sábado, 4 de fevereiro de 2012

CONEXÃO BRASIL/CUBA

A CONEXÃO BRASIL/CUBA
NÓDOAS NA POLÍTICA EXTERNA DO BRASIL

Em 2010, em visita a Cuba, Lula praticou a mais vergonhosa atitude ao tripudiar a memória do pedreiro Orlando Zapata Tamoyo, que acabara de morrer após uma greve de fome de 85 dias em luta pela liberdade e em frase mais ignominiosa de um presidente brasileiro, disse Lula: “Eu penso que a greve de fome não pode ser usada como um pretexto de direitos humanos para libertar pessoas. Imagine se todos os bandidos que estão presos em São Paulo entrassem em greve de fome e pedisse liberdade”.

Em 2007, por ocasião do Panamericano no Rio os pugilistas cubanos Erislandy Lara, de 25 anos, e Guillermo Rigondeaux, de 26 anos, queriam ficar no Brasil como asilado político, como tantos outros atletas cubanos fizeram antes deles no México, Itália, Alemanha, Estados Unidos, França, Espanha,  Argentina, e no Canadá.

Os dois pugilistas se desligaram de sua delegação na esperança de conseguirem asilo político, mas prenderam os rapazes e os entregaram a polícia cubana que os embarcaram em avião venezuelano e retornaram para Cuba.

Durante a ditadura Vargas, entregaram Olga Benário, grávida, esposa de Carlos Prestes, a um navio nazista ancorado no Rio. Na prisão, Olga deu a luz a Leocádia
Prestes e logo em seguida Olga foi executada.

                           *** 
Noticia o jornal O GLOBO de 04/02/12: “A blogueira Yoani Sánchez anunciou nesta sexta-feira, pelo Twitter, que Havana lhe negou pela 19ª vez a autorização para deixar o país. A cubana já tinha recebido o visto brasileiro e esperava visitar o Brasil para participar do lançamento de
“Não há surpresas. Voltaram a me negar a permissão de saída. É a 19ª vez que violam meu direito de entrar e sair de meu país”, escreveu Yoani no Twitter. “Eu me sinto como um refém sequestrado por alguém que não escuta, nem dá explicações. Um governo com máscara e pistola na cintura.”
Yoani vinha cobrando da presidente Dilma Rousseff, através da internet, que intercedesse a seu favor para que o governo cubano a autorizasse a viajar ao exterior. Primeiramente, ela postou no YouTube um vídeo pedindo que a presidente a ajudasse a sair do país para participar do evento. Depois, Yoani passou a se valer do Twitter, como nesta sexta-feira:
“Raúl Castro está viajando para a Venezuela e eu não posso visitar o Brasil. O que vale ter um porto tão grande como o de Mariel se não poderemos sair por ele”, disse a blogueira, em mensagem direcionada a Dilma. O porto de Mariel tem financiamento do BNDES e as obras estão sendo feitas pela Odebrecht.
A blogueira foi convidada pelo documentarista Dado Galvão para participar da exibição do documentário "Conexão Cuba-Honduras", em Jequié, na Bahia. O filme trata da liberdade de imprensa no Brasil e em Cuba, e Yoani é uma das entrevistadas.
Dado Galvão disse estar profundamente decepcionado com o governo cubano. Por telefone ao GLOBO, ele contou que já tinha tudo organizado para a chegada de Yoani, como passagens aéreas e hospedagem.
- Foi um baque. Agora sim posso dizer que a viagem de Dilma a Cuba foi decepcionante. Esperava que a nossa diplomacia pudesse interceder - disse.
Oficialmente, o tema Yoani Sánchez não foi tratado durante a visita da presidente brasileira a Havana, encerrada na terça-feira. O Itamaraty disse que não se manifestará sobre a decisão cubana por se tratar de um assunto de caráter interno.
Críticas a Dilma
Na quinta-feira, a blogueira escreveu nesta em sua conta no Twitter que nas ruas de Havana os cubanos comentam que “Dilma veio a Cuba com a carteira aberta e os olhos fechados”.
O comentário refere-se às parcerias fechadas entre os dois governos, com medidas de estímulo ao desenvolvimento econômico do regime dos irmãos Castro durante a visita, mas sem menções aos abusos e violações de direitos humanos cometidos na ilha e sem a abertura de espaço na agenda para aceitar os convites de dissidentes que pediram um encontro com a mandatária”.
Fonte: Jornal O GLOBO

Nenhum comentário:

Postar um comentário