnem 9,3 milhões de
seguidores.
O constrangimento
ao qual a presidenta foi submetida também ganhou a rede fora do País. Houve 153
tweets feitos em inglês relatando o coro no Itaquerão. O alcance foi de 165 mil
impressões, número baixo diante do número de usuários do Twitter no mundo.
Os grandes sites de
notícia também publicaram notas sobre o tema. O volume de citações à presidenta
nesta quinta-feira foi maior que as referências à palavra-chave “protesto” com
16.247 e 82 milhões de impressões.
Dilma perdeu para
Neymar que foi citado 671 mil vezes hoje nas redes sociais do Brasil.
No Facebook, por
exemplo, vários perfis de personalidades se encarregaram de exibir os vídeos
contra a presidente. O apresentador Marcelo Tas foi um dos principais
responsáveis pela dispersão de um vídeo feito por ele direto do estádio no
momento exato do ataque à Dilma.
Na sua fanpage
(http://goo.gl/dESNhe), Tas havia conseguido 103.067 compartilhamentos
orgânicos e 64.049 likes até às 21h30 de hoje. Ele tem 2,9 milhões de fãs.
No Youtube, o dia
fechou com 17 vídeos sobre o assunto. A dinâmica de visualização era tamanha
que o contador dos arquivos estava travado antes de liberar informações sobre o
total de visualizações do dia. No Google até às 21h havia 164 artigos indexados
sobre o incidente."
Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/
Xingar Dilma Roussef foi grosseria indesculpável
Josias
de Souza, 13/06/2014
Nesta quinta-feira, Dilma submeteu seu orgulho a teste na tribuna de honra do Itaquerão. Dali, assistiu à partida inaugural da Copa do Mundo. Dessa vez, tentou blindar-se no silêncio. Absteve-se de discursar. Não funcionou. Como queria a presidente, a torcida exorcizou o vira-latismo. Mas, desamarrando suas inibições, incorporou um pitbull.
Ao entoar o hino nacional, ao ovacionar os jogadores, a arquibancada tomou-se de um patriotismo inatural. Contudo, rosnou com agressividade inaudita ao dirigir-se a Dilma. Fez isso uma, duas, três, quatro vezes. Diferentemente do envelope de uma carta ou do e-mail, a vaia não tem nome e endereço. Pode soar inespecífica. Como no instante em que o serviço de som anunciou os nomes de Dilma e de Joseph Blatter.
Até aí, poder-se-ia alegar que o destinatário da hostilidade era o cacique da Fifa, não Dilma. A coreografia estimulava a versão. Blatter levantou-se. Dilma manteve-se sentada. O diabo é que o torcedor, salivando de raiva, tratou de dar nome aos bois. Foi assim no coro entoado nas pegadas da cerimônia de abertura da Copa.
“Ei, Dilma, vai tomar no c…”, rosnava um pedaço da multidão. “Ei, Fifa, vai tomar no c…”, gania outra ala. Quando Dilma foi exibida no telão do estádio vibrando com o segundo gol do Brasil, arrostou, solitariamente, uma segunda onda de xingamentos. Após a comemoração do terceiro gol, ela ouviu um derradeiro urro: ‘Ei, Dilma, etc…”
Fonte: http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/
Isso não me enfraquece, afirma Dilma após vaias na abertura da Copa
O Estado de S. Paulo, 13 Junho
2014
Presidente reage a
manifestações, diz que xingamentos não vão intimidá-la e defende a generosidade
do 'povo brasileiro'
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta
sexta-feira, 13, que as vaias e xingamentos não vão enfraquecê-la. "Podem
contar que isso não me enfraquece", disse durante a inauguração do trecho
sul do Expresso DF, uma das obras do Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC) Mobilidade Grandes Cidades no Distrito Federal.Por três vezes durante a cerimônia de abertura da Copa e a jogo da selação brasileira, nessa quinta-feira, 12, parte dos torcedores um coro ofensivo à presidente. A primeira após ela chegar ao estádio, a segunda depois da execução do hino nacional e a terceira no finalzinho do jogo. "Não vou me deixar perturbar por agressões verbais. Não vou me deixar, portanto, atemorizar por xingamentos que não podem ser sequer escutados pelas crianças e pelas famílias", afirmou Dilma.
A presidente chegou ao evento desta sexta acompanhada do governador Agnelo Queiroz, do ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e do ministro das Cidades, Gilberto Occhi, em um ônibus articulado. Dilma foi recebida na inauguração do BRT por uma plateia formada por operários da obra, além de militantes petistas e peemedebistas, que a aplaudiu principalmente quando a presidente respondeu ao episódio ocorrido nessa quinta.
Ao falar sobre o ocorrido, Dilma fez menção ao seu passado de militante política e o período em que ficou presa durante a ditadura militar. "Suportei agressões físicas que, quero dizer pra vocês, foram quase insuportáveis." E complementou: "Nada me tirou dos meus compromissos nem do caminho que tracei pra mim mesma".
No encerramento do discurso, a presidente afirmou não vai se deixar "intimidar" pelos xingamentos. "Eu não me abaterei por isso. Não me abato e não me abaterei." "Eu sei uma verdade, e tenho consciência dela porque conheco o caráter do povo brasileiro. O povo brasileiro não age assim, não pensa assim. O povo brasileiro é um povo civilizado e um povo extremamente generoso", finalizou.
Após a partida da seleção, assessores da presidente em Brasília afirmaram que a hostilidade contra ela no estádio já era esperada mas que a agressividade surpreendeu. Na noite dessa quinta, em entrevista a um programa de TV, o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, que a reação era dirigida a "qualquer autoridade" e não especificamente contra a presidente.
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