sábado, 8 de novembro de 2025

28,5 MILHÕES DE BASILEIROS SÃO REFÉNS DO CRIME ORGANIZADO

 

                                         Por THEODIANO BSTOS

A rotina de medo dos 28,5 milhões de brasileiros reféns do crime organizado

Sob a mira de fuzis em territórios dominados por facções, eles convivem com uma tragédia cotidiana escancarada pela recente megaoperação do Rio.

O avanço de facções e milícias impõe um poder paralelo em vastos territórios do Brasil. Milhões vivem sob o medo e a extorsão, enquanto o Estado busca reverter um cenário de violência que se alastra enquanto o Estado busca reverter um cenário de violência que se alastra pelo país, afetando a economia, a educação e a saúde mental da população.


Carros queimados, estacas de ferro, trilhos de trem, cancelas — eis uma lista das barreiras que precisam ser cotidianamente vencidas por um naco expressivo da população do Rio de Janeiro para tão simplesmente chegar em casa. São obstáculos carregados do mais deletério dos simbolismos: fincados nas entradas de populosas favelas, eles têm o propósito de frear a polícia e demarcar onde termina o poder do Estado, com tudo o que embute, e começa o domínio do crime, que vem se apossando ao longo de décadas de vastos territórios à base da intimidação e crime, que vem se apossando ao longo de décadas de vastos territórios à base da intimidação e do medo — medo não, pavor. Quem leva o dia a dia na mira dos fuzis sabe bem que a vida sob as regras das sob as regras das quadrilhas, seja do tráfico, seja da milícia, depende da régia obediência a uma cartilha que todo mundo conhece de cor. “Carro de aplicativo não sobe aqui, esquece. Somos obrigados Somos obrigados a usar o sistema de mototáxis dos bandidos e, se recebo alguém, preciso ir buscar fora da comunidade, para não correr riscos”, diz uma residente de Itaboraí, na região metropolitana, diz uma residente de Itaboraí, na região metropolitana, que, como outras pessoas ouvidas pela reportagem de VEJA, não revela o nome e prefere nem dar as iniciais.

O avanço territorial dos criminosos não apenas no Rio, mas por todo o Brasil, espanta pela velocidade e a dimensão que tomou.

Leia mais em: https://veja.abril.com.br/brasil/a-rotina-de-medo-dos-285-milhoes-de-brasileiros-refens-do-crime-organizado/

COP30 MAIORES POLUIDORES NÃO PRESTIGIAM EVENTO

 


                                         Por THEODIANO BASTOS

Baixa presença de líderes na cúpula de Belém frustra Brasil às vésperas da COP30

Encontro preparatório expõe desinteresse político global pela pauta climática e enfraquece esforços do governo Lula

O principal objetivo do Brasil na COP é garantir recursos para um plano de 125 bilhões de dólares, pelo qual países ricos e investidores privados pagariam a nações emergentes para preservar suas florestas tropicais.

Até agora, poucos sinalizaram disposição para contribuir. Lula também tenta impulsionar o uso de biocombustíveis, área em que o Brasil é o segundo maior produtor do mundo

Embora mais de 70 presidentes e representantes de países estejam confirmados, líderes de quatro dos cinco países que mais poluem — China, Estados Unidos, Índia e Rússia — estariam ausentes, sendo representados por outros funcionários ou enviados especiais. Apenas a Presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen (representando a União Europeia), estaria entre os cinco maiores emissores a confirmar presença na cúpula que antecede a COP30. 

Top 10 Maiores Emissores de Gases de Efeito Estufa

Os dez países/regiões que mais emitem gases de efeito estufa (GEE) no ranking mundial são: 

China - Estados Unidos – Índia - União Europeia

Rússia – Brasil – Indonésia – Japão – Irã - México

O Brasil ocupa a sexta posição nesse ranking de emissões anuais e a quarta posição quando

consideradas as emissões históricas acumuladas desde a Revolução Industrial. 

A presidência da COP 30 tem buscado mobilizar a participação de todos os países, cobrando que atualizem suas metas climáticas (NDCs) para que a conferência seja eficaz na luta contra a crise climática. 

O desafio de sustentar dois discursos

A fala de Lula, no entanto, trouxe uma contradição: o presidente defendeu o fim dos combustíveis fósseis, mas o Ibama acabou de liberar a exploração de petróleo na Margem Equatorial, uma das fronteiras mais sensíveis da Amazônia.

SAIBAM MAIS EM: https://veja.abril.com.br/economia/quem-sao-os-chefes-de-estado-presentes-na-cupula-dos-lideres-em-belem/ - https://veja.abril.com.br/economia/a-reacao-do-governo-brasileiro-ao-primeiro-reves-da-cop30/ E https://veja.abril.com.br/agenda-verde/baixa-presenca-de-lideres-na-cupula-de-belem-frustra-brasil-as-vesperas-da-cop30/  - https://oglobo.globo.com/brasil/noticia/2025/11/06/quase-50-paises-apoiam-fundo-de-florestas-proposto-pelo-brasil-mas-apenas-portugal-anuncia-contribuicao-economica.ghtml

quarta-feira, 5 de novembro de 2025

LULA NÃO CITA OS 4 POLICIAIS MORTOS, MAS DIZ QUE HOUVE UMA CHACINA NO RIO. TRUMP DÁ APOIO A CLÁUDIO CASTRO, GOVERNADOR DO RIO

 


                                         Por THEODIANO BASTOS

Megaoperação com 121 mortos: Alexandre de Moraes e Claudio Castro se reúnem no Rio

Audiência ocorre no âmbito da ADPF das Favelas, que monitora a letalidade policial no estado

Ministro Alexandre de Moraes, o governador Cláudio Castro e o secretário de Polícia Militar Marcelo Menezes

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e o governador Cláudio Castro se reuniram no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), no Centro do Rio. Os dois chegaram ao local de helicóptero. A audiência de Moraes com Castro ocorreu no âmbito da ADPF das Favelas, que monitora a letalidade policial no estado. Na semana passada, uma megaoperação policial no Complexo do Alemão e da Penha deixou ao menos 121 mortos. Segundo o governo estadual, "foram apresentados dados sobre o planejamento e a execução da megaoperação realizada nos complexos da Penha e do Alemão" e o documento "mostra total transparência no cumprimento da ADPF 635".

Mas Lula chama de 'matança' operação no Rio que deixou 121 mortes e pede investigação

E a tal química Lula-Trump desandou? O motivo do desânimo sobre o tarifaço nos bastidores. Avanço nas negociações comerciais com os Estados Unidos fica em compasso de espera 


Em primeira fala pública sobre o tema, presidente disse que ação policial foi 'desastrosa'.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira, em entrevista a correspondentes internacionais, que a megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro na semana passada foi uma “matança” e pediu uma investigação sobre o assunto. Chamada de Contenção, a operação foi realizada pelas polícias militar e civil do Rio e deixou 121 mortos nos complexos do Alemão e da Penha.

— Houve uma matança e creio que é importante investigar em que condições ocorreu — disse Lula, de acordo com a agência AFP. 

Governo Trump envia carta em apoio a secretário de Cláudio Castro Documento é assinado por James Sparks, da Divisão de Combate às Drogas.

Uma semana depois da megaoperação que deixou 121 pessoas mortas nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, o governo de Donald Trump enviou uma carta ao secretário de Segurança Pública de Cláudio Castro (PL), Victor dos Santos, manifestando apoio à ação e lamentando as mortes dos policiais que estavam envolvidos com ela. Quatro policias morreram. 

SAIBA MAIS EM: https://veja.abril.com.br/politica/governo-trump-envia-carta-em-apoio-a-secretario-de-claudio-castro/ - https://oglobo.globo.com/politica/noticia/2025/11/04/lula-chama-de-matanca-operacao-no-rio-que-deixou-121-mortes-e-pede-investigacao.ghtml

TSE JULGA CASSAÇÃO DE CLÁUDIO CASTRO governador do Rio de Janeiro, por abuso de poder político e econômico na eleição de 22

Por THEODIANO BASTOS

Acusação 

Durante o julgamento, o vice-procurador eleitoral, Alexandre Espinosa, defendeu a cassação de Castro e condenação à inelegibilidade por oito anos. 

Após o voto de Isabel Galotti, o julgamento foi suspenso por um pedido de vista do ministro Antônio Carlos Ferreira. Não há data definida para a retomada do julgamento. 

O Ministério Público afirmou que Castro obteve vantagem eleitoral na contratação de servidores temporários, sem amparo legal, e na descentralização de projetos sociais para enviar recursos para entidades desvinculadas da administração pública do Rio.

De acordo com a acusação, a descentralização de recursos ocorreu para fomentar a contratação de 27.665 pessoas, totalizando gastos de R$ 248 milhões.

A acusação também citou que os pagamentos aos contratados eram feitos por meio saques na boca do caixa, com objetivo de aliciar eleitores. Além disso, alguns contratados teriam trabalhado na campanha de Castro. 

"A prova dos autos autoriza a caracterização do abuso de poder político e econômico, com gravidade suficiente para confiscar a legitimidade do pleito. Essa procuradoria eleitoral se manifesta pelo provimento do recurso para fixar a conduta vedada, a prática do abuso de poder político e econômico, cassando o diploma dos investigados eleitos, declarando a inelegibilidade pelo prazo de oito anos”, disse Espinosa

Defesa 

No julgamento, o advogado Fernando Neves, representante de Castro, disse que o governador apenas sancionou uma lei da Assembleia Legislativa e um decreto para regulamentar a atuação da Ceperj e não pode ser responsabilizado por eventuais irregularidades. 

"Se alguma irregularidade existiu na execução desses programas, o governador não pode responder por elas. É imaginar que se um motorista do tribunal tomasse uma multa por excesso de velocidade, fosse cobrar da presidente [Cármen Lúcia]. Evidentemente, não tem sentido", afirmou. 

A ministra Maria Isabel Galotti, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), votou nesta terça-feira (4) pela cassação do mandato do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, por abuso de poder político e econômico na campanha à reeleição, em 2022.  

A ministra também se manifestou pela decretação da inelegibilidade por oito anos e a realização de novas eleições para o governo do estado. 

O voto da ministra também condenou o ex-vice-governador Thiago Pampolha, Gabriel Rodrigues Lopes, ex-presidente da Ceperj; e o deputado estadual Rodrigo da Silva Bacellar (União), ex-secretário de governo.  

O voto foi proferido no início do julgamento no qual o Ministério Público Eleitoral (MPE) e coligação do ex-deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ) pretendem reverter a decisão do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ) que, em maio do ano passado, absolveu Castro e outros acusados no processo que trata de supostas contratações irregulares na Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj) e na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). 

A ministra também se manifestou pela decretação da inelegibilidade por oito anos e a realização de novas eleições para o governo do estado. 

Após o voto de Isabel Galotti, o julgamento foi suspenso por um pedido de vista do ministro Antônio Carlos Ferreira. Não há data definida para a retomada do julgamento. 

SAIBA MAIS EM: https://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2025-11/ministra-do-tse-vota-pela-cassacao-do-governador-claudio-castro E https://g1.globo.com/politica/noticia/2025/11/04/relatora-no-tse-vota-pela-cassacao-de-mandato-e-inelegibilidade-de-claudio-castro.ghtml


terça-feira, 4 de novembro de 2025

CPI DO CRIME ORGANIZADO TEM O SENADOR FABIANO CONTARATO PT/ES COMO PRESIDENTE

 

                                         Por THEODIANO BASTOS

Planalto vê CPI do Crime Organizado com maior risco político que INSS

Governo teme que oposição consiga monopolizar o debate no Congresso com segurança pública

CPI do Crime é instalada no Senado; veja quem são os titulares do colegiado

Fabiano Contarato (PT-ES) será o presidente do colegiado, Hamilton Mourão (Republicanos-RS), o vice, e Alessandro Vieira (MDB-SE), o relator

A abertura dos trabalhos da comissão nesta manhã foi conduzida pelo senador Otto Alencar (PSD-BA), por ser o senador mais velho.

O Palácio do Planalto avalia que a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Crime Organizado, que será instalada na terça-feira (4) no Senado, tem potencial de gerar maior desgaste para o governo Lula do que a própria CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que investiga descontos irregulares de aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

O colegiado terá como foco a apuração da atuação de milícias e de facções criminosas. O anúncio da CPI foi feito na quarta-feira (29) pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), após a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos.

 

Na visão de aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a direita vai se agarrar ao tema da segurança pública como última esperança para frear o crescimento da aprovação da gestão petista.

A preocupação é que a oposição consiga dominar o Congresso com a pauta do enfrentamento à criminalidade, enquanto o governo quer seguir explorando temas como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até 5 mil, a escala 6x1 de trabalho, tarifa zero no transporte público e outras propostas voltadas para a campanha eleitoral de 2026.

Sob reserva, aliados do Planalto admitem que, se o governo for forçado a falar apenas de segurança pública, tende a perder a batalha de narrativa para a oposição.

Isso porque o tema é considerado favorável à direita e, historicamente, negativo para a esquerda, que busca equilibrar a defesa dos direitos humanos com a ação concreta dos estados no combate ao crime organizado.

Para tentar evitar que a CPI do Crime Organizado monopolize a pauta, o Palácio do Planalto traçou uma estratégia para que os senadores mais combativos da base do governo atuem na comissão. Entre eles, o líder do governo no Senado, Jacques Wagner (PT-BA), e Rogério Carvalho (PT-SE), além de parlamentares alinhados ao Planalto, como Otto Alencar (PSD-BA) e Alessandro Vieira (MDB-SE), que pleiteia a relatoria.

Já a direita deve indicar nomes como os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Sergio Moro (Podemos-PR) e Marcos do Val (Podemos-ES).

Como mostrou a CNN Brasil, o PT e o Palácio do Planalto farão pesquisas para avaliar a percepção da população sobre a megaoperação policial nos complexos do Alemão e da Penha. O objetivo é orientar o posicionamento do partido e do governo no combate ao crime organizado.

O presidente Lula também tem sido orientado a evitar falas de improviso sobre segurança pública. O receio é que eventuais deslizes virem munição para a oposição no debate sobre o combate ao crime organizado.

Pesquisas feitas após a megaoperação apontam apoio da população e o crescimento da aprovação do governador Cláudio Castro (PL).

Um levantamento da Genial/Quaest apontou que 64% da população do estado do Rio de Janeiro aprova a megaoperação policial contra a facção criminosa Comando Vermelho.

Já o Datafolha mostrou que a gestão do governador Cláudio Castro alcançou o maior índice de aprovação desde 2022. Segundo o levantamento, 40% dos moradores da capital e da região metropolitana do Rio de Janeiro avaliam o governo como ótimo ou bom.

SAIBA MAIS EM: https://www.cnnbrasil.com.br/politica/cpi-do-crime-e-instalada-no-senado-veja-quem-sao-os-titulares-do-colegiado/ E https://www.cnnbrasil.com.br/blogs/jussara-soares/politica/planalto-ve-cpi-do-crime-organizado-com-maior-risco-politico-que-inss/

LULA VETA NAVIO DA MARINHA E ALUGA IATE DE LUXO PARA SE HOSPEDAR EM BELÉM DE EMPRESÁRIO POLÊMICO

 

                                         Por THEODIANO BASTOS

Após vetar ficar num navio da Marinha, pois a estrutura não agradou — nem ele nem Janja, que já não gosta muito de militares –, por não ter alguns “luxos” de hotelaria presidencial nem ter mobilidade de navegação para passeios pelos riosr mobilidade de navegação para passeios pelos rios da região.

Entraram em cena, então, um certo empresário conhecido por interesses no governo e um ministro de Lula, que aparentemente resolveram o problema do petista e de Janja, segundo fontes do Planalto confirmaram ao Radar de VEJA.

Segundo um auxiliar do petista, ele avalia usar um iate conseguido pelo ministro Alexandre Silveira, com a ajuda do empresário Carlos Suarez, o famoso “Rei do Gás”, que tem relações com Silveira.

A família que conquistou contratos milionários para fretar barcos ao governo do Amazonas também tem negócios em outras áreas, como a Oliveira Energia, que vendeu — negócio aprovado recentemente — a Am... em negócios em outras áreas, como a Oliveira Energia, que vendeu — negócio aprovado recentemente — a Amazonas Energia à Âmbar, do grupo J&F... Sacou?

Em nota, Presidência diz que não cogitou barco de empresário ou suas empresas e que embarcação será alugada seguindo critérios de 'segurança, preço e conforto'

O Radar mostrou recentemente que o custo de aluguel de um iate para COP30 estava em 450.000 reais.

Os custos envolvidos na negociação para aluguel do iate para Lula são secretos.

SAIBA MAIS EM: https://www.facebook.com/100010619717109/posts/2682628788767752/?rdid=8d5LusiFWK6kZDV8&share_url=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Fshare%2F16SzsLCe7y%2F# E https://veja.abril.com.br/politica/ministro-e-empresario-garantem-iate-de-luxo-para-lula-e-janja-na-cop30/ - https://veja.abril.com.br/brasil/barco-de-luxo-usado-por-lula-na-cop30-e-de-empresario-e-ja-esteve-envolvido-em-escandalo/

segunda-feira, 3 de novembro de 2025

O pacto da esquina: adolescentes juram devoção ao crime em troca de pertencimento

 

Brasília assistiu, nas últimas semanas, a vários episódios de crimes violentos envolvendo adolescentes como autores -

                                       Por THEODIANO BASTOS

Adolescentes encontram no mundo do crime uma forma de pertencimento a um status de poder. Usam da façanha para ganhar projeção, e demostram imaturidade ao ignorar que podem ser presos ou mortos

O relógio marca 17h, próximo ao sino que anuncia o fim das aulas. A essa altura, a Praça da Juventude, no Paranoá, começa a encher de jovens. Boa parte veste roupa de futebol, usa chuteiras e fones de ouvido. Outros chegam de bicicleta, com cigarro aceso e se encostam nas grades do campo. Entre risadas e gírias, o grupo de adolescentes ainda aparenta sinais da infância: são crianças crescidas. Nesse território de suposta ingenuidade, onde a educação e a cultura são precárias, mas o desejo de alcançar poder é forte, vários deles acabam pescados pelo crime.

Neste mês, Brasília assistiu a uma explosão de episódios violentos em que menores de idade figuraram como autores. Num deles, Isaac Augusto de Brito Vilhena, 16 anos, foi esfaqueado e morto durante um assalto na 112 Sul, em 17 de outubro. O crime foi cometido por três menores. Cinco dias antes, o policial penal Henrique André Venturini, 45, foi morto durante uma corrida de aplicativo no Riacho Fundo II. As investigações apontam que o agente reagiu à abordagem de um jovem e dois adolescentes, e disparou acidentalmente em si, na tentativa de acertá-los.

SAIBA MAIS EM: https://www.correiobraziliense.com.br/cidades-df/2025/11/7283259-o-pacto-da-esquina-adolescentes-juram-devocao-ao-crime-em-troca-de-pertencimento.html