AGOSTO
VERMELHO, Onda
de greves desafia governo Dilma
Mais de 350 mil servidores federais de 28 diferentes carreiras
estão parados, alguns há mais de 90 dias. E Acuado pela greve dos servidores, governo
admite negociar. A
presidente Dilma é refém da REPÚBLICA SINDICAL.
“Quem
ela pensa que é?” já deram o recado; é uma queda de braço... Ministérios,
universidade, IFES, fundações, agências reguladoras. O Movimento grevista se espalhou
pelo país e expôs ministro próximo ao núcleo da presidente a vaias.
O Sindicato dos Servidores Públicos Federais do
Distrito Federal (Sindsep-DF) informou que servidores filiados à entidade de
cinco ministérios e de outras cinco áreas estão em greve. A paralisação parcial
atinge as pastas da Saúde, do Planejamento, Desenvolvimento Agrário, Trabalho e
Turismo.
Também estão sem trabalhar os servidores da Fundação Nacional de Saúde, do
Hospital das Forças Armadas, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária (Incra), Ibama, Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Arquivo
Nacional.
Já o
Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação
(Sinagênicas) informou que dez agências reguladoras estão em greve, como
Agência Nacional de Vigilância Sanitária e Agência Nacional de
Telecomunicações.
O movimento
de reivindicação dos servidores das agências teve início em 16 de julho e tem
66% de adesão, segundo o sindicato. A entidade informou que as agências
empregam 7,5 mil servidores públicos em todo o país.
Nesta terça-feira (7), policiais federais também entraram em greve. Policiais rodoviários federais também ao
movimento. Também estão em greve, desde 21 de maio, os professores da Universidade de
Brasília. Os técnico-administrativos da instituição estão
parados desde 11 de junho.
Filiados
ao Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário e Ministério Público da
União no DF (Sindjus) aprovaram greve em 1º de agosto.
O
Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Distrito Federal (Sindsep-DF)
informou que servidores filiados à entidade de cinco ministérios e de outras
cinco áreas estão em greve. A paralisação parcial atinge as pastas da Saúde, do
Planejamento, Desenvolvimento Agrário, Trabalho e Turismo.
Também estão sem trabalhar os servidores da Fundação Nacional de Saúde, do
Hospital das Forças Armadas, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária (Incra), da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Arquivo Nacional.
A despesa
média mensal com servidores do Executivo saltou de R$ 2.840 per capita, no
início do governo petista, para R$ 7.690, hoje -alta de 170%, contra uma
inflação acumulada de 70%.
Diz GUSTAVO
PATU: “A administração petista estabeleceu, na bonança econômica de Lula, um
padrão de generosidade com o funcionalismo que Dilma, neste momento de vacas
magras, não pode reproduzir”.
Polícia
rodoviária ampliou a operação-padrão para todo o país
Reajustes
salariais bem superiores aos da iniciativa privada não foram a única benesse
concedida aos sindicatos dos servidores, que estão entre as principais bases
políticas do PT.
O quadro de
civis do Poder Executivo foi elevado de 485 mil para os atuais 573 mil
funcionários, revertendo praticamente todo o enxugamento promovido nos anos
FHC.
Atendendo à
pressão das corporações, o número de carreiras na máquina administrativa
federal saltou de pouco mais de 30 para mais de uma centena hoje -cada uma com
seus próprios planos de carreira e demandas salariais.
Essa
expansão não seguiu uma política de recursos humanos que identificasse as
necessidades dos diferentes órgãos e categorias.
Tratou-se,
principalmente, de uma ofensiva de reparação aos servidores do Executivo, que,
no governo tucano, haviam sido sacrificados pelo ajuste fiscal e viram seus
vencimentos se distanciarem ainda mais dos salários do Legislativo e do
Judiciário.
PACOTES
Graças
a dois pacotes de reajustes salariais generalizados, em 2006 e 2008, os
funcionários da administração direta, das autarquias e das fundações tiveram
ganhos inéditos em tempos de inflação controlada.
A
despesa média mensal com servidores do Executivo saltou de R$ 2.840 per capita,
no início do governo petista, para R$ 7.690, hoje -alta de 170%, contra uma
inflação acumulada de 70%.
No
topo do ranking salarial, delegados da Polícia Federal, cuja remuneração máxima
era de exatos R$ 9.281,73, hoje recebem até R$ 19.699,82, mais que o dobro.
O
surto de reajustes desencadeou uma corrida entre carreiras e poderes. Na lógica
sindical do funcionalismo, não importam apenas os ganhos, mas também a posição
na hierarquia salarial do serviço público.
Dilma,
no entanto, foi obrigada a promover uma política de contenção de gastos para
controlar a inflação herdada do antecessor e manter a dívida pública sob
controle. Como os programas sociais de transferência de renda e as obras
de infraestrutura são prioridades indiscutíveis, o quadro de pessoal foi a
vítima preferencial do ajuste.
Como em
todo o Brasil, Vitória também já enfrenta os transtornos no Aeroporto com a
Polícia Rodoviária Federal parando o trânsito no acesso e no interior, a Polícia Federal com parando os embarques com
a “operação padrão” e muitos perderam os vôos. Também paralisaram a emissão de
70 passaportes por dia, navios em fila para atracar porque a ANVISA não libera,
exportações paradas e o caos nas avenidas paralisando o trânsito e por aí vai.
FAREMOS O GOVERNO SANGRAR
O
Sindifisco, entidade sindical da Receita Federal, deu um aviso ao
Ministério do Planejamento. Se o governo levar adiante o plano de substituir na
fiscalização aduaneira os auditores federais por servidores dos Estados e das
prefeituras, a medida será entendida como uma “declaração de guerra.”
“E
nessa guerra, vamos fazer o governo sangrar”, disse Pedro
Delarue presidente do Sindifisco, em
reunião com Sérgio Mendonça, secretário de Relações do Trabalho da pasta do
Planejamento. Ocorrido na noite de quarta (8), o encontro foi relatado por
Delarue a delegados sindicais do fisco nesta quinta (9).
O linguajar bélico do líder do sindicato da Receita foi reproduzido em
textos pendurados no site da entidade. Num, Delarue refere-se à audiência com o
auxiliar da ministra Miriam Belchior (Planejamento) como evidência de que,
emparedado pelas greves, o “governo já sente a necessidade de
negociar.”