Por THEODIANO BASTOS
Em 31 de mai. de 2025 aconteceu no México uma eleição inédita no mundo. Cem milhões de eleitores aptos participaram da escolha de ministros da Suprema Corte, magistrados regionais e juízes de distrito, um tipo de votação que não existe em nenhum outro país.
Sérgio Moro
deveria se candidatar a presidente em 26 com essa bandeira
A Bolívia é o país com o sistema de escolha do
Judiciário mais semelhante, mas o voto popular só é permitido para os cargos
dos tribunais superiores. Outros países, como os Estados Unidos, limitam a
votação a alguns juízes estaduais.
No México, a eleição por voto popular de todos os
membros do Judiciário se tornou uma das bandeiras políticas mais importantes do
movimento político Quarta Transformação (4T), liderado pelo ex-presidente
Andrés Manuel López
Obrador.
Durante seu governo (2018-2024), López Obrador defendeu
a ideia de "democratizar" o Judiciário, permitindo que os próprios
cidadãos escolhessem diretamente os integrantes desse poder.
Na época, contudo, ele não tinha votos suficientes no
Congresso para levar a proposta adiante.
Isso mudou após a vitória avassaladora da coalizão da
4T em 2024, que elegeu
a presidente Claudia
Sheinbaum, e uma nova composição no
Congresso, com votos suficientes para promover uma reforma constitucional no
Judiciário.
Os que apoiam a medida a veem como um modelo
pioneiro, que submete ao escrutínio popular as decisões e a atuação dos juízes
em todos os níveis, dando aos cidadãos o poder de destituí-los se não fizerem
bem o seu trabalho.
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