Gelio Fregapani (*)
Os rumos que seguimos apontam para a
probabilidade de guerra intestina. Falta ainda homologar no Congresso
e unir as várias reservas indígenas em uma gigantesca, e declarar sua
independência. Isto não poderemos tolerar. Ou se corrige a situação agora ou
nos preparemos para a guerra.
Quase tão problemática quanto a questão indígena é a quilombola. Talvez desejem começar uma revolução comunista com uma guerra racial.
O MST se desloca como um exército de ocupação. As invasões do MST são toleradas, e a lei não aplicada. Os produtores rurais, desesperançados de obter justiça, terminarão por reagir.
Talvez seja isto que o MST deseja: a
convulsão social. Este conflito parece inevitável.
O ambientalismo, o indianismo, o movimento quilombola, o MST, o MAB e outros similares criaram tal antagonismo com a sociedade nacional, que será preciso muita habilidade e firmeza para evitar que degenere em conflitos sangrentos.
O ambientalismo, o indianismo, o movimento quilombola, o MST, o MAB e outros similares criaram tal antagonismo com a sociedade nacional, que será preciso muita habilidade e firmeza para evitar que degenere em conflitos sangrentos.
[...]
A crise econômica e a escassez de recursos naturais poderão conduzir as grandes potências a tomá-los a manu militari, mas ainda mais provável e até mais perigosa pode ser a ameaça de convulsão interna provocada por três componentes básicos
— a divisão do povo brasileiro em
etnias hostis;
— os conflitos potenciais entre
produtores agrícolas e os movimentos dito sociais;
— e as irreconciliáveis divergências
entre ambientalistas e desenvolvimentistas.
[...]
A ameaça de conflitos
étnicos, a mais perigosa pelo caráter separatista
A
multiplicação das reservas indígenas, exatamente sobre as maiores jazidas
minerais, usa o pretexto de conservar uma cultura neolítica (que nem existe
mais), mas visa mesmo a criação de "uma grande nação" indígena. Agora
mesmo assistimos, sobre as brasas ainda fumegantes da Raposa-serra do Sol, o
anúncio da criação da reserva Anaro, que unirá a Raposa/São Marcos à Ianomâmi.
Posteriormente a Marabitanas unirá a Ianomâmi à Balaio/Cabeça do Cachorro, englobando
toda a fronteira Norte da Amazônia Ocidental e suas riquíssimas serras prenhes
das mais preciosas jazidas.
O problema é mais profundo do que parece; não é apenas a ambição estrangeira. Está também em curso um projeto de porte continental sonhado pela utopia neomissionária tribalista. O trabalho de demolição dos atuais Estado-nações visa a construção, em seu lugar, da Nuestra América, ou Abya Yala, idealizado provavelmente pelos grandes grupos financistas com sede em Londres, que não se acanha de utilizar quer os sentimentos religiosos quer a sede de justiça social das massas para conservar e ampliar seus domínios.
[...]
Falta ainda homologar no congresso e unir as várias reservas em uma gigantesca e declarar a independência, e isto não poderemos tolerar. Ou se corrige a situação agora ou nos preparemos para a guerra.
O perigo não é o único, mas é bastante
real. Pode, por si só, criar ocasião propícia ao desencadeamento de
intervenções militares pelas potências carentes dos recursos naturais —
petróleo e minérios, quando o Brasil reagir.
Quase tão problemática quanto a questão indígena é a quilombola
[...]
Tem gente se armando, tem gente se preparando para uma guerra. Temos de abrir o olho também para esse processo, que conduz ao ódio racial. Normalmente esquerdistas, talvez desejem começar uma revolução comunista com uma guerra racial.
Certamente isto vai gerar conflitos, mas até agora o movimento quilombola não deu sinal de separatismo.
Os Conflitos Rurais — talvez
os primeiros a eclodir.
O MST se desloca como um exército de ocupação, mobilizando uma grande massa de miseráveis (com muitos oportunistas), dirigidos por uma liderança em parte clandestina. As invasões do MST são toleradas e a lei não aplicada. Mesmo ciente da pretensão do MST de criar uma "zona livre", uma "república do MST" na região do Pontal do Paranapanema, o Governo só contemporiza; finge não perceber que o MST não quer receber terras, quer invadi-las e tende a realizar ações cada vez mais audaciosas.
É claro que os produtores rurais, desesperançados de obter justiça, terminarão por reagir. Talvez seja isto que o MST deseja; a convulsão social, contando, talvez, com o apoio de setores governamentais como o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Segundo Pedro Stédile: "O interior do Brasil pode transformar-se em uma Colômbia. A situação sairá de controle, haverá convulsões sociais e a sociedade se desintegrará."
Este conflito parece inevitável.
Provavelmente ocorrerá num próximo governo, mas se ficar evidente a derrota do
PT antes das eleições, é provável que o MST desencadeie suas operações antes
mesmo da nova posse.
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A três passos da guerra
civil
O ambientalismo, o indianismo, o movimento quilombola, o
MST, o MAB e outros
similares criaram tal antagonismo com a sociedade nacional, que será preciso
muita habilidade e firmeza para evitar que degenere em conflitos sangrentos.
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Uma vez iniciado um conflito, tudo
indica que se expandirá como um rastilho de pólvora. Este quadro, preocupante
já por si, fica agravado pela quase certeza de que, na atual conjuntura da
crise mundial o nosso País sofrerá pressões para ceder suas riquezas naturais —
petróleo, minérios e até terras cultiváveis — e estando dividido sabemos o que acontecerá, mais
ainda quando uma das facções se coloca ao lado dos adversários como já
demonstrou o MST no caso de Itaipu.
Bem, ainda temos Forças Armadas, mas segundo as últimas notícias, o Exército (que é o mais importante na defesa interna) terá seu efetivo reduzido. Será proposital?
Que Deus guarde a todos vocês.
(*) Gelio Fregapani é escritor e Coronel da Reserva do EB, atuou na
área do serviço de inteligência na região Amazônica, elaborou relatórios como o
do GTAM, Grupo de Trabalho da Amazônia.
Fonte: www.alertatotal.net