Por THEODIANO BSTOS
A rotina de medo dos 28,5 milhões de brasileiros
reféns do crime organizado
Sob a mira de fuzis em territórios dominados por
facções, eles convivem com uma tragédia cotidiana escancarada pela recente megaoperação
do Rio.
O avanço de
facções e milícias impõe um poder paralelo em vastos territórios do Brasil.
Milhões vivem sob o medo e a extorsão, enquanto o Estado busca reverter um
cenário de violência que se alastra enquanto o Estado busca reverter um cenário
de violência que se alastra pelo país, afetando a economia, a educação e a
saúde mental da população.
Carros queimados, estacas de ferro, trilhos de trem, cancelas — eis uma lista das barreiras que precisam ser cotidianamente vencidas por um naco expressivo da população do Rio de Janeiro para tão simplesmente chegar em casa. São obstáculos carregados do mais deletério dos simbolismos: fincados nas entradas de populosas favelas, eles têm o propósito de frear a polícia e demarcar onde termina o poder do Estado, com tudo o que embute, e começa o domínio do crime, que vem se apossando ao longo de décadas de vastos territórios à base da intimidação e crime, que vem se apossando ao longo de décadas de vastos territórios à base da intimidação e do medo — medo não, pavor. Quem leva o dia a dia na mira dos fuzis sabe bem que a vida sob as regras das sob as regras das quadrilhas, seja do tráfico, seja da milícia, depende da régia obediência a uma cartilha que todo mundo conhece de cor. “Carro de aplicativo não sobe aqui, esquece. Somos obrigados Somos obrigados a usar o sistema de mototáxis dos bandidos e, se recebo alguém, preciso ir buscar fora da comunidade, para não correr riscos”, diz uma residente de Itaboraí, na região metropolitana, diz uma residente de Itaboraí, na região metropolitana, que, como outras pessoas ouvidas pela reportagem de VEJA, não revela o nome e prefere nem dar as iniciais.
O avanço territorial dos criminosos não apenas no
Rio, mas por todo o Brasil, espanta pela velocidade e a dimensão que tomou.
Leia mais em: https://veja.abril.com.br/brasil/a-rotina-de-medo-dos-285-milhoes-de-brasileiros-refens-do-crime-organizado/
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