segunda-feira, 7 de abril de 2014

BRASIL, PAÍS-CHAVE DA AMÉRICA LATINA





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BRASIL, PAÍS-CHAVE DA AMÉRICA LATINA ELEIÇÃO DE OUTUBRO TEM IMPORTÂNCIA CONTINENTAL

O mundo está de olho no Brasil e por isso a eleição presidencial de outubro será de suma importância para a América Latina, porquanto há fortes indícios da derrota do governo ideológico da República Sindical e em conseqüência o fim da política externa subalterna aos interesses de Cuba, Venezuela e Argentina.

A incompetência
08 de abril de 2014
Arnaldo Jabor - O Estado de S.Paulo,
“Nunca vi o Brasil tão esculhambado como hoje. Perdoem a palavra grosseira, mas não há outra para nos descrever. Já vi muito caos no País, desde o suicídio de Getúlio até o porre do Jânio Quadros largando o poder, vi a morte de Tancredo na hora de tomar posse, vi o País entregue ao Sarney, amante dos militares. Vi o fracasso do Plano Cruzado, vi o escândalo do governo Collor, como uma maquete suja de nossos erros tradicionais, já vi a inflação a 80% num só mês, vi coisas que sempre nos deram a sensação fatalista de que a vaca iria docemente para o brejo, de que o Brasil "sempre" seria um país do futuro. Eu já senti aquele vento mórbido do atraso, o miasma que nos acompanha desde a Colônia, mas nunca vi o país assim. Parece uma calamidade pública sem bombeiros, parece um terremoto ignorado. Por que será? É óbvio que não é apenas o maluco governo do PT, mas também as marolas que ele espalha, os nós frouxos de uma política inédita no País que nem atam nem desatam.
Agora, tudo vai muito além da tradicional incompetência que sempre tivemos: linear, a boa e velha incompetência pública de sempre. Dá até saudades. A incompetência de agora é ramificada, "risômica", em teia, destrutiva, uma constelação de erros óbvios que eu nunca tinha visto.”...

...Os esquerdistas se sentem parte de uma dinastia desde Stalin - as palavras e conceitos ainda são usados. E, como no tempo do Grande Irmão, há o desejo de apagamento do sujeito, ou seja, nem a morte tem importância para sujeitos que viram objetos. Vide Coreia. Até o assassinato pode ser absolvido como uma necessidade histórica.
Um dia, um companheiro (que morreu há pouco...) me disse: "Não tema a morte. Marx disse que somos seres sociais. O indivíduo é uma ilusão. Para o comunista, a morte não existe". E eu sonhei com a vida eterna.
Essas são algumas das doenças mentais que estão levando o Brasil para um pântano institucional. Temos que nos salvar desse determinismo suicida.
Tudo vai explodir em 2015, o ano da verdade feia de ver. O mal que essa gente faz ao país talvez demore muitos anos para se reverter.
Se houver a vitória de Dilma ou a volta de Lula estaremos, como diria Hegel, fo&#dos - numa 'contradição negativa' que vai durar décadas para ser "superada".”                Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,a-incompetencia

Paulo Guedes, O Globo, Blog do Noblat, 08/04/14
“A pesquisa eleitoral do Datafolha registrou uma queda de 44% para 38% nas intenções de voto na presidente Dilma. A derrapagem da economia contribuiu para essa perda de popularidade.
Para 65% da população a inflação vai aumentar, e para 45% o desemprego vai piorar. É visível a deterioração das expectativas quanto à situação econômica ao longo dos últimos 12 meses.
O pessimismo em relação ao futuro próximo aumentou em 14% quanto ao desemprego, em 17% quanto ao poder de compra do salário e em 20% quanto à inflação.”
CONEXÃO BRASIL/CUBA
É do conhecimento de todos que o sonho dos atuais detentores do poder é transformar o Brasil numa Cuba Continental, haja vista os objetivos do Fórum de São Paulo. Vejam a subserviência da política externa do lulopetismo nos exemplos que seguem:

NÓDOAS NA POLÍTICA EXTERNA DO BRASIL

Em 2010, em visita a Cuba, Lula praticou a mais vergonhosa atitude ao tripudiar a memória do pedreiro Orlando Zapata Tamoyo, que acabara de morrer após uma greve de fome de 85 dias em luta pela liberdade e em frase mais ignominiosa de um presidente brasileiro, disse Lula: “Eu penso que a greve de fome não pode ser usada como um pretexto de direitos humanos para libertar pessoas. Imagine se todos os bandidos que estão presos em São Paulo entrassem em greve de fome e pedisse liberdade”.

Em 2007, por ocasião do Panamericano no Rio os pugilistas cubanos Erislandy Lara, de 25 anos, e Guillermo Rigondeaux, de 26 anos, queriam ficar no Brasil como asilado político, como tantos outros atletas cubanos fizeram antes deles no México, Itália, Alemanha, Estados Unidos, França, Espanha,  Argentina, e no Canadá.

Os dois pugilistas se desligaram de sua delegação na esperança de conseguirem asilo político, mas prenderam os rapazes e os entregaram a polícia cubana que os embarcaram em avião venezuelano e retornaram para Cuba.

Durante a ditadura Vargas, entregaram Olga Benário, grávida, esposa de Carlos Prestes, a um navio nazista ancorado no Rio. Na prisão, Olga deu a luz a Leocádia Prestes e logo em seguida Olga foi executada.




ESTÁDIOS DA COPA TÊM O DOBRO DO CUSTO POR ASSENTO



Custo médio de lugar nos estádios da Copa supera em quase o dobro os gastos na África do Sul e na Alemanha


Mané Garrincha possui o assento mais caro da Copa do Mundo: R$ 17.429,79
Por cada assento, nada menos que R$ 11.172,40. Esse é o custo médio de cada lugar nos 12 estádios construídos ou reformados para a realização da Copa do Mundo de 2014, no Brasil. O tamanho do investimento só ganha corpo quando comparado com o que foi investido nas duas edições anteriores do Mundial. Na África do Sul, em 2010, e na Alemanha, em 2006, os respectivos comitês organizadores gastaram quase a metade do que foi gasto por aqui.
Baseado nos dados fornecidos pelo site Portal da Transparência, do governo federal, é possível se ter uma ideia de como se torrou dinheiro com estádios no Brasil. O novo Mané Garrincha é um dos palcos da Copa que foram bancados 100% com verba pública, e também o mais caro. Cada assento do total de 68.009 lugares disponíveis custou R$ 17.429,79. Na África do Sul, para se ter uma ideia, o gasto médio com cada assento nos estádios ficou em R$ 6.941,14.
- Um dos fatores que explica o alto gasto é a megalomania de alguns estados. No Maracanã, que custou mais de um R$ 1 bilhão, você ainda tem a justificativa de que será o palco da cerimônia de abertura e encerramento. Já no caso do estádio de Brasília, não tem desculpa, é o maior absurdo que já existiu em um grande evento esportivo - criticou o consultor de gestão esportiva Amir Somoggi.
O investimento vultuoso promete agradar aos olhos durante a disputa do Mundial, com estádios modernos e um conforto que o torcedor brasileiro não está acostumado a ver. Mas o que aguarda algumas das 12 sedes do Mundial no Brasil é nebuloso. Algumas das obras com custo de assentos mais caro são justamente os localizados onde o futebol é menos desenvolvido. São os casos da Arena Amazônia (R$ 15.799,78), da Arena Pantanal (R$ 13.268,01), e o próprio Mané Garrincha. Todos eles uma fortuna se comparado com o que foi gasto na Alemanha: R$ 6.619,41.
- Uma questão tão ou mais importante é saber o que será feito dessas instalações depois, qual será o uso. Mesmo se fossem construídos por um preço menor, ainda assim tem de saber se valerá o investimento, porque depois da Copa, provavelmente ficarão ociosos - frisou Maurício Canedo, economista da FGV.

domingo, 6 de abril de 2014

TRABALHADORES PERDEM 662 MILHÕES



Perda do FGTS com ações já é de  R$ 662 milhões SÓ EM 2014!
Aplicação em ações da Vale e da Petrobrás caiu de R$ 5,58 bi para R$ 4,92 bilhões este ano

Luiz Guilherme Gerbelli - O Estado de S. Paulo
O patrimônio líquido das aplicações em recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em ações da Petrobrás e da Vale diminuiu R$ 662 milhões este ano. Os dados consolidados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) até o fim de março apontam que o montante aplicado nos fundos encerrou dezembro em R$ 5,588 bilhões, mas agora está em R$ 4,926 bilhões.
A queda no patrimônio dos fundos se acumula nos últimos anos e ocorre por diversos motivos. No caso da Petrobrás, há uma insatisfação de parte do mercado com a política de controle de preços do combustível promovida pelo governo. Em relação à Vale, houve uma rejeição no processo de como o governo atuou na troca de comando da empresa e, mais recentemente, há um temor com a desaceleração da economia chinesa - a empresa é grande exportadora de minério de ferro para o país asiático. Na semana passada, o Fundo Monetário Internacional (FMI) fez um alerta para que os países emergentes se ajustassem à "nova China" por causa da expectativa de crescimento menor para o país.
"Grande parte do problema desses fundos é o mesmo enfrentado pelos acionistas que compram ações diretamente da Petrobrás e da Vale: a mudança na forma de gerenciar essas empresas no governo Dilma", afirma Ricardo Rocha, professor de finanças do Insper.
A maior parte da perda de patrimônio este ano está concentrada na Vale: queda de R$ 458,49 milhões. Na Petrobrás, o recuo é de R$ 203,34 milhões. Com relação a rentabilidade, os fundos que investem na petroleira perderam 6,72%, e os da mineradora recuaram 12,31%.
Pelo menos para os fundos do FGTS que investem em ações da Petrobrás, houve um alívio em março. Segundo a Anbima, esses fundos subiram 14,98%, revertendo parte das fortes quedas de janeiro (13,93%) e fevereiro (5,74% ). Já os fundos da Vale caíram 4,79% no mês passado.
A melhora da Petrobrás acompanhou a subida da Bolsa. Em março, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) - principal termômetro do mercado acionário do País - avançou 7,05%, a maior alta mensal desde janeiro de 2012. As ações das empresas estatais puxaram o índice e foram impulsionadas pela queda na popularidade do governo, o que, para analistas, indica uma chance maior da oposição nas eleições de outubro e a possibilidade de uma gestão considerada menos intervencionista pelo mercado assumir o País a partir de 2015 e, assim, estabelecer uma política de preços para a petroleira.
"A queda da aprovação acabou criando uma aposta de que possa haver uma mudança de governo e de política para as empresas estatais, mas é muito numa expectativa que pode ou não se confirmar", afirma Silvio Campos Neto, economista da consultoria Tendências.
Apesar da perda de rentabilidade dos últimos anos, as aplicações em FGTS se revelam positivas no longo prazo. De agosto de 2000 até quinta-feira, quem adquiriu ações da Petrobrás teve ganho de 251,94%, segundo cálculo do Instituto FGTS Fácil. O resultado supera largamente o desempenho do tradicional FGTS, cujo rendimento é de 3% ao ano mais a variação da Taxa Referencial (TR), que no período rendeu 88,27%.
Os trabalhadores que aplicaram nas ações da Vale ganharam 621,94% desde fevereiro de 2002. No período, o FGTS rendeu 73,11%.
Dinheiro bom. O investimento de parte do FGTS em ações foi bastante popular no início da década passada e chegou a ter ganhos expressivos, sobretudo antes da crise financeira internacional iniciada em 2008. A aplicação ajudou, por exemplo, a servidora pública Maria Claudia Paiva, de 41 anos, a comprar uma casa própria no bairro da Penha, zona leste de São Paulo. "Eu usei o dinheiro no fim de 2010", afirma ela, que investiu em papéis da Vale.
Na época do saque, ela juntou os recursos com os do irmão e da mãe para adquirir o imóvel. "Fiquei sabendo da possibilidade de investimento pela imprensa. Na época, foi um burburinho muito grande", diz ela. "Eu não acompanhava muito, mas sabia que qualquer valor seria melhor do que rendia o fundo de garantia. Foi um dinheiro bom."
Popularização nos anos 2000. A possibilidade de comprar ações de empresas brasileiras com o uso do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) foi permitida pelo governo brasileiro no início dos anos 2000. O limite para aplicação era de 50% da conta individual de cada trabalhador. O investidor também tinha direito à isenção de Imposto de Renda sobre o preço da ação desde que ela não fosse vendida em menos de um ano. A aplicação lastreada em papéis da Petrobrás começou em agosto de 2000. Na época, o governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso estimou que 320 mil pessoas compraram ações da petroleira com FGTS. O valor chegou a R$ 1,5 bilhão.
No caso da Vale – chamada da Companhia da Vale do Rio do Doce –, o início foi em fevereiro de 2002, também na gestão FHC. De acordo com números do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgados na época, 791 mil pessoas compraram ações das mineradora – 728 mil usaram o fundo de garantia. O valor investido na época superou as expectativas do governo. A demanda somou R$ 3,4 bilhões, mas o limite fixado era de R$ 1 bilhão, o que fez com que os investidores recebessem apenas 29% do que reservaram na época para aplicação. A venda pulverizada das ações da Petrobrás e da Vale foi uma das medidas usadas pela administração tucana para reforçar o caixa do governo. Para exemplificar, toda a negociação envolvendo os papéis da mineradora totalizou R$ 15,3 bilhões, o triplo da oferta, o que garantiu uma receita de R$ 4,4 bilhões.

Caixa recebe R$ 3,64 bi por ano para gerir FGTS

Valor corresponde a R$ 0,99 de cada conta do Fundo existente, que não são unificadas

MURILO RODRIGUES ALVES, BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
O trabalhador brasileiro paga por mês R$ 0,99 à Caixa Econômica Federal para o banco estatal administrar cada uma das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) que ele possui. Até hoje, não existe uma conta única na qual seria depositado todo o dinheiro. Ou seja, a Caixa abre uma conta para cada um dos empregos que ele teve na vida.
Esse valor unitário da taxa de administração foi apresentado na última reunião do Conselho Curador do FGTS. O Estado teve acesso, com exclusividade, ao estudo que compara a taxa de administração paga à Caixa com o valor que recebem os maiores fundos de pensão e de investimento do País pela gestão dos respectivos ativos.
Os R$ 0,99 correspondem à taxa de administração per capita mensal de todas as 275,6 milhões de contas do FGTS com saldo, ativas e inativas (sem movimentação há mais de três anos) no fim de 2012.
Atualmente, pelos dados mais atualizados da Caixa, são 358 milhões de contas ativas. Se fosse cobrada a taxa apenas das contas ativas com recolhimento, o valor unitário subiria a R$ 7,52 por mês. A cobrança da taxa de administração não é personalizada.
Pelo trabalho no ano passado, a Caixa recebeu do fundo R$ 3,64 bilhões, 1% do ativo total do fundo em 2013. A regra que estipula esse porcentual para o pagamento ao gestor entrou em vigor em agosto de 2008. Nos últimos oito anos, o valor que a Caixa recebeu do fundo pela administração dos recursos cresceu 91,6%.
Justo. A decisão do conselho curador do FGTS na quarta-feira foi de manter a mesma taxa de 1% do ativo do fundo para remunerar o banco. O conselho é formado por representantes do governo (12 membros), dos trabalhadores (6 integrantes) e dos patrões (6 escolhidos). O ministro do Trabalho, Manoel Dias, definiu como "justo" o valor que o conselho desembolsa à Caixa Econômica Federal.
De acordo com o secretário executivo do conselho, Quênio Cerqueira de França, a Caixa informou que 95% do que recebe é gasto para atender o trabalhador. "As principais despesas, segundo a Caixa, são para manter uma rede de atendimento gigante para atender milhares de trabalhadores todo mês."
Na Caixa, existem superintendência e gerência exclusivas para os assuntos do FGTS, vinculadas à vice-presidência de fundos de governo e loterias. Os outros 5% da taxa seriam para custear os investimentos que o banco faz com os recursos do fundo em infraestrutura e no programa do governo federal Minha Casa, Minha Vida.
Atualização. O conselho decidiu que a Caixa vai assumir, a partir de junho deste ano, despesas com os Correios para o envio das demonstrações do fundo. No ano passado, esses serviços custaram R$ 210 milhões ao FGTS. Esse valor tende a ser menor, pois a divulgação dos rendimentos começou na ser feito via SMS.
Para Cláudio da Silva Gomes, representante da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no conselho, a Caixa precisa se atualizar tecnologicamente para prestar os serviços com mais eficiência.
O estudo compara a taxa de administração per capita paga à Caixa para cuidar de cada conta (R$ 1 por mês) e os custos que cada cotista paga aos maiores fundos de pensão (de R$ 86 a R$ 100 por mês) para concluir que o valor é bem menor que o praticado pelo mercado.
No entanto, quando se compara a taxa de administração com o ativo administrado, o FGTS tem o custo maior - 1% ao mês, ante 0,14% a 0,25% dos maiores fundos.
"É um valor gigantesco que o banco recebe para administrar um fundo que não recupera nem a perda inflacionária do período", diz Roberto Vertamatti, diretor de economia da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
Ele ressalta que a comparação não leva em conta a grande rentabilidade dos fundos de pensão, ao contrário do que acontece com o FGTS. Além disso, o saldo médio de cada conta do FGTS no fim do ano passado era de apenas R$ 2,2 mil.