Parte da Amazônia vendida
CUIDADO COM A CHINA
Governo comemora resultado do leilão do pré-sal, no Rio de Janeiro (21/10/13)
Consórcio vencedor é liderado pela
Petrobras, com participação de 40%.
Área leiloada é a maior reserva de petróleo descoberta no Brasil.
O governo comemorou como vitória o resultado do leilão
do pré-sal, que teve apenas um consórcio interessado, e com forte peso da
Petrobras. O leilão do Campo de Libra, da Bacia de Campos, foi o primeiro sob o
novo regime de partilha do pré-sal, em que uma parte do petróleo extraído fica
com a União.
O representante da Advocacia Geral da
União começou informando que a Justiça recebeu 26 pedidos para interromper a
licitação, mas nenhuma liminar foi concedida. Depois disso, o leilão foi
rápido. As empresas interessadas tiveram três minutos para entregar as
propostas. Ao fim desse tempo, só um envelope apareceu. Sem competidores, o
consórcio ofereceu o percentual mínimo: o governo vai ficar com 41,65% de
óleo-lucro, depois de descontados os custos de produção e os royalties.
O consórcio
vencedor é liderado pela Petrobras, que ficou com 40% (10% do lance e 30%
obrigatórios previstos no edital), a anglo-holandesa Shell e a francesa Total,
com 20% cada uma, e as estatais chinesas, CNPC e CNOOC, com 10% de participação
cada. Apesar da ausência de concorrentes no
leilão, a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP) se mostrou
otimista com o resultado. "Foi um sucesso absoluto onde Libra terá como
resultado para o governo brasileiro um montante da ordem de R$ 1 trilhão, ao
longo de 30 anos de produção. Ninguém pode estar triste com isso”, afirma Magda
Chambriard, diretora-geral da ANP.
O ministro de Minas e Energia, Edison
Lobão, comemorou o valor do bônus de assinatura, uma espécie de taxa que a
empresa vencedora é obrigada a pagar para ter o direito de explorar a área.
“Nunca houve no mundo um bônus de assinatura tão alto como esse que nós
estabelecemos agora. Durante os próximos quatro, cinco anos, esse consórcio vai
realizar pesados investimentos na exploração do petróleo. Portanto, há um êxito
total”, aponta Lobão.
Especialistas em petróleo acham que foi
uma surpresa a participação tão grande da Petrobras no consórcio. “Significa só
gastar mais dinheiro à toa, de bônus de assinaturas. Em vez de pagar R$ 4,5 bilhões,
vai pagar R$ 6 bilhões, fora o comprometimento de investimento. A gente fala
que é à toa porque a Petrobras, hoje, está descapitalizada e com problema de
caixa sério. Então, o correto seria a Petrobras ficar apenas com 30%”, analisa
Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura.
“Você vai ficar cinco, seis anos só
gastando dinheiro. Você não vai ver resultado. Então, a Petrobras vai ter que
manobrar muito bem a capacidade dela de gerar recursos atualmente, captar
recursos de fora, ou seja, tomar empréstimos e reduzir a sua dependência em
relação ao combustível importado”, explica David Zylbersztajn, especialista na
área de energia.
A área leiloada hoje é a maior reserva de
petróleo já descoberta no Brasil. No Campo de Libra, podem ser retirados do
fundo do mar de oito a 12 bilhões de barris. Para se ter uma idéia, desde que
encontrou petróleo pela primeira vez, no século passado, o Brasil inteiro
produziu 15 bilhões de barris. Em Libra, a primeira gota deve sair por
volta de 2018 e o auge da produção deve ser atingido daqui a 15 anos.
Segundo a ANP, a estimativa de produção
diária é de até 1,4 milhão de barris, o triplo de Marlin Sul, hoje a maior do
Brasil. O maior campo do mundo, na Arábia Saudita, tem produção média de 5
milhões de barris por dia. Até hoje, o petróleo brasileiro era explorado por
meio de concessões. Agora, passa a existir também o regime de partilha, que
vale para o Campo de Libra e para as outras áreas do pré-sal que ainda serão
licitadas.
A principal diferença é que, nos contratos
de concessão, o governo recebe por meio de impostos. Na partilha, o vencedor do
leilão paga ao governo diretamente com petróleo. Nos próximos anos, estima-se
que o Brasil dê um salto no ranking dos países produtores de petróleo. Em 2012,
o Brasil ficou em 13º lugar. Até 2020, com a produção de Libra e de todo o
pré-sal, as projeções apontam a subida para o quarto lugar no mundo. O petróleo
pode demorar alguns anos, mas Libra deve começar a produzir riquezas desde já.
O percentual mínimo de componentes brasileiros usados na operação tem de ser de
55% na fase de desenvolvimento até 2021 e depois, de 59%.“Vai ter riqueza em
termos de emprego porque vai ter mais gente trabalhando. Em termos de dinheiro
circulando na economia, vai precisar comprar coisas. E essa gente que vai
trabalhar na indústria do petróleo gasta dinheiro. Existe uma cadeia produtiva.
Um efeito multiplicador”, analisa Luiz Pinguelli Rosa, diretor da COPPE-UFRJ.Fonte:
http://g1.globo.com/jornal-da-globo/noticia/2013/10/governo
China compra terras no Brasil
“O ex-ministro Antônio Delfim Netto tem razão
quando recomenda cuidado com as vendas de terras a empresas da China,
controladas pelo Estado ou com participação estatal. Investimentos estrangeiros
são de modo geral bem-vindos e podem trazer contribuições importantes ao
crescimento do País. Grupos estrangeiros podem fazer bons negócios e ao mesmo
tempo fortalecer a economia brasileira com recursos adicionais e,
ocasionalmente, com aporte de tecnologia. Mas os "negócios" mudam de
sentido quando o investimento é subordinado a razões estratégicas de um Estado
estrangeiro. No caso de recursos naturais, e de terras para a agropecuária,
avaliar corretamente essa estratégia é uma questão de segurança.
"Os chineses compraram a África e estão tentando comprar o Brasil", disse o professor Delfim Netto em entrevista ao Estado de domingo. Pode haver algum exagero de linguagem, mas a preocupação é justificável. O diretor-geral da FAO, a agência das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, alertou os governos africanos para o risco de um "neocolonialismo", desta vez baseado no controle de áreas férteis. Companhias de vários países participaram nos últimos anos de uma corrida para comprar terras na África. As chinesas estiveram entre as mais ativas.
A maior estatal chinesa do setor, a China National Agricultural Development Group Corporation, opera em 40 países e 10 mil de seus 80 mil funcionários trabalham no exterior. A empresa detém 6 mil hectares na Tanzânia e criou negócios no setor de alimentos também na Guiné, no Benin e em Zâmbia e já entrou na Argentina e no Peru. Outras companhias chinesas também têm comprado terras em vários países, com o mesmo objetivo: garantir à China produtos indispensáveis ao seu crescimento econômico e à urbanização de centenas de milhões de pessoas.
Desde a última década o governo chinês vem aumentando os investimentos
em recursos naturais de outros países. Até agora, seu avanço mais
impressionante ocorreu na África, onde os investimentos em mineração e depois
na compra de terras foram acompanhados de projetos de cooperação com os países
hospedeiros, quase sempre pobres e com baixo grau de desenvolvimento.
O passo seguinte na estratégia foi a negociação de projetos com vários
governos latino-americanos. Desde o começo deste ano, foram anunciados planos
de investimentos de pouco mais de US$ 11 bilhões no Brasil. Se todos forem
concretizados, o estoque de capital chinês no Brasil poderá ocupar a 9.ª
posição em ordem de grandeza. Por enquanto, está em 42.º lugar.
Companhias chinesas têm mostrado disposição de investir em vários
setores, como produção de aço, exploração de petróleo, distribuição de
eletricidade, exploração de minérios e construção do trem-bala entre Campinas,
São Paulo e Rio de Janeiro. Parte desses investimentos atende ao objetivo de
garantir matérias-primas para uso industrial e para geração de energia.
Ao mesmo tempo, empresas têm procurado oportunidades de investimento no
agronegócio. Em abril, a China National Agricultural Development Group
Corporation revelou a intenção de comprar terras para produzir soja e milho.
Nos primeiros contatos, negociadores da empresa indicaram interesse em terras
do Centro-Oeste, especialmente de Goiás.
Na mesma época, representantes do Chongqing Grain Group anunciaram a
disposição de aplicar US$ 300 milhões na compra de 100 mil hectares no oeste da
Bahia, para produzir soja para os mercados brasileiro e chinês. Funcionários da
empresa participaram da comitiva do presidente Hu Jintao.
Um mês
depois, o Grupo Pallas International, formado por investidores privados, mas
também com participação estatal, divulgou planos de comprar entre 200 mil e 250
mil hectares no oeste da Bahia e possivelmente no conjunto de áreas de cerrado
do Maranhão, do Piauí e do Tocantins, conhecido por Mapito.
Negócios desse tipo envolvem o controle de grandes áreas por grupos subordinados à estratégia de uma potência estrangeira. Poderão agir segundo interesses comerciais, como outros investidores, mas poderão seguir uma lógica de Estado - e esse Estado não será o brasileiro.
Parte da Amazônia vendida
empresário compra dos índios
brasileiros uma parte da floresta
“Um
rico empresário chinês respeitado no seu país declara aos quatro ventos ter
comprado dos índios brasileiros uma parte da floresta amazônica e acaba alvo de
um inquérito no Brasil. Pode parecer ficção, mas não é. Nos círculos
empresariais chineses, o executivo Lu Weiguang, 39, – dono da produtora de
pisos de madeira e importadora Shanghai Anxin –, é respeitado como “o líder do
setor de madeira” e está entre os 400 homens mais ricos do país, segundo a
revista americana Forbes.
Ele
é o tipo do empreendedor chinês que deu certo, festejado pelo governo, com o
qual mantém boas relações. A mídia estatal chinesa, no entanto, gosta de chamar
este empresário de “o primeiro chinês a ser dono de parte da floresta
amazônica”. Improvável? É o que garante a Funai.
Mas
Lu Weiguang, em entrevista por fax, afirma que comprou em 2004 mil quilômetros
quadrados de floresta amazônica nativa de uma reserva indígena na região
pertencente a uma tribo, que ele se recusa a identificar por temer “problemas
para a população indígena”, da qual ele se diz amigo. Lu não gosta de falar
sobre o assunto nem se deixa fotografar.
“O
Brasil é um país muito violento, onde mais de 50 pessoas morrem por dia só em
São Paulo. Não gostaria de aparecer num jornal.” Ele só concordou em responder
perguntas por escrito quando confrontado com o fato de que a região de floresta
amazônica nativa que ele adquiriu é grande demais para ser ignorada.
Mato
Grosso – A área a qual o empresário atribui como sua compra fica em Mato Grosso
(cuja localização exata Lu não revela). “Tenho muito orgulho desse
empreendimento porque a Amazônia não é apenas um tesouro dos brasileiros, mas
um tesouro do mundo inteiro”, afirma Lu.
Tesouro
que pertence aos brasileiros, pelo menos segundo as leis do Brasil. Mas Lu
teria conseguido contornar possíveis impedimentos legais com uma estratégia no
mínimo controversa. “Ele e a mulher, Chen Jie, tiveram um filho no Brasil. O
filho tem cidadania brasileira e as terras foram compradas em nome dele,” diz a
vice-presidente da Anxin, Chen Hong.
Negócio
em etapas
Em
2004, o empresário chinês Lu Weiguang teria negociado seu latifúndio (parte da
Amazônia) em duas etapas. Primeiro, teria comprado dos índios uma área de 150
quilômetros quadrados e, posteriormente, outra de 850. O valor pago, ele não
revela. Diz apenas que o dinheiro foi depositado num fundo administrado por uma
instituição financeira do Brasil em nome dos índios.
Lu
diz que tomou conhecimento da qualidade da madeira brasileira em 1996, ao
conversar com empresas de Taiwan e Hong Kong que negociavam madeira entre
Brasil e China. Naquele ano, uma decisão do governo chinês foi fundamental para
a idéia do empresário de comprar terras no Brasil: “Em 1996, o Conselho de
Estado da China proibiu a exploração comercial das florestas nativas, por isso
decidi comprar pedaço da floresta brasileira. Quando estive no Brasil, em 1997,
me apaixonei pela Amazônia e pela cultura indígena, pela qual tenho muito
respeito”, conta. Segundo Lu, não foi fácil convencer os índios brasileiros. Em
1997, quando ele começou a abordagem, os índios se recusaram a negociar.
Mas
a barreira foi vencida, conta, quando a tribo passou a acreditar que ele tinha
as melhores intenções para a floresta: “Para ganhar a confiança dos índios,
forneci remédios, construí escolas e até investi em infra-estrutura na região.
Para monitorar e ajudar os índios, aluguei um satélite americano do sistema
GPS. Eles perceberam que minha intenção era boa.”
Filho
de empresário é brasileiro
Da
Agência O Globo, de Curitiba
A
trajetória de Lu Weiguang como empresário começou em 1994, ao deixar um cargo
público no Escritório de Administração de Pesca de Wenzhou, na província de
Zhejiang. Com um empréstimo de 300 mil yuans (US$ 37,5 mil) do pai, fundou a
Anxin, que começou vendendo pisos de madeira e é hoje a maior importadora de
madeira bruta da China.
No
Brasil, Lu mantém um apartamento em bairro nobre de Curitiba, para onde trouxe
a mulher, Chen Jie, quando estava grávida de três meses. Com o nascimento do
filho brasileiro, Victor, em 2003, o empresário chinês garantiu visto
permanente no Brasil.
“Eles
têm apartamento aqui, mas devem estar na China ou nos EUA”, informa o porteiro
do endereço residencial da família. O braço-direito do empresário chinês no
Brasil, Luiz Renato Durski Junior, conta que, com o filho brasileiro, Lu obteve
benefícios do governo chinês e empréstimos em bancos.
Durski
mantém em Curitiba a empresa Marine Box – uma trading que negocia madeiras,
fundada em 1999 –, que ostenta no escritório a logomarca da Anxin Flooring Co.
A parede da sala de reuniões é enfeitada por duas molduras com a figura de Lu
ao lado do presidente Lula e de Rubens Ricupero. “A Anxin é o principal cliente
na China há seis anos, mas ele (Lu) não é sócio no Brasil,” garante o dono da
Marine Box.
Uma
das empresas coligadas da Marine Box em Várzea Grande, no Mato Grosso, usa a
sigla AXN, mas o empresário diz que é coincidência qualquer semelhança com a
Anxin. “Como trabalhamos muito com os chineses, o “A” quer dizer seriedade, o
“X”, eficiência e o “N”, honestidade no ideograma chinês,” afirma.
A
Marine destina hoje ao mercado chinês 60% da produção de madeira produzida no
Brasil, o que representou 1.200 contêineres em 2005. Além de Curitiba, a
empresa mantém escritórios de apoio pelo Brasil. O empresário paranaense conta
que viaja para a China de cinco a seis vezes por ano e negocia com Lu Weiguang
há seis anos.
“Ele
esteve aqui na semana passada e o plano dele agora é montar uma agência de
viagens e um hotel no Rio de Janeiro, uma pousada no Pantanal e outra em Manaus
para trazer chineses.”
Funai
quer que PF abra inquérito
Da
agência O Globo, de Brasília
A
notícia de que o chinês Lu Weiguang teria comprado mil km² de terras indígenas
no Brasil e de que se apresentaria como defensor do meio ambiente em eventos
internacionais causou perplexidade ao governo brasileiro. Preocupada, a
Fundação Nacional do Índio (Funai) pediu à Polícia Federal a instauração de um
inquérito para apurar o caso, uma vez que o próprio chinês confirma a compra.
“As
terras indígenas são inalienáveis e a Constituição proíbe sua exploração. Isso
é crime. Além da PF, estamos acionando as Funais nos Estados para tentar
conseguir mais informações e, se for o caso, tomar as providências cabíveis,”
diz o procurador-geral da Funai, Luiz Fernando Villares e Silva. Segundo ele, é
provável que Lu esteja só contando vantagem.
Villares
comenta que há casos semelhantes que envolvem estrangeiros que afirmaram ter
comprado terras públicas ocupadas por índios brasileiros. “Há também estrangeiros
que são enganados, compram terras de grileiros ou de fazendeiros que invadiram
reservas indígenas e, mais tarde, descobrem que foram enganados. Mas não creio
que este seja o caso do chinês,” afirma.
Ele
explica que a proibição de venda e exploração comercial de terras indígenas
está na Constituição e no Estatuto do Índio, de 1973. “Ele (o chinês) pode
estar usando estratégia de marketing. Mas vamos averiguar. Se for verdade, é um
crime”, disse Villares. O assunto também preocupa o Serviço Florestal
Brasileiro (SFB). “Ninguém conhece esse empresário. O ideal é sabermos a
localização da operação”, diz o presidente do SFB, Tasso Azevedo.
Uso
responsável
A
idéia de Lu Weiguang de utilização da parte que diz ter comprado da Amazônia é
exportar a madeira do Brasil para a China, onde seria transformada em pisos e
até móveis para os mercados chinês, europeu e americano, afirma a
vice-presidente da Anxin, Chen Hong. Parte viraria piso de madeira na fábrica
que tem em Curitiba.
Lu
garante que o projeto não vai danificar a flora amazônica. A área no Brasil,
diz ele, está sendo dividida em 25 pedaços e cada um será explorado durante um
ano e, depois, reflorestado. Assim, em 25 anos, a primeira área explorada já
estará pronta para novos cortes. A preocupação com a auto-suficiência da
produção de madeira parece ser mesmo uma constante na empresa de Lu.
A
Anxin é, de fato, uma das empresas chinesas com mais certificação de organismos
internacionais por manejo responsável das florestas chinesas – quando ela ainda
podia fazê-lo na China, claro. Mark Hurley, da Global Forest & Trade
Network (braço da ONG WWF, que cuida do manejo responsável de recursos
naturais), confirma que a Anxin faz parte do grupo de empresas monitoradas pela
instituição.
“
Eles fazem um trabalho muito responsável na China,” diz Hurley. “A empresa
busca usar produtos certificados e evita processar madeiras de árvores
derrubadas ilegalmente. Todos os anos, auditamos a empresa com relação às
práticas de exploração da madeira.”
Importação
– Nada menos que 50% da madeira importada pela Anxin hoje vem do Brasil, onde
ela trabalha com mais de 100 madeireiras. Lu garante que nenhuma opera
ilegalmente. A empresa tem 1.370 empregados no Brasil e na China, e produz
anualmente três milhões de m² de piso de madeira e 36 mil m³ de madeira bruta
nos dois países. Seu faturamento anual ultrapassa US$ 100 milhões.
A
Shanghai Anxin é membro do Conselho Empresarial Brasil–China, pelo lado chinês,
e o site da empresa traz uma prosaica imagem de uma índia brasileira encostada
em uma tora de madeira. Ano passado, o empresário diz que trouxe “índios
brasileiros para realizar show pela China”.